sábado, 25 de fevereiro de 2017

UM LIMITE ENTRE NÓS

Um Limite Entre Nós : Poster

Não é de hoje que Denzel Washington é respeitado por diversos cinéfilos e até mesmo cineastas. Vencedor de dois Oscars ("Tempo de Glória" e "Dia de Treinamento"), e mais outras seis indicações, ele ainda foi homenageado pela carreira no prêmio Cecil B. Mille, no Globo de Ouro do ano passado. Só que além de ator, ele também é conhecido por dirigir alguns filmes "cabeça", como este "Um Limite Entre Nós", que lhe rendeu uma indicação ao Oscar como ator e produtor. Porém a principal artimanha de dele, com relação ao enredo, é que ele já encenou a peça no teatro, ou seja, ele já conhece bem a trama.

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Aqui ele vive o catador de lixo Troy, que é vitima do alcoolismo e mora com a esposa Rose (Viola Davis), e com o filho Cory (Jovan Adepo). Este está seguindo o sonho de se tornar um jogador de beisebol, algo que Troy não conseguiu se firmar no passado, devido as escolhas erradas. É quando começa o conflito dentre ambos, que acabará acarretando em outros ainda maiores com sua esposa e amigos. 

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O longa é passado 90% na casa do casal protagonista, então se prepare para mais de duas horas de conversas (se você não curte longas assim, evite ao máximo assisti-lo). De inicio a película demora um pouco pra engrenar, até que começam a entrar em cena os conflitos dentre Pai e filho, assim como de daquele com seu irmão Gabe. Tanto Denzel, quanto Viola fizeram papeis realmente complicados (porque imagina decorarem tantas falas e diálogos, da forma que eles fizeram), onde ambos tem três momentos chaves, que lhes fez valer a indicação ao Oscar (não duvido que ambos acabem levando). Mas não é somente os dois que tem momentos chaves, mas sim todos do elenco tem algum momento que acabam arrancado uma atuação realmente ótima.

"Um Limite Entre Nós" é um filme pra quem realmente é fã do trabalho do Denzel Washington, e sempre acompanhou a sua carreira. Fora isso, creio eu que é mais um longa feito pra quem curte diálogos ácidos e teatro, pois denomino eu que não é um filme para todos os públicos.

Indicações ao Oscar: Filme, Ator - Denzel Washington, Atriz Coadjuvante - Viola Davis e Roteiro Adaptado.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

A LEI DA NOITE

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Ben Affleck é um nome renomado no cinema. Venceu seu primeiro Oscar em 1997, pelo roteiro original de "O Gênio Indomável", que dividiu com o amigo de longa data, Matt Damon, e o segundo em 2013, por melhor filme em "Argo", onde ele não só produziu como também dirigiu, roteirizou e estrelou o longa (algo que ele já tinha feito com sucesso em "Medo da Verdade" e "Atração Perigosa"). Porém já se passaram quatro anos, desde que Affleck conquistou seu último grande premio e desde então ele só estrelou diversos filmes como "O Contador" e como Batman da DC. Em outras palavras, ele acabou entrando na que todos conhecemos como "Zona de Conforto", pois ele já esta segurado do poder de seu nome e não precisa de muitos esforços pra conquistar alguns milhões pros bolsos dele e da Warner (que vem financiando todos os seus filmes nos últimos anos). É ai que está, porque seu novo longa "A Lei da Noite", é basicamente o reflexo desta situação.

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Baseado no livro de Dennis Lehane ("Sobre Meninos e Lobos"), a trama é sobre Joe Coughlin (Affleck), filho mais novo do chefe de policia de Boston (Brendan Gleeson, de "No Limite do Amanhã"), que se envolve com o crime organizado. Porém logo após se meter em uma confusão com a namorada de um dos seus chefes (Sienna Miller, de "Sniper Americano"), Joe acaba sendo preso. Ao sair e com sede de vingança, ele passa a tentar criar um novo império, e tentar eliminar seu ex-chefe (Robert Glenister) o mais rápido possível.  

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A direção de Affleck remete e muito ao estilo que Scorsese teve em "Os Bons Companheiros", porém ele esqueceu do principal: seu protagonista, não tem o carisma de Henry Hill (protagonista vivido por Ray Liotta) para que o público se interesse por sua trajetória no meio do universo da Mafia. Faltou vida pro seu Joe Coughlin, pois já somos jogados diretamente pro enredo e tudo ocorre muito rápido, até a ação central da fita, não dando nem tempo pra uma introdução convincente pra realmente torcermos por ele (se ele colocasse uns cinco minutos no inicio, com isso, seria bem bacana).

