sábado, 9 de julho de 2016

FLORENCE: QUEM É ESSA MULHER?


Irei mentir pra vocês se eu não falar que literalmente cresci com os musicais "Letra e Música" com Hugh Grant, e "Mamma Mia!" com Meryl Streep. E também volto a repetir que respeito o trabalho do diretor inglês, Stephen Frears ("Philomena"), pois ele pega histórias que tem de tudo para possuírem uma narrativa monótona em tela, e as deixa completamente divertidas e transpõe a liberdade para seus atores em suas atuações. Era mais do que óbvio que seu novo longa "Florence: Quem é Essa Mulher?", que possui a presença dos dois astros mencionados (sendo que Grant saiu da sua aposentadoria, depois de um telefonema de Frears se ele gostaria de trabalhar em um longa com Streep) seguiria os mesmos princípios de seus trabalhos anteriores. Dito e feito, a película não é só extremamente divertida, como também provavelmente renderá facilmente mais uma indicação ao Oscar para a carreira de Streep (que já tem três Oscars e 18 indicações, uma recordista) e uma pro Hugh Grant no Globo de Ouro. 


O longa narra a história verídica de Florence Foster Jenkins (Streep), que era uma rica herdeira influente na Inglaterra, pelo qual participava constantemente dos musicais onde seu marido, St Clair Bayfield (Grant), realizava os monólogos. Porém ela confessa para ele que um de seus maiores sonhos é cantar em uma ópera. Só que mesmo contratando um jovem pianista (Simon Helberg, o Howard de "The Big Bang Theory") e um professor de canto, sua voz musical era horrível. Ciente disto, Bayfield tenta ao máximo esconder dela este fato através de todos os meios possíveis, e a faz acreditar que sua voz é ótima. Porém ela decide cantar em uma apresentação para um enorme público, onde ela pode correr o risco de saber de toda a farsa. 

Meryl Streep é a grande estrela da produção sem dúvidas, pois ela não só rouba a cena como também consegue cantar de forma horrível onde ela apaga completamente seu papel em "Mamma Mia!". Fora que ela nos faz rir e nos emocionar, pois sua personagem sofria de sérios problemas com Sífilis a que fazia ter um tratamento especial. É ai que entra o personagem de Grant, pelo qual eu não exito em falar que é a melhor atuação da sua carreira. Apesar de aqui ele fazer uma espécie de personificação do que ele era no passado (mulherengo e beberrão, ou seja, era o Charlie Sheen dos anos 90), ele transpõe um enorme respeito e paixão por Florence, onde até mesmo nos momentos com sua amante (Rebecca Ferguson, de "Missão Impossível 5") ele deixou claro esta situação, fora a veia cômica dele em alguns breves momentos com Helberg.


Outro ponto positivo é a trilha sonora de Alexandre Desplat ("Argo"), que com a narrativa executada pelo diretor Stephen Frears, nos deixa uma sensação de agrado durante quase toda a projeção de "Florence: Quem é Essa Mulher?". RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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