quarta-feira, 30 de julho de 2014

CRÍTICA - SEM EVIDÊNCIAS


Com dois dos maiores nomes das comédias românticas Reese Whiterspoon ("Legalmente Loira") e Colin Firth ("O Diário de Bidget Jones"), que um pouco antes de Metthew McCounaughey, também trocaram o gênero por produções mais sérias e acabaram ganhando o Oscar por causa disso. Agora ambos estrelam o novo filme do diretor Atom Egoyan (indicado ao Oscar por "O Doce Amanhã"), "Sem Evidências". Baseado em fatos verídicos, só que tendo como base o livro "Devils Knot: The True Story of the West Memphis Three" de Mara Leveritt, a produçãose passa em 1993 e foca no processo de julgamento dos jovens Damien Echols (James Hamrick), Jason Baldwin (Seth Meriwether) e Jessie Misskelley (Kris Higgins), acusados de assassinar três crianças em prol de um ritual satânico. Conforme as investigações vão avançando, o renomado advogado Ron Lax (Firth), vai percebendo que as declarações da policia e dos jovens não estão batendo, assim como as provas apresentadas. Ele então opta por defender os jovens no tribunal gratuitamente, pois ele tem a certeza de que eles não foram capazes deste ato. Ao mesmo tempo vemos o drama da mãe de uma das crianças (Whiterspoon), que assim como Ron começa a suspeitar de que todas as investigações não passam de uma farsa.


Apesar de sua gravidez estar claramente notável, Whiterspoon tem um papel pequeno na produção. Sua carga dramática está em um timming correto com a narrativa, apesar de evitar realizar diversas expressões clichês para produções do gênero. Firth também se encaixa nesse padrão de atuação, mesmo de seu personagem ser o verdadeiro protagonista. Quanto ao trabalho do diretor Egoyan, notamos que para uma história verídica o clima está um tanto que adequado, mas que ele utiliza uma narrativa que soa mais para um telefilme ao invés de uma produção para as telonas. Mas o suspense criado no decorrer da narrativa, para nos envolvermos no enredo e tentarmos descobrir os reais responsáveis chega a ser convincente (dando direito a uma rápida aparição, no principio e no desfecho, de Dane DeHaan (o novo Duende Macabro, de "O Espetacular Homem-Aranha 2"), que somente sua expressão já acaba causando muitas duvidas ao decorrer da história).


O que fez o feito ganhar foça, foi o roteiro escrito por Scott Derrickson e Paul Harris Boardman ("O Exorcismo de Emily Rose"), que procurou focar em uma crítica ao sistema investigativo da policia. Enquanto as sequencias de rituais satânicos e a pressão da imprensa em cima dos envolvidos com o processo, é deixada em segundo plano. Apesar de não ser completamente um "filme de tribunal", "Sem Evidências" é um drama que acaba sendo esquecido minutos após seu término, pois muitas pontas soltas acabam sendo esclarecidas apenas nos típicos relatos antes dos créditos finais.

Nota: 6,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 26 de julho de 2014

CRÍTICA - PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO


Depois de fazer um inesperado sucesso de público e crítica em 2011, "Planeta dos Macacos: A Origem" mostrou como se iniciou a dominação dos macacos no nosso planeta. Sua sequencia, intitulada "Planeta dos Macacos: O Confronto", foca 15 anos após os acontecimentos em seu antecessor, no qual a terra foi praticamente devastada com a infecção mostrada no desfecho da última película. Nenhum dos atores deste aparecem aqui (há uma rápida referencia ao personagem vivido por James Franco, apenas), e o protagonista agora é Malcom (Jason Clark, de "O Ataque") que junto de sua esposa Ellie (Keri Russell, de "Missão Impossível 3"), e seu filho Alexander (Kodi Smit-McPhee, de "Deixe-Me Entrar"), lutam para sobreviver com os poucos sobreviventes, que estão vivendo em uma espécie de "forte" na cidade de Nova York. Já do lado de fora os macacos construíram suas próprias vidas, pois eles acabaram desenvolvendo quase a mesma inteligencia dos seres humanos. Liderados por César (Andy Serkis, de "O Senhor dos Anéis"),  eles vivem em paz e não pensam em sequer entrar em guerra contra os humanos. Já estes, são liderados por Dreyfus (Gary Oldman, de "Robocop") que só pensa em exterminar todos os macacos, para todos poderem continuar vivendo como era antes. Mas um dia Malcom e sua família decidem investigar mais afundo o comportamento de seus "vizinhos" e descobrem que eles não são o que imaginavam ser.


A medida que vai apresentando o entrosamento dos humanos e macacos, notamos que não seria qualquer ator que conseguiria alcançar a perfeição de Serkis (que mais uma vez, atuou através de captura de movimentos, algo que ele já se tornou especialista). Seu César aparenta em diversos momentos ser tão real, que seu trabalho se torna mais uma vez digno de uma indicação ao Oscar. E não é só ele que brilha com esse papel, já que o vilão dos macacos vivido por Toby Kebbell ("Fúria de Titãs 2") chega a roubar a cena em diversos momentos. Quanto ao protagonista vivido por Jason Clark (que já mostrou ter uma ótima carga dramática em "A Hora Mais Escura" e "O Ataque") consegue ser menos marcante do que o vivido por Franco, mas ele demonstra ser menos canastrão que seu antecessor. Já o personagem de Oldman fica bem apagado nos primeiros atos da produção, ganhando destaque apenas quase no desfecho da mesma.


O diretor Matt Reeves ("Cloverfield: Monstro') consegue aplicar bem o timing dramático de seus protagonistas e realiza boas sequencias de ação que acabam prendendo nossa atenção por completo, apesar do 3D ser completamente descartável. Mas uma pena que o roteiro do trio Mark Bomback ("Wolverine Imortal"), Rick Jaffa e Amanda Silver (esses dois da produção antecessora), tenha beirado ao clichê a partir da metade da película. Mas uma brincadeira que é mostrada e chega a ser curiosa, é o fato de comparem o macaco César com o imperador Julio César, no qual a história de ambos chega a ser um tanto familiar e em certo ponto chega a ser interessante a comparação que a película demonstra entre ambos.

"Planeta dos Macacos: O Confronto" não chega ser melhor, nem pior que seu antecessor, apenas uma produção boa para esse final de férias. Mesmo assim, chega a ter um roteiro bem melhor do que "Transformers: A Era da Extinção".

Nota: 7,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 23 de julho de 2014

CRÍTICA - JUNTOS E MISTURADOS


Adam Sandler é um ator que divide opiniões entre o público e a crítica. Desde 2006, quando foi lançado "Click", o ator não alavancou nenhuma outra história que fosse tocante ou que tivesse alguma história plausível. Ao invés de correr atrás de melhorar isso, preferiu fazer uma bomba chamada "Cada Um Tem A Gêmea Que Merece", onde ele assume até o papel de protagonista feminino. Resultado: conseguiu fazer um dos piores filmes de todos os tempos, que lhe custou todos os prêmios do Framboesa de Ouro de 2012 (incluindo Pior Atriz). Depois virar motivo de chacota na terra do Tio Sam, Sandler ainda fez a continuação "Gente Grande", que conseguiu ser pior ainda (a produção não tinha história alguma, muito menos situações engraçadas). Mas em 2014 podemos dizer que foi o ano em que Adam Sandler "renasceu das cinzas". Seu novo filme "Juntos e Misturados", no qual marca sua terceira parceria com a amiga Drew Barrymore (que já trabalharam nos sucessos "Embriagado de Amor" e "Como Se Fosse A Primeira Vez"), consegue ser um de seus trabalhos mais divertidos e emocionantes nos últimos oito anos.


Aqui ele vive Jim, gerente de uma grande loja de esportes, que tem três filhas e se tornou viúvo há alguns anos, que te um encontro arranjado com a recém divorciada Lauren (Barrymore), que tem dois filhos. Depois do desastre do mesmo, ambos prometem nunca mais se verem na vida. Até que um dia, que ambos acabam coincidentemente substituindo seu chefe e sua melhor amiga, respectivamente, em uma viagem "exótica" a África. Lá nos deparamos com as piadas tradicionais dos filmes de Sandler, só que a medida que a narrativa vai avançando, as mesmas são colocadas para escanteio e o drama das famílias é posto em primeiro plano. Sandler e Barrymore já são considerados por muitos, como um dos casais queridinhos do cinema e aqui o rótulo deu um melhor avanço na película. Os momentos entre ambos realmente soam naturalmente e esta demonstra estar experta no timing cômico do amigo.


O roteiro da dupla Ivan Menchell e Clare Sera, aposta em uma narrativa bastante mais amadurecida em relação as últimas películas de Sandler. No começo temos algumas piadas breves, sobre o fato de sua filha mais velha ser confundida com um menino constantemente, e um alegre recepcionista do Hotel na Africa vivido por Terry Crews ("Os Mercenários"), no qual insiste em fazer graça com seus mamilos e seus músculos sempre quando entra em cena. São algumas coisas que poderiam ter prejudicado e muito a produção se fossem repetidas em excesso (algo que ocorria em seus outros filmes), só que elas estão dosadas de uma certa forma que o espectador não cansa e chega a divertir. Mas ainda sim, Sandler continua adicionando algumas pontas de seus velhos amigos como Allen Covert, o ex-jogador de basquete Shaquille O'Neal e Kevin Nealon, que acabam tendo momentos bem divertidos (apesar de meio "bobos").

Assim como em "Esposa de Mentirinha", "Juntos e Misturados" é mais uma comédia de Sandler que se passa em um hotel fora dos Eua. Mas a grande diferença, está na qualidade na qual ambas demonstram. Enquanto um o tempo inteiro riamos de bobagens que eram mostradas na tela, neste não só temos a mesma reação, como também acabamos nos emocionando em alguns momentos. É então que notamos, que o Adam Sandler de "Click", está de volta!

Nota: 7,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 22 de julho de 2014

CRÍTICA - NEED FOR SPEED: O FILME


Adaptações dos jogos de vídeo-games nunca foram bem vindas pelos fãs. Normalmente, elas rendem histórias que fogem do contexto original. Produções como 'Resident Evil", são um mero exemplo, mas elas conseguem mesmo assim render milhões pelo mundo e acabou se tornando uma franquia também nos cinemas. Enquanto outras como "Max Payne", "Príncipe da Pérsia", não saem do primeiro filme, pois foram um enorme fracasso (apesar de serem boas produções). Pegando carona na "maldição", foi lançado no inicio deste ano, a adaptação dos jogos "Need For Speed". Primeiramente, gostaria de destacar, que eu cresci jogando os jogos da série e nunca vi uma história neles. Esse foi o grande desafio dos roteiristas George Gatins e John Gatins, que mesmo assim conseguiram deixar alguns vestígios dos jogos aqui. Um dos fatores que eram bastante notáveis nos jogos, era o fato dos carros poderem andar em algumas pistas na contra mão durante as corridas. Aqui isso permaneceu, e ocorre em grande parte da produção.


Quanto a história, ela parece que saiu de um filme da franquia "Velozes e Furiosos". O clichê começa com o mecânico Tobey Marshall (Aaron Paul, da série "Braking Bad"), e seus amigos "tunando" alguns carros e competindo em corridas ilegais de racha, que são transmitidas pela internet pelo magnata da modalidade, Monarch (Michael Keaton, de "Robocop"). Assim como em outras produções do gênero, Tobey tenta honrar o legado do Pai, sendo o melhor nesse ramo. Mas tudo muda, quando o Playboy e invencível corredor Dino Brewster (Dominic Cooper, de "Mamma Mia!"), o desafia para uma corrida que em caso de vitória, lhe dará seus carros mais potentes. No desfecho dessa, uma fatalidade acontece e Tobey vai parar na cadeia. Dois anos depois, ele sai e decide se inscrever na maior corrida ilegal dos Eua. Mas o principal detalhe é que ele terá de dirigir durante 45 horas, para poder chegar ao local. É então que vemos um show de cenas do gênero, que vão de carros sendo dirigidos com a maior habilidade de um tipico piloto, diversas cenas de acidentes e por ai vai.


No decorrer da narrativa notamos que a essência principal do jogo está ali, mas ela não foi bem utilizada. A produção chega a ser bem feita, o que chega a ser um mérito para o diretor estreante em Blockbusters, Scott Waugh. O seu trabalho nessas cenas chagam a reter a nossa atenção ao máximo, principalmente nas cenas de corridas pelas estradas dos Eua (a sequencia onde eles colocam gasolina com o carro em movimento, chega a ser realmente bem emocionante). Só que em certos momentos as atuações acabam beirando ao clichê. A atriz Imogen Poots ("Namoro ou Liberdade") faz par com o ator Paul durante quase toda película, mas em momento algum chegamos a torcer para os dois ficarem juntos de tão forçada que as situações são. Já Keaton, deve ter aceitado o papel por pura pena, já que ele está completamente apagado durante a produção. Outra que podia ter rendido bons momentos é a bela Dakota Johnson (que protagonizará a adaptação de "50 Tons de Cinza"), pois sua personagem além de ser a namorada do vilão, podia render mais ótimos momentos aqui.

Em seu ápice, notamos que "Need For Speed" serviu mais do que um verdadeiro "comercial de carros", do que uma adaptação para os cinemas, de um dos mais populares jogos de corrida. Se você não for fã de carros ou corridas, evite.

Nota: 3,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

terça-feira, 15 de julho de 2014

CRÍTICA - MUPPETS 2: PROCURADOS E AMADOS


Depois de trazer a nova geração em 2011 o universo do fantoches "Muppets", criados por Jim Henson, chega agora a sua sequencia "Muppets 2: Procurados e Amados". O filme começa exatamente onde o seu antecessor havia terminado (tanto que a produção se inicia com o famoso "The End"), com os Muppets em Hollywood com o sucesso de seu grupo alavancado novamente. É ai que a trupe dos Muppets acaba contratando Dominic Badguy (Ricky Gervais, de "Uma Noite No Museu") como novo empresário deles. Como pontapé inicial, o mesmo sugere que eles façam uma turnê pela Europa e que suas apresentações sejam nas principais capitais dos países visitados. Mas logo Dominic deixa claro suas verdadeiras intenções, já que ele se mostra o braço direito (ou "número 2") do sapo mais perigoso do mundo, que é idêntico a Kermit (líder dos Muppets), chamado Constantine. Ambos planejam trocar o lugar deste por Kermit, para assim poderem realizar diversos roubos de antigos artefatos, que os levarão até as joias da coroa.


O roteiro continua a cargo da dupla Nicholas Stoller e  James Bobin, este que também continua assinando a direção. Um dos pontos fortes da produção, é o fato da história mostrar a corrupção que ocorre em muitas áreas do entretenimento, onde muitos críticos aceitam suborno para elogiarem peças horríveis em todos os sentidos. Outro fator também, é a divertida brincadeira que é mostrada no inicio da película, que conta com uma canção que apresenta em sua letra que "as sequencias dificilmente são tão boas". Aqui temos diversas referencias aos filmes de espionagens de sucesso, cujas referencias são as produções de James Bond e Ethan Hunt (protagonista de "Missão Impossível"). Mas o destaque está para chegada de Kermit na cadeia, onde brincam com o Cult "Silencio dos Inocentes". 



Assim como o seu sucessor, aqui também há diversas apresentações musicais, só que agora elas estão bem menos cansativas e mais divertidas em suas interpretações. Principalmente quando entra em cena a diretora da prisão Suíça, vivida por Tina Fey ("Uma Noite Fora de Série", foto acima), onde ela não só apresenta divertidos números musicais (algo que ela deve ter aprendido com as divertidas premiações do Globo de Ouro, que ela vem apresentando com sua amiga Amy Poehler), mas também os momentos mais engraçados da trama. Na maioria das canções em que ela participa, também sempre há a presença de atores que sempre são os "machões dos filmes de ação" como Ray Liotta e Danny Trejo (que vivem uns dos presos). Acaba sendo engraçado mesmo vê-los cantando e dançando no meio dos fantoches. Quanto a Ty Burrell (que vive o agente da Interpol, que procura pelo ladrão dos artefatos), sua atuação está um tanto que apagada, já que está clara que ele se baseou completamente no Inspetor Clouseau de Peter Selers. Pareceu um tanto forçada, e prejudicou alguns momentos que poderiam ser divertidos.

Como em toda produções dos "Muppets", aqui também há diversas participações especiais como da cantora Lady Gaga, dos atores James McAvoy, Zach Galifianakis, Salma Hayek, Tom Hiddleston, Chloë Grace Moretz, Stanley Tucci e Christoph Waltz (há muitas outras, só que não tem como citar todas). Todos eles aparecem em questão de segundos em tela, mas no final das contas demonstram que se divertiram em participar da festa que é o universo Muppets. "Muppets 2: Procurados e Amados", chega a divertir e ser um ótimo programa para se ver com as crianças nessas férias

Obs: Evite chegar atrasado, pois antes do filme há um curta de "Universidade dos Monstros", no qual garante boas risadas.

Nota: 8,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 10 de julho de 2014

CRÍTICA - 13º DISTRITO


Paul Walker se foi no último 30 de novembro, mas além do legado de fãs da velocidade, deixou alguns filmes não lançados (ele chegou a filmar metade do próximo "Velozes E Furiosos", onde será substituído por dubles de corpo, que serão seus próprios irmãos). O último no qual ele chegou a concluir as filmagens, o remake de "13º Distrito" foi lançados nos cinemas nacionais apenas por esse motivo aparente. Já que os outros dois antecessores ("Veículo 19" e "Contagem Regressiva"), foram lançados em DVD dias após seu falecimento. A produção é completamente cara de "filme B", onde todos os envolvidos estão cientes que os efeitos, enredos, atuações não são as melhores, resultando em um lançamento direto ao mercado de vídeo. A estreia na função do editor de "Busca Implacável 2" e "Carga Explosiva 3", Camille Delamarre, tem a missão de superar a qualidade do seu antecessor, que foi um sucesso do cinema de ação Frances e ajudou a subir um pouco mais a carreira do diretor, produtor e roteirista Luc Besson (que aqui assina os dois últimos).


A história é exatamente a mesma do antecessor, tanto que chamaram o mesmo protagonista do original, David Belle (que aqui foi dublado por Vin Diesel, pois não sabia falar inglês de uma forma plausível). Ele vive Lino, um morador do bairro de Brick Mansions, um local periférico em Detroit que é cercado por muros, dividindo os ricos com os pobres. Mas lá ele é perseguido pelo "prefeito" do local, Tremaine Alexander (RZA, de "Um Parto de Viagem"), que para chamar sua atenção, sequestra sua namorada (Catalina Denis). Ao mesmo tempo, acompanhamos a trajetória do agente da narcóticos Damien Collier (Paul Walker), que é mandado em missão para dentro da Mansions para tentar deter uma bomba que Neutrons, que foi capturada por Alexander e que resultará na destruição de toda a cidade. 


Apesar de ter um personagem bem familiar com o seu na franquia "Velozes e Furiosos", Walker consegue ter um timing certo de quanto é a hora de ter um alivio cômico e quando deve partir para ação. Sua química com Belle chega a ser um dos pontos altos do filme, assim como o fato deste ser dublado por um dos melhores amigos de Walker, Vin Diesel. Não querendo entregar muito a respeito do desfecho da mesma, posso dizer que parecia que Walker estava ciente que este seria o último filme no qual ele concluiria, pois a última cena em que ele está foi definitivamente, uma emocionante homenagem a sua carreira no cinema.
Para uma produção B o enredo chega até a ser relativamente interessante, mas um tanto que rápida demais. O roteiro de Besson poderia ter aproveitado a crítica politica no inicio do filme (onde os mesmos não dão a minima para a periferia de Detroit, e deixam claro que se preocupam apenas com a área nobre da mesma), pois a mesma acaba morrendo durante o decorrer da narrativa. "13º Distrito" é mais uma produção que devemos assistir sem compromisso algum , ou cabeça nenhuma principalmente, já que trata-se de um divertimento bem pipoca.

NOTA: 6,5/ 10,0

Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 9 de julho de 2014

CRÍTICA - TRANSCENDENCE: A REVOLUÇÃO


Guerra entre os humanos e as maquinas, já não é um tema novo no cinema. Imortalizado nas telas com as séries "O Exterminador do Futuro" e "Matrix", agora é laçada mais uma produção nos mesmos moldes: "Trancendece: A Revolução". Com direção do diretor de fotografia de quase todos os filmes de Christopher Nolan (da trilogia "Batman - Cavaleiro das Trevas"), Wally Pfister (que ganhou um Oscar por "A Origem"). A trama tem como principio o neurocientista Will Caster (Johnny Depp, de "O Cavaleiro Solitário") e sua esposa Evelyn Caster (Rebecca Hall, de "Vicky Cristina Barcelona"), que descobrem a existência de uma nova forma de tecnologia que poderá revolucionar beneficamente a humanidade de diversas maneiras. Com a ajuda do amigo deles, Max (Paul Bettany, de "O Código Da Vinci"), ele decidem fazer uma demonstração prévia ao público do que está por vir. Mas coincidentemente um atentado ocorre no prédio, matando quase toda a equipe de pesquisa e desenvolvimento, exceto Joseph Tagger (Morgan Freeman, de "Truque de Mestre"). Já Will acaba tomando um tiro com um projétil que contém partículas nucleares, que lhe deixa com poucas semanas de vida. Sem outra saída, Evelyn pressupõe em exercer o projeto utilizando a mente do próprio marido. Mas o que ninguém imaginava, é que quando ele invadir por completo o sistema de internet, uma verdadeira revolução mundial tem inicio.


Logo nestes primeiros minutos de projeção, já notamos o quanto o mesmo é dirigido por um especialista na área fotográfica. Até quase metade da mesma, ela se encontra em uma tonalidade pálida, escura e depressiva. Mas assim que a película começa a tomar novos rumos, o estilo muda e começa a ficar mais alegre, claro e colorido (enaltecendo os laboratórios de pesquisa e a natureza). Outro fator que também merece atenção, foi a atuação de Johnny Depp. Seu personagem já demonstra um perfil que transpõe exatamente o clima da produção, logo nos primeiros minutos em cena. Quanto sua química com Hall, chega ser salva na verdade pelo desempenho desta. Ela exerceu uma grandiosa atuação, que chega a ser convincente a ponto de nos questionarmos de suas verdadeiras atitudes durante toda a projeção. Já Bettany também chega a chamar bastante a atenção, já que seu personagem é um dos que mais evoluiu no decorrer do filme. Agora Morgan Freeman possui uma atuação um tanto que homeopática, aparecendo mais como um tipo de "caractere tapa buraco". Podemos dizer o mesmo de Cillian Murphy ("Batman Begins"), que deve estar por aqui mais pela constante parceria com Christopher Nolan.


O roteiro que foi escrito pelo estreante Jack Paglen, permaneceu durante anos na Black List (ótimos roteiros que não conseguiram verbas e condições para serem filmados e acabam sendo guardados), faz uma severa crítica a sociedade atual. No inicio da película vemos Max caminhando por um ambiente pré-apocalíptico, mas logo notamos que o clima está desta forma pelo simples motivo de não haver mais tecnologia. Todos a volta dele estão se comportando como sedentários, como se o mundo tivesse mesmo perto do fim e não houvesse mais volta. Essa sequencia serve como uma ótima mensagem de o que poderá ocorrer futuramente, se o ser humano se tornar dependente da maquina, ao invés do oposto. "Transcendence - A Revolução", serve como mais uma produção que ao seu desfecho, saímos da sala do cinema pensando se tudo isso que surge a cada dia, poderá um dia ser prejudicial de fato.

Nota: 8,5/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

CRÍTICA - TRANSFORMERS: A ERA DA EXTINÇÃO


Depois da terceira produção render a quarta maior bilheteria de todos os tempos, os estúdios Paramount e o diretor/produtor Michael Bay ("Armagedom"), não pensaram duas vezes em fazer logo uma quarta parte para o universo "Transformers". O protagonista da primeira trilogia, vivido por Shia LeBeouf ("Ninfomanica") foi deixado para escanteio. Quanto a história, agora ela se passa três anos após o ataque em Chicago no terceiro filme, e temos como protagonista o indicado ao Oscar, Mark Wahlberg (que já trabalhou com Bay em "Sem Dor, Sem Ganho"). 


Aqui ele vive o falido engenheiro Cade Yeager, que vive procurando criar novas invenções, para que um dia consiga bastante dinheiro e ter uma vida digna com a sua filha adolescente, Tessa (Nicola Peltz "O Ultimo Mestre do Ar"). Mas durante o inicio dos trabalhos da reforma de um antigo cinema, ele compra do proprietário um caminhão velho. Quando ele começa a desmontar este para reaproveitar algumas peças, que ele se dá conta que ele reativou o líder dos Autobots, Optimus Prime. É então que ele é alertado sobre o fato da humanidade estar para ser palco de mais uma guerra entre os Transformers, já que os próprios humanos estão criando outros deles com base no DNA de Megatron, líder dos Decepticons. 


Mais uma vez Bay utiliza um roteiro com uma premissa bem batida, que serve apenas de desculpa para sequencias de ação, explosões e muitos tiros. A substituição do protagonista serviu para alavancar a franquia para outros patamares, onde aqui aparenta mais o fato de Wahlberg ser o "grande herói" da película. Seu personagem demonstra ser o oposto do vivido por LeBeouf, e enfrenta os desafios com mais confiança e astucia. Ao contrário do primeiro onde haviam motivos de sobra para os alívios cômicos, aqui esses momentos soam completamente forçados e chegam a cansar. Honestamente, a única sequencia que chegou a ser hilária, foi o fato do roteiro brincar com a semelhança entre Matt Damon e Mark Walhberg, onde vemos ele exercer um verdadeiro momento "Jason Bourne" pelos prédios e casas de Hong Kong. Fora isso, nem os personagens vividos por T.J. Miller ("Ela É Demais Pra Mim") e Stanley Tucci ("O Diabo Veste Prada"), chegam a serem verdadeiros "palhaços". Quanto ao vilão, vivido aqui por Kelsey Grammer ("X-Men: Dias De Um Futuro Esquecido"), apesar de ser um caractere um tanto que politico, sua atuação no automático não chega a superar Patrick Dempsey no antecessor. 


Já os "grandes companheiros" de Michael Bay, os efeitos especiais estão de fato surpreendentes e ficam ainda melhores com a tecnologia 3D (que é completamente indispensável). A sequencia de abertura e a batalha final estão bem realizadas de fato (apesar de por causa de tantos robôs inseridos nesta sequencia, fica difícil reconhecermos quais são do bem e do mal (outro ponto negativo da franquia)). "Transformers: A Era da Extinção", se torna no final das contas um dos mais fracos Blockbusters da temporada, mas um dos filmes mais bem feitos do ano. Para umas férias onde não há nada para se fazer, a produção é uma boa pedida. Caso contrário, evite.

Nota: 4,0/ 10,0

Imagens: Reprodução da internet