sábado, 30 de abril de 2016

CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL


Há quase exatamente, eu estava por aqui escrevendo o quanto foda eu tinha achado "Batman Vs Superman". Ciente que um mês depois eu verei outra treta entre heróis, só que seria os da Marvel Desde ali, já comecei a destacar todos os pontos de destaque do primeiro pra poder comparar com este. Ao final da exibição de "Capitão América: Guerra Civil", eu devo assumir que de fato é um dos melhores filmes da Marvel (eu acho que dificilmente algum superará "Soldado Invernal"), mas não é tão bom quanto "Batman Vs Superman", como muitos vínculos críticos andam escrevendo por ai. Os tópicos que eu posso destacar que diferenciam ambas as produções em quesitos de qualidade, são bem breves, mas já deixarei claro brevemente (relaxem, pois não haverá spoilers nestes argumentos): 
1º: O vilão vivido por Daniel Bruhl, não chega aos pés do Lex Luthor de Jesse Eisenberg. O personagem dele é um dos maiores fiascos que a Marvel me propos desde o Mandarim, em "Homem de Ferro 3".
2º: A questão politica abordada é basicamente a mesma (os super-heróis são vilões ou mocinhos para a sociedade), mas é melhor retratada no primeiro, pois em "Guerra Civil" isto é deixado de lado pra mostrar mais os heróis que estão no filme (que são muitos).
3º: A conclusão de tudo é extremamente pífia, pro divertido arco que os irmãos Russo criaram pra película. 


Voltando a resenha de "Guerra Civil", a história é bem simples de se captar: Depois de uma missão fracassada dos Vingadores, em Wakanda, que resultou em  mortes de inocentes, os governos mundiais optaram por criar uma lei de registro. Nessa lei de registro, todos os heróis deverão cadastrar sua verdadeira identidade e agir somente quando o governo permitir. Para surpresa de todos, Stark (Downey Jr.) é o primeiro a aceitar a ordem, juntamente com seu "neto" visão (Paul Bettany), seu melhor amigo, Rhodes (Don Cheadle), Natasha Romanoff (Scarlet Johanson) e o Pantera Negra (Chadwick Boseman) que também é o rei de Wakanda. Enquanto Steve Rogers bate o pé e não concorda com a iniciativa, ao mesmo tempo em que procura provar a inocência de seu amigo de longa data, o terrorista Bucky (Sebastian Stan). Como Stark, Rogers conseguiu alguns puxa sacos pro seu lado, como o Falcão (Anthony Mackie), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Feiticeira Escarlate (Elisabeth Olsen), Homem-Formiga (Paul Rudd) e a Agente Sharon Carter (Emily VanCamp), que exerce a função de X9, pois ela não pode fazer muita coisa nessa treta. Só que no decorrer da narrativa, Stark pensa rápido e trata de entrar em contato com o Homem-Aranha (Tom Holland), pra coloca-lo em seu time. 


Basicamente o filme é isso, heróis tretando entre si. Mas mesmo assim não deixou de ser um bom filme, onde os diretores Anthony e Joe Russo, souberam dosar homeopaticamente todos os personagens novos no universo Marvel (Pantera Negra e Homem-Aranha e o Homem Formiga) e todos os outros que já conhecíamos. Eles já conseguiram fazer o milagre de tirar uma atuação realmente ótima do Robert Downey Jr. (que sempre foi a mesma coisa em todos os filmes da Marvel, mas infelizmente o uniforme dele desta vez ta muito na cara que foi usado um CGI de quinta categoria), e inclusive arrasaram na apresentação do Homem-Aranha no universo Marvel, pois sua primeira sequencia não só homenageia o casal queridinho dos anos 90 (Robert Downey Jr. e Marisa Tomei (que agora vive a nova Tia May)), como é narrada no estilo de uma produção de John Hudges (que é um estilo basicamente morto no cinemas) e já conseguimos ter uma noção de como será os filmes solos de Peter Parker. Fora que quem chega a roubar a cena com este é o Homem-Formiga (a primeira cena dele sendo "chamado" para "Os Vingadores" é hilária), que deveria ter aparecido um pouco mais. Já a atuação do novato Boseman, conseguiu ser outro ponto forte da película, e foi um dos pontos fortes. Agora vemos que pro papel de Capitão, não havia ator melhor que Chris Evans, pois o cara consegue convencer mesmo no papel e seu carisma conseguiu transpor a imagem de liderança que seu personagem sempre transpôs nas Hqs.

Em relação a Hq original (que foi escrita por ninguém menos que Mark Millar, o mesmo de "Kick-Ass" e "Kingsman"), algumas questões foram retiradas e alguns arcos permaneceram, mas foram realizados por caracteres diferentes. Em questão ao uso do 3D, ele foi notado em breves momentos e o recurso pode ser definido mais como um caça-niqueis novamente. "Capitão América: Guerra Civil", sem dúvidas é MUITO melhor que "Vingadores: Era de Ultron" e diverte mais que até mesmo o primeiro deste. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 24 de abril de 2016

EM NOME DA LEI


Desde que lançaram os dois primeiros "Tropa de Elite", o cinema nacional não foi mais o mesmo. A extrema crítica exercida ao quadro político atual, nos arcos das produções, chamou a atenção do povo brasileiro e foi a película mais vista da história do cinema nacional (porque "Os Dez Mandamentos" o público não estava presente nas salas, como estava nas bilheterias). Tivemos alguns exemplares realmente bons nos últimos anos, como "Assalto Ao Banco Central" e agora este "Em Nome da Lei", que é dirigido por Sérgio Rezende, de "Salve Geral". 


A trama é inspirada na história verídica do Juiz Federal Odilton Oliveira, mas aqui a obra é de extrema ficção e mostra o novato Juiz Vitor (Matheus Solano), indo trabalhar em uma cidade na fronteira do Brasil/Paraguai. Lá ele se depara com Gomez (Chico Diaz), que lidera o contrabando e trafico de drogas no local, e é extremamente temido por todos inclusive pela policia. Sem medo de ninguém, Vitor mete as caras e começa a botar todos os envolvidos na prisão aos poucos, com a ajuda da procuradora Alice (Paolla Oliveira) e do Policial Federal, Elton (Eduardo Galvão).

O primeiro erro de Rezende, foi ter escalado Matheus Solano pro papel do Juiz. Meu Deus! Temos um puta ator como o Chico Diaz como vilão (que por uns segundos me lembrou o barba negra, vivido pelo Seu Madruga no Chapolin. Só que em versão "Hard Core"), e me bota como mocinho um ator que custa pra transpor emoção ao público! Em uma cena, pela qual este tem que transpor um arco dramático, a direção de Rezende só consegue piorar a situação do ator (erros na fotografia, trilha sonora exagerada, resultando em uma sequencia extremamente forçada). Mas em alguns breves momentos ele se sobressai e até que resulta em uma boa química com Paolla Oliveira, que ta num papel que não exige muito e não é tão marcante. O alivio cômico fica por conta das participações 


Mas ele acerta cheio nas representações dos arcos de suspense e ação que a película apresenta. O que nos deixa extremamente felizes, pois vemos que cada vez mais o cinema nacional esta amadurecendo nesse quesito. No roteiro (onde ele divide a função com Rafael Dragaud), é também outro acerto, pois ele conseguiu transpor exatamente a realidade na qual todo juiz federal passa, perante os criminosos em seus locais de atuação (o que brevemente nos fará lembrar de alguns "heróis" do Brasil, como o grandioso Sérgio Moro).

"Em Nome da Lei" poderia ser um excelente filme nacional da retomada, porém os deslizes que a película cometem faz com que o mesmo acabe dividindo a opinião do público perante o resultado apresentado. Mas pra quem curte um cinema nacional, com toques gringos, é uma boa pedida.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 12 de abril de 2016

RUA CLOVERFIELD, 10


Lançado em 2008, "Cloverfield - Monstro" foi uma das produções pioneiras a serem gravadas na forma do "gravação perdida" (onde a película é retratada como se fosse uma filmagem de um dos personagens). O enredo do filme chamou atenção, pelo simples fato de em sua propaganda e trailer mostrar a estatua da liberdade com a cabeça arrancada. Oito anos depois, no dia 15 de janeiro, o maluco do produtor J.J. Abrams (que é um dos principais responsáveis pelos reboots de "Star Ttrek" e "Star Wars"), lança o trailer e poster da continuação deste, rotulando o titulo de "Rua Cloverfield, 10" e fala que vai lançar dois meses depois nos cinemas. Todos os cinéfilos entraram em choque, num primeiro momento, pois além de ele ter feito um filme de forma extremamente secreta (algo impossível nos tempos atuais), ele sequer havia mencionado que um dia faria uma continuação de "Cloverfield".


Francamente eu não interpretei como uma continuação daquele, mas sim um verdadeiro "Spin-off" (onde não é necessário ver o primeiro filme da série). Sendo que aqui nem em filmagem perdida a produção é narrada, mas sim em uma forma habitual. No enredo inicial somos apresentados em uma sequencia onde somente há uma melodia de fundo (onde os cinéfilos mais experientes, denotarão que tipo de estilo o filme irá pegar), a protagonista Michelle (Mary Elizabeth Winstead, de "Duro de Matar 4.0"), acabou de terminar com o namorado e sai de carro sem rumo por uma estrada. Ai ela sofre um acidente de carro e acorda em um quarto, e descobre que foi resgatada pelo gordão misterioso, Howard (John Goodman, o eterno Fred Flinstone de "Os Flinstones"). Só que eles não são os únicos ali e dividem o ambiente com o extravasado Emmet (John Gallagher Jr.), que a alerta que o mundo foi alvo de um acidente químico e que todos fora do abrigo estão mortos.



O diretor estreante em longas metragens Dan Trachtenberg, exerce um  trabalho que literalmente mexe com o psicológico não só dos personagens mas com o do espectador. Afinal de contas, a garota apagou no acidente de carro e acordou em um abrigo acorrentada e é alertada por um estranho sobre o "fim de mundo" que rola fora dali. Cada segundo da película, Trachtenberg nos faz desconfiar de tudo o que ta acontecendo e inclusive dos objetos em cena (até um simples quebra-cabeças, pode se tornar referencia para algo futuro) que até podem se tornar uma arma na mão da personagem vivida por Winstead (que mais parece uma filha do MacGyver). Sua atuação aqui não só é uma das melhores da carreira (falo isso com toda certeza, pois eu já vi todos os longas de sua carreira), como também ela foge dos padrões de "donzela em perigo" apresentados em produções do gênero. Quanto a John Goodman, pode-se dizer o mesmo, pois seu carácter é alguém extremamente suspeito a cada ato que comete e transpõe desconfiança para o público e para os outros dois personagens que divide a cena, pois para Gallagher Jr., resta ser o "carácter estilo cômico" da película.

"Rua Cloverfield, 10", resgata um estilo de produções que remetem aos clássicos de Alfred Hitchcock, Stanley Kubrick e Sthepen King (que estão cada vez mais extintos), e acaba surpreendendo em seu resultado final, pois na verdade não se trata de um filme de suspense de invasão alienígena, mas sim um intenso Thriller psicológico, pelo qual é muito bem narrado e produzido (onde por incrível que pareça, vale muito mais o ingresso que "Invasão a Londres") e sem dúvidas já ta na lista dos melhores filmes de 2016. RECOMENDO!

NOTA:10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 10 de abril de 2016

INVASÃO A LONDRES



"Invasão a Casa Branca" foi lançado em 2013, trazendo de volta as telonas o estilo "ação pipoca" que Sylvester Stallone e principalmente Chuck Norris, consagraram na década de 80/90. Nesses filmes normalmente o protagonista era o fodão e matava todo mundo e ninguém acertava uma bala sequer nele. Esses personagens era praticamente intocáveis e imortais. Gerard Butler com seu Mike Banning, pode ser considerado um desses personagens, pois no primeiro ele basicamente acabou com um exército coreano sozinho na casa branca. Depois de salvar o Presidente Asher (Aaron Eckhart, de "Batman - O Cavaleiro das Trevas") naquela, em "Invasão a Londes" obviamente ele foi nomeado como segurança chefe do mesmo. Só que devido a gravidez de sua esposa (Radha Mitchel, de "Jogo Entre Ladrões"), ele começa a analisar o fato de se demitir da sua função. Só que misteriosamente o Primeiro Ministro Inglês morre, sob circunstancias misteriosas, fazendo os principais lideres mundiais se reunirem pro seu funeral em Londres. Mas ao chegarem lá, Mike, Asher e sua equipe de assessores e se deparam com uma série de atentados, onde basicamente todos os principais nomes do governo mundial acabam sendo assassinados. Obviamente só acabam restando Mike e Asher no meio do caos, fazendo ambos lutarem pela vida no meio do caos que está Londres.

                             

A direção do indiano Babak Najafi, não se preocupa sequer em fazer o público exercer simpatia com algum personagem e já sai mostrando tiros, explosões e pancadaria, bem ao estilo clássico dos anos 90. Mas nada mais justo pra esse estilo de filmes, onde em momento algum podemos esperar algo cabeça ou construtivo em sua narrativa (afinal de contas, o que podemos esperar de um filme onde o próprio Presidente sai na porrada, pra defender seu segurança). Butler e Eckhart continuam mantendo uma ótima química, e isso que era um dos destaques do primeiro filme. Já Freeman é basicamente tratado novamente como "Deus", seja em sua primeira cena ou em sua última na película. Quanto aos outros coadjuvantes, suas participações acabam sendo irrelevantes, pois afinal de contas, pra que eu quero saber da esposa gravida do Butler, enquanto posso ver ele detonando um exército inglês sozinho (onde nem um batalhão estadunidense consegue fazer isso).

"Invasão a Londres" é mais um daqueles filmes onde deixamos a cabeça na bilheteria, vamos assistir sem compromisso algum e nos divertimos com o clássico estilo Chuck Norris de filme, onde nós sabemos que o protagonista consegue fazer tudo sem até mesmo tomar um único corte sequer. Se este é melhor que o primeiro? Sem duvidas, não.

Nota:5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet