quinta-feira, 29 de setembro de 2016

NARCOS - 2ª TEMPORADA

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Depois de uma ótima primeira temporada, onde rendeu a primeira indicação para Wagner Moura ao Globo de Ouro em Melhor Ator em Série Dramática e Melhor Série Dramática, "Narcos" chegou a sua segunda e mais tensa temporada. Agora sem duvidas que Moura conseguirá atingir seu reconhecimento como ator e será o primeiro brasileiro a levar o prêmio pra casa. Como todos já sabemos nesta temporada vemos a decadência do traficante Pablo Escobar, depois que ele foge da prisão construída pelo próprio para ele e seus comparsas ficarem. Como outros carteis vão surgindo no caminho de Pablo, onde o principal concorrente acaba sendo de Judy Moncada (Cristina Umaña), que quer vingança depois dele ter assinado seu marido. Ao mesmo tempo as de narcóticos federais colombianas, estadunidenses e os agentes Murphy (Boyd Holbrook) e Peña (Pedro Pascal), tentam a todo custo encontrar Pablo que agora se esconde em diversos cantos distintos da Colômbia. 

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Nesta temporada não é somente Moura que rouba a cena e é o grande nome do elenco, pois quem também arrasou aqui foi o Chileno, Pedro Pascal. Sua atuação não só está muito melhor em relação a primeira temporada, como também ele consegue expressar com clareza sua obsessão em achar Escobar e acabar com o trafico de uma vez por todas na Colômbia. Esta temporada temos mais um paralelo dentre este o segundo, pois o agente Murphy estava enfrentando uma série de problemas com sua esposa (Joanna Christie), que consequentemente lhe deixou "meio afastado" nesta temporada. Quanto a atuação do primeiro que é o verdadeiro protagonista e nome de peso da série, ele arrasou. Vemos o quanto ele mostrou com sucesso a decadência de um dos maiores traficantes que o mundo já teve. Temos N sequencias que mostram o peso dramático que Moura tem na hora de atuar, onde o destaque vai pra uma discussão tensa que ele tem com o seu Pai, no penúltimo episódio da temporada. 

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Assim como na outra temporada, temos arcos paralelos que mostram a vida de pessoas normais sendo afetadas pelas parcerias com Escobar. Aqui temos a história de Marytza (Martina García), que precisava de dinheiro pra cuidar da sua filha e aceita a proposta do amigo de infância, Jhon, pra um "serviço". Só que ela não imaginava que era para o próprio Escobar, o que lhe trará diversas consequências futuras. 

Em seu término vemos que "Narcos" é uma série que se segurava graças ao carisma de Wagner Moura e da dupla vivida por Boyd Holbrook e Pedro Pascal. Dificilmente as próximas temporadas conseguirão tamanha a qualidade em relação as que fomos apresentados nestas duas primeiras. Se você ainda não viu, recomendo que assista!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


domingo, 25 de setembro de 2016

O SONO DA MORTE

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Você vai no cinema ou até mesmo vaga pela internet ou televisão atrás de um longa de terror. Ai vê o que tem um chamado "O Sono da Morte", onde logo faz questão de ver achando que vai tomar altos sustos. Porém conforme o andar da carruagem, você vai se notando que foi vitima de uma péssima escolha da distribuidora no titulo nacional (onde o original "Before I Wake", significa "Depois que eu acordo"), pois trata-se de um diferenciado longa de fantasia/drama que merecia até uma produção com um orçamento um pouco maior.

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A trama mostra o casal Mark (Thomas Jane, o "Justiceiro" da Sony) e Jessie (Kate Bosworth, a Lois Lane de "Superman o Retorno"), que sofre com a morte do filho pequeno. Com o propósito de supera-la, eles adotam Adam (Jacob Tremblay, de "O Quarto de Jack) que tem a mesma idade do filho falecido e se parece um pouco com ele, inclusive. Porém o casal logo denota que este tem a habilidade de fazer seus sonhos serem transportados para o mundo real, o que os faz acabarem reencontrando com o próprio filho. Aos poucos o casal vai vendo que da mesma forma que ele trás coisas boas ao mundo real, ele também trás coisas extremamente ruins. 

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Gostaria de começar comentando a respeito do principal destaque no enredo: Jacob Tremblay. O garotinho já tinha arrasado no longa citado e aqui ele literalmente entra de cabeça novamente no papel e já tem de tudo pra ser um dos principais nomes do cinema daqui há uns anos (Leonardo DiCaprio que o diga...). Porém o casal interpretado por Jane e Bosworth não possui uma química um tanto que plausível, e isso acabou prejudicando o longa em alguns momentos. O roteiro da dupla Mike Flanagan (que assina a direção) e Jeff Howard tem até um principio e andamento diferente, pelo qual acaba segurando o espectador naqueles arcos apresentados.

Em meio a tantos filmes de "terror" lançados atualmente, "O Sono da Morte" acabou se tornado uma fantasia dramática com um brilhante roteiro, pelo qual merecia uma execução melhor e até mesmo um casal protagonista melhor.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 24 de setembro de 2016

CONEXÃO ESCOBAR

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Depois do enorme sucesso que a série "Narcos" obteve nos últimos anos, era inevitável que filmes sobre Pablo Escobar e suas tramas paralelas saíssem nas telonas. Como primeira nessa nova leva (pois em meados de fevereiro de 2017, o novo longa de Tom Cruise também cercará este enredo), "Conexão Escobar" cumpre o que promete: mostrar um enredo que aponta a vida de um agente de alto respeito, infiltrado no meio do maior cartel de drogas do mundo, cujo o proprietário é o próprio Escobar. O agente é Robert Mazur (que escreveu o livro que inspirou a trama), é interpretado por Bryan Cranston (da série "Breaking Bad"), que esta ótimo e seu esterótipo se encaixa perfeitamente com o estilo proposto em cena (lembrando vagamente de seu papel em "Trumbo"). Vemos no inicio ele reagindo normalmente a seu trabalho, mas a medida que vai avançando no processo vai rolando uma excelente sequencia de desconstrução do personagem.

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Aqui ele contracena constantemente com seus parceiros de "infiltração", vividos por John Leguizamo  ("Kick-Ass 2") e Diane Kruger ("Bastardos Inglórios"). Enquanto o primeiro além de tirar uma enorme atuação, também tem uns dois momentos chaves no quesito suspense, a segunda mesmo aparecendo somente depois de quase uma hora de longa, cumpre o seu papel, porém não possui algum arco chave que podemos julgar como um "grande momento". Também tem uma participação da veterana, Amy Ryan (novamente vivendo uma agente, depois de "Um Espião e Meio", "Zona Verde" e outros) que também cumpre o que lhe é proposto. 

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A direção de Brad Furman erra em alguns quesitos, como por exemplo deixar que a narrativa inicial se deixe levar como uma novela nos primeiros 30 minutos. Porém depois que ele ingressa dentro do Cartel vemos que a trama começa a andar e o clima de suspense começa a ser criado. O quesito da câmera tremida e da fotografia pálida, estão presentes e fazem sentido mediante a narrativa. Quanto a trilha sonora, foi um extremo acerto colocar uma música da banda Rush logo de cara e no último arco colocar "Eminence Front, do The Who". Não porque eram bandas de sucesso na década de 80, mas sim porque tem ritmo diante da situação.

Em seu desfecho "Conexão Escobar" acaba sendo um bom filme sobre os "bastidores" da destruição do cartel estadunidense de Escobar, porém ele não consegue superar a qualidade e grandiosidade da série da Netflix, "Narcos" (onde em alguns fatos, o próprio roteiro de Ellen Sue Brown deduz que você tenha visto esta série ou conhece algo a respeito de Pablo Escobar).

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 11 de setembro de 2016

CÃES DE GUERRA

Cães De Guerra : Poster
Depois de fazer obter reconhecimento estrondoso com a franquia "Se Beber, Não Case!", o diretor e produtor Todd Phillips resolveu mudar o seu estilo habitual, e realizou um longa que apelou mais para o drama em "Cães de Guerra". O enredo apresenta o jovem David Packouz (Miles Teller, de "Convergente"), que nunca deu certo em emprego nenhum e trabalha como massagista de bilionários cobrando U$75 dólares a hora. Porém no velório de um amigo, ele reencontra o seu seu melhor amigo de infância Efraun Diveroli (Jonah Hill, de "O Lobo de Wall Street"), que se afastou dele por ser uma pessoa extremamente picareta. Em uma conversa ele acaba descobrindo que o amigo é um enorme traficante de armas, e lhe convida para trabalhar conosco. Como David descobriu que a esposa estava gravida e não tinha outra melhoria financeira mais rápida, topa a parceria. Porém a medida que a parceria vai avançando, loucuras vão rolando na vida dos dois. 

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Jonah Hill já tinha mostrado desde "Superbad - É Hoje" que é um puta ator, em "O Lobo de Wall Street" ele já tinha arrasado ao lado do DiCaprio (tanto que lhe rendeu sua segunda indicação ao Oscar). Aqui ele só não acaba roubando o filme, como também tem uma atuação tão outrora que consegue transformar drama em comédia com seus gestos. Enquanto o protagonista que é Teller (que inclusive narra a história), acaba não sendo páreo pro seu colega de cena, mesmo tendo atuado bem (principalmente nos arcos dramáticos). Quem também faz uma participação mais da metade pro final, é o Bradley Cooper, que ta muito bem por sinal (o primeiro Oscar dele é questão de mais uns aninhos). 

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A direção de Phillips pecou mais pro lado das "referencias". No inicio parece que estamos assistindo "Sem Dor, Sem Ganho", depois que entra o Jonah passa a virar uma mescla de "O Lobo de Wall Street", e claro em quase todo breve momento rola uma referencia ao "Scarface" (onde o próprio poster faz uma clara). Porém tem duas sequencias que ele criou um arco realmente tenso na película, onde já da pra ver a competência dele, mas mesmo assim ele poderia ter sido um pouco original em contexto geral. Outro fator que quero destacar a atenção é a trilha sonora compostas por musicas de bandas como The Who e Aerosmith, que se encaixam perfeitamente com a situação da cena.

"Cães de Guerra" é um ótimo longa sobre a questão da venda de armas mundo a fora (só que um pouco inferior ao "Senhor das Armas", com Nicolas Cage), e principalmente um ótimo exemplar de película que mostra como agem as falsas amizades. RECOMENDO!

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 8,5/10,0

sábado, 10 de setembro de 2016

HERANÇA DE SANGUE

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"Um Pai que tem que arcar com os problemas de sua filha, pois ela foi sequestrada ou morta". Quantas vezes já vimos esse enredo no cinema ultimamente? Depois que a trilogia "Busca Implacável" se tornou um enorme sucesso mundial, não seria atoa vermos N filmes com esse tema. Porém o que os "longas concorrentes" fazem normalmente é pegarem astros em decadência e coloca-los no papel do Pai em busca de justiça. Nessa era "pós Liam Neeson" tivemos astros como Nicolas Cage (que já fez uns 30 filmes com esse tema), John Travolta, Kevin Costner e agora Mel Gibson, reassumindo esse papel (pois seu retorno as telonas em 2010, com "O Fim da Escuridão", tinha essa exata temática). As vezes esse tipo de enredo realmente chega a entreter (como rolou em "O Resgate", com o próprio Cage), mas em alguns casos ele divide opiniões, como ocorre neste "Herança de Sangue".

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Aqui Gibson vive uma espécie de seu alter-ego, onde seu personagem Link é um tatuador que enfrenta um período de dois anos de abstinência de seus problemas com álcool e drogas, o que levou a ficar alguns anos preso. Porém durante cerca de quatro anos, ele tenta procurar sua filha (Erin Moriarty, da série "Jessica Jones") que desapareceu repentinamente de casa. Do nada ela reaparece e junto uma quadrilha de Sicários que querem a matar, o que a faz confessar pro seu Pai que matou seu namorado (Diego Luna) "acidentalmente". Logo vemos a clássica história do Pai defendendo a filha e matando todo mundo. 

Porém é ai que o roteiro da dupla Peter Craig (que também escreveu o livro que foi inspiração pro longa) e Andrea Berloff tem o diferencial. Link não é como os outros personagens citados, mas sim um ser humano em busca de justiça. Aqui ele se machuca, toma tiro, não tem a pontaria exata pros tiros, além de sua feição mostrar o quanto ele está cansado de tudo há tempos. Sem duvidas que o destaque pro longa ficou mesmo pra atuação de Gibson (onde eu torço pra que ele de a volta por cima novamente no cinema), onde ele se mostrou extremamente confortável no papel mesmo com um roteiro e direção tão fracos. Moriaty que faz sua filha não chega a convencer no papel e as vezes parece que ela ta ali no completo automático.

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"Herança de Sangue" é mais uma daquelas produções B, que vão servir pra preencher lacunas na televisão e pra serem vistas quando não temos outra coisa melhor pra fazer. Uma pena o Mel ter se envolvido em algo tão banal.

Nota: 4,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

UM ESPIÃO E MEIO

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Sabe aquelas comédias onde sempre sabemos exatamente o que vai ocorrer, só de ler a sinopse ou ver uma propaganda da mesma? Pois é exatamente o que acontece em "Um Espião e Meio". Aqui temos um enredo que começa em 1996, quando o jovem Bob Stone (Dwayne Johnson) é vitima de bullyng na época do colegial e depois de uma pegadinha severa, ele é protegido pelo popular Calvin Joyner (Kevin Hart). 20 anos depois do ocorrido, este recebe uma mensagem daquele, justamente dias antes do reencontro da turma deles, com o propósito de trocar uma ideia e tomar umas cervejas em um bar. Só que aos poucos Calvin descobre que o seu antigo amigo na verdade é um misterioso agente da CIA, onde outros agentes estão atrás dele, por causa de uma treta envolvendo corrupção e afins (enfim, você já sabe o resto da história). 

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De fato a química entre Hart e Johanson é o ponto forte do longa (tanto que ambos vão estar juntos na continuação de "Jumanji", que será lançada ano que vem),e a sintonia entre eles deixa claro que eles são conhecidos de longa data. Os roteiristas Ike Barinholtz, David Stassen e Rawson Marshall Thurber (que também assina a direção), criaram um arco pelo qual o destaque fica pra humanidade do segundo, onde mesmo sendo extremamente forte, alto e com um cargo interessante, ainda sente medo e vergonha de se encontrar com os valentões da época do colégio, e demonstra isso quando se depara com um deles (Jason Baterman), que é extremamente inferior a ele.

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Fora que outro acerto da dupla, foi criar arcos pras pontas de Aaron Paul (da série "Braking Bad"), Melissa McCarthy ("As Caça-Fantasmas") e o já citado Baterman, onde ambos acabam roubando a cena quando aparecem. Porém uma atriz que soa estar meio perdida as vezes é Amy Ryan (que vive a agente que lidera a caça a Bob), onde ela deixa se levar pelos colegas em cena e a situação proposta, pra apagar essa impressão. Só que o principal erro deles está no habitual clichê das produções do gênero, onde eles tiveram a chance de mudar isso, porém claramente optaram por não e deixaram a versão que está no resultado final. 

"Um Espião e Meio" foi mais um daqueles casos que prometia um longa que as risadas eram contantes e garantidas, porém no final saímos sem rir muito e com uma lição de moral clichê, que vemos em diversos longas da "Sessão da Tarde".

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

TEM NA NETFLIX: DIRIGINDO NO ESCURO

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A dica da semana vai para o longa do diretor Woody Allen, "Dirigindo no Escuro". Aqui ele não só roteiriza, produz e dirige, como também estrela como o diretor de cinema Val. Depois de sua esposa a produtora Ellie (Téa Leoni, de "As Loucuras de Dick e Jane") lhe trocar pelo produtor bilionário Hal (Treat Williams, de "Jogo de Amor em Las Vegas"), ele se junta com a jovem Lori (Debra Messing, da série "Will e Grace") e passa a dirigir comerciais e longas insignificantes. Porém um dia ele é chamado por Ellie e Hal para dirigir um longa de alto orçamento. Como ele é extremamente ansioso, hipocondríaco (o fazendo agir como um pateta na maioria das vezes), durante o inicio das filmagens (que não estão indo lá essas coisas), ele obtém uma cegueira momentânea. Agora ele terá de encarar o desafio de dirigir o longa na problemática situação em que ele se encontra, caso contrário terá de arcar com um processo de quebra de contrato.

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Allen fez uma narração bem engraçada e crítica, pois ele faz uma analise do que ocorre nos bastidores de produções de alto orçamento. Pelo qual os produtores se demonstram na maioria das vezes mais preocupados com os nomes envolvidos, ao invés da real qualidade dos longas (o que estamos vendo constantemente com os últimos Blockbusters). Fora os atores que possuem excesso de estrelismo e se recusam a fazer o que o diretor manda, se achando no direito de fazer aquilo que ele achar necessário. Seu personagem está bem divertido (arrancando ótimas risadas) e o diretor apresenta uma divertida química com Messing (que arranca boas risadas, ao cair em contradições com Allen) e Leoni, sendo que ambas estão bem no papel também. 

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"Dirigindo no Escuro" é uma ótima pedida pra quem ainda não conhece os trabalhos de Woody Allen e quer começar a conhece-los. Pra quem já conhece o mesmo, é uma ótima pedida para conferir no catálogo da Netflix. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

NERVE: UM JOGO SEM REGRAS

Nerve - Um Jogo Sem Regras : Poster

Atualmente é comum vermos a infinita geração de pessoas viciada com joguinhos fúteis de celular (vide "Pokemon Go"), onde não importa o que o bendito apresente na tela, o usuário nem se toca do que ta fazendo no mundo real e acaba entrando em confusões no mundo real como quase sendo atropelado, assaltado e etc. E é exatamente essa a crítica que o longa "Nerve: Um Jogo Sem Regras" cumpre ao mostrar pra nova geração, que nem tudo é o que parece, no mundo virtual. 

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A trama acompanha a jovem Vee (Emma Roberts, de "Pânico 4") que vive uma vida reclusa em relação as demais amigas, onde uma delas em especifico (Emily Meade) vive se gabando do sucesso pelo qual ela vem conseguindo com o jogo para celulares "Nerve". O objetivo do mesmo é fazer o que ele deseja no mundo real, em troca de uma grande quantia em dinheiro. Com o saco cheio, ela decide embarcar no universo do jogo e acaba tendo um desafio com o estranho Ian (Dave Franco, de "Vizinhos"), onde aos poucos o aplicativo vai fazendo os dois ficarem juntos perante os desafios que são impostos a eles. Só que aos poucos eles acabam tendo de lidar com as consequências do jogo, no mundo real. 

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O roteiro de Jessica Sharzer tem como base o livro de Jeanne Ryan, onde a principal crítica ao desenvolvimento e importância da tecnologia nos dias de hoje. A começar que a abertura do longa, mostra uma cena que muito de nós fazemos: deixamos 300 paginas de sites abertas ao mesmo tempo, compartilhamos fotos, conversamos e expressamos nossas opiniões para dezenas de pessoas (como eu inclusive estou fazendo agora). Só que não precisa ser um gênio da computação pra saber que essas informações que estão na rede, podem ser acessadas por qualquer pessoa e ela pode modificar qualquer coisa, seja pra fruto beneficio ou não. Essa crítica o longa realiza com sucesso. Porém ele peca no principal: a química entre Roberts e Franco (a sobrinha de Julia Roberts e o irmão de James Franco). Eles parecem bem rasos e artificiais em alguns momentos, e mediante a narrativa proposta, era pra isso não ocorrer. 

Porém a competente direção da dupla Henry JoostAriel Schulman (que antes comandaram os fracos "Atividade Paranormal 3 e 4"), consegue criar bastante arcos de suspense e ação durante alguns desafios (destaque para a cena da passarela). Só que o estilo por sorte não peca tanto no "romance teen" durante meados da projeção (o que muitos longas recentes tem errado feio, porém sempre acertam na trilha sonora com faixas de sucesso atuais), e as vezes parece uma especie de"Jogos Vorazes" na sociedade atual (onde por sorte não prejudica a narrativa). 

"Nerve: Um Jogo Sem Regras" é mais um longa que serve como reflexão para pensarmos duas vezes antes de publicar ou valorizar algo na sociedade atual que é "modinha". RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0 
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 4 de setembro de 2016

STAR TREK: SEM FRONTEIRAS

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8 de setembro deste ano será um dia especial para os Trekkers de todo o mundo: a franquia "Star Trek" comemora 50 anos da exibição de seu primeiro episódio na televisão. Tendo em vista o fato, a Paramount Brasileira jogou a estreia do longa para o dia 1 de setembro (enquanto a estreia estadunidense foi em 21 de julho! Total descaso com os fãs brasileiros). Para fazer jus ao aniversário da franquia que tem milhares de fãs pelo mundo, eles tinham a difícil obrigação de fazer um longa que ao menos se igualasse a qualidade dos longas de 2009 e 2013, e que tivesse uma homenagem digna a Leonard Nimoy (que interpretou o Spock original, e faleceu em 2015). Felizmente o resultado final foi melhor do que o esperado. "Star Trek: Sem Fronteiras" acabou sendo uma verdadeira aula de como homenagear as bodas de ouro de uma franquia de extrema importância na história do entretenimento (superando até mesmo "007 - Skyfall").

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A trama tem inicio com no terceiro ano de uma missão de cinco anos da Enterprise pela galáxia. Porém durante o trajeto eles acabam se deparando com uma espécie que lhe realiza um pedido de socorro. Só que eles não imaginavam que se deparariam com Krall (Idris Elba, de "Circulo de Fogo"), que quer a todo custo um objeto que está na posse do Capitão Kirk (Chris Pine, de "Operação Sombra"). Consequentemente a invasão do mesmo acaba destruindo a Enterprise e os principais membros da frota vão parar em locais destintos, num planeta desconhecido. A partir dai o longa começa a acompanhar as aventuras das duplas Kirk e Chekov (Anton Elchin, que faleceu no último 19 de junho), Spock (Zachary Quinto, de "Hitman") e Bones (Karl Urban, de "Dreed"), Scott (Simon Pegg, da série "Missão Impossível") e Jaylah (Sofia Boutella, de "Kingsman") que é uma alienigena que teve toda a família morta por Krall, e Uhura (Zoe Saldana, de "Avatar) com Sulu (Jon Cho, da série "American Pie").

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Mesmo com Chris Pine tendo uma ótima atuação e sendo o verdadeiro destaque do longa. de todos os citados no último paragrafo, quem realmente rouba a cena é o recém falecido Elchin. O entrosamento dele com Pine e os momentos entre os dois no longa, se tornam um dos pontos fortes, pois nesta vez o personagem Spock ta bem apagado (devido ao fato de ele ter tomado um fora da sua namorada, Uhura). Porém seu segundo arco consegue prestar uma homenagem digna a Nimoy. Quem também rouba a cena é a nova personagem vivida por Boutella (que foi inspirada na atriz Jennifer Lawrence), onde seus momentos com Pegg além de renderem algumas risadas é um dos enormes pesos do longa também. Este que também assinou o roteiro com Doug Jung, conseguiram captar a essência dos episódios primórdios da série na narrativa, onde a sensação de nostalgia ficou presente durante toda a projeção. A competente direção de Justin Lin (que dirigiu do terceiro ao sexto filme da franquia "Velozes e Furiosos") captou perfeitamente esse arco proposto pelo roteiro, onde as cenas de ação estão presentes em quase todo o momento, e os efeitos visuais delas estão realmente bem executados (não duvido que leve até um Oscar). A experiencia em Imax foi inigualável, porém o recurso 3D foi muito mal aproveitado. Claro houveram alguns momentos de profundidade (onde quem sofre de vertigem, recomendo evitar o formato), mas em contexto geral haviam muitas sequencias que poderiam ser aproveitadas ali.  

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Mas o grande destaque em questões técnicas fica para a maquiagem do longa (onde em um tempo onde tudo é feito por computador, técnicas assim merecem mais reconhecimento). Não só Boutella (na segunda foto, com Pine e Elchin) esta irreconhecível, como o próprio Elba também (vide foto acima). Só que mesmo sendo um forte vilão e fazendo uma enorme atuação, seu arco e ancoras para o caos ficaram um pouco confusos na conclusão da narrativa.

"Star Trek: Sem Fronteiras" é não só uma homenagem digna aos 50 anos da franquia, como também a memória de um dos principais símbolos da franquia: Leonard Nimoy. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

CAFÉ SOCIETY

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Além da cerimonia do Oscar, todo ano nós cinéfilos temos uma certeza em relação a nossa área: tem um novo longa do Woody Allen na área. Depois de lançar os fracos "Magia ao Luar" e "Homem Irracional", ele parece que respirou fundo e mandou ver na direção em "Café Society". A começar pelo enquadramento onde ele realiza durante a narrativa, começando de longe a câmera vai mostrando todo o ambiente em 360º pelos quais os personagens convivem. Seja no principio da película, onde somos apresentados ao respeitado empresário do ramo do cinema, Phil Stern (Steve Carell, de "A Grande Aposta"), e até mesmo no segundo ato onde conhecemos o tal "Café Society" (que trata-se de um bar, onde membros da alta sociedade de Nova York frequentavam). 

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A trama é bem no estilo do padrão de Allen (que é o narrador da trama), onde temos seu alter-ego sendo interpretado mais uma vez o ótimo Jesse Eisenberg (que já exerceu a função antes em "Para Roma Com Amor"), que recorda os bons e velhos tempos onde aquele era protagonista em seus longas. Aqui ele vive o cineasta Bobby, que está tentando iniciar uma carreira em Los Angeles e procura o apoio do seu tio, Phil. Porém ele acaba se apaixonando pela secretária do mesmo (Kristen Stewart, da Bella do "Crepúsculo"). Só que ele não imaginava que ela tem um caso com o seu tio, onde logo acaba gerando um verdadeiro triangulo amoroso entre os três. Honestamente deste arco todo, o que mais me surpreendeu foi o fato de Allen ter conseguido o impossível: MUDAR A EXPRESSÃO DE KRISTEN STEWART! Durante boa parte do tempo, ele colocou diversas sequencias que envolvem enquadramentos na mesma, e ali já era suficiente pra ver que ela realmente consegue ser uma boa atriz (deixando seus tempos de vampiresca, no limbo). Sua química com Eisenberg é ótima (lembrando que eles já estiveram juntos antes em "Férias Frustradas de Verão" e "American Ultra"), e o mesmo rola com Steve Carell. Ao mesmo tempo, ele ainda abordou as histórias do irmão Mafioso de Bobby, Ben (Corey Stoll, de "Homem Formiga"), onde jogando em contexto geral na trama poderia muito bem ter rendido outro longa a parte do apresentado aqui. 

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Porém os fãs e publico mais constante do diretor, vai notar claras referencias a longas recentes seus como "Para Roma Com Amor" e "Meia-Noite em Paris". Ele também acertou na questão onde o verdadeiro foco do enredo era mesmo mostrar o glamour naquela época, ao invés de focar no triangulo amoroso habitual de seus longas. Sendo que a participação de Anna Camp ("Histórias Cruzadas"), que vive uma garota de programa "estreante" é sem duvidas a sequencia mais engraçada do longa.

"Café Society" é mais um acerto em anos de Woody Allen (que tava devendo um longa realmente bom, desde "Blue Jasmine"), porém não é na verdade uma comédia mas sim um romance aos moldes dos longas lançados nos anos 60/70. RECOMENDO!

Agradecimento a José Ramos.

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet