sexta-feira, 31 de agosto de 2018

CHRISTOPHER ROBIN: UM REENCONTRO INESQUECÍVEL

Christopher Robin - Um Reencontro Inesquecível : Poster

Como cresci nos anos 90 e via muitos desenhos da Disney, um dos meus favoritos sempre foi o Ursinho Pooh e seus amigos do Bosque do Cem Acres (época na qual os desenhos deste eram exibidos exaustivamente pelo SBT). Todos eram frutos da mente do personagem Christopher Robin, e cada um representada seu sentimento com relação a algo. De uns tempos pra cá, a casa do Mickey tem resolvido adaptar vários de seus clássicos personagens para os cinemas em live-action, e os do Bosque do Cem Acres não poderiam ter ficado de fora.

Ewan McGregor and Jim Cummings in Christopher Robin (2018)

"Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível" conta a história do pequeno Christopher, que logo após se dar conta que era a hora de crescer e ter sua própria vida com obrigações, nunca mais voltou ao Bosque do Cem Acres para visitar seus amigos. Anos se passaram e agora ele se tornou um adulto (agora interpretado por Ewan McGregor) atarefado, sem tempo para brincadeiras e sequer ligando para sua família. Eis que repentinamente ele acaba reencontrando seu velho amigo Ursinho Pooh, que o faz repensar suas atitudes.

Ewan McGregor, Brad Garrett, Jim Cummings, Hayley Atwell, Nick Mohammed, and Bronte Carmichael in Christopher Robin (2018)

O diretor Marc Forster ("Guerra Mundial Z") soube pegar exatamente o ponto pelo qual o desenho focava, que era a questão emocional dentre diversas ingenuidades aos quais somos deparados na vida. Essa é muito bem apresentada pelo personagem Pooh, que junto a seus amigos conseguem enaltecer boas cenas cômicas, além de um ótimo CGI (em muitos momentos não parecem que McGregor está interagindo com "nada"). Com relação ao protagonista, vivido por McGregor, ele ta bem dentro do material que lhe é entregue, porém o mesmo não se pode dizer de Hayley Atwell (a Peggy Carter de "Capitão América") e Bronte Carmichael, que vivem sua esposa e filha, respectivamente. Enquanto a primeira é brincada com o personagem feminino extremamente genérico, a segunda é contemplada com a maior facilidade narrativa que o cinema pode promover esse ano (em hipótese alguma uma criança faria as coisas que ela fez).

"Christopher Robin: Um Reencontro Inesquecível" é um divertido longa que a Disney estava devendo ao seu público, depois de focar excessivamente em franquias e nos longas da Marvel, sempre é bacana vê-la focando nesses pequenos filmes família, aos quais ela sempre soube fazer. 

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

sábado, 25 de agosto de 2018

TAL PAI, TAL FILHA

Kelsey Grammer and Kristen Bell in Like Father (2018)

Ta ai uma comédia dramática lançada recentemente pela plataforma Netflix, que foi gostosinha de se ver. A trama mostra a workaholic Ranchel (Kristen Bell) que é deixada pelo noivo no altar em seu casamento, e ao mesmo tempo de forma surpreendente seu desaparecido Pai, Harry (Kelsey Grammer) reaparece durante a mesma. Depois de uma noite de bebedeiras, este assume o lugar daquele em sua viagem de lua de mel. 

Kelsey Grammer and Kristen Bell in Like Father (2018)

Muito de nós brasileiros irão logo de cara lembrar da comédia "Meu Passado Me Condena", devido a grande parte do longa se passar dentro de um navio, onde de certa forma acaba promovendo as atrações do mesmo. Trocamos o MSC, pelo Royal Caribbean, onde todo o glamour, luxuria e atividades do mesmo são jogados em tela diante dos arcos apresentados. Como não se trata de um filme empresarial, mas sim de um drama, isso não vem ao caso. 

Kelsey Grammer, Kristen Bell, Anthony Laciura, Seth Rogen, Zach Appelman, and Paul W. Downs in Like Father (2018)

A direção e roteiro de Lauren Miller Rogen (esposa de Seth Rogen, que é coadjuvante aqui), procura optar por uma narrativa bem "Sessão da Tarde", onde há uma construção correta de seus personagens, aos quais nos acabamos nos importando com a dupla central, e ficamos a todo momento tentando entender o real motivo do sumiço de Harry. Tanto Grammer, quanto Bell não são atores exemplos em dramas (pois ambos estão acostumados com o gênero de comédias ou ação, respectivamente), mas acabam se saindo bem, mas nada que arranque lagrimas ou emocione os espectadores mais exigentes. Existem outros personagens que possuem pequenas participações, aos quais não acrescentam em nada e tão ali mesmo praticamente pra "encher linguiça" no roteiro, e que poderiam ter sido meramente descartáveis.

"Tal Pai, Tal Filha" tem seus erros habituais de longas "Sessão da Tarde", mas mesmo assim ainda consegue divertir quem procura uma diversão genérica na plataforma streaming.    

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

TE PEGUEI!

Resultado de imagem para TE PEGUEI!, POSTER

Esse ano já tivemos o divertidíssimo e original, "A Noite do Jogo", onde em um momento onde o cinema vive um verdadeiro ápice nas comédias, o longa foi um verdadeiro revival pro gênero. Quatro meses depois de seu lançamento nos cinemas, chega agora esse "Te Peguei!", que mesmo sendo baseado em fatos verídicos, assim como o mencionado, chega a tirar ótimos risos, principalmente quando se trata de humor pastelão. 

Isla Fisher, Jon Hamm, Ed Helms, Annabelle Wallis, Jake Johnson, and Hannibal Buress in Tag (2018)

A trama mostra um grupo de amigos, onde desde pequenos brincam de pega-pega, e carregaram a brincadeira para a vida adulta, literalmente. Até que o mais imbatível deles (Jeremy Renner), onde nesses anos todos jamais conseguiu ser pego, vai se casar e aos convida-los para a cerimonia lhes propõe uma coisa: a brincadeira não irá ocorrer em eventos e durante ao mesmo.

Estreante na direção de longas, Jeff Tomsic soube como apresentar seus personagens, sem beirar a trama de forma rasa, aos quais muitos longas vem optando por simples facilidade narrativa. Aqui quase todos os caracteres centrais, tem seu momento ou arco explorado, com exceção dos personagens de Hannibal Buress ("Vizinhos"), onde além de possuir uma personalidade extremamente genérica, é praticamente um "figurante" no meio do elenco central, e de Annabelle Wallis, que vive uma repórter que vai atrás do grupo com propósito de fazer uma matéria sobre a brincadeira deles, porém a medida que o longa vai avançando o roteiro praticamente "esquece" da existência dela. Quanto ao resto algumas ótimas piadas sempre caem em cima de Isla Fisher ("Truque de Mestre") e Jake Johnson ("A Múmia"), que vivem a esposa fanática por vencer e o amigo drogado, na trupe. Tanto Ed Helms, quanto Jon Hamm tão hilários, ainda mais quando eles acabam dividindo a cena com Renner (com uma performance semelhante ao papa-léguas), que não só acaba roubando a cena, como também ta bem a vontade na tonalidade apresentada por Tomsic.

Jon Hamm and Jeremy Renner in Tag (2018)

"Te Peguei!" é uma comédia divertida, inteligente, que apesar de não saber explorar alguns de seus personagens secundários, consegue tirar risos de todos eles mesmo assim.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

ROBIN WILLIAMS: COME INSIDE MY MIND

Robin Williams in Robin Williams: Come Inside My Mind (2018)

Robin Williams sempre foi um dos meus atores favoritos. Nunca deixei-o de fora das minhas listas dos quais sempre admirei, onde seu personagem em "Gênio Indomável" é um dos meus favoritos no cinema. Assim como muitos cinéfilos, senti que sua morte deixou um vácuo enorme na sétima arte, pelo qual jamais será preenchido. Possuindo uma personalidade única na frente e atrás da telas, ele sempre escondeu a imagem de homem triste e depressivo, pelo qual foi revelada perto do ápice de sua vida.

Robin Williams and Valerie Velardi in Robin Williams: Come Inside My Mind (2018)

O documentário produzido pelo canal Hbo, "Robin Williams: Come Inside My Mind" serve como uma condensação de toda sua vida pessoal e carreira, passando pela época onde era apenas um humorista de Stand-up, até um Oscarizado ator de Hollywood, cuja medida onde seu sucesso ia aumentando, suas constantes crises depressivas acarretaram em sua morte, em 11 de agosto de 2013.

Robin Williams and Billy Crystal in Robin Williams: Come Inside My Mind (2018) 

A documentarista Marina Zenovich, sabe e reconhece a importância que Williams foi para o cinema. Isso fica claro com a tamanha preocupação para qual quando aborda os arcos dramáticos da vida, pois ela tenta sempre intercalar com um depoimento do próprio em off, junto com a fala de alguém próximo a ele em determinada época. É ai que vemos depoimentos de atores como Billy Cristal e Steve Martin e de sua primeira esposa. Fora que são resgatados alguns dos hilários momentos em que ele se apresentou em público como na cerimonia do Critics Choice, onde realizou um stand-up improvisado a pedido de Jack Nicholson. Assim como algumas passagens trágicas em sua vida, como o envolvimento com álcool e drogas, as quais tiveram enormes pesos em diferentes épocas. Tudo é notado que é bem trabalhado e dosado, e vemos o tamanho cuidado em que Zenovich teve ao não julgar o astro em momento algum, mas sim por procurar o quão complexo ele sempre foi. 

"Robin Williams: Come Inside My Mind" é um documentário bastante emocionante para os fãs do astro, e um retrato digno sobre a trajetória de um dos maiores nomes aos quais Hollywood já conheceu.

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

sábado, 18 de agosto de 2018

O PROTETOR 2

O Protetor 2 : Poster

Há quase quatro anos havia dito aqui no blog, o quanto eu não havia gostado muito de "O Protetor", filme inspirado na série televisiva criada por Michael Sloan e Richard Lindheim. Pra alegria da Sony, a adaptação se tornou o maior sucesso da carreira de Denzel Washington (que mais uma vez, dispensa comentários), o que acarretou na realização da sua sequencia, pelo qual foi a primeira em toda filmografia deste (que assim como Meryl Streep, nunca havia feito uma até então). 

Denzel Washington and Pedro Pascal in The Equalizer 2 (2018)

No longa ele vive o aposentado matador de aluguel, Robert McCall, onde desde que saiu da ativa atua como uma espécie de justiceiro. Nesta sequencia ele agora trabalha como taxista, onde quando ele vê algo de errado envolvendo algum passageiro, ele resolve agir. Mas essa parte é o foco apenas dos primeiros 30 minutos do longa, pois a trama mesmo começa posteriormente, e aborda o fato onde depois de ter sua melhor amiga (Melissa Leo) assassinada, McCall resolve usar suas habilidades para procurar o assassino. 

Denzel Washington in The Equalizer 2 (2018)

Também dirigindo sua primeira sequencia, Antoine Fuqua ganhou minha atenção ainda mais. Digo isso, pois ele soube trabalhar bastante o comando da ação com relação ao seu trabalho antecessor. Existem duas sequencias as quais ele soube criar um enorme cenário de suspense, onde a atenção do espectador fica bastante presa ao que está acontecendo. Porém o principal problema decai mesmo em relação ao roteiro de Richard Wenk (que também escreveu o primeiro), pois ele não só faz um arco previsível em torno ao personagem de Pedro Pascal, como também explora uma subtrama completamente descartável com o ator Orson Bean (até o presente momento, não consegui achar algo plausível para ela estar lá).

Quanto ao protagonista, digamos que a vida pessoal dele é mais abraçada nesta sequencia, onde acabamos vendo mais o seu lado amigável, quando não está em meio da ação. Washington retrata bem isso, sabendo dosar mais uma vez as N facetas necessárias para a complexidade desse personagem. O único fator prejudicial, é em algumas cenas de ação onde foram notórias a presença de seu duble, mas felizmente nada foi aquém disso.  

Mesmo bastante previsível, "O Protetor 2" é mais um divertido longa de ação lançado neste ano, e mostra que Washington ainda tem pique para um terceiro longa e de que os fãs do gênero ação não ficarão órfãos por um bom tempo.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

TODO DIA

Resultado de imagem para TODO DIA poster

Sabe aqueles típicos longas de romance, que são assistidos por jovens adolescentes no inicio da puberdade e das primeiras ilusões amorosas, com o propósito de ver o "namoro perfeito"? Pois bem, é a partir dessa ideia, que o diretor Michael Sucsy ("Para Sempre") resolveu abordar a adaptação do livro de Jesse Andrews, "Todo Dia". Por motivos óbvios, a mesma acabou não tendo o jus que deveria ter conquistado. 

Angourie Rice and Lucas Jade Zumann in Every Day (2018)

A premissa até parece bastante interessante, pois ela mostra a adolescente Rhiannon (Angourie Rice) que se apaixona por algum ser/alienígena/espirito/sei la o que (não deixam isso claro em momento algum do longa, só pra constar), que possui um corpo novo a cada dia e é reconhecido apenas pelo nome de A. Com esse enredo em mãos, a trama poderia ter ido muito aquém, porém a preguiça e a zona de conforto bateram forte na mesa dos produtores, que mais uma vez demos caras com outro exemplar desastroso de "romance adolescente perfeito", ao invés de outro drama bem bolado.

Apesar dos inúmeros atores que interpretam A terem conseguido obterem uma tonalidade comum dentre suas atuações, assim como a protagonista vivida por Rice ter uma ótima química e entrosamento dentre eles, o roteiro e a direção beiram ao caminho mais "fácil" o possível. Tudo aqui é um universo onde o amor é perfeito, delicado e uma coisa feliz. Nada aqui sai desse operante, e aquela acaba retratando a linha exata do pensamento que a maioria das mulheres retratam que deve ser vindo dos homens (um cara que sempre as endeusam, e que nunca fazem tretas alheias, e por ai vai). Não entrando no mérito psicológico do longa, devo dizer apenas que esse quesito acabou pesando e demais pro desenrolar da narrativa. Existem no minimo três arcos que deveriam ter sido melhores explorados e ido aquém da superficialidade.

Debby Ryan and Angourie Rice in Every Day (2018)

Os espectadores mais ativos da sétima arte logo irão prever todo o andar da narrativa já logo na metade, e a sensação ao término de "Todo Dia" será apenas a de "Decepção Cinematográfica". Agora se você é uma adolescente na faixa dos 14/15 anos, e que adora filmes "Sessão da Tarde", você vai  discordar completamente do que eu disse. 

Nota: 4,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 11 de agosto de 2018

MISSÃO IMPOSSÍVEL: EFEITO FALLOUT

Resultado de imagem para missão impossivel efeito fallout

Atire a primeira pedra quem achava que a franquia "Missão Impossível" não tinha mais gás no cinema, e que o seu sexto volume não teria o tanto de ação dos exemplares antecessores. Depois de quebrar o tornozelo em uma cena de ação (que está no filme e realmente vemos o quão profissional ele foi), o astro Tom Cruise com seus 56 anos mostra que ainda tem gás para sequencias de ação nas quais envolvem o um salto de paraquedas na altura da órbita da terra, pilotar helicópteros e principalmente correr e muito. Sim meus caros leitores, o novo exemplar das aventuras do agente Ethan Hunt não é só o mais divertido de todos, com o melhor filme de ação do ano (sim, bate "Guerra Infinita" fácil). 

Resultado de imagem para missão impossivel efeito fallout

A história começa basicamente no mesmo arco onde havia terminado o quinto, com os fantasmas do vilão Solomon Lane (Sean Harris), ainda assombrando Ethan. Eis que sua nova missão é impedir que a organização batizada de "Os Apóstolos" consigam se apoderar de três compartimentos de plutônio, aos quais serão usados para causar o caos mundial. Assim como nos longas antecessores da franquia, o que menos importa é a trama em si, pois o espectador está esperando as acrobacias de Cruise em si.

O ator obviamente não desaponta (a todo momento é claro que ele realmente não usou dublês em nenhuma de suas cenas), mesmo com o roteiro de Christopher McQuarrie (que também volta a assinar a direção, depois do quinto filme) apontando para um foco maior com o lado humano de Hunt. Vemos um agente que também possui seus lados humanos, pelo qual mantém uma preocupação constante com sua equipe e sua ex-esposa Julia (Michelle Monaghan). Desta vez o próprio espectador acaba adentrando nessa preocupação com aquele, pois a todo momento vemos que eles também podem vir a morrer a quaisquer momentos, logo os papéis de Simon Pegg, Ving Rhames, Rebecca Ferguson e Alec Baldwin acabam tendo pelo menos seus "cinco minutos de fama" dentre os arcos apresentados. O mesmo pode-se dizer do novato interpretado por Henry Cavill (cujo bigode de ator porno dos anos 70 é inconfundível), pois ele desencanou completamente do seu estilo de Superman e apresentou uma atuação contingente com que fora proposto e acabou sendo um ótimo contra-ponto com Tom Cruise. Não exito em falar aqui que o vilão interpretado por Harris conseguiu ser o melhor da franquia, pois é deliberadamente o que mais mexeu com o psicológico do protagonista durante quase toda sua missão.

Tom Cruise and Rebecca Ferguson in Mission: Impossible - Fallout (2018)

Agora partindo para a direção de McQuarrie, o cara realmente sabe como fazer sequencias de ação de qualidade. A cena do salto de para-quedas vista no material promocional, não há um take se quer! Tudo ali foi filmado em tempo real e ficou realmente incrível (auxiliado ainda mais com a tecnologia 3D, pelo qual eu recomendo o formato dessa vez), e o mesmo pode-se dizer da que engloba o real acidente de Cruise. Por mais triste que possa ter sido a mesma, nada deixou de se abalar ou estragar graças ao enorme profissionalismo envolvido por todos ali. 

"Missão Impossível: Efeito Fallout" provavelmente é o melhor filme de ação do ano (acho dificil surgir outro que bata), e não exito em falar que provavelmente levará muitos prêmios técnicos na próxima edição do Oscar, graças a tremenda insistência de Tom Cruise em realizar suas sequencias de ação com a melhor qualidade possível.  RECOMENDO!!  

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

MEGATUBARÃO

Megatubarão : Poster

Há cerca de algumas semanas escrevi o quanto era escapista o divertimento em "Arranha-Céu: Coragem Sem Limites". O roteiro pouco interessava, muito menos as atuações, pois estávamos lá apenas para ver o The Rock "dar porrada nos vilões e fazer coisas impossíveis". O mesmo se aplica a este "Megatubarão", que o protagonista decai para um dos parceiros daquele, Jason Statham. Em momento algum a direção de Jon Turteltaub ("Aprendiz de Feiticeiro") procura levar sua trama pra algo sério, muito menos relevante dentro da realidade.

Jason Statham and Bingbing Li in The Meg (2018)

Baseada no livro de Steve Alten, a história mostra o marinheiro Jonas (Statham) que após falhar em uma tentativa de resgate em um todo, acaba se afastando da função. Anos mais tarde, após uma equipe de investigação submarina ficar presa no fundo do oceano, ele é chamado a ativa. É então que ele deduz sobre mais uma vez ele irá enfrentar aquela criatura marinha que lhe custou seu último resgate. 


Em um primeiro momento os mais expertos notarão as óbvias referencias narrativas ao clássico "Tubarão" e ao recente "Jurassic World", devido ao fato estupendo em uma situação que obviamente será fatada a um notório fracasso. E digo isso, porque o espectador já está ciente sobre o que tecnicamente vai rolar no filme, mas é ai que vemos o quão competente é Turteltaub, pois ele consegue tirar sequencias de enorme suspense e ação, que poderiam ter sido meramente genéricas (por exemplo, as cenas as quais envolvem os ataques do Megatubarão são sempre envoltas a um suspense sobre quando ele realmente irá atacar). Os efeitos visuais envoltos estas cenas são operantes, mas nada inovador, muito menos com relação ao recurso 3D (que acontecem alguns nuances envoltos a profundidade, mas assista no formato se você fizer questão mesmo).

Com relação as atuações, digamos que todas estão boas, mas nada que seja digno do memorável. Claro existem alguns arcos que poderiam ter sido meramente descartáveis, de tamanha preguiça se deu ao desenvolvimento dos personagens (alguns no inicio tendem a possuírem seus próprios arcos, mas isso é deixado de lado a medida que a narrativa avança).

"Megatubarão" é mais um daqueles filmes que servem apenas para divertir durante suas duas horas de projeção, e nada mais aquém. Se você curte os filmes do Jason Statham e tubarões, sem duvidas você vai se divertir abeça.

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 5 de agosto de 2018

VIDAS Á DERIVA

Vidas à Deriva : Poster

Em seus primeiros segundos de projeção, vemos a protagonista vivida por Shailene Woodley ("A Culpa é das Estrelas") tentando se sobressair dentro de um barco completamente inundado. Até o momento em que ela chega na proa (que leva menos de dois minutos), vemos o talento do diretor Baltasar Kormákur ("Evereste") em retratar o caos psicológico mediante a situações amenas, sem a necessidade de apelar para takes (sim, tudo isso foi filmado em um único deste). Por infidelidade de alguém da produção, digamos que isso não prossegue durante todos os 90 minutos de projeção e beira a intercalação desnecessária com um "romance adolescente", e esse é o principal erro de "Vidas à Deriva".

Shailene Woodley and Sam Claflin in Adrift (2018)

Este é composto pela citada e por Sam Caflin ("Como Eu Era Antes de Você"), onde durante uma viagem de barco, a dupla passa por uma enorme tempestade e acabam ficando naufragados em pleno oceano. Essa ideia foi muito bem aplicada em longas que não necessariamente se passaram em alto mar, como "Gravidade" e "Naufrago", só que o fator prejudicial se vem a subtrama que mostra como eles chegaram ao acidente.

Sempre que Woodley e Caflin enfrentam algum situação claustrofóbica, a montagem de John Gilbert (Vencedor do Oscar pelo excelente "Até O Último Homem") corta pra algo do passado. Embora alguns desses entrelacem perfeitamente com o que acabará de ocorrer, isso acaba desvalorizando a sensação desconfortante criada por Kormákur e principalmente por Woodley. Esta sem duvidas consegue ser o nome forte do longa, pois ela não só possui um enorme carisma, como o longa acaba obtendo um foco maior diante a sua personagem. Caflin também está muito bem, apesar de seu personagem não fazer muita coisa.

Vidas à Deriva : Foto Sam Claflin, Shailene Woodley

Baseado em uma história real, "Vidas à Deriva" não chega a ser um drama digno de agradar a crítica, muito menos feito pra render prêmios, mas sim mais um longa feito pro povão se emocionar mais uma vez com outra história retratada por Shailene Woodley.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

sábado, 4 de agosto de 2018

UMA QUASE DUPLA

Uma Quase Dupla : Poster

Já não é de hoje que o cinema nacional vem melhorado gradativamente na produção de seus longas, assim como na escolha dos seus enredos. Mas de vez em quando acontece um tropeço em uma trama que poderia muito bem ter sido melhor explorada, como é o caso deste recente "Uma Quase Dupla", onde possuía uma ótima chance de ter sido uma comédia bem mais engraçada (só pra deixar claro, existem momentos bem engraçados no longa, mas outros que o bocejo é eminente).

Resultado de imagem para Uma Quase Dupla

A trama tem inicio com a policial durona Keyla (Tata Werneck) que é chamada para investigar um misterioso assassinato na cidade de Joinlândia, junto ao atrapalhado policial Claudio (Cauã Reymond). 

Uma Quase Dupla : Foto

Para estabelecer um parâmetro plausível, pegue os terceiros "Corra Que A Policia Vem Ai"  e "Maquina Mortífera" (que são os mais fracos das cinesséries) e temos "Uma Quase Dupla". Apesar da dupla central possuir uma química divertida e conseguirem arrancar risos em algumas cenas bem boladas, o roteiro de Ana Reber e Leandro Muniz (que recebeu toques de mais três mãos, sendo uma delas da própria Werneck) parece meio perdido em alguns momentos onde tenta procurar uma tonalidade exata pra onde o humor. Uma hora apelava ao estilo do grandioso Leslie Nielsen (fazer burradas, mesmo com uma pose séria), outras pegava o pior do "Zorra Total" e outras apelavas para as caretas de Werneck (no desespero de fazer risos imediatos). 

Quanto a estrutura da investigação que ambos policiais passam durante o filme, os mais atentos denotarão algumas possíveis soluções de imediato, devido a tamanha preguiça que o roteiro as retrata. Tanto que basicamente não ocorrem cenas de ação, mas sim tentativas falhas de serem estas.

"Uma Quase Dupla" deveria ter sido melhor revisto e analisado em sessões testes, antes de ter sido disponível comercialmente. Sim, existiam chances deste longa ter conseguido ser uma comédia nota 8,0, ao invés de se tratar de algo que passará tão batido, que to achando que vou esquece-lo já nos próximos dias. 

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

MAMMA MIA! LÁ VAMOS NÓS DE NOVO

Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo : Poster

O primeiro "Mamma Mia!" não foi nenhuma obra prima do cinema, mas acabou rendendo bastante dinheiro pros bolsos da Universal Pictures em 2008. Adaptado de uma peça musical da Broadway, o enredo mostrava a jovem Sophie (Amanda Seyfried), perto do seu casamento e sem saber quem era seu verdadeiro Pai, manda um convite para os três possíveis candidatos (Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgard). Surpresa pela inesperada chegada desses, sua mãe Donna (Meryl Streep) se viu regada a reviver antigas paixões, tudo isso ao som de diversas canções do ABBA. Aquilo tudo se fechou no próprio e não havia motivos sequer para uma sequencia. Foi ai que algum produtor teve a brilhante ideia de fazer uma sequencia de tudo isso. Por motivos óbvios a sensação que esse longa me passou durante suas quase duas horas de projeção foram "pra que isso?".

Resultado de imagem para Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo

A história é intercalada em duas épocas uma no Presente onde vemos Sophie a dias da reabertura do hotel da sua mãe, em Atenas, e outra em meados dos anos 70, onde vemos quando Donna (agora vivida por Lily James) conheceu os três ex-namorados. Sim, até agora estou tentando entender um motivo realmente plausível para essas duas histórias se interligarem de fato, que não sejam motivos complacentes e extremamente batidos.

O roteiro de Ol Parker (que também assina a direção), com toques de Catherine Johnson e Richard Curtis (pra quem não sabe, foi um dos criadores do Mr. Bean), acabou realizando dois filmes em um único, onde infelizmente acabamos nos interessando de fato por um deles. O arco envolvendo Sophie é desinteressante, genérico e em momento algum nos importamos com ela, muito menos com a abertura do seu hotel. A única que acaba realmente salvando essa parte, é a participação da cantora Cher, pois ela acaba arrancando diversos risos e realmente mostra que ainda tem forças pra cantar diante das câmeras por mais tempo. Mas o longa só acaba ganhando forças mesmo quando corta pra segunda trama, envolvendo a juventude de Donna. James não é uma Meryl Streep, mas ela conseguiu alcançar a tonalidade prescrita pra personagem. Ela ta bem a vontade no papel, e literalmente conseguiu salvar o longa do desastre eminente que iria caminhar. Quando ela se junta com os seus amores nessa época (Hugh Skinner, Josh Dylan e Jeremy Irvine) todos eles possuem arcos plausíveis, que são suficientes para arrancar bons momentos. 

Resultado de imagem para Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo

Quanto aos números musicais, devo dizer que existem somente quatro que tiveram notório destaques com as músicas "I When Kiss a Teacher", "Waterloo", "Super Troup" e "Fernando". Já os outros não tiveram tanta notoriedade, pois literalmente copiaram do primeiro as coreografias (assim como outras canções que se repetem). 

"Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo" é mais uma sequencia desnecessária, aos quais se você curte musicas do ABBA, é fã do primeiro e de musicais, eu recomendo. Agora se você não se enquadra em nenhum dos outros tópicos, recomendo que fuja! 

Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet