domingo, 7 de abril de 2013

CRÍTICA - INVASÃO A CASA BRANCA


Essa é mais uma daquelas típicas produções onde deixamos o cérebro em casa antes de irmos ao cinema, compramos aquela pipoca gigante, acompanhada daquele refrigerante e dedicamos duas horas de nosso dia para ver uma produção completamente descontraída, onde só há tiros e explosões. Esse é o caso do recente "Invasão a Casa Branca", onde temos Gerard Butler (o Leonidas de "300"), como Mike Banning, o qual trabalha como segurança do Presidente dos Eua (Aaron Eckheart, o Duas Caras de "Batman o Cavaleiro das Trevas"). Até que um dia não consegue evitar uma fatalidade envolvendo a Primeira Dama Americana (Ashley Judd), e não consegue superar o ocorrido. Então, durante uma reunião na Casa Branca, a Coréia do Norte realiza uma invasão aos Eua, o qual todos os homens do Presidente são brutalmente assassinados, e fazem o mesmo e seu pessoal reféns, mas o que eles não contavam é que Mike foi o único sobrevivente, que por conta própria procura salvar o Presidente.


As produções estadunidenses tem um certo problema, onde procuram idealizar a idéia de patriotismo em suas produções, e aqui é até de uma certa forma exagerada, onde desde a trilha sonora, até os discursos do Presidente e dos coadjuvantes soam em orgulho a pátria, o que nos mostra claramente a atuação forçada de Eckheart, sendo que o mesmo repete sua atuação como Harvey Dent. Outro fator, também é abordagem deles em relação ao conflito atual com a Coréia do Norte (abordado também nos recentes "G.I Joe Retaliação" e "Amanhecer Violento"), onde eles demonstram que eles são os vilões, enquanto os Eua são as vitimas, quando na verdade nessa batalha não definimos na verdade que é o mais "sem noção".


Morgan Freeman, Angela Basset e Robert Forster demonstram boas atuações, mesmo estando o tempo todo na sala de defesa, trocando instruções com Mike. Gerard Butler demonstra-se ótimo no papel, deixando claro que também é um ator de filmes de ação. Mas quem brilha mesmo é Rick Yune, que interpreta aqui o vilão, onde nos demonstra uma dosagem no nível certo, fazendo o público sentir ódio de seu personagem. Quem assina a direção é Antoine Fuqua ("Dia de Treinamento"), nos demonstra aqui um ótimo trabalho, inclusive na sequência de invasão a Washington, onde exagera no sangue, até mesmo nas cenas de tortura (sem medo algum de pegar um possível NC - 17, onde menores de 17 anos não podem assistir nos cinemas em hipótese alguma), mas uma enorme pena que os efeitos desta produção foram completamente de segunda, o que prejudica completamente um pouco as cenas. Mesmo assim, o diretor consegue prender nossa atenção completamente durante os 110 minutos de filme, transformando uma idéia clichê e completamente patriótica, em um divertido filme de matine. E que venha agora a versão de Roland Emmerich “Ataque à Casa Branca”, com Jamie Foxx representando o Presidente Estadunidense e Channing Tatum como o seu segurança. Recomendo. 

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