sexta-feira, 5 de abril de 2013

CRÍTICA - SEM LIMITES



Bradley Cooper, um ator que vem se demonstrado muito versátil em suas ultimas produções, mas em "Sem Limites", ele demonstra que consegue uma ótima parceria com Robert DeNiro, em um roteiro completamente diferente e original. Aqui ele vive Edward Morra, um escritor que sofre de uma crise criativa, e está nas piores: mora em um apartamento sujo, sua namorada (Abbie Cornish) o deixou e anda como um mendigo. Mas um dia, ao encontrar seu ex-cunhado (Johnny Whitworth), ele lhe oferece a droga "NZT", onde pretende liberar 100% de sua capacidade cerebral. Assim que ele começa a se tornar usuário, sua vida muda completamente, ele escreve um livro de 400 páginas em um dia, aprende outros idiomas só ouvindo, perde seus medos e ansiedades, domina qualquer tipo de assunto, sua namorada volta para ele, possui facilidade na matemática, o que o leva a trabalhar em Wall Street, tornando-se um rico empresário, chamando assim a atenção do poderoso empresário Carl Von Loon (Robert DeNiro).


O filme consegue demonstrar claramente os problemas de um usuário de drogas, onde no inicio parece a maior brisa, sendo que posteriormente chega o pesadelo, onde o celebro não distingue o que é real ou fictício. Bradley (o qual assumiu que foi usuário de drogas na adolescência) atua com perfeição o personagem, sabendo distinguir os momentos de nóia e clareza de Edward, isso tudo com o excelente trabalho da equipe de maquiagem, onde o transformou em um verdadeiro indigente no começo da fita. Abbie Cornish vive o típico papel de loira burra, pois em meio a tantos benefícios da "NZT", nega a ser usuária da droga, enquanto os outros personagens tentam personificar o seu uso. DeNiro demonstra-se em uma atuação considerável, do seu jeito mais marcante, sendo a casca grossa da produção (mesmo aparecendo a partir da metade do filme), quanto a sua química com Cooper foi ótima, tanto que ambos atuaram juntos novamente em "O Lado Bom da Vida".
O diretor Niel Burger (o mesmo de "O Ilusionista"), faz aqui um ótimo trabalho, com uma filmagem dando prioridade para os diálogos e deixando de lado o ambiente (mesmo o filme sendo narrado por Morra). Uma ótima jogada foi também os ambientes serem transmitidos rapidamente, para sentirmos a mesma sensação que Edward estava sentindo, em certos momentos. Mas de fato, o roteiro obtém alguns descuidos, dando a entender no fundo, que nem o roteirista consegue obter tamanha capacidade cerebral comparada ao protagonista.


A música tema do filme é da banda The Black Keys "Howlin' For You", demonstra-se certa para esta produção, trazendo uma certa classe para o mesmo. Confesso que a produção se tornou uma de minhas favoritas, pois em tempos de pouca criatividade, o filme consegue prender sua atenção do principio ao desfecho. Recomendo.

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