domingo, 31 de agosto de 2014

CRÍTICA - MAGIA AO LUAR


Assim como uma indicação ao Oscar de Mery Streep anualmente, todo amante da sétima arte sabe que também tem um novo filme do diretor e roteirista Woody Allen. Depois de alavancar sua carreira com os ótimos "Vicky Cristina Barcelona", "Meia-Noite em Paris" e "Blue Jasmine", ele lança este ano "Magia Ao Luar". Assim como em seus antecessores, ele busca mostraruma crítica para algum tema que gera polemica na sociedade atual. Aqui temos uma enorme crítica aos médiuns, espiritualistas, mágicos e claro a sociedade burguesa. Além do fato, do próprio sempre transpor um próprio "alter-ego" em suas produções. Neste o posto fica a cargo de Colin Firth, que vive o mágico Stanley, que trabalha com pseudônimo Wei Ling Soo's em diversos show de ilusionismo, no ano de 1928. Quando não está nesta função atua como um desmascarador de falsos psíquicos. Mas após uma visita de um antigo amigo, ele é chamado para investigar o caso da jovem Sophie (Emma Stone, de "O Espetacular Homem-Aranha 2"), que diz possuir poderes mediúnicos. Vendo a situação como fácil, ele aceita o trabalho no ato. Mas ele não imaginava que a moça fosse conquista-lo com seu jeito simples e meigo. 


Allen realiza aqui diversas homenagens há suas produções anteriores como "Meia-Noite em Paris" (a estética, a Paris dos anos 20 e a trilha sonora), "Você Vai Conhecer O Homem dos Seus Sonhos" (o assunto da mediunidade), "Scoop - O Grande Furo" e "O Escorpião de Jade" (onde o principal tema é o ilusionismo). Outra fator que também havia em algumas dessas películas é do triangulo amoroso (algo que o diretor adora mostrar), onde ele acertou na escolha do ator Hamish Linklater ("Batalha dos Mares"), para viver o noivo de Sophie, que é "bobão da história" e possui expressão pra isso. Emma Stone, que já mostrou ser uma ótima atriz em produções como "Amor a Toda Prova", consegue aqui uma de suas melhores atuações na carreira. Seus momentos de mediunidade chegam a deixar o espectador realmente intrigado, se ela é ou não uma psíquica, já que seus olhares e expressões chegam a convencer. Firth também consegue brilhar em cena, apesar de não chegar aos pés de Owen Wilson em "Meia-Noite em Paris" (ator que melhor interpretou um alter-ego de Allen). O ator inglês consegue transpor alguns caracteres de Allen, como as manias e discussões sobre a sociedade, tudo isso da forma mais "hipocondríaca" possível (a sequencia no penúltimo ato, está ai para comprovar). Mas um dos melhores momentos da produção é quando ambos vão parar dentro de um observatório, logo após uma tempestade, onde um simples olhar para as estrelas gera uma enorme discussão filosófica e claro, sobre o amor.

"Magia Ao Luar" não chega a ser um dos melhores  filmes de Woody Allen, nem o pior, mas sim uma produção que serve como homenagem há algumas que são as melhores dele. A produção possui momentos bons, mas nenhum que seja suficiente para entrar nos destaques da filmografia do diretor e roteirista.

NOTA: 7,5/10,0

Imagens: Reprodução da internet

CRÍTICA - ANJOS DA LEI 2


Depois de realizar um estrondoso e inesperado sucesso em 2012, a adaptação do seriado dos anos 80 "Anjos da Lei" (que contia Johnny Depp como um dos protagonistas) não só ajudou a alavancar a ainda mais a carreira de Channing Tatum e Jonah Hill, como também ganhou agora esta sequencia. Como ocorre em quase todas essas produções seguem um seguinte padrão: "vamos fazer uma espécie de repaginada do primeiro filme". Foi o que ocorreu com "Se Beber Não Case: Parte 2", pois a história era praticamente a mesma só diferenciando algumas piadas e o país. Brincando com essa política, "Anjos da Lei 2" já começa com uma abertura que resume o primeiro,já cortando para a ação onde Jenko (Tatum) e Schmidt (Hill) investigam um esquema de trafico de animais no porto da cidade onde vivem. A gangue liderada por um homem conhecido apenas como "O Fantasma" (Peter Stormare, de "O Último Desafio"), logo descobre o disfarce de ambos, fazendo a operação dar errado. Então novamente eles são mandados para o endereço do primeiro filme, só que agora do outro lado da rua (já que "os coreanos compraram a igreja de volta"). Agora na "22 Jump Street", Jenko e Schmidt  notaram que a equipe passou por uma "repaginada", possuindo agora uma equipe maior e com equipamentos mais modernos. Ainda liderada pelo Capitão Dickson (Ice Cube, de "Querem Acabar Comigo"), eles recebem a ordem de se infiltrarem como estudantes em uma faculdade, para novamente acharem um traficante que causou a morte de uma estudante.


Este momento já começa a ser o ponto mais genial da produção, pois o Capitão trata o caso como se fosse exatamente a mesma coisa que aconteceu no primeiro filme (algo que está mesmo evidente, inclusive a falsa identidade de ambos, permanece como os irmãos Doug e Brad Mc Quaid). Só que Jenko e Schmidt retrucam, alegando que não há ligação nenhuma entre ambos os fatos. É ai que a película começa a tomar outros rumos, que começam a diferir completamente do original. Agora na faculdade, a dupla começa a reparar que nada é como na escola. Existem professores e alunos que estão dedicados, enquanto outros estão nem ai, atletas que estão preocupados mais com a aparência física ao invés dos estudos, e por ai vai. É então que notamos que Tatum e Hill estão bem mais a vontade, do que no primeiro filme. O primeiro possui um verdadeiro "bromance" com um dos jogadores de futebol americano (Wyatt Russell, filho de Kurt Russell), que demonstra ser como ele em quase todos os aspectos. Já o segundo possui um novo interesse amoroso, só que sem deixar de fazer suas burradas costumeiras (resultando em alguns momentos marcantes para a dupla, como ocorreu no antecessor). 


O roteiro de autoria do trio Michael Bacall (do primeiro filme), Oren Uziel (que havia escrito somente um jogo do "Mortal Kombat"), Rodney Rothman ("Ajuste de Contas'), procura focar exatamente no humor destes momentos datados acima. Aproveitando também para brincar cada vez mais com o fato deste se tratar de uma sequencia. Outro fator que realmente funciona, são algumas participações especiais de alguns importantes nomes da comédia estadunidense (cujos nomes não irei mencionar, para não estragar a surpresa). Quanto a direção da dupla Phil Lord e Christopher Miller (que abriu mão do roteiro deste para dirigir "Uma Aventura Lego"), ela procura focar mais nas sequencias de humor dos personagens que primários das mesmas, ao invés dos secundários. Além de intercalar alguns verdadeiros e divertidos momentos de ação. "Anjos da Lei 2", é conseguiu a difícil façanha de superar o primeiro, assim como se tornar uma das melhores comédias do ano (junto com "Vizinhos"). RECOMENDO!

NOTA: 9,0/10,0

Imagens: Reprodução da internet

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

CRÍTICA - SEX TAPE: PERDIDO NA NUVEM


Depois do sucesso mediano da comédia "Professora Sem Classe", em 2011, o diretor Jake Kasdan e os atores Jason Segel e Cameron Diaz, retomam a parceria em "Sex Tape: Perdido na Nuvem". Diferindo bastante com o humor do primeiro, onde o humor era mais puxado pro lado negro e um estilo mais sério, "Sex Tape" foca mais no estilo pastelão. Logo na cena de abertura, vemos a personagem de Diaz, Annie, escrevendo em seu blog sobre as aventuras sexuais com o seu marido Jay (Segel), desde quando se conheceram. É então que vemos um show de palavrões, insinuações de sexo (que na maioria das vezes, a tão comentada nudez desta acaba sendo encoberta por algo, seja um lençol, perna ou objeto) e piadas de baixo calão. Quando voltamos aos dias atuais, e o casal que antes era imbatível no sexo, hoje não pratica mais o mesmo tanto como antes. Até que um dia, Jay tem a ideia de que ambos deve reascender a chama da relação em uma noite de sexo ardente. Para isso, eles pegam um livro que conta com diversas posições sexuais, e acabam decidindo que o ato deve ser filmado. Mas acidentalmente, o Tablet usado para a filmagem acaba jogando o vídeo na nuvem, que acaba espalhando o mesmo para diversos aparelhos de amigos do casal. A partir deste ponto, acabamos vendo as diversas desventuras do casal durante uma noite onde tentaram apagar o mesmo de todos os aparelhos. No decorrer da narrativa, notamos que ambos estão com uma divertida química e entrosamento, algo que não ocorreu muito no primeiro encontro de Diaz de Segel. 


Durante os seus 86 minutos de exibição, a comédia consegue segurar seu humor pastelão que chega a divertir o público que procura um humor neste estilo. O roteiro de Kate Angelo ("Plano B"), Nicholas Stoller ("Vizinhos") e do próprio Segel, exerce um humor bem pesado, mas que consegue render bons momentos para quase todos os personagens em cena. Rob Corddry ("Sem Dor, Sem Ganho") e Ellie Kemper ("Missão Madrinha de Casamento"), que vivem o casal de amigos dos protagonistas, rendem divertidos momentos e chagam a roubar a cena em diversos momentos. O sumido Rob Lowe (da série "Austin Powers", que na vida real também teve um vídeo de sexo que acabou vazando acidentalmente), que vive o chefe de Diaz, tem uma sequencia extremante divertida com esta e acaba sendo outro destaque. A produção ainda conta com uma pequena mas engraçada, participação de Jack Black ("Escola do Rock") que vive um personagem de grande importância para a narrativa do terceiro ato. Quanto as tão comentadas primeiras cenas de nudez de Cameron Diaz, elas praticamente não existem, pois ela acaba sendo coberta por algumas coisas que a impedem de mostrar suas partes intimas. 


Apesar destes pontos divertidos, o roteiro peca em alguns momentos em relação a enorme propaganda do Tablet da Apple. Em uma sequencia, vemos que o mesmo é jogado da janela, e Jay se surpreende com a resistência do mesmo (claro, há outros momentos, onde o mesmo é jogado no chão, molhado e por ai vai). Extremamente desnecessário, mas de que seria a produção do mesmo sem estes momentos. "Sex Tape: Perdido Na Nuvem", não é uma das melhore comédias do ano, mas chega a divertir quem procura um entretenimento sem compromisso.

Nota: 7,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

  

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CRÍTICA - OS MERCENÁRIOS 3


Depois de fazer um estrondoso sucesso em 2010, "Os Mercenários" se tornou um marco no cinema de ação, pois apresentava diversos astros do gênero reunidos em um mesmo filme. Em 2012 foi lançada a sua sequencia, que inclusive trouxe de volta os sumidos Chuck Norris e Jean-Claude Van Damme. Como era previsto chega agora "Os Mercenários 3", seguindo a mesma onda de seus antecessores, agora acrescentando astros como Harrison Ford, Antonio Banderas, Wesley Snipes, Kelsey Grammer e Mel Gibson como o vilão.


A produção tem inicio quando o grupo dos "Mercenários", liderados por Barney Ross (Sylvester Stallone, de "Rota de Fuga"), resgatam Doc (Snipes), um veterano do grupo que é especialista em facas, assim como Lee Christmas (Jason Statham, de "Carga Explosiva") que gerará diversos conflitos entre ambos durante quase toda a produção. Mas durante uma missão, Barney nota que o principal responsável pelo contrabando do local é seu ex-parceiro e fundador do grupo, Conrad Stonebanks (Mel Gibson, de "O Fim da Escuridão"). Em seguida acontece uma enorme troca de tiros, que acaba ferindo gravemente Hale (Terry Crews, de "Juntos e Misturados"). Então Barney e seu time procuram jurar vingança, só que ao invés de ele utilizar os seus velhos companheiros, ele decide procurar por novos integrantes. É quando entra em cena o hacker Thorn (Glen Powell), o lutador Smilee (Kellan Lutz), o soldado Mars (Victor Ortiz) e a única mulher no grupo (novamente) Luna (Ronda Rousey).

O roteiro escrito pelo próprio Stallone, em parceria com Creighton Rothenberger e Katrin Benedikt, não só repete a dose de brincadeiras do primeiro, como também reduz um pouco a ação descontrolada e sem noção que era o antecessor. Com a saída de Bruce Willis da produção (devido ao alto salário imposto por ele, por apenas quatro dias de filmagem), entrou em seu lugar o personagem vivido por Harrison Ford, que quando surge no filme, já alega que a Barney que "Church saiu de cena, agora você trabalha para mim, Max Drummer". Outro momento interessante, foi no prólogo onde mostra o grupo resgatando o personagem de Snipes da cadeia (Onde muita gente não sabe, é que na época em que o ator foi preso por sonegação de impostos, ele atuaria no primeiro filme como o personagem de Crews). Já Bandeiras, tem seu carácter romântico e "matador" satirizado quase todo o tempo em que o mesmo está em cena.


Mas ele peca um pouco no quesito de não saber usar o nome de tantos atores famosos em uma única produção. Personagens como os de Jet Li e Arnold Schwarzenegger, são deixados para serem apresentados quase na metade da produção, enquanto o de Grammer aparece apenas em uma sequencia. Mas o maior ponto fraco da produção é o esperado embate entre Stallone e Gibson, que ao contrario de Van Damme, aqui o embate dura menos de dois minutos. A direção de Patrick Hughes ("Busca Sangrenta") procura focar mais nos momentos de ação, pois aqui há de sobra. Quanto aos efeitos especiais, eles também não são os melhores (afinal, os efeitos dos anos 70.80 e 90 eram bons comparados com os atuais?). "Os Mercenários 3" acaba se tornando mais um divertido capitulo da série que homenageia grandes produções de ação, que nos entretêm até hoje nas exaustivas reprises da televisão.

Obs: Apesar do filme ter vazado de forma ilegalmente em sites de downloads ilegais, um mês antes do lançamento oficial, optei mesmo assim por também assisti-la nos cinemas (em sua estreia, em uma sala XD do Cinemark). Sem nosso retorno financeiro, divertidas cine-séries como essa não seguirão mais em frente.

Nota:7,0/10,0

Imagens: Reprodução da internet

domingo, 17 de agosto de 2014

CRÍTICA - O GRANDE HOTEL BUDAPESTE


Wes Anderson já demonstrou ter sua personalidade na industria do cinema. Assim como Quentin Tarantino, Woody Allen, Steven Spielberg, este possui uma marca registrada em todas suas produções: ausência de efeitos especiais (que são substituídos por sequencias em "Stop-Motion" (cenas feitas com massinhas de modelar)), sempre mantendo quase com o mesmo elenco e alguns momentos com os mesmos "conversando" diretamente com a câmera, sem expressões, cuja ideia é simplesmente para demonstrar o desabafo de ambos caracteres em cena. Depois de três indicações ao Oscar (por "Os Excêntricos Tenenbaums", "Moonrise Kingdom" e a animação "O Fantástico Sr. Raposo"), Anderson volta as telas em um dos mais divertidos filmes do ano: "O Grande Hotel Budapeste".

Aqui vemos a história do famoso Hotel do título, cujo o funcionário M. Gustave (Ralph Fiennes, o Voldemort de "Harry Potter") vive somente em função deste, durante a época das Guerras Mundiais. Ele não imagina ter uma vida fora do mesmo, muito menos fugindo de sua habitual comodidade de se envolver com as hospedes idosas do local. Mas ele começa a ver um outro lado disto, quando o jovem Zero (Tony Revolori) é contratado para ser o novo "Mensageiro" do Hotel. Aos poucos ele começa a criar um laço de amizade com o garoto, até que um dia a frequente hospede do Budapeste, Madame D. (Tilda Swinton, de "Queime Depois de Ler") acaba falecendo. Apesar dela manter um romance secreto com Gustave, ela deixa em seu testamento que um de seus bens mais valiosos, o quadro "O Menino com a Maça" fique com este. Zangado com a escolha, seu filho Dmitri (Adrien Brody, de "O Pianista") o acusa de ter assassinado sua mãe, fazendo a vida de Gustave virar de cabeça para baixo. Mas para fazer sua acusação ter sentido, ele contrata o profissional Jopling (Willem Dafoe, de "A Culpa É das Estrelas"), que extermina todos aqueles que descobrem a verdade do fato.


No decorrer desta narrativa, notamos que Anderson procurou abordar cada momento de uma forma que não cansasse o espectador de forma alguma. Seu roteiro procurou ao máximo mesclar na dosagem certa os momentos românticos, cômicos, emocionantes e dando espaço para o suspense a partir do quarto ato. A fotografia procura ao máximo explorar as tonalidades pálidas e depressivas, como se fosse uma verdadeira transposição da obra roubada. O formato de tela utilizado aqui, quebrou bastante os paradigmas das atuais, pois Anderson procurou utilizar os usados nas produções dos respectivos anos em que a mesma se passa (maior parte da produção se passa na década de 30, época onde o formato da maioria das produções era 1:37 (formato das televisões antigas)), causando uma ótima referencia as produções da época. 


Assim como em suas produções anteriores, o retorno de seus antigos companheiros de trabalho como Owen Wilson, Bill Murray e Jason Schwartzman, continua mesmo com eles possuindo apenas poucos minutos em tela. Mas seus personagens são de extrema importância para a narrativa, assim como os de Edward Norton, Harvey Keitel e Jeff Goldblum (que aparecem bem mais que aqueles). Quanto Tony Revolori, em seu primeiro papel como protagonista ele até que se sai bem e possui um ótimo entrosamento com a jovem Saoirse Ronan ("Desejo e Reparação"), e com Fiennes. Este que acaba sendo um dos pontos positivos do filme, pois a demonstração de amizade entre ambos deixa claro que o fator menos importante é diferença de idade. "O Grande Hotel Budapeste" já apresenta de fato como um dos melhores filmes do ano, e forte candidato ao Oscar de roteiro original (creio que agora Wes Anderson irá levar). RECOMENDO!

Indicações ao Oscar: Filme, Direção, Roteiro Original, Maquiagem e Penteado, Figurino, Fotografia, Design de Produção e Trilha Sonora.
Ganhou: Maquiagem e Penteado, Design de Produção, Figurino e Trilha Sonora.

NOTA: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet


sábado, 16 de agosto de 2014

CRÍTICA - AS TARTARUGAS NINJAS


Pra quem cresceu nas décadas de 80 e 90, com certeza já ouviu falar sobre "As Tartarugas Ninjas". Seja com o desenho, ou as diversas adaptações para os cinemas que viraram clássicos da "Sessão da Tarde". Depois de sete anos desde "As Tartarugas Ninjas: O Retorno" (animação que foi a última empreitada destes nas telonas), a série ganha um novo filme através do famoso produtor e diretor Michael Bay (responsável pela série "Transformers"). Como era de se esperar, ele praticamente "trocou" os "Transformers" pelas "Tartarugas" e o resultado acabou sendo catastrófico. Depois de brigarem publicamente há cinco anos, Bay parece que fez as pazes com Megan Fox (sua musa de "Transformers") e a colocou como protagonista aqui. Ela vive a repórter April O'Neil, que junto com o seu mal humorado cameraman Vernon Fenwick (Will Arnett, de "Escorregando Para A Glória") sempre saem na busca do furo perfeito ou alguma matéria que faça alavancar sua carreira jornalistica. Até o dia em que ela se envolve em uma confusão no metro, pelo o qual é interrompida pelas famosas Tartarugas, que mais tarde se revelam como Raphael, Leonardo, Donathelo e Michelangelo. É então, que ela começa a descobrir que ela sempre este ligada com as mesmas, assim como seu falecido Pai. Na procura de respostas, ela acaba alertando o cientista Eric Sacks (William Fichtner, de "Elysium"), que possui um contato direto com o famoso vilão Destruidor (Tohoru Masamune, de "A Origem"), fazendo com que estes bolem um plano para destruir a cidade de Nova York. 


Como era de se esperar, o diretor Jonathan Liebesman (dos medianos "Fura de Titãs 2" e "Invasão do Mundo"), deixa a narrativa da produção beirando ao tédio até o terceiro ato. A história de como as Tartarugas foram desenvolvidas, foi deixada para escanteio e é abordada somente em Flashbacks e na abertura da película. O espaço maior acaba sendo da personagem de Megan Fox, pois a mesma acaba aparecendo mais do que o quarteto. Suas cenas novamente remetem ao que foi mostrado em "Transformers": caras, bocas e sensualidade, durante várias explosões e pancadaria de fundo (que parecem nunca ter fim). Seu entrosamento com Arnett (que até é um ator engraçado nas suas outras produções) soa extremamente forçado e a graça em seus momentos juntos, chega a se tornar extinta. Mas quem rouba a cena em "As Tartarugas Ninjas", é a sumida veterana Whoopi Goldberg ("Ghost: O Outro Lado da Vida"), que vive a chefe de April. Ela aparece durante poucos minutos no inicio, mas ela consegue ser um dos maiores destaques da película. Quanto ao vilão vivido por Fichtner, digamos que este já fez tantos papeis neste estilo ultimamente, que o que é visto em tela é apenas "mais do mesmo".


Os efeitos especiais estão de fato magníficos, de tal forma, que Raphael, Leonardo, Donathelo, Michelangelo, o rato Splinter e o Destruidor, parecem existir de verdade. Os efeitos sonoros estão bem realizados, apesar do 3D não acrescentar em absolutamente nada, a tecnologia se torna extremamente descartável. "As Tartarugas Ninjas" acaba se tornando, mais um Blockbuster que podia ter dado certo se os responsáveis não o tivessem transformado em mais um "Transformers" da vida.

Nota: 5,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 10 de agosto de 2014

CRÍTICA - O IMPÉRIO DO SOL


Depois de ter o privilégio de assistir pela primeira vez o clássico "O Poderoso Chefão", no cinema, através de uma iniciativa da rede Cinemark, assisti a mais uma produção na mesma: "O Império do Sol". Lançado em 1987, o filme acabou sendo lembrado somente na última década por um simples motivo: foi o primeiro filme de Christian Bale, que viveu o bilionário Bruce Wayne, na trilogia "O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan. Na época, ele tinha apenas 12 anos e ainda assim mostrava que já tinha talento. Ele vivia o garoto Jim Graham, que morava com seus Pais em Xangai, na China, durante a Segunda Guerra Mundial. Mas nesta época, o país sofria com a invasão das tropas Japonesas. Mas como ele é apenas uma criança, seus Pais e parentes sempre lhe protegiam desses conflitos que aconteciam naquela época. É então que quando acontece uma imensa invasão das tropas japonesas por lá, Jim e seus Pais saem em disparada para uma embarcação que os levará para fora da cidade. Só que no meio da multidão, os três acabam se separando, fazendo ele se virar sozinho para conseguir sobreviver no meio da guerra. É no desespero que ele conhece um estranho que o leva para sua casa, onde conhece o estranho muambeiro Basie (John Malkovich, de "Johnny English"). Este acaba explorando Jim das mais infinitas formas, até que eles são capturados e mandados para um campo de concentração Japonês. É ali que este irá mostrar toda sua capacidade e inteligência, impressionando todos os que vivem ali.


Spielberg mais uma vez acerta em sua narrativa, focando apenas como o garoto vê as situações, principalmente a guerra que ocorre a sua volta. Bale já mostrou ter talento desde essa produção, onde vive um garoto que sofre a lá "Bruce Wayne". A inocência que ele transmite em seu personagem, já serve para sentirmos ódio cada vez mais do personagem de Malkovich (que ao meu ver, foi ai que ele se consagrou como o "vilão louco" da maioria de seus filmes). Este que também arrasa no papel, onde tem como um dos seus comparsas vividos por Ben Stiller ("Entrando Numa Fria"), que também está em seus primeiros filmes. 


A trilha sonora composta por John Williams (um dos maiores compositores do cinema), enaltece o drama em cena, enaltecendo ainda mais a sequencia onde Bale canta a música "Suo Gân", no qual todos a sua volta ficam abismados com o patriotismo e ao mesmo tempo inocência do garoto. A fotografia de Allen Daviau ("E.T. - O Extraterrestre"), usa e abusa da tonalidade pálida para transpor as sensações que são mostradas em cena. Quanto o roteiro de Tom Stoppard ("Shakespeare Apaixonado") e Menno Meyjes ("A Cor Purpura"), procura não mostrar o garoto em nenhum tempo abatido, mas sim levando tudo como uma enorme brincadeira. "O Império do Sol" é mais um divertido clássico de Steven Spielberg, que no cinema atual dificilmente veremos algo parecido. RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

CRÍTICA - OS GUARDIÕES DA GALÁXIA


Depois de seis anos desde o lançamento de "Homem de Ferro", as adaptações cinematográficas assinadas pela própria Marvel vem crescendo cada vez mais. Já vimos as histórias dos conhecidos heróis "Capitão América", "Thor" e "Hulk". Mas em uma radical atitude, eles resolveram apresentar ao público um time que podemos dizer que foi o pioneiro de todos eles: "Os Guardiões da Galáxia". As histórias focavam no grupo formado pelo humano Peter Quill (Chris Pratt, de "A Hora Mais Escura"), o guaxinim falante Rocket (dublado por Bradley Cooper, de "O Lado Bom da Vida"), a árvore Groot (dublada por Vin Diesel, de "Velozes e Furiosos") e os aliens Gamorra (Zoe Saldana, de "Avatar") e Drax (Dave Bautista, de "Riddick 3"). O contexto tem inicio em 1988, com o falecimento da mãe de Quill. Que ao presenciar o acontecimento, sai do hospital e é sugado por uma nave alienígena. É então que voltamos aos dias atuais, com ele trabalhando como um caçador de recompensas intitulado "Senhor das Galáxias". Mas até o dia em que ele furta um objeto que é cobiçado pelo consumo de Ronan (Lee Peace, de "Hobbit: Uma Jornada Inesperada"), que trabalha para Thanos (Josh Brolin, de "Onde Os Fracos Não Tem Vez"). O que faz o grupo se unir, para deixar o objeto nas mãos certas (já que o mesmo tem a capacidade de destruir um planeta inteiro).


Ao longo da produção, notamos diversas "pontas" de atores conhecidos como Glenn Close (a famosa Cruela Devil, de "101 Dalmatas"), Benicio Del Toro ("21 Gramas"), John C. Reilly ("Quase Irmãos") e Djimon Hounsou ("Diamante de Sangue"). Todos eles possuem papeis importantes na história, só que na escolhida por James Gunn ("Seres Rastejantes"), eles possuem apenas os momentos necessários. Assim como a narrativa exercida pela dupla que comandou "Capitão América: O Soldado Invernal", que fizeram uma clara homenagem aos filmes de espionagem e ação de James Bond e Jason Bourne, Gunn opta por trabalhar claras homenagens as clássicas produções de George Lucas: "Star Wars" e "Indiana Jones". O contexto que envolve as viagens pela galáxia, chega a reviver os divertidos momentos que as franquias nos trouxeram. O personagem vivido por Pratt é claramente uma nova releitura dos protagonistas do cinema desta época, assim como os outros integrantes do time de "Guardiões da Galáxia". A atuação deste time está extremamente divertida, e está claro que todos ali conseguiram dosar o timing cômico e dramático. 


Além desta clara homenagem, Gunn nos apresenta uma ótima trilha sonora que homenageia grandes sucessos dos anos 80, como "Come and Get Your Love" do RedBone (que serve de abertura para a produção, com um divertido número musical feito por Pratt), Cherry Bomb do "The Runaways" e claro a famosa musica dos comerciais e trailer do filme: "Hooked on a Feeling" do Blue Swede. Essas músicas aumentam ainda mais o clima oitentista da produção, que ainda conta com diversos momentos que tornam a tecnologia 3D indispensável. Que com a fotografia assinada por Ben Davis ("Kick-Ass: Quebrando Tudo"), que aproveita a profundidade em qualquer ambiente e momento da película, assim como os clássicos objetos, mãos e armas vindo em nossa direção. "Guardiões da Galáxia" conseguiu o que poucos Blockbusters conseguiram esse ano: ter um roteiro, efeitos e atuações de qualidade (algo que "Transformers: A Era da Extinção" não teve). RECOMENDO!

Obs:  Logo após os créditos finais, há uma cena que não é importante para o contexto de "Os Vingadores: A Era de Ultron", mas conta com um personagem famoso dos quadrinhos e do cinema dos anos 80.

NOTA: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet