terça-feira, 16 de abril de 2013

CRÍTICA - J. EDGAR


Gostaria de deixar claro primeiramente que admiro o trabalho do grande veterano Clint Eastwood, pois ele consegue exercer a função de ator e diretor com excelência, algo que poucos até hoje conseguiram de verdade em minha opinião (vide Bem Affleck e Sean Penn). Mas em "J. Edgar" Clint demonstra uma direção completamente forçada, mesmo tendo uma carreira de 60 anos e quatro Oscars, cujo astro Leonardo DiCaprio demonstra a mesma reação, assim como os outros atores em cena.


Em “J. Edgar” DiCaprio vive o famoso (somente para os estadunidenses) J. Edgar Hoover, um dos principais chefões do FBI na década de 30 que capturou diversos gangsteres famosos da época como John Dillinger, Pretty Boy Floyd e Baby Face (cuja história também é contada no filme “Inimigos Públicos”), e também criou o moderno sistema de criminalização atual através da identificação de digitais. Primeiramente vemos o trabalho horrível da equipe de maquiagem, que utiliza lentes de contato tão negras em DiCaprio que tende a parecer que o mesmo possui olho de gato, assim como seu penteado horrível (dando a entender que até os cabeleireiros estavam de enjoados com a produção). Em certos momentos nos deparamos entre uma sequência ou outra com Hoover na velhice, narrando suas trajetórias no FBI para alguns agentes (um deles inclusive é o falso Tom Cruise, o ator Miles Fischer de “Premonição 5”), mas a maquiagem utilizada em Dicaprio, Armie Harmmer e Noami Watts, estragam completamente o clima destas cenas, pois parece que foram feitas por crianças em uma aula de artes do ensino fundamental.

A cena dos discursos exercidos por J. Edgar soam tão forçadas que não convencem o espectador (vide o pôster horrível do filme), assim como na cena da tentativa de beijo na biblioteca em Helen Gandy (Noami Watts, de “O Impossível”, foto acima),  que futuramente se transforma em sua secretária de confiança. Mas o que Edgar esconde realmente é sua homossexualidade e sua paixão por seu alter-ego Clyde Tolson (Armie Hamer, de “Espelho, Espelho Meu”), sendo este grande o ponto forte da produção, cujo ocorrem sérios conflitos e discussões entre Edgar e sua Mãe Annie Hoover (Judi Dench, de “007 – Operação Skyfall”), sendo que logo após seu falecimento vestiu o vestido desta. Mas infelizmente é desperdiçada mesmo com a ótima química entre Armie e Leonardo (a cena do beijo entre eles foi outro ponto forte).

Um fator que chega a ser desgastante no decorrer do filme é a horrenda fotografia, que utiliza tons tão depressivos que chega a dar sono em certo ponto.  Chegamos à conclusão que essa foi uma produção literalmente forçada, onde idealizamos o ponto que está o ator Leonardo DiCaprio para conquistar seu sonhado Oscar finalmente, com o apoio de um dos grandes nomes em Hollywood que é Clint Eastwood, só que devido a esta horrenda produção conseguiu somente uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator. Fuja!

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