sábado, 27 de abril de 2013

CRÍTICA - HOMEM DE FERRO 3


Em 2008 teve inicio a primeira fase de filmes de super-heróis do universo Marvel, iniciando-se por "Homem de Ferro", seguido de "O Incrível Hulk", "Thor”, "Capitão América" e terminando esta com a super produção "Os Vingadores". Dando inicio a fase dois, chega aos cinemas "Homem de Ferro 3". 

"Gênio, Bilionário, Playboy, Filantropo", com base desta frase podemos definir completamente o perfil do personagem Tony Stark, vivido pelo grande Robert Downey Jr. ("Sherlock Holmes") pela quarta vez. Em "Homem de Ferro 3" Downey demonstra uma ótima atuação, pela qual garante mais dramaticidade e conforto em sua interpretação do carismático Stark. Aqui ele vive uma enorme depressão devido ao incidente ocorrido em Nova York visto em "Os Vingadores",e consequentemente acaba sofrendo várias crises de insônia e ansiedade, mas dentre estas, ele se dedica em novas e diferentes inovações de suas criações, sendo que isso acaba afetando o seu namoro com Pepper Potts (Gwyneth Paltrow, de "Contágio").

Ao mesmo tempo a nação estadunidense acaba sofrendo várias ameaças do misterioso vilão Mandarin (Ben Kingsley de "A Ilha do Medo", ótimo neste papel), sendo que o mesmo mais tarde destrói completamente a mansão de Stark em Malibu (como visto nos trailers). Mesclando a estes acontecimentos, este acaba reencontrando alguns conhecidos do passado, como sua ex-namorada Maya Hansen (Rebecca Hall, de "Vicky Cristina Barcelona") e o fundador da organização privada, a A.I.M., Aldrich Killian (Guy Pearce, de "Promotheus") que foca no desenvolvimento do vírus Extremis, que trás aos seres humanos uma força incomum. A atuação de Hall aqui está ótima, conseguindo ser convincente em cena assim como Pearce, que já é conhecido por ser o vilão de vários outros filmes recentes, como "Um Faz de Conta de Acontece" e "O Pacto". Já Kingsley consegue roubar a cena quando aparece, sendo o alivio cômico em certos pontos. Mas no fundo, senti falta de um grande vilão de verdade (que saudades do Coringa de Health Ledger), pois ainda prefiro os antecessores Ivan Vanko (Mickey Rourke, de "Os Mercenários") e Obadiah Stane (Jeff Bridges, de "Tron o Legado").

  
No meio de tantos Blockbusters recentes como "G.I. Joe: Retaliação" e "Invasão a Casa Branca", o alvo continua sendo o Presidente dos Eua (vivido aqui por William Sadler de "A Beira do Abismo"), mas o diferencial de "Homem de Ferro 3" sobre esta abordagem é a crítica que Stark realiza quando aquele apresenta a nova armadura da Maquina de Combate que seu melhor amigo James Rhodes (Don Cheadle de "Onze Homens e Um Segredo") irá utilizar, sendo que sua coloração é completamente semelhante a do Capitão América. Ao saber do fato, Stark brinca a situação (como sempre) falando que nem sempre o governo americano tem a solução e chegam a beirar no ridículo para aparecer.

Mas a produção apresenta excelente qualidade graças ao excelente trabalho do diretor Shane Black que ja trabalhou com Downey Jr. no divertido "Beijos e Tiros", sendo que aquele substitui a função de Jon Favreau que dirigiu os dois primeiros, e retorna aqui atuando como o divertido "segurança" de Stark, Happy Hogan, que aqui ganha mais espaço em cena e consegue exercer sua atuação com louvor. Já em sua trilha sonora, senti certa falta das músicas do "AC/DC", pois como a trama se passa na época do natal, 80% das músicas são sobre este, mas as melodias de Brian Tyler (de "Premonição 5") estão dosadas na medida certa, reforçando assim os principais momentos do filme. Assim como a fotografia, que está excelente e chega a ajudar na execução dos efeitos especiais e na mixagem e edição de som, onde o destaque está na sequência da destruição da Mansão Stark em Malibu. Confesso agora que não me espantaria se este fosse indicado ao Oscar por essas categorias.


Já sobre a tecnologia 3D deixarei claro que não gostei, pois não houve profundidade, nem a conhecida interação com o público (onde objetos são jogados em cima de nós), ou seja, típico resultado de 3D convertido as pressas. Agora, somente três filmes me fizeram ovacioná-los em seu desfecho (sendo eles "Tropa de Elite 2", "Django Livre" e "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge") e posso garanti-los que inclui "Homem de Ferro 3" nesta lista, pois conseguiu fechar a trilogia com um merecido louvor. 

Agora uma pequena observação: NÃO SAIA DA SALA ATÉ ACABAREM COMPLETAMENTE OS CRÉDITOS FINAIS, pois ocorrerá um momento divertido entre Stark e algum personagem conhecido do Universo Marvel. RECOMENDO!!

domingo, 21 de abril de 2013

CRÍTICA - TODO MUNDO EM PÂNICO 5

                        

As comédias satíricas normalmente são meio duvidosas em um contexto geral, pois elas normalmente brincam com várias produções de sucesso, mas normalmente resultam em comédias do tipo "pastelão". Esse tipo de filme era sucesso na década de 80, tendo o falecido Leslie Nielsen como o grande astro no gênero, em produções como "Apertem os Cintos, Que o Piloto Sumiu" e "Corra Que a Polícia Vem Ai". Mas em 2000 os Irmãos Wayans criaram a série "Todo Mundo Em Pânico", que obteve um enorme sucesso mundial, tornando-se assim uma grande série satírica do cinema, sendo que seu foco era as produções de terror e suspense. Mas os Wayans acabaram se desligando da série no 3º longa, dando lugar ao diretor David Zucker, conhecido pelas grandes sátiras da década de 80 mencionadas acima. Em minha opinião a série melhorou nas mãos de Zucker, pois deixou um pouco de lado à cansativa baixaria gratuita que eram os dois primeiros e focando mais nas situações e nas atuações para ser assim mais semelhante o possível à produção satirizada.

Mas sete anos depois do "último capitulo da trilogia" foi lançado "Todo Mundo em Pânico 5", e devo admitir que a qualidade decaiu e muito. A começar pela protagonista onde ocorreu uma troca entre Anna Faris por Ashley Tisdale (a Sharpay de “High School Musical”) confesso que não gosto do trabalho de ambas, mas acabou afastando boa parte do público mesmo assim. Depois foi o diretor David Zucker no qual aqui trabalha como um dos roteiristas e produtor e passou a direção para Malcom D. Lee ("O Bom Filho a Casa Torna"). Com base nestes tópicos, já podemos ter uma noção do que esperar desta película.


O Filme tem como ponto de partida os atores Charlie Sheen e Lindsay Lohan na casa deste, se preparando para gravarem um vídeo erótico caseiro. Mas devido a alguns eventos sobrenaturais que ocorrem Lohan acaba possuída e mata Sheen, deixando órfãos os seus três filhos que acabaram ficando desaparecidos após o ocorrido. Mas elas acabam sendo encontradas por dois amigos maconheiros dentro de uma "casa na floresta". Logo elas são levadas para um orfanato e acabam sendo adotados pelo irmão de Sheen, Dan (Simon Rex, o único ator dos outros filmes da série) e Jody (Ashley Tisdale) e vão morar em uma casa repleta de câmeras de vigilância. As crianças então passam a demonstrar comportamentos estranhos e passam a chamar pela "Mamma" diversas vezes e consequentemente acabam prevendo alguns acidentes que estão para ocorrerem com as pessoas no ciclo delas. É dentre esses arcos que vemos várias referencias as produções "Mamma", "Cisne Negro", "A Origem", "Planeta dos Macacos: A Origem", "A Maldição do Demônio", "A Entidade", "Atividade Paranormal", inclusive "50 Tons de Cinza" no qual não chegou a ser filmado, mas aqui conta com  Jerry O'Connell ("Canguru Jack") no papel do galã misterioso Christian Grey.


A fórmula se demonstra muito batida e cansativa em certo ponto da produção e algumas situações que beirão ao constrangimento para fazer graça. Com toda a sinceridade a maior graça de "Todo Mundo em Pânico 5", é o arco pastelão que a produção possuí, pois é um tipo de gênero já extinto e sempre há algum momento no qual acabamos caindo na gargalhada. Mas confesso agora que se o filme fosse focado somente nos personagens de Charlie e Lohan, ele funcionaria e muito.
Agora confesso que cresci vendo todos os filmes da série e sempre os admirei, mas este foi o mais fraco de todos quando não deveria ser, pois foi realizado com o propósito de apresentá-lo a nova geração como os recentes "Pânico 4" e "American Pie: o Reencontro".Mas resultou um enorme e fraco do que poderia ser um reboot. 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

CRÍTICA - OS PENETRAS



Marcelo Adnet tem se mostrado um dos maiores humoristas da nova geração, através de seu insuperável carisma no qual realiza inúmeras imitações e feições das mais variadas celebridades como José Wilker, Marilia Gabriela, Luciano Hulk e etc. Não é a toa que saiu da "MTV" migrando para a "Rede Globo". Já Eduardo Sterblitch integra o programa do "Pânico na Tv" há certo tempo, vem mostrando as mesmas qualidades de Adnet, roubando a cena muitas vezes no programa. Vendo o potencial de ambos, a Globo Filmes decidiu então escalá-los para a comédia "Os Penetras", que originalmente tinha Selton Mello e Rodrigo Santoro nos papeis principais. Resultado: poderia ter sido melhor.

Dirigido por Andrucha Waddington ("Lope"), conta a história de um vigarista com pinta de galã chamado Marco Polo (Adnet), que juntamente com seu parceiro Nelson (Stepan Nercessian) aplicam os mais diferentes golpes em diversos turistas e principalmente nas pessoas pouco expertas, como o desiludido Beto (Sterblitch) cuja namorada Laura (Mariana Ximenez) o deixou e decide então se suicidar e acaba sendo salvo por Marco. Tendo em vista a fragilidade daquele, é dada então a largada de golpes de Marco em cima de Beto começando com jantares em restaurantes chiques, tendo em conta a ótima sequência de imitação de José Wilker por Adnet, onde o mesmo exibe uma naturalidade em sua atuação, mas se perde em determinados momentos devido a piadas batidas, como a do "cabelo na sopa" para não pagar a conta. Mas o circo começa a pegar fogo quando Beto convence Marco a falar com sua ex-namorada para ele assim poder reatar com ela. Ximenez e Adnet não possuem química alguma, sendo que sua personagem vende a idéia de ser a grande safada do filme desde sua primeira aparição (mesmo sendo loira).

É deste ponto que a produção começa a se perder, onde vira um festival de exibição de festas chiques, referências a outras produções estadunidenses como "amigos, amigos, mulheres a parte" e "Se Beber Não Case!" e claro baixaria desnecessária.  Assim como outras produções cômicas nacionais, está sofre da mesma maldição na qual depois da metade de exibição a graça se perde e não conseguimos mais achar graça em nada do que é mostrado em tela

Andrucha também roteirizou a comédia com mais outros cinco (isso mesmo, foram seis roteiristas), não conseguiu explorar aquilo que poderia ter sido uma comédia divertidíssima, no qual a química entre os dois maiores humoristas do Brasil Adnet e Sterblitch é deixada de lado mesmo eles possuindo algumas sequências realmente hilárias, mas nada marcante (quando realmente deveria ser). As participações de Luiz Gustavo e Suzana Vieira soaram um tanto que forçadas, diferente de Andrea Beltrão que estava hilária. O que também tenta ajudar no desenrolar da trama é o excelente trabalho das equipes de fotografia e câmera, que não utilizam a clássica técnica de "filme/novela/seriado", demonstrando que as produções nacionais estão evoluindo mais para esse ponto felizmente, ao invés dos roteiros regulares que tem uma idéia principal bacana, mas que beiram ao ridículo e clichê em seu desfecho. Independente dos fatos, o filme foi uma das maiores bilheterias do cinema nacional nesta época de retomada, demonstrando que é exatamente isso que o espectador brasileiro curte: comédias clichês, onde o roteiro é praticamente um genérico estadunidense. 

terça-feira, 16 de abril de 2013

CRÍTICA - J. EDGAR


Gostaria de deixar claro primeiramente que admiro o trabalho do grande veterano Clint Eastwood, pois ele consegue exercer a função de ator e diretor com excelência, algo que poucos até hoje conseguiram de verdade em minha opinião (vide Bem Affleck e Sean Penn). Mas em "J. Edgar" Clint demonstra uma direção completamente forçada, mesmo tendo uma carreira de 60 anos e quatro Oscars, cujo astro Leonardo DiCaprio demonstra a mesma reação, assim como os outros atores em cena.


Em “J. Edgar” DiCaprio vive o famoso (somente para os estadunidenses) J. Edgar Hoover, um dos principais chefões do FBI na década de 30 que capturou diversos gangsteres famosos da época como John Dillinger, Pretty Boy Floyd e Baby Face (cuja história também é contada no filme “Inimigos Públicos”), e também criou o moderno sistema de criminalização atual através da identificação de digitais. Primeiramente vemos o trabalho horrível da equipe de maquiagem, que utiliza lentes de contato tão negras em DiCaprio que tende a parecer que o mesmo possui olho de gato, assim como seu penteado horrível (dando a entender que até os cabeleireiros estavam de enjoados com a produção). Em certos momentos nos deparamos entre uma sequência ou outra com Hoover na velhice, narrando suas trajetórias no FBI para alguns agentes (um deles inclusive é o falso Tom Cruise, o ator Miles Fischer de “Premonição 5”), mas a maquiagem utilizada em Dicaprio, Armie Harmmer e Noami Watts, estragam completamente o clima destas cenas, pois parece que foram feitas por crianças em uma aula de artes do ensino fundamental.

A cena dos discursos exercidos por J. Edgar soam tão forçadas que não convencem o espectador (vide o pôster horrível do filme), assim como na cena da tentativa de beijo na biblioteca em Helen Gandy (Noami Watts, de “O Impossível”, foto acima),  que futuramente se transforma em sua secretária de confiança. Mas o que Edgar esconde realmente é sua homossexualidade e sua paixão por seu alter-ego Clyde Tolson (Armie Hamer, de “Espelho, Espelho Meu”), sendo este grande o ponto forte da produção, cujo ocorrem sérios conflitos e discussões entre Edgar e sua Mãe Annie Hoover (Judi Dench, de “007 – Operação Skyfall”), sendo que logo após seu falecimento vestiu o vestido desta. Mas infelizmente é desperdiçada mesmo com a ótima química entre Armie e Leonardo (a cena do beijo entre eles foi outro ponto forte).

Um fator que chega a ser desgastante no decorrer do filme é a horrenda fotografia, que utiliza tons tão depressivos que chega a dar sono em certo ponto.  Chegamos à conclusão que essa foi uma produção literalmente forçada, onde idealizamos o ponto que está o ator Leonardo DiCaprio para conquistar seu sonhado Oscar finalmente, com o apoio de um dos grandes nomes em Hollywood que é Clint Eastwood, só que devido a esta horrenda produção conseguiu somente uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator. Fuja!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

CRÍTICA - MAMA


Do gênero terror, mas com uma história de suspense, Mama foi dirigido por Andres Muschietti, e teve como produtor Guillermo Del Toro. Nesse longa metragem com duração de 1h40min estão no elenco de atores, Jéssica Chastain e Nikolaj Coster-Waldau. As garotas são interpretadas por Megan Charpentier e Isabelle Nelisse.
A história gira em torno de duas garotas Victoria (Megan Charpentier) e Lilly (Isabelle Nelisse). Elas são encontradas numa cabana no meio da floresta. As meninas haviam sido abandonadas ali, há cinco anos pelo pai, após ter matado a esposa, por motivos não explicados no filme.  Resgatadas, as garotas são acolhidas pelo tio Lucas (Nikolaj Coster-Waldau) e sua namorada Annabel (Jéssica Chastain), que sempre se perguntam como elas se alimentavam, já que eram pequenas e não sabiam cozinhar.

As respostas começam a ser procuradas, quando todos estranham o comportamento das duas.  Questionadas sobre com quem interagem durante a madrugada, elas revelam o nome do espírito que as rodeia, MAMA. A partir daí, uma busca incessante pelas razões do fantasma ter contatocom as meninas, começa.
As atuações de Nikolaj e Jéssica são boas, eles realmente encarnam os personagens. Assim como Megan e Isabelle. Pena que tantos talentos foram jogados fora, numa história ruim. Há uma grande virada no final da película, quando as investigações dos personagens começam a revelar as respostas. Essa virada traz um resultado que não é o que se espera de uma boa história de suspense/terror. O slogan “amor de mãe é eterno”, usado nas propagandas do longa, faz sentido até certo ponto.

Tal resultado, nos leva a conclusão de que o filme foi feito apenas para assustar, e mesmo assim não tanto quanto deveria. Explicando melhor: os efeitos usados para constituir o fantasma/monstro, são horríveis. Tão horríveis, que ficam visíveis os traços que indicam que é uma computação gráfica barata. As cenas de susto ficam mesmo por conta dos momentos de suspense que também são clichês. Tem-se como exemplo, uma cena onde Annabel, após escutar um barulho, vai verificar o que há no armário do quarto. Por todos esses motivos, se você assistir ao filme, procurando uma boa história e efeitos inovadores, esqueça.
Crítica escrita pelo contribuinte: Lucas Martins Santos

domingo, 14 de abril de 2013

CRÍTICA - OBLIVION


Tom Cruise vem se mostrando um verdadeiro astro de Hollywood, onde conseguiu em tempos de "Crepúsculo" da vida, conquistar o ápice de galã e ser um dos grandes atores dessa geração. Digo isso, pois assisti praticamente a todos os filmes de sua carreira (incluindo o seu primeiro filme, o clássico "Negócio Arriscado") e devo assumir que nos últimos 10 anos, principalmente nas produções "Colateral" (como um assassino de aluguel), "Trovão Tropical" (como um produtor boca suja), "Rock Of Ages - O Filme" (como um rouqueiro sem noção, inclusive ele cantou diversas músicas neste) e na série "Missão Impossível" (vivendo o famoso agente Ethan Hunt), ele interpretou de forma excelente quatro caracteres completamente distintos, sendo que no segundo e terceiro casos mencionados, Cruise consegue roubar a cena em todas as cenas que aparece.
Novamente mudando seu estilo de personagem, em "Oblivion” (que em tradução ao português significa "esquecimento") Cruise interpreta de forma excelente e carismática o astronauta Jack Harper, que juntamente com a sua parceira Vika (Andrea Riseborough) e com as coordenadas da chefa de sua organização Sally (Melissa Leo, vencedora do Oscar por "O Vencedor") realizam uma vistoria do que ainda restou de uma terra pós-apocalipse no ano de 2077, com o objetivo de procurar e proteger algum sinal vital por onde passam. Assim como monitorar as diversas maquinas que transportam água dos mares para o uma colonia lunar chamada Titã que fica perto de Saturno, onde se encontram os poucos sobreviventes humanos. Através um excelente trabalho do diretor de fotografia Claudio Miranda (vencedor do Oscar por "As Aventuras de Pi", e já trabalhou com o diretor Joseph Kosinski em "Tron o Legado"), nos demonstra aqui uma terra completamente devastada por alienígenas e sob ruínas, onde monumentos como o Pentágono e Torre Eifel estão ali, mas parcialmente cobertos de areia.

Execelente trabalho também da equipe de efeitos visuais, que somente pelas sequências de Jack vistoriando o mundo em sua nave, já garantem uma futura e provável indicação ao Oscar de melhores efeitos visuais em 2014. Durante o seu serviço, Jack se refugia uma vez ou outra em uma casa fora do conhecimento de Vika, onde possui localiza-se em um local onde há sinais de natureza viva e vários artigos que acha durante o seu serviço como discos de vinil, livros e artigos de basebol. Sendo que somente desta idéia inicial, podemos sacar a grande referência que o diretor e roteirista Joseph Kosinski realizou com a grande animação "Wall-E", sendo que o robô é substituído por Jack somente. Claro que também há várias outras como Alien - O Oitavo Passageiro, 2011 - Uma Odisséia no Espaço, Solaris e etc.


Já Restando apenas algumas semanas para o término do serviço, Jack se depara com uma explosão e vistoriando a mesma encontra várias cápsulas com pessoas dentro delas, mas todas acabam sendo explodidas, restando apenas a de uma misteriosa mulher chamada Julia (Olga Kurylenco, de "007 Quantum Of Solace"), no qual Jack tem visto em seus sonhos com uma enorme frequência. Honestamente Cruise possui uma enorme química com Kurylenco e o carisma dela ajuda na interpretação de sua personagem, assim como com Riseborough, dando então a largada ao momento clichê do triangulo amoroso entre Jack, Vika e Julia. Mas dentre conflitos de ciúmes provocados por Vika, Jack descobre através de Julia que tudo aquilo que pensa é completamente diferente da grande realidade. Kosinski nos entrega uma história completamente original, onde a ação fica em segundo plano e faz questão de inserir ao decorrer da trama diversas surpresas e reviravoltas, assim como explicações aos fatos demonstrados nos mínimos detalhes. Vale também o destaque para o grande Morgan Freeman, que mesmo com uma participação pequena demonstra se em uma atuação semelhante a de seu "Deus - Todo Poderoso", só que aqui seu substituto é Tom Cruise e não Jim Carrey. Recomendo.

domingo, 7 de abril de 2013

CRÍTICA - INVASÃO A CASA BRANCA


Essa é mais uma daquelas típicas produções onde deixamos o cérebro em casa antes de irmos ao cinema, compramos aquela pipoca gigante, acompanhada daquele refrigerante e dedicamos duas horas de nosso dia para ver uma produção completamente descontraída, onde só há tiros e explosões. Esse é o caso do recente "Invasão a Casa Branca", onde temos Gerard Butler (o Leonidas de "300"), como Mike Banning, o qual trabalha como segurança do Presidente dos Eua (Aaron Eckheart, o Duas Caras de "Batman o Cavaleiro das Trevas"). Até que um dia não consegue evitar uma fatalidade envolvendo a Primeira Dama Americana (Ashley Judd), e não consegue superar o ocorrido. Então, durante uma reunião na Casa Branca, a Coréia do Norte realiza uma invasão aos Eua, o qual todos os homens do Presidente são brutalmente assassinados, e fazem o mesmo e seu pessoal reféns, mas o que eles não contavam é que Mike foi o único sobrevivente, que por conta própria procura salvar o Presidente.


As produções estadunidenses tem um certo problema, onde procuram idealizar a idéia de patriotismo em suas produções, e aqui é até de uma certa forma exagerada, onde desde a trilha sonora, até os discursos do Presidente e dos coadjuvantes soam em orgulho a pátria, o que nos mostra claramente a atuação forçada de Eckheart, sendo que o mesmo repete sua atuação como Harvey Dent. Outro fator, também é abordagem deles em relação ao conflito atual com a Coréia do Norte (abordado também nos recentes "G.I Joe Retaliação" e "Amanhecer Violento"), onde eles demonstram que eles são os vilões, enquanto os Eua são as vitimas, quando na verdade nessa batalha não definimos na verdade que é o mais "sem noção".


Morgan Freeman, Angela Basset e Robert Forster demonstram boas atuações, mesmo estando o tempo todo na sala de defesa, trocando instruções com Mike. Gerard Butler demonstra-se ótimo no papel, deixando claro que também é um ator de filmes de ação. Mas quem brilha mesmo é Rick Yune, que interpreta aqui o vilão, onde nos demonstra uma dosagem no nível certo, fazendo o público sentir ódio de seu personagem. Quem assina a direção é Antoine Fuqua ("Dia de Treinamento"), nos demonstra aqui um ótimo trabalho, inclusive na sequência de invasão a Washington, onde exagera no sangue, até mesmo nas cenas de tortura (sem medo algum de pegar um possível NC - 17, onde menores de 17 anos não podem assistir nos cinemas em hipótese alguma), mas uma enorme pena que os efeitos desta produção foram completamente de segunda, o que prejudica completamente um pouco as cenas. Mesmo assim, o diretor consegue prender nossa atenção completamente durante os 110 minutos de filme, transformando uma idéia clichê e completamente patriótica, em um divertido filme de matine. E que venha agora a versão de Roland Emmerich “Ataque à Casa Branca”, com Jamie Foxx representando o Presidente Estadunidense e Channing Tatum como o seu segurança. Recomendo. 

sexta-feira, 5 de abril de 2013

CRÍTICA - SEM LIMITES



Bradley Cooper, um ator que vem se demonstrado muito versátil em suas ultimas produções, mas em "Sem Limites", ele demonstra que consegue uma ótima parceria com Robert DeNiro, em um roteiro completamente diferente e original. Aqui ele vive Edward Morra, um escritor que sofre de uma crise criativa, e está nas piores: mora em um apartamento sujo, sua namorada (Abbie Cornish) o deixou e anda como um mendigo. Mas um dia, ao encontrar seu ex-cunhado (Johnny Whitworth), ele lhe oferece a droga "NZT", onde pretende liberar 100% de sua capacidade cerebral. Assim que ele começa a se tornar usuário, sua vida muda completamente, ele escreve um livro de 400 páginas em um dia, aprende outros idiomas só ouvindo, perde seus medos e ansiedades, domina qualquer tipo de assunto, sua namorada volta para ele, possui facilidade na matemática, o que o leva a trabalhar em Wall Street, tornando-se um rico empresário, chamando assim a atenção do poderoso empresário Carl Von Loon (Robert DeNiro).


O filme consegue demonstrar claramente os problemas de um usuário de drogas, onde no inicio parece a maior brisa, sendo que posteriormente chega o pesadelo, onde o celebro não distingue o que é real ou fictício. Bradley (o qual assumiu que foi usuário de drogas na adolescência) atua com perfeição o personagem, sabendo distinguir os momentos de nóia e clareza de Edward, isso tudo com o excelente trabalho da equipe de maquiagem, onde o transformou em um verdadeiro indigente no começo da fita. Abbie Cornish vive o típico papel de loira burra, pois em meio a tantos benefícios da "NZT", nega a ser usuária da droga, enquanto os outros personagens tentam personificar o seu uso. DeNiro demonstra-se em uma atuação considerável, do seu jeito mais marcante, sendo a casca grossa da produção (mesmo aparecendo a partir da metade do filme), quanto a sua química com Cooper foi ótima, tanto que ambos atuaram juntos novamente em "O Lado Bom da Vida".
O diretor Niel Burger (o mesmo de "O Ilusionista"), faz aqui um ótimo trabalho, com uma filmagem dando prioridade para os diálogos e deixando de lado o ambiente (mesmo o filme sendo narrado por Morra). Uma ótima jogada foi também os ambientes serem transmitidos rapidamente, para sentirmos a mesma sensação que Edward estava sentindo, em certos momentos. Mas de fato, o roteiro obtém alguns descuidos, dando a entender no fundo, que nem o roteirista consegue obter tamanha capacidade cerebral comparada ao protagonista.


A música tema do filme é da banda The Black Keys "Howlin' For You", demonstra-se certa para esta produção, trazendo uma certa classe para o mesmo. Confesso que a produção se tornou uma de minhas favoritas, pois em tempos de pouca criatividade, o filme consegue prender sua atenção do principio ao desfecho. Recomendo.

CRÍTICA - OS OUTROS CARAS


Esse é mais um exemplo de produção que ocorreu graças à cerimônia do Oscar (assim como a parceria recente entre Anne Hathaway e Hugh Jackman, em "Os Miseráveis"), onde Will Ferrell fez uma piada ao personagem, do indicado daquela cerimônia Mark Wahlberg, onde ambos demonstraram boa química no momento, resultando em várias risadas momentâneas. Cerca de seis meses depois foi anunciado um filme com ambos, onde satiriza as produções policiais (gênero o qual Wahlberg é especializado). Farrell, anteriormente já havia satirizado os filmes de corridas com "Ricky Bobby", esportivos com "Escorregando para a Glória", nos apresenta agora "Os Outros Caras".


Ferrell e Wahlberg interpretam aqui os policiais Allen Gamble e Terry Hoitz, onde não saem da mesa de seus escritórios na delegacia de policia, e sonham em um dia se tornarem os idolos da cidade, com Danson e Righsmith (Dwayne Johnson e Samuel L. Jackson). Mas devido a uma fatalidade com estes (onde podemos classificar como humor negro ou momento sem noção), chegou a hora de Allen e Terry brilharem, mas acabam se envolvendo acidentalmente em um enorme esquema de corrupção política liderado por David Ershon (Steve Coogan).


O diretor da produção é Adam McKay, parceiro de Farrell em grande maioria de suas produções, aqui faz um trabalho excelente, onde sabe lidar muito bem as sequências de ação e comédia da produção. A química entre Johnson e Jackson no começo do filme é ótima, como os dois policiais canastrões, assim como a entre Will e Wahlberg, onde enquanto um é um completo bobão, o outro se demonstra muito mais durão em cena, onde na maioria das vezes resulta em discussões e sequências hilárias, como a discussão filosófica abordando se um leão derrotaria um atum em pleno oceano, ou no momento em que somos apresentados a esposa de Allen (Eva Mendes), onde Terry não acredita que uma mulher tão perfeita e linda, pode estar com alguém como seu parceiro. Além disso, Will Ferrel pode demonstra mais uma vez que quando quer, tem talento e de sobra para o gênero da comédia. Quem também está nessa produção é Michael Keaton, onde interpreta o Capitão de Policia Gene Mauch, com uma atuação satisfatória. Steve Coogan consegue nos entregar um vilão extremamente pilantra, onde em certo ponto, faz nossos heróis de otários, sendo que os mesmos não se ligam, mas sem deixar de ser divertido, claro.
Depois de tantas frases marcantes no cinema, neste o personagem de Wahlberg solta em alguns momentos, uma das frases mais engraçadas das comédias da nova geração: "eu sou um pavão, e vocês tem que me deixar voar!", expressando-se em tom sério e nervoso, o que trás mais graça ainda a situação. Não posso deixar de destacar as referências a "Pulp Fiction"e "Starsky e Hutch", onde ficam claras as intenções da produção, uma sátira sutil, onde não se vendem como os "Inatividades Paranormais" da vida. Recomendo!