domingo, 27 de novembro de 2016

SNOWDEN - HERÓI OU TRAIDOR

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Que Oliver Stone se fincou como um dos principais cineastas responsaveis por retratar personalidades e casos envolvendo a politica estadunidense já não é novidade. Depois de obter sucesso transpondo as histórias sobre JFK, a queda das "Torres Gêmeas", e uma crítica acida aos bastidores de "Wall Street", Stone decidiu ir mais além e focou agora na história de uma das personalidades mas icônicas desta década: Edward Snowden. O jovem técnico de informática que trabalhou durante alguns anos na CIA, e que depois de ir contra alguns padrões e procedimentos realizados pela agencia, decidiu simplesmente soltar a tona todas essas informações para os maiores vínculos de comunicativos dos EUA.

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Porém o principal erro de Stone, foi ele ter adaptado a história como se fosse uma espécie de "novo 'A Rede Social'", pois o longa já começa com Snowden (Joseph Gordon-Levitt, de "A Travessia") com os três jornalistas mais respeitados dos Eua (vividos pelos ótimos, porém não muito marcantes aqui, Melissa Leo, Zachary Quinto e Tom Wilkinson), dentro de um quarto de Hotel onde ele iria repassar todas as informações que ele havia adquirido. Porém enquanto ele vai conversando com os mesmos, toda sua história é contada desde quando ele era um simples militar que sofreu um incidente que acabou quebrando suas duas pernas, até ele se tornar um analista da CIA e ir parar ali. 

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Fora deste erro apontado na narrativa, o enredo também peca pelo arco envolvendo Snowden e sua namorada, Lindsey (Shailene Woodley, de "A Culpa é das Estrelas"), pois ele basicamente serviu mais pra encher linguiça e trazer o arco "romântico/clichê" na trama. Em contraponto, a atuação de Levitt está mais uma vez ótima (é questão de tempo, para ele ter seu trabalho reconhecido), e ele tem momentos realmente bons na trama, e tirando o fato de ele ser extremamente parecido com o verdadeiro Snowden. Quanto a seus momentos com seus professores interpretados por Rhys Ifans ("Um Amor a Cada Esquina"), e Nicolas Cage (sim, ele fez uma ponta aqui!), digamos que o primeiro tem um dos melhores momentos do longa e ajuda bastante na carga de suspense e drama do longa. Enquanto ao segundo, fica mesmo a caga sarcástica e é o "principal álibi" do protagonista, com relação ao seus atos. 

Já quando o filme toca pra questão politica, vemos a enorme crítica que ocorre com relação a transposição do governo de George W. Bush, para o de Barack Obama (onde a narrativa deixa clara desde a principal proposta deste, era desde o inicio "derrubar todas as atividades ilegais, envolvendo a quebra de sigilo da população"). 

"Snowden: Herói ou Traidor" (subtitulo que nem o próprio Stone gostou que o Brasil deu), é mais um tipico longa que os fãs do trabalho do diretor irão gostar, quem é da área de computação/tecnologia vai gostar, quem é fã dos atores centrais vai gostar, só que quem não curte longas com certas pitadas politicas e afins, deverá passar longe, pois o longa não é recomendado pra você. Agora se você quiser saber mais a respeito de Edward Snowden, recomendo também que assista ao documentário, vencedor do Oscar, "Citizenfour", que é uma versão "menos dramática" do que foi apresentado aqui. 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 26 de novembro de 2016

ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM

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Parece que foi ontem, mas já fazem 15 anos da primeira vez em que assisti ao primeiro longa de Harry Potter nos cinemas. Tinha sete anos na época e lembro de ter ficado vislumbrado com tamanha qualidade que o filme possuía e também pelo simples fato que era o meu primeiro live-action nas telonas. A franquia se tornou tão apaixonante pra mim, que o bruxinho me acompanhou durante todos meus anos no colégio (começou em 2001 e acabou em 2011). Em seu capitulo final, confesso que chorei no desfecho "As Relíquias da Morte: Parte 2", pois uma parte de mim estava sendo finalizada juntamente dos meus anos no colégio. Porém foi uma enorme surpresa pra mim (e pra muitos fãs da saga), que o universo continuaria nas telonas, com roteiro de autoria da própria J.K Rowling e direção do próprio David Yates (que comandou os quatro últimos filmes da série). Eis que chegou o esperado dia de ver o longa, e por sorte ele cumpriu o que prometeu. 

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O enredo mostra o jovem bruxo Newt (Eddie Redmayne, de "A Teoria de Tudo"), que desembarca em Nova York, portando uma maleta que esconde os mais diversos animais do mundo da bruxaria. Porém ele acaba tendo um desencontro com o trouxa Kowalski (Dan Folger, de "Maldita Sorte"), onde este acaba descobrindo acidentalmente a existência dos animais fantásticos e dos bruxos. Só que durante toda esta confusão, uma das conselheira do ministério da magia, Tina (Katherine Waterston, de "Steve Jobs") acaba presenciando tudo e faz questão de leva-los para o mesmo, para arcarem com as possíveis consequênciasAo mesmo tempo ainda vemos mais dois arcos, que envolvem o misterioso Credence (Ezra Miller, o Flash/Barry Allen do cinema) e Graves (Colin Farrell, de "Presságios de Um Crime"), e um no mundo dos trouxas que cada vez mais quer acabar com ataques de bruxos no mundo, onde o arco fica por conta da relação da mãe de Credence, com um influente politico (Jon Voight, de "A Lenda do Tesouro Perdido"), cujo filho disputa uma eleição local. 

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De todos estes arcos apresentados, vemos que o mais intrigante e que me cercou com grande mistério perante toda a projeção, foi o de Farrell e Miller. Eu não esperava nada de ambos no longa, e ambos não só transpõem extremo suspense em cena, como é o também é a subtrama mais interessante. Quanto ao que todos queriam saber: Eddie Redmayne realmente serve para ser protagonista no universo bruxo? A resposta é sim! O ator não só encontra um ótimo timing e química com Folger e Waterston, como também nos faz desconfiar muito de suas verdadeiras origens.  Mas quem realmente acaba roubando a cena no longa em alguns momentos, é Alison Sudol (que interpreta Queenie, irmã de Tina). Ela consegue exercer homeopaticamente as funções de alívios cômicos e românticos com Folger. Ah e sim, Johhny Depp está brevemente no longa (pra tristeza de algumas pessoas).

Quanto a direção de Gates, devo dizer que o mesmo nos faz reviver toda aquela mágica no universo mágico de Harry Potter novamente. Seja na narrativa, onde somos apresentados aos mais diversos monstros (em uma computação gráfica extremamente competente), ou aos novos personagens deste mundo. Claro que pra quem leu todos os outros livros da série, ficará claro que o roteiro de Rowling possui uma enorme sensação de estarmos, de fato, lendo a um novo livro da série ao invés de vendo uma adaptação da mesma. Ela não perdeu tempo explicando pro público como funcionavam os feitiços, quais eram os cargos no Ministério da Magia, dentre outras coisas que pessoas "trouxas" não sabem. Deixou tudo de uma forma como se nós já fossemos cidadãos do universo dela. 

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" é sem duvidas um dos melhores longas do ano, e um ótimo retorno do universo mágico de Harry Potter, pelo qual alguns fãs terão de imediato a vontade de retornar a ler os livros da "primeira série" de Rowling, e torcer logo pra chegada do próximo longa. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 13 de novembro de 2016

DEMOLIÇÃO


O canadense Jean-Marc Vallée ganhou um enorme reconhecimento há cerca de três anos, quando dirigiu "Clube de Compras Dallas", que rendeu o Oscar de atuação para Metthew McCaunagay e Jared Leto. No ano seguinte ele lançou o divertido "Livre, que rendeu também renderam indicações para as atrizes Reese Witherspoon e Laura Linney. Agora ele lançou seu terceiro longa, pós "maratona do Oscar", onde eu como cinéfilo criei certa expectativa com o canadense. "Demolição" tem o mesmo principio dos outros longas, onde temos como protagonista Davis (Jake Gyllenhaal), que é completamente metódico e tem sua vida transformada completamente depois da morte da esposa Julia (Heather Lind), um acidente de carro. Aos poucos a vida dele vai começando a decair, e depois de uma conversa com seu sogro (Chris Cooper), ele repara que poderá suportar a dor começando a quebrar e destruir as coisas que lhe da na telha. No meio destas manias, ele acaba conhecendo Karen (Naomi Watts), que acaba fazendo nascer uma estranha amizade dentre eles. 

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Apesar da química de ambos os atores ser realmente plausível, ambos não conseguem entrar na tonalidade que o longa quer transpor. Ele com o problema da perda, ela com o das drogas, ok, mas faltou mais emoção neste arco. O grande peso do longa fica por conta dos encontros de Davis e seu sogro (cujo penúltimo ato dentre eles chega a ser o ponto forte da película), e o filho de Karen (Judah Lewis). Mesmo assim, o roteiro de Bryan Sipe é realimente congruente com a situação de uma pessoa que perde um ente querido de forma inesperada. O dia a dia, a decadência, os comportamentos estranho e por ai vai. Isso Vallée acertou em cheio em focar nos dois primeiros arcos do longa, porém quando ele começa a se relacionar mais com Karen e o filho dela, o longa meio que perde o foco que ele tinha antes e meio que prepara um campo pro clichê (que não é bem um clichê, no final das contas). 

"Demolição" tinha tudo pra ser mais um longa interessante de Vallée, mas é o seu longa mais fraco destes outros dois mencionados no inicio da analise, e o mesmo pode se dizer do recente currículo de Gyllenhaal e Watts. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

TEM NA NETFLIX: O DESPERTAR DE UM HOMEM

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A dica da semana vai pro clássico que fez de certa forma, alavancar a carreira do Leonardo DiCaprio (porque foi quando ele trabalhou com Robert DeNiro, que aconselhou o amigo Martin Scorsese a "ficar de olho no jovem DiCaprio"). Aqui ele vive o adolescente rebelde Toby, que vive com a mãe (Ellen Barkin) em constantes mudanças de cidades pelos Eua. Porém na última vez, ela acaba conhecendo o galã Dwight (DeNiro), que mostra ser um ótimo namorado e amigo em um primeiro momento. Só que desde o inicio, Toby não se acanha em demonstrar que não gosta deste e vice-versa. Depois que sua mãe se casa, as coisas começam a realmente a mudarem. Conforme os dias se passam, ele começa a mostrar uma personalidade mais obsessiva e lunática com o enteado, e com a sua própria esposa.

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O longa se tornou um marco no cinema, pois até hoje muitos longas se inspiram nele quando abordam relações de padastro/enteado (como no recente "Boywood"). A química dentre DeNiro e DiCaprio é realmente impressionante, pois nós vemos que a expressão de ambos aborda uma enorme rivalidade, enquanto Barkin é uma mera figurante dentre os dois. Enquanto o primeiro fuma, bebe, fica causando rebeldias fora de casa, o segundo já é mais rígido e possui um estilo mais clássico e militar e começa aos poucos domar o enteado da sua forma. É nessa hora que os conflitos começam a ocorrer. Nisso a direção de Michael Caton-Jones (do fraco "Instinto Selvagem 2") foi extremamente competente, pois ele soube domar exatamente a tonalidade necessária para dar destaque para essas duas feras.

"O Despertar de um Homem" é mais um grande clássico perdido no catalogo da Netflix que é uma ótima pedida para se conferir neste feriadão e até mesmo nesta semana (que é aniversário de DiCaprio).

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 8 de novembro de 2016

O HOMEM NAS TREVAS

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Fede Alvarez já tinha chamado a atenção de alguns cinéfilos, por ter dirigido o reboot de Evil Dead - A Morte do Demônio (que particularmente, eu gostei). Três anos depois, ele volta as telas com "O Homem nas Trevas", cuja premissa original foi o principal chamativo do longa. Aqui temos o trio de Money (Daniel Zovatto), sua namorada Rocky (Jene Levy, que trabalhou com o diretor no citado) e Alex (Dylan Minnette), que são habilidosos ladrões de residencias. Porém como eles estão cansados de roubar somente objetos de valor, o primeiro sugere que eles roubem a casa de um militar cego (Stephen Lang, o vilão de "Avatar"), pois lá ele acredita que ele esconda uma grande quantia em dinheiro vivo. Sem outra opção, o trio decide seguir a sugestão. Então ao chegarem no local, eles descobrem que o roubo não será exatamente da forma na qual eles imaginavam.

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O destaque no roteiro de Alvarez é que em momento algum chegamos a prever exatamente o que vai ocorrer. Seja posteriormente em algum momento que soe clichê, ou até mesmo na incrível reviravolta que ocorre nos 20 minutos finais. Em sua direção, ele opta por trabalhar mais as sequencias na escuridão, onde nós temos os quatro atores dentro da casa, a noite, em um total breu na maioria das cenas. Isso só serviu pra aumentar mais a tensão dentre os protagonistas e fazer o público ficar afoito do que vai ocorrer. Deste elenco principal, quem realmente é o grande nome é o veterano Lang. Ele já havia realizado um ótimo trabalho como o vilão de "Avatar", aqui absorve bem a persona do militar cego, que realmente acaba até dando medo só de olhar na cara dele. Quanto ao trio principal, todos eles estão realizando um ótimo trabalho, e destaque pra Levy que não caiu no padrão feminino em produções de suspense (ficar só gritando, sendo a donzela em perigo e fazer nada além disso).

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"O Homem nas Trevas" é sem dúvidas uma das surpresas de 2016, onde é mais um daqueles suspenses que não deve deixar de ser conferidos pelos cinéfilos e fãs do gênero. Fora que é mais um sinal de esperança, de que ainda há um pouco de originalidade no cinema (tomara que não fiquem tirando sequencias deste longa, também...). RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

TEM NA NETFLIX: UMA NOITE DE CRIME

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Depois de um tempo ausente com o quadro, voltei a publica-lo com a indicação do suspense "Uma Noite de Crime". Como muitos de vocês já devem saber, o longa ganhou mais dois filmes nos últimos três anos (sendo que o último passou nos cinemas há umas duas semanas). Porém diferente de franquias como "Jogos Mortais" e "Sexta-Feira 13", "Uma Noite de Crimes" tem como principal qualidade a inovação em suas sequencias, em outras palavras, mesmo tendo uma mesma "ideia central" os arcos são diferentes.

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Neste primeiro a trama se passa alguns anos no futuro, onde nós temos como protagonistas centrais uma família, cujo patriarca (Ethan Hawke) é responsável pela firma que realiza a segurança de diversas residencias, com o principal propósito de protege-las no dia do expurgo. O objetivo do evento é deixar os EUA a merce de qualquer crime durante uma noite, onde segundo o governo do mesmo é uma ótima forma de mover o mercado e a economia local. Nada de policiamento, hospitais e bombeiros, durante 12 horas todos estão a merce dos criminosos. Porém no meio da noite, o caçula da família (Max Burkholder) acaba vendo nas câmeras de segurança um rapaz pedindo ajuda e acaba o colocando para dentro de casa. Só que ele não imaginava que os psicopatas de plantão estão doidos para pega-lo, e farão o possível para conseguir isto. 

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O diretor e roteirista James DeMonaco, estabelece um interessante arco crítico ao governo estadunidense, assim como não deixa de criar tensão por cima disto ao mesmo tempo. Ele aborda o quão importante é o dinheiro deles, ao bem estar da população (quanto mais mortes de pessoas de classe baixa, menos gastos governamentais). Já no clima de tensão, vemos que ele conseguiu aproveitar e bem o único cenário do longa, onde não conseguimos desgrudar a cara da tela em um momento sequer.

Quanto aos atores, o protagonista vivido por Hawke estabelece uma atuação que nos faz torcer para seu personagem chegar vivo no desfecho da película. Sua química dentre os atores que compõe sua família, é outro tópico forte. Inclusive quem rouba a cena é Burkholder, pois o olhar e cara de psicopata do garoto (que se iguala aos dos próprios invasores), nos faz desconfiar a todo momento de seus atos. 

"Uma Noite de Crimes" é uma ótima e interessante pedida para os fãs do gênero suspense, e que querem algo novo para ver no catalogo da Netflix. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 5 de novembro de 2016

QUANDO AS LUZES SE APAGAM

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Sabe aqueles filmes que ficam enchendo linguiça, somente para fazer-nos entrar mais na história e passar mais tempo com os personagens familiarizando com os mesmos, para ficarmos putos ou felizes com seu desfecho? Pois é exatamente o que não ocorre com "Quando as Luzes Se Apagam", que ganhou bastante notoriedade por ser produzido por James Wan (responsável pela franquia "Invocação do Mal"), com base em um curta de 2013 (que posteriormente ganhou uma série de cópias pela internet, onde mostrava uma mulher sendo surpreendida por um mostro na escuridão), que foi dirigido e escrito por David F. Sandberg (que também é exerce essas funções aqui).

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A trama acompanha a jovem Rebecca (Teresa Palmer, de "Um Faz de Conta Que Acontece"), que desde jovem se distanciou da mãe (Maria Bello, de "Gente Grande"). Mas depois da precoce morte de seu padastro (Billy Burke, o Pai da Bella do "Crepúsculo"), ela acaba indo realizar uma visita a mesma, que aparenta não estar bem mentalmente. Então ela descobre que seu irmão mais novo (Gabriel Baterman, de "Annabelle") denota a presença de uma criatura misteriosa pela casa, sempre que as luzes da casa se apagam. É então que ao leva-la para morar com ela, que a mesma passa a acompanhar os dois e o resto já deduzimos que vai ocorrer.

Nos primórdios do longa, pensei em estar assistindo a uma nova produção bem no estilo de "O Chamado", só que já na metade vemos que apesar de alguns tópicos clichês do gênero, que ele é um bom longa de terror/suspense. A começar que Bello rouba o filme como a mãe louca, e não precisa de muita ajuda em cena para deixar essa expressão clara, o que acabou rendendo uma ótima química com Palmer (fora a semelhança entre as duas). Sua protagonista segura bem o longa, e soube ser uma protagonista sem soar banal. Porém seu par vivido por Alexander DiPersia, representa exatamente o oposto. Banal e clichê, seu personagem ta na narrativa mais pra encher linguiça e falar que ela não é solteirona. Até Baterman se saiu melhor que ele.

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A competente direção de Sandberg nos faz ir direto ao ponto, não enrola, não cria muitos clichês e vai direto ao ponto. Ele usa e abusa da fotografia escura do longa, para criar diversos arcos de suspense em sua narrativa. 
"Quando As Luzes Se Apagam", é um ótimo exemplo que James Wan conseguiu se consagrar como um dos principais nomes no suspense. Mesmo seus longas não causando medo ou até mesmo os conhecidos "scare jumps", as escolhas de suas produções são sempre as melhores.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOUTOR ESTRANHO


Há quase sete anos o universo cinematográfico da Marvel, vem fincando como uma das mais promissoras franquias do cinema. Depois de exercer duas fases com tremendos sucessos e produções de qualidade, eis que o primeiro da terceira fase, "Doutor Estranho", chega aos cinemas causando um tremendo alvoroço. Primeiro porque o protagonista é vivido pelo queridinho dos Geeks e cinéfilos: Benedict Cumberbatch (que na televisão interpreta o detetive Sherlock Holmes, e é dono de uma voz tão marcante quanto a do Morgan Freeman); Segundo que sua fotografia e efeitos visuais são de extrema qualidade; E o terceiro que o personagem é um dos principais nomes dos quadrinhos da Marvel. Porém ao termino da  película, vemos que apesar dela cumprir o que prometeu, a mesma continua seguindo os "Padrões Cinematográficos Marvel". 


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A começar que a história de origem é relativamente muito bem narrada, onde vemos Stephen Strange (Cumberbatch) sendo um dos principais nomes da medicina e consegue resolver qualquer problema médico que lhe é proposto. Porém quando ele sofre um acidente de carro, ele acaba perdendo o movimento das mãos, o que o faz desesperadamente procurar por alguma cura. Depois de todas as tentativas da medicina falharem, ele decide fazer uma viagem com o propósito de descobrir alguma cura. Em uma de suas trilhas, ele esbarra com o misterioso enclave Kamar-Taj, em Katmandu, onde os misteriosos Mordo (Chiwetel Ejiofor, que já trabalhou com Cumberbath em "12 Anos de Escravidão") e Anciã (Tilda Swinton, de "As Cronicas de Narnia"), lhe mostram que o local não é somente uma casa de cura, mas sim uma linha de frente contra forças malignas misticas, onde somente truques de magia são capazes de detê-los.

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Nesse desenvolvimento do protagonista, ele se assemelha e muito com Tony Stark, no primeiro "Homem de Ferro" (o cara metidão e rancoroso, que gosta de uma garota e conforme ele amadurece, vai aprendendo uma lição (praticamente o enredo de um filme do Adam Sandler)). Vemos que Benedict realmente nasceu para o papel, e que seu carisma é realmente um dos pontos altos do longa. Seus momentos com Ranchel McAdams ("Spotlight"), que vive seu interesse amoroso não são só ótimos, como também são de alivio cômico para o longa (uma delas, lembra e muito o primeiro "Homem de Ferro"). A personagem da Tilda tem um mistério meio suspeito envolto dela, que é outro dos pontos fortes do longa. Ejiofor e Benedict Wong (que trabalharam ano passado juntos, em "Perdido em Marte"), estão competentes no papel e o segundo chega a roubar algumas cenas, com alguns momentos de alivio cômico. 


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Porém quando somos apresentados ao vilão principal da trama (Mads Mikkelsen, de "007 - Cassino Royale") é o momento que nos tocamos o quão genérico o estúdio ainda está em alguns pontos. O motivo dele é tão banal e batido, que em momento algum vemos algo realmente ameaçador nele pra torcemos pro Strange acabar com ele (só espero que Thanos não seja tão ruim assim).

Agora no quesito direção, Scott Derrickson (que também assinou o roteiro com Jon Spaihts e C. Robert Cargill) foi extremamente competente em seus arcos. Ele soube apresentar claramente quem era Stephen Strange, as consequências de seu acidente (que foi um dos pontos altos do longa) e seu desenrolar até se tornar um mago supremo. Momentos cômicos (incluindo quando o Tio Lee aparece) e dramáticos são bem dosados também, e não atrapalham o desenrolar do enredo. Os efeitos visuais e a fotografia estão realmente incríveis (como acidentalmente, acabei vendo a versão 2D, não posso falar sobre o 3D), e não duvido que leve algum Oscar técnico no próximo ano.

"Dr. Estranho" é basicamente um reboot do primeiro "Homem de Ferro", onde vemos que a Marvel mais uma vez conseguiu acertar, usando exatamente a mesma fórmula de suas produções anteriores. Só que espero que até 2018 (quando o universo completa 10 anos, e teremos o lançamento de "Guerra Infinita"), eles pelo menos acrescentem ou mudem algo nesta fórmula, pois vai chegar uma hora que esse estilo vai acabar cansando todos nós. RECOMENDO!

Obs. 1: O longa tem duas cenas pós créditos, que são de extrema importância pros próximos filmes da Marvel.
Obs. 2: Como por conta de um imprevisto incidente no cinema em que frequento ter ocorrido, acabei vendo a versão 2D, Dublada. Por favor, evitem ao máximo a segunda, pois ela não está viável a qualidade da película (principalmente a voz da Ranchel McAdams).

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.