Quanto a questão do restante do elenco, ele apostou demais em colocar subtramas envolvendo as mulheres com quem ele se relaciona (Sienna Miller ("Pegando Fogo") e Zoe Saldana ("Star Trek: Sem Fronteiras"), mas elas só tornam mais um enorme contra peso pro filme. A única atriz que realmente chega a roubar a cena em dois momentos, é a jovem Elle Fanning ("O Demônio de Neon"). Sua personagem é uma das mais interessantes da fita, e remete e muito a situações que vemos no nosso cotidiano. Quanto aos outros citados no poster, estão bem, mas aparecem bem pouco na trama.

Quanto ao roteiro, devo dizer que é um dos pontos fortes do longa, pois ele não só deixa os arcos envolvendo o período que os Eua eram dominados pela lei seca, o grupo do "Klus-Klus-Klan" e a forte questão do racismo. Affleck foi realmente competente ao apresentar estes arcos, evitando o recurso "noticiário" que já havia mostrado nos seus longas antecessores. 

"A Lei da Noite" é o mais fraco filme realizado por Ben Affleck em anos, e em seu desfecho vemos o quão genérico é a película, que aos poucos já vamos esquecendo dela e não conseguimos lembrar de alguma momento marcante dois dias depois de te-la assistido. 

Nota: 5,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

ELLE

Elle : Poster

Desde quando Isabelle Huppert surpreendeu a todos, vencendo o Globo de Ouro de Melhor Atriz dramática, no Globo de Ouro, automaticamente ela acabou assumindo o trono de uma das mais favoritas ao Oscar nessa categoria. "Elle" (que é baseado no livro de Philippe Djian) venceu como melhor longa estrangeiro nesta premiação, mas inesperadamente não conseguiu uma indicação a esta categoria no Oscar. Ao assistir a produção, uma coisa ficou bem clara do motivo de ela não ter ingressado: o forte teor de conteúdo sexual no longa. Como muito de nós sabemos, a academia é bastante conservadora nesta questão, e por isso que o mesmo ficou de fora. 

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Huppert vive aqui a produtora chefe de uma empresa de jogos, Michèle, que um dia acaba tendo sua casa invadida por um estranho e acaba sendo estuprada pelo mesmo. Escondendo o fato de todos a sua volta, vemos o quanto ela continua sendo a mesma pessoa fria e calculista que ela sempre foi, tanto no trabalho, quanto na vida pessoal. Porém devido ao incidente, aos poucos ela começa a sentir que cada vez mais o seu estuprador continua a sua cola, tentando voltar a cometer o ato.

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De fato, Huppert se demonstrou uma excelente atriz neste loga. Em momento algum sentimos empatia com sua personagem, e sequer acabamos torcendo pra que ela tenha um "final feliz". Em dois momentos específicos, onde ela contracena com Judith Magre (sua mãe) e Jonas Bloquet (seu filho), vemos que por mais que sua personagem seja turrona, ela possui boas intenções, só que seu ego acaba falando mais alto, e consequentemente esses se tornaram os melhores momentos da fita. 

A direção de Paul Verhoeven deixa bem claro o quanto sua protagonista é uma verdadeira antagonista, pois ele procurou apresentar as reações dela perante diversas situações delicadas e o foco era o tempo todo em Huppert, e mais nada além dela. Mas em momento algum ele procurou amenizar o forte conteúdo sexual que há no roteiro de David Birke.

"Elle" não é um filme sobre estupro como "O Quarto de Jack" foi, mas sim um filme sobre estupro e a frieza de uma mulher perante os desafios e situações propostas pela sua vida. RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 19 de fevereiro de 2017

SOBRE O OSCAR 2017


Eu particularmente adoro a temporada de Oscars. Não só pela animação em cima de quem vai vencer, como também é a época onde os estúdios começam a estudar as possibilidades de futuras produções. Alguém lembra do espetáculo musical de Anne Hathaway e Hugh Jackman, no Oscar de 2009, que dois anos depois renderia para eles participações no musical "Os Miseráveis" e um Oscar pra primeira. Este foi só um dos vários exemplos. Agora na edição deste ano, como ocorreu no Globo de Ouro, não só "La La Land - Cantando Estações" será um dos principais chamativos, como muito provavelmente rolarão diversos protestos contra o governo de Donald Trump (mas isso não vai ser discutido por aqui, e nem neste texto). A lista principal possui bons filmes, mas não devemos negar, que em todas as categorias artísticas, os atores e diretores se saíram realmente muito bem. 

Claro houveram diversas produções que foram bem esnobadas pela academia, como "Elle", "Animais Noturnos", "Deadpool" e "Silencio" (que ganhou só um indicação sonsa em Fotografia). Porém em contexto geral, este ano até que os indicados são realmente boas produções. 

Enfim, neste texto irei realizar uma breve analise dos meus palpites nesta edição, e o porque de eles vencerão. Mas já irei confessar, que a minha vontade mesmo seria ver Mel Gibson receber novamente o Oscar de direção e seu filme "Até o Último Homem" sair como o grande consagrado na noite, mas infelizmente não irá.

OBSERVAÇÃO: As categorias não comentadas neste post, são porque eu desconheço completamente seu desenvolvimento ou sequer algum vi os indicados das mesmas (simplesmente por não ter conseguido ter acesso a eles). 

O longa serve tanto como uma homenagem para diversos longas de Hollywood, como também um ótimo retorno de músicas de qualidade para as telonas. Os membros da academia adoram películas que exploram tais temáticas e nos últimos anos eles já premiaram dois longas que de certa forma, fizeram o mesmo ("O Artista" e "Argo").

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MELHOR DIRETOR - DAMIEN CHAZELLE POR "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Realmente Chazelle teve o trabalho mais difícil de todos, pois ele não só teve de comandar as cenas "normais" do longa, como também toda a coreografia por trás nas sequencias de dança. Pra quem ainda tem duvida, assista no "You Tube" o clipe da cena de abertura com a música "Another Day Of Sun".

MELHOR ATOR - CASEY AFFLECK POR "MANCHESTER À BEIRA MAR"
Já havia dito anteriormente que não curtia muito o trabalho deste ator. Porém ao assistir nos últimos dias a este drama, cheguei a concesso que Casey realmente é um puta de um ator! Aqui ele deu tanta vida ao protagonista, que sua visão embasando os acontecimentos que ele vivia, realmente fez qualquer um que via o longa se emocionar com sua história. Injustiça seria se ele não levasse!

MELHOR ATRIZ - EMMA STONE POR "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Issabelle Huppert roubou a cena no último Globo de Ouro, por ter vencido nesta categoria, mas acabou sendo literalmente esnobada pela imprensa estadunidense posteriormente ao evento. Só que devo confessar que mesmo tendo uma atuação que não chegou aos pés desta, Emma Stone provavelmente vai se consagrar com o Oscar na categoria. Acho que a atuação dela nos 20 minutos finais, que realmente acabaram chamando a atenção da Academia, pra tamanho reconhecimento. 

MELHOR ATOR COADJUVANTE - MAHERSHALA ALI POR "MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR"
Este ator começou fazendo papéis pequenos, em diversos blockbusters e ganhou destaque ano passado como vilão da série "Luke Cage" e neste "Moonlight". É o mais forte dos candidatos, e provavelmente levará a estatueta, já na sua primeira indicação. 

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE - VIOLA DAVIS POR "FANCES"
Desde o inicio, vemos que "Fances" é uma produção realmente complicada. Repleta de diálogos e se passando basicamente em um unico cenário, a pelicula realmente precisava de muito talento de seus atores para poder se segurar. Foi o caso de Viola, que depois de certo ponto consegue surpreender com sua personagem e até o momento tem faturado tudo quanto é prêmios. 

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MELHOR ROTEIRO ORIGINAL - KENNETH LONERGAN POR "MANCHESTER À BEIRA MAR"
Envolto de diversos arcos imprevistos e bem possíveis dentro do contexto, a trama de Lonergan nos faz se apegar com seu protagonista e explora e muito seu psicológico e seus dramas, que lhe levaram a ser a pessoa que é mostrada na película. Não desmerecendo o roteiro de "La La Land", mas ele é bem fraco perto desta trama. 

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO - "A CHEGADA"
Tem sido muito cotado como um dos favoritos junto de "Moonlight - Sob a ", porém a diferença dentre os dois é que este possui mais termos técnicos no livro, ao invés de uma trama concreta (como foi mostrada no filme). Esse fator que fará Moonlight vencer nesta categoria.

MELHOR ANIMAÇÃO - "ZOOTOPIA - ESSA CIDADE É O BICHO"
Vem sido o principal representante da Disney nas premiações neste ano (mesmo tendo "Moana" sendo indicada). A animação consegue divertir qualquer pessoa, de qualquer faixa etária e cativa pela sua natureza em abordar diversos preconceitos da atualidade, além das diversas referencias a outras produções do cinema, como "O Poderoso Chefão".

MELHOR FOTOGRAFIA - "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Antes de ter conferido este, achava que o vencedor nesta categoria seria "A Chegada". Porém o trabalho de Linus Sandgren é brilhante. Ele fez um jogo de cores na tonalidade, onde ele misturou o figurino com o ambiente, o que trouxe mais sedução e brilho pro longa.

MELHOR EDIÇÃO - "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Devo confessar que foi um dos principais pontos pelos quais me apaixonei neste longa metragem. Só pela sequencia de apresentação dos protagonistas, foi suficiente para vermos o quão a edição de Tom Cross foi ótima.

MELHOR DESING DE PRODUÇÃO - ANIMAIS FANTÁSTICOS E ONDE HABITAM
Só pelo fato de ele conseguir retratar tudo pelo qual J.K. Rowlling aborda em seu universo, com o enorme cuidado e leveza que ele tinha nas cenas, onde até hoje NENHUM outro longa de Harry Potter recebeu tamanho reconhecimento pela academia, vejo que finalmente esta hora chegou. 

MELHORES EFEITOS VISUAIS - "DR. ESTRANHO"
De todos os indicados deste ano, acho que se este não levar será uma enorme injustiça. 3D, fotografia e a enorme quantidade de efeitos bem realizados, foram um dos pontos que enalteceram "Dr. Estranho" não só na categoria, como um dos longas mais divertidos da Marvel.

MELHOR MAQUIAGEM - "STAR TREK - SEM FRONTEIRAS"
Seria um injustiça enorme, se o longa não levasse esse prêmio na categoria. Só a maquiagem que fizeram com Idris Elba (que ficou irreconhecível), o carequinha dourado já deve valer pra esse longa.

MELHOR FIGURINO -" LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Fazia tempos que não via uma tonalidade na fotografia, se encaixar tão bem com o figurino (que em certos momentos, também referência os diálogos dos protagonistas). Mesmo com os outros tendo sido muito bem trabalhados, creio que este será o grande reconhecido.

MELHOR MIXAGEM DE SOM - "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Francamente eu estou na duvida dentre esse e "Até o Último Homem". Porém acho que o trabalho neste musical foi mais impactante, pois as canções foram gravadas em tempo reais (como mostram alguns videos dos bastidores), enquanto em outro longas elas são inseridas na pós produção.

MELHOR DOCUMENTÁRIO - "O.J. MADE IN AMERICA"
Com o sucesso que a ótima série "The People Vs O.J. Simpson" vem levando ultimamente, creio que este documentário, que aborda mais afundo o tema do crime cometido pelo jogador em 1994 (que foi inocentado, fazendo o caso uma verdadeira incógnita até hoje). Aqui ele intercala momentos dentre a condenação de O.J. e o preconceito que os negros sofriam nos Eua, em pleno anos 90.


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MELHOR EDIÇÃO DE SOM - "ATÉ O ÚLTIMO HOMEM"
Nesta categoria normalmente ganham os longas de guerra que estão dentre os indicados. Creio eu que este será o único prêmio que o longa de Mel Gibson poderá levar na noite do Oscar. Claro, "La La Land" também teve uma ótima edição, mas...

MELHOR TRILHA SONORA - "LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES"
Quem já viu o filme sabe o quanto está trilha sonora pode causar nos seus tímpanos e mente: um enorme e impressionante vicio imediato. Sem duvidas que será o vencedor (porque favorito nesta categoria, ele já é).

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE - "A CHEGADA"
Eu to indo meio em contradição nesta categoria, pois acho que "A Chegada" será a grande surpresa nesta hora, e acabará levando o prêmio.

CANÇÃO ORIGINAL - "'CITY OF STARS' DE 'LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES'"
Eita musica pra viciar hein. O clima apaixonante que ela exalta, a letra dela só não nos faz refletir sobre a vida dos protagonistas do filme, como de certa forma, na nossa também (ao ouvirmos ela, depois de sair da sessão).

A cerimonia irá acontecer no dia 26 de fevereiro, as 21hrs na TNT, com reprise no dia seguinte pela mesma e na Rede Globo somente no dia 27 a partir do horário do "Vídeo Show".


OUTRAS ANALISES DOS INDICADOS (PARA ACESSÁ-LAS, CLIQUE NOS POSTERS):

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

ASSASSIN'S CREED

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Já não é de hoje que adaptações de games para as telonas, não são bem sucedidas (com exceção de "Resident Evil", que teve seis filmes e rendeu bilhões de dólares). Com a de "Assassin's Creed", digamos que é um caso mais "diferente", pois é um enredo bem pipoca e que funciona como um divertido entretenimento. Porém com em relação ao jogo, não tem muitos detalhes semelhantes (o salto da fé, e o visual medieval estão presentes), afinal trata-se de uma história completamente original em relação ao universo deste. 

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Ela tem inicio com o presidiário condenado a morte, Cal Lynch (Michael Fassbender, de "X-Men Apocalipse), que após tomar a injeção letal acorda em um laboratório desconhecido. Ao conhecer a cientista Sofia (Marion Cotillard, de "Meia-Noite em Paris"), ele descobre que ele foi na verdade levado a outro local, e que ele terá de trabalhar em um protótipo de regressão, onde ele descobre que é membro de uma ordem de assassinos ancestrais (algo que sempre influenciou em sua genética). Então ele é colocado na maquia, que transporta sua mente para seu ancesestral Aguilar, na Espanha do século XV, com o propósito de descobrir onde foi deixado o valioso objeto da Maça do Éden.

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Fassbender já havia deixado claro que entraria de cabeça na história, desde quando conseguiu comprar os direitos da adaptação. A sua performance aqui está relativamente boa, e seu entrosamento com Cotillard também (lembrando que ambos estiveram juntos na bomba "Macbeth"). Só que o roteiro peca e muito no seus personagens secundários. Jeremy Irons ("Batman vs Superman - A Origem da Justiça"), Brendan Gleeson (a série "Harry Potter") e Charlotte Rampling (que foi indicada ao Oscar de 2016, por "45 Anos"), estão aqui completamente desperdiçados, e só pra fazer mais peso no elenco. Enquanto o primeiro faz um vilão mediano, os outros dois tem somente duas ou três cenas com poucos diálogos e que não merecia a tamanha escalação.  

A direção de Justin Kurzel (que também comando "Macbeth"), conseguiu acertar no visual da película, onde vemos que ele foi bem trabalhado e executado (lembrando e muito os jogos da série). Outro fator que ele exerceu com sucesso, foi a questão de quando o filme está na Espanha é falado o idioma do local, e quando eles estão nos Eua a linguagem fica em Inglês (algo que a maioria das grandes produções não fazem). Algumas breves sequencias inclusive, ficaram ótimas com o recurso 3D (mas não fazem tanta diferença no ingresso mais caro). Só que ele peca pelo fato de interromper alguns momentos de ação e voltar pro bendito laboratório onde Lynch está (onde 70% do filme se passa, praticamente). 

"Assassin's Creed" é um divertido filme pipoca, onde mesmo com alguns erros grotescos e não ser tão fiel ao jogo, consegue divertir durante suas duas horas de projeção. Só que graças a ganancia de Hollywood, vamos só saber do final desta história se tiver uma sequencia (que depende do retorno financeiro, que a Fox vai obter).  

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS

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Me recordo que há dois anos estava publicando a minha polemica analise sobre "50 Tons de Cinza". Deixei bem claro a todos, o quanto o longa foi extremamente banal em diversos aspectos, principalmente pelo fato, de que a história só foi adaptada as telonas pela alta renda que a série de livros escrita por E.L. James conseguiu render mundialmente. Sua sequencia, "50 Tons Mais Escuros", não foge muito deste paradigma que eu mencionei, e se consagra facilmente como o pior filme já lançado em 2017.

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O filme começa exatamente logo depois dos fatos do antecessor, onde Anastácia (Dakota Johanson) está trabalhando em uma nova companhia e ainda recebe constantes indiretas de seu ex namorado, Christian Grey (Jamie Dorman). É a partir deste ponto que a história começa a se perder completamente, pois o roteiro de Niall Leonard apresenta umas três subtramas que se tirassem elas, não faria diferença alguma na narrativa. Onde elas envolvem as "ex-amantes" de Grey, Leila (Bella Heathcote) e Elena "Robinson" (Kim Bassinger), a relação de Grey com sua mãe biológica (que até plausível, porém a abordagem ficou bem chocha), e o atual chefe de Anastácia (Eric Johanson), que quer pegar ela a todo custo.

Claro  que não poderia faltar os momentos bizarros do primeiro, que não são as cenas de sexo (que perdem até pro pior vídeo porno do mundo), mas sim as situações estranhas vividas pelo casal protagonista. Dorman e Johanson, além de não possuírem química alguma, o primeiro chega a ser um canastrão em nível supremo, seja em cenas dramáticas, suspense e até mesmo de comédia, ele possui a mesma expressão (e não me venha falar que no livro ele é assim, pois eu li esta bosta). Johanson por outro lado, ela conseguiu decair completamente a atuação dela, pois ela já se viu em uma verdadeira "zona de conforto" e não precisa fazer muito esforço em cena.  Só que os dois verdadeiros deslizes que está série ainda consegue, é colocar duas atrizes de renome (que já venceram o Oscar, inclusive) como Marcia Gay Harden (por "Pollock") e Kim Bassinger (por "Los Angeles - Cidade Proibida"), protagonizando uma verdadeira cena de novela mexicana, em seu último ato, em que nós espectadores chegamos a sentir vergonha de ver aquilo e enquanto os cinéfilos denotam que a carreira de ambas realmente decaiu. Já o "vilão" vivido por Eric Johnson consegue ser um dos piores nomes do elenco, pois além de ser outro canastrão, é um personagem bem sem sal e que não chega nem aos pés de um "vilão do caralho". 

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Quanto a direção, eles tiraram a horrenda Sam Taylor Johason, e botaram no lugar James Foley. Só que ele conseguiu uma proeza incrível, onde suas tomadas fizeram o cenário ficar mais interessante do que o próprio dialogo dos atores ali presentes (vide a cena em que o casal central está jantando, no inicio do filme). Fora outra em que ele tenta envolver Grey em uma cena de ação/suspense, e acaba transformando aquilo em uma cena extremamente constrangedora. Mas como aprendemos em alguns filmes, nada que uma boa trilha sonora, pra desfaçar estes erros. Porém nem isso aqui acaba funcionando. 

"Cinquenta Tons Mais Escuros" é um verdadeiro exemplo de longa em que acabamos indo ver nos cinemas ou em outra plataforma por dois motivos simples: Sua parceira(o) quer ver e você vai acompanha-la(o), ou você possui bastante tempo e dinheiro de sobra pra ver tudo na telona. E em seu desfecho, você descobre que poderia ter feito coisas mais interessantes como fazer miojo, lendo esta receita básica:
1) Encha uma panela com água com quantidade até a metade;
2) Ponha a panela no fogão e espere a água ferver;
3) Coloque o miojo na panela, e depois coloque o tempero a seu gosto
4) Ao ver que o mesmo está bem solto, mecha ele um pouco para espalhar bem o tempero.
5) Agora coe-o e sirva-se.

Nota: ZERO/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 12 de fevereiro de 2017

TEM NA NETFLIX: A TRILHA

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A dica da semana é pra quem curte um bom suspense, e vai para o Thriller, "A Trilha", estrelando Milla Jovovich, Steve Zahn e Timothy Olyphant. A trama mostra um casal (Jovovich e Zahn), indo passar a lua de mel no Havaí. Só que ao chegarem no local, se deparam com uma onda de assassinatos misteriosos cometidos no local por um casal misterioso. Em meio a trilha no local, eles acabam formando uma amizade com casal de aventureiros Nick (Olyphant) e Gina (Kyle Sanchez), que lhes acompanha durante todo o trajeto pela ilha paradisíaca. Porém ambos possuem um pé atrás em relação aos novos conhecidos. 

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O diretor e roteirista David Twohy (da trilogia "Ridick") acerta em cheio na construção de seus personagens, pois ele não só transforma tudo e todos como suspeitos, como também apresenta alguns coadjuvantes que acaba roubando muita atenção como suspeitos (Chris Hemsworth (sim, esse é um dos primeiros longas do Thor nos cinemas) e Marley Shelton). Twohy também aproveita para nos fazemos se simpatizar com os quatro protagonistas, a ponto de não sabemos ao certo no que acreditar. Este fator é favorecido e muito devido a química dentre os quatro atores protagonistas, que estão bem em cena. A fotografia do longa, procura e muito focar nas paisagens paradisíacas do Havaí, perante a "troca de arcos" apresentadas pelo longa. Só que ele peca de uma forma, na qual essa produção soa e muito melhor como um verdadeiro telefilme, e não uma produção que já chegou a passar nos cinemas, inclusive. 

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"A Trilha" é uma ótima pedida, pra quem curte um ótimo suspense psicológico, e de certa forma, "leve", perante diversos exemplares pesados que vemos por ai (vide "Garota Exemplar"). Pra um final de tarde, fica a dica pessoal. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

LION - UMA JORNADA PARA CASA


Dev Patel é um ator indiano que foi aos poucos ganhando a simpatia do cinema, depois do sucesso inesperado de "Quem Quer Ser Um Milionário". Porém como todo ator, ele teve seu período "sumido" das telas (pois estrelou só bombas como "O Último Mestre do Ar" e "Chappie"), e agora finalmente retornou em uma produção realmente brilhante. 

"Lion - Uma Jornada Para Casa", conta a história do garoto de cinco anos, Saroo (Sunnt Pawar), que acaba se perdendo do irmão em uma estação de trem em Calcutá. Ao passar por algumas desventuras, ele vai parar em um abrigo, onde acaba sendo adotado por um casal Australiano (Nicole Kidman e David Wenham). 25 anos depois (agora interpretado por Patel), ele acaba tendo um despertar que está na hora de ele começar a procurar sua mãe materna. 

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Tanto Pawar, quanto Patel estão ótimos no papel de Saroo (destacando que ambos tem exatos 50 minutos em tela), e nos transpõem com sucesso todos os sentimentos do garoto (medo, ciumes, tristeza e paixão). Quando ambos estão em cena com Kidman, ambos conseguem sacar da atriz bons momentos (tanto que uma sequencia em especial, creio que foi motivo da indicação (mas não vou mencionar, para não dar spoilers)). O mesmo pode se dizer de Rooney Mara ("Carol"), que aparece pouco, mas ta bem no papel de namorada do protagonista. O que todas estas atuações tem em comum mesmo, é que em algum momento, pelo menos uma delas te fará se emocionar.  

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Quanto ao roteiro de Luke Davis ("Casanova"), ele capta um pouco da essência do clássico "Império do Sol" e "Quem Quer Ser um Milionário", para construção do arco inicial. Já a direção competente de Garth Davis, nos apresenta uma fotografia solida, que procura mostrar bastante o canário pelo qual Saroo passa, e vive durante o longa. 

"Lion - Uma Jornada Para Casa", é mais um tipico filme de Oscar, pelo qual exerce bem sua narrativa e não apela muito para o lado do previsível e banal, em que alguns longas do gênero fazem.  Se vai ganhar algum prêmio da Academia? Creio eu que não. RECOMENDO!

Indicações ao Oscar: Filme, Ator Coadjuvante - Dev Patel, Atriz Coadjuvante - Nicole Kidman, Roteiro Adaptado, Trilha Sonora e Fotografia.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 11 de fevereiro de 2017

LEGO BATMAN: O FILME

LEGO Batman: O Filme : Poster

Há exatamente três anos, estava aqui comentando com vocês o quanto havia achado "Uma Aventura Lego", uma das melhores animações que já havia assistido. Enquanto a continuação da mesma ainda não sai, seus spin-offs estão sendo lançados aos poucos. O primeiro dessa safra é "Lego Batman: O Filme" (e 21 de setembro, saíra o segundo "Lego Ninjago"), que em meio uma enorme crise no universo cinematográfico da DC, devo confessar que esta animação é mais divertida que os três longas já lançados pela mesma! 

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Como todos nós já estamos cansados de saber a história envolta do homem-morcego, o roteiro genial do grupo Seth Grahame Smith, Chris McKenna, Jared Stern, Erik Sommers e John Whittington, faz questão de brincar com todas as fases do Batman nos cinemas, desde o clássico de Adam West, até a recente versão de Ben Affleck. Seja nos diálogos, ou até mesmo por apresentarem (mesmo de forma breve), todos vilões que fazem parte do universo de Bruce Wayne. Em outras palavras, o que rola aqui, é um verdadeiro "Deadpool para menores", onde mesmo antes do logo da Warner aparecer nós já estamos rindo com a dublagem de Will Arnett (no original, onde claramente ele satiriza a versão de Christian Bale), quebrando a quarta parede. É quando nós notamos que em momento algum, esta animação se levará a sério.

O foco aqui é bem diferente dos outros filmes do Batman, e aborda mais a questão da vida pessoal dele, quando não está combatendo o crime e tentando prender o Coringa (Zack Galifianakis). Solitário e orgulhoso, aquele se vê em enormes apuros quando "adota" o jovem órfão Dick (Michael Cera), enquanto o Coringa (sim a Harley Quinn também está aqui, porém a fase "pudinzinho" continua...) tenta a todo custo realizar uma enorme plano de destruição. 

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O que não faltou nesta animação, foi o excesso de referencias e menções a diversos personagens que a própria Warner e a Lego possuem os direitos (não irei mencionar, para não estragar algumas surpresas). O roteiro soube encaixar eles muito bem, e quais mereciam um "pouco de destaque" (ainal em 100 minutos de animação, não havia espaço para todos). Os que mais acabam roubando a cena em alguns momentos, são o Superman (Channing Tatum), o próprio Robin, e o mordomo Alfred (que no penúltimo ato, chega a surpreender). E SIM, o 3D vale cada centavo! 

"Lego Batman: O Filme" é mais um claro exemplo de que a Warner Pictures está tão zicada em seu universo cinematográfico DC, que uma animação sobre um de seus personagens conseguiu não superar a qualidade até mesmo do polemico "Batman Vs Superman" (lembrando que até o momento, este desenho vem sido destacado como um dos melhores do ano, por diversos sites de critica especializada). Eles poderiam apenas fazer o que a Fox está fazendo com seu universo "X-Men": ouvir mais seu público e lhes dar o que eles querem e não o que os produtores querem. Creio que só assim para eles não só fazerem sucesso na área da animação apenas. 

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A LONGA CAMINHADA DE BILLY LYNN

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Ang Lee é um diretor visionário, e todos nós sabemos disso. Comandou os brilhantes "O Tigre e o Dragão" e "As Aventuras de Pi" (que lhe rendeu seu segundo Oscar, de direção), que não só tinham boas histórias, como também belas fotografias. Procurando revolucionar como Peter Jackson fez na trilogia "O Hobbit", ele decidiu filmar "A Longa Caminhada de Billy Lynn" com uma tecnologia de 120 frames por segundo (enquanto aquele usou 48). A qualidade do recurso é bem questionável, pois em questão de realismo a produção fica extremamente perfeita (parece que estamos vendo uma peça de teatro). Só que nem este recurso salva seu filme de ser um dos piores de 2016 (não sei como o Framboesa deixou isso passar!).

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Baseado no livro de baseado no livro de Ben Fountain, a história tem inicio em 2008, com o soldado Billy Lynn (o novato Joe Alwyn), acabando de voltar do Iraque, e junto com os outros soldados do seu pelotão, vão para uma homenagem durante um intervalo de uma partida de futebol. Durante o evento, Billy começa a repensar nos valores e nos rumos que sua vida tomou e tomará a partir daquele ponto. 

Existem diversos outros longas divertidos e que mostram a mesma temática (comparar isso com "Sniper Americano" chega a ser uma ofensa), só o que aqui não temos o principal que é a essência que qualquer longa tem de ter: causar interesse de seu publico, durante duas horas. O que Lee fez foi basicamente um filme, que servirá mais para exibir em lojas de eletrônicos, pra mostrar como é foda ver atores como Vin Diesel e Kristen Stewart com uma fisionomia extremamente real. Constantemente são realizado closes nas caras da maioria atores, pra mostrar "o quanto a tecnologia é ótima" (umas três vezes até vai, mas isso fica se repetindo de forma exaustiva). Quase 80% do filme se passa dentro do estadio, e o restante vai se intercalando com cenas no Iraque, ou dele com a irmã (Stewart).

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Francamente eu creio que atores como Diesel (sendo ele mesmo, basicamente) e os sumidos das telas Steve Martin (que está muito desconfortável) e Chris Tucker (bem forçado) toparam mesmo participar disto, por causa do Ang Lee. Seus personagens são basicamente sem sal, e nem um pouco interessantes a ponto de nos envolvermos nos arcos deles. Quanto a Alwyn vemos que o ator até tenta ir bem, porém com um roteiro tão banal que ele tem em mãos, fica claro que ele optou por fazer a parte dele (e em alguns momentos ele realmente está bem). 

"A Longa Caminhada de Billy Lynn" é mais um mero exemplo que não adianta ter um diretor renomado, um enorme elenco e uma fotografia de primeira, que o resultado final não ficará dos melhores. Meu Deus, como puderam ter feito uma bomba dessas!! EVITE!!

Nota: 2,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet