sábado, 30 de junho de 2018

DO JEITO QUE ELAS QUEREM

Do Jeito que Elas Querem : Poster

Há cerca de 11 anos, me recordo de conferir nos cinemas a divertida comédia "Motoqueiros Selvagens", onde o propósito era juntar astros como John Travolta, Tim Allen, Martin Lawrence e William H. Marcy, envoltos a situações extremamente hilárias dentro de um contexto pastelão. A ideia funcionou (uma sequencia vem sindo discutida desde então, mas nunca saiu do papel), e agora temos uma versão "feminina" do que aquele tinha como propósito, porém agora as motos foram trocadas pelos livros da trilogia "Cinquenta Tons de Cinza", e os atores foram trocados pelas atrizes Jane Fonda, Diane Keaton, Mary Steenburgen e Candice Bergen.

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Como resumido basicamente no paragrafo antecessor, a trama gira em torno das personagens das quatro atrizes citadas, onde a primeira é uma solteirona convicta, a segunda vive em função das filhas que são obcecadas por sua saúde e sanidade, a terceira passa por uma crise conjugal com o marido e a última é uma juíza federal que começa a explorar aplicativos de relacionamentos. Mensalmente elas se reúnem em seus "Clube dos Livros", onde a primeira tem a brilhante ideia de em uma das reuniões levar o primeiro exemplar da série de Christian Grey. Obviamente que as quatro terão suas vidas intimas reviradas de forma hilária.

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Esse é um daqueles longas que teria de tudo para dar errado, se não tivesse o elenco certo nas mãos do diretor certo. Primeiro vemos que foi um acerto escolherem justamente atores como Steenburgen e Craig T. Nelson para voltar a interpretar um casal depois do longa "A Proposta", e dobradinhas como de Diane Keaton e Andy Garcia (de "O Poderoso Chefão 3"). E principalmente terem chamado ninguém menos de que o próprio Don Johnson, que é Pai da atriz Dakota Johnson protagonista da trilogia "Cinquenta Tons". Isso só serviu para criar um notório clima de empatia em torno dos personagens, aos quais todos acabaram convencendo em seus papeis. Porém diria que um pouco de descuido caiu em cima do arco envolto a Fonda e Johnson, pois em momento algum ele chega aos pés dos outros e acabou se tornando o maior contrapeso de todo o longa. Enquanto sem duvidas devo dizer que o casal que roubou mesmo a cena foi Steenburgen com Nelson, pois ambos protagonizam os melhores momentos do filme (que são realmente hilários). 

Outro acerto vem do roteiro da dupla Bill Holderman (que também dirige) e Erin Simms, que não tentam fazer uma promoção de que o "livro muda a vida positivamente", pois aqui ele só funciona na verdade como uma ancora pra tocar as situações. Essas que são narradas em formas padrões de "Sessão da Tarde", mas que funciona pelo talento dos nomes envolvidos. Claro que se você não curte piadas escatológicas e politicamente incorretas na maioria do tempo, esse filme não funcionará para você em hipótese alguma. 

"Do Jeito Que Elas Querem" não chega a ser o filme mais engraçado lançado este ano, mas sem dúvidas consegue deixar o público que saiu praguejando das sessões do casal Grey, com diversos sorrisos e uma felicidade estampada no rosto.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.


sexta-feira, 29 de junho de 2018

OS INCRÍVEIS 2

Os Incríveis 2 : Poster

É tecnicamente impossível alguém que nasceu na década de 90 não ter crescido sem ter conferido a animação "Os Incríveis". Desde o término deste, todos desejaram por anos que a Pixar fizesse uma sequencia. 15 anos se passaram e uma evolução no gênero de super-heróis foi acontecendo com o universo Marvel e uma tentativa mais fracassada que a outra da DC, e não existia melhor situação para a Disney decidir lançar esta aguardada sequencia. 

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A trama começa no exato momento onde o primeiro parou, com a família Incrível derrotando o vilão escavador. Devido a enorme destruição feita pelos heróis ao tentar impedi-lo, o governo decide impor uma lei que o heroísmo se torna crime (algo bem similar ao que foi visto em "Capitão América: Guerra Civil"). Até que um importante bilionário decide contrata-los para lhes bancar em novas investidas no combate ao crime. Ciente de suas facilidades nas execuções, ele coloca as missões a cargo da Mulher Elástica, deixando seu marido em casa cuidando das crianças.

O roteiro e direção de Brad Bird procurou pegar a essência do primeiro longa (pelo qual ele também foi responsável) e repetir aqui. Claro que as sequencias de ação, o enredo e a dinâmica dentre os personagens estão mais reais, mais divertidas e sucintas em sua abordagem (tem alguns momentos bem bacanas com o Sr. Incrível, aos quais qualquer Pai de família realmente já viveu ou vive). Mas quem rouba a cena mesmo é o pequeno Zezé, que agora já começou a demonstrar seus poderes e decai sobre as cenas mais divertidas no longa. Com relação a Mulher Elástica, ela tem duas sequencias de ação que conseguem dar de dez a zero em vários momentos da Mulher Maravilha em algum filme da DC (prevejo muitos cosplays dela vindo nessa CCXP) e conseguem prender mais o espectador por isso. Infelizmente o recurso 3D não explora os momentos com sua tecnologia, o fazendo ser descartável mais uma vez. 

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Mas como nem tudo é perfeição, eis que chegamos ao vilão. Até agora não consigo crer como Bird foi criar algo tão superficial como ele fez com esse caractere. O enredo até tentou criar um suspense em cima do personagem, porém desde o inicio já ta notório ao espectador que realmente é o hipnotizador. Basicamente foi uma mistura do que seria um filme da Marvel, com um vilão de um longa da DC.

"Os Incríveis 2" é uma verdadeira aula de como se faz uma sequencia, aos quais a casa do Mickey parece que cada vez vem acertado mais, e que provavelmente levará mais outro Oscar de animação para casa (não exito falar que provavelmente será um dos 10 indicados na categoria principal na premiação). RECOMENDO!

Nota: 9,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 20 de junho de 2018

EU SÓ POSSO IMAGINAR

Eu Só Posso Imaginar : Poster

Longas com uma temática gospel, dificilmente conseguem ter uma produção de qualidade, as quais consigam vender sua premissa de forma convincente. Foi o caso dos dois "Deus Não Está Morto" e de vários outros exemplos que são exibidos exaustivamente na "Sessão da Tarde". Indo no mesmo embalo, "Eu Só Posso Imaginar" tinha tudo pra funcionar, porém o excesso de facilidade tanto no roteiro, quanto na direção da dupla Andrew Erwin e Jon Erwin (que também assinou o roteiro com Alex Cramer e Brent McCorkle), acabou prejudicando e muito o seu resultado final.

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Baseado em fatos reais, conta a trajetória do musico Bart (o estrante J. Michael Finley), que junto da sua banda MercyMe, viajaram os Eua em busca do reconhecimento e do sucesso musical. Rodeado de diversos problemas pessoais, e com uma carreira que dificilmente estava decolando, é quando ele tem a ideia de compor a canção "I Can Only Imagine", que se tornou um enorme sucesso gospel tendo ocupado o primeiro lugar das paradas no mundo todo, junto a músicas Pop/Contemporâneas e acabou lhe rendendo dois Dove Awards em 2002. Além do fato da canção ter sido regravada por vários cantores nacionais como Ana Paula Valadão, Dayan Paiva, Eduardo e Silvana e Chris Duran.

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A principal premissa do longa é demonstrar como ele teve a ideia de compor a canção, através do foco de toda sua vida, com peso forte em sua conturbada relação com o Pai (Dennis Quaid). Ao ver esse enredo um tanto que padrão no cinema, vemos que ainda tinha uma pequena chance de ser um drama ótimo, porém o excesso de amadorismo da dupla central de diretores foi prejudicial pra isso funcionar. A começar de que em três momentos chaves, eles literalmente quebram a emoção do publico e a transposição da atuação de Finley, intercalando com flashbacks pra "explicar" o que se passava na cabeça dele (algo bem habitual em longas da temática, mas que indiretamente servem pra chamar o público de burro). Fora que como se trata de um filme com temática "inspiradora", o roteiro nos enche de diálogos preguiçosos, aos quais o tempo todo são jogadas frases prontas que transpõem o positivismo de alguma forma, ao invés de deixar que apenas os atos demonstrassem tudo de forma notória. Confesso que isso não incomodaria se fosse em alguns breves momentos, mas infelizmente o erro é teclado diversas vezes e isso literalmente acaba cansando.

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Mas claro, o longa ainda tem seus méritos, como o fato das canções literalmente conseguirem ser o carro forte e chamariz pra segurar a atenção do espectador (principalmente a que da titulo ao filme). Fora a interpretação de Finley, que é consegue transpor com mérito a importância da canção para a vida de Bart e de todos que a gostam de ouvir. Já Quaid interpreta um antagonista, aos quais lentamente vamos compreendendo suas atitudes, mas não é o melhor papel do ator.

"Eu Só Posso Imaginar" poderia ter tido uma pegada melhor, se tivesse nas mãos certas. Mas infelizmente o demérito dos diretores em apelar por uma abordagem mais "leiga" como em outros longas gospeis, acabaram prejudicando e muito o resultado final.

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 5,0/10,0

sábado, 16 de junho de 2018

JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO

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Confesso que esse era o filme que me deixou menos ansioso nessa época de Blockbusters. Não porque eu já cansei da franquia, muito pelo contrario, ainda curto ver os dinossauros criados pelo Titio Spielberg, mas sim pelo simples fato da equipe de marketing ter entregado não só os melhores momentos do longa nos trailers e comerciais, mas sim que eles abrangeram a trama toda e a maioria dos ploat-twits em menos de três minutos. Claro que muitos ainda gostam de saber a respeito do longa, antes de assisti-lo, mas ao meu ver a magia que iria ter nessa continuação acabou morrendo pra mim ali. Depois desse breve desabafo, vamos ao que interessa: O filme é bom? Pois bem, em um parâmetro geral, é melhor que o terceiro, mas não conseguiu ser melhor que o seu antecessor. 

Bryce Dallas Howard in Jurassic World: Fallen Kingdom (2018)

A história começa com uma enorme discussão envolto se os dinossauros devem ou não serem salvos da ilha ao qual se localizava o extinto "Jurassic World", pois um vulcão ameaça destruir toda forma de vida do local. Eis que Claire (Bruce Dallas Howard) é chamada pelo bilionário Eli (Rafe Spall), que lhe notifica possuir recursos para salvar os animais dali em segurança. Então ela decide contactar seu agora ex-namorado Owen (Chris Pratt), para auxiliar nesse trabalho.

Por mais que as subtramas criadas pelo roteiro de Colin Trevorrow (responsável pela direção do antecessor) e Derek Connolly serem completamente "inúteis" e servirem apenas de deixa pra rolar diversas sequencias de ação, vemos que ainda sim eles conseguiram criar arcos muito mais contingentes que uma certa franquia de robôs que explodem tudo por onde passam. É ai que a direção de J.A Bayona ("O Impossível") acerta, pois ele procurou focar o tempo todo na ação quando era a ação em si, e sempre evitando desviar a atenção do espectador pra outra coisa desnecessária (não vai demorar muito pra Marvel já chama-lo para algum outro longa deles). E só pra deixar claro, o recurso 3D ajuda em nada (só a dar uma enorme dor de cabeça, o que foi no meu caso), e pode ser meramente descartável. 

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Mas claro, ainda assim existem vários momentos que facilmente daria pra tirar, como a participação do Dr. Ian Malcom (Jeff Goldblum, revivendo um dos personagens que ajudaram a guinar sua carreira), que só aparece pra causar "nostalgia" e nada mais aquém. Assim como o alivio cômico dado ao personagem extremamente genérico de Justice Smith, que em um longa onde temos Chris Pratt como protagonista, isso não é necessário. Este mais uma vez consegue segurar o filme junto a Howard, que aqui ta fazendo coisas menos marcantes que no primeiro (sim, ela não usa saltos nesse e a câmera faz questão de focar nisso!). Quanto ao vilão..., bom mais uma vez temos um tipo clichê da série, e todos já sabemos o que vai rolar envolto a ele. 

"Jurassic World: Reino Ameaçado" é um mais do mesmo que ainda consegue prender a atenção e mostrar que consegue ter uma força pra ter mais filmes, ao contrário da franquia "Transformers".

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

quarta-feira, 13 de junho de 2018

OITO MULHERES E UM SEGREDO

Oito Mulheres e um Segredo : Poster

Parece que foi ontem, mas há cerca de 11 anos estava indo conferir a estreia de "Treze Homens e um Novo Segredo", em um cinema que acabava de inaugurar em minha cidade (pros curiosos: Cine Roxy Brisamar (na época de ouro, em que longas legendados faziam parte da grade)). O mesmo foi excelente ao meu ver, e conseguiu fechar aquela trilogia que teve um mediano segundo longa. Hoje em meio a várias crises pós modernas e criativas passando pelo cinema, o quarto longa dessa cinessérie explora os mesmos caminhos do primeiro, porém o protagonismo decai em cima da irmã de Danny Ocean (George Clooney), Debbie (Sandra Bullock).

Sem a presença daquele, a trama mostra Debbie recém saída da prisão e com a mesma personalidade para roubos que o irmão. Ao entrar em contato com a velha amiga Lou (Cate Blanchett), ela compartilha que durante seus cinco anos atrás das grades, bolou um plano mirabolante para roubar um caríssimo colar em um evento de gala. Para isso ambas terão de encontrar outras sete pessoas dispostas a terem as características para o roubo ser sucessivo.

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A direção de Gary Ross ("Jogos Vorazes"), é bastante semelhante com o trabalho de Steven Soderberg no primeiro filme. Temos uma sequencia onde serve como apresentação para cada uma das protagonistas, em que exploram suas habilidades e nos da motivos para adentrarmos na personalidade delas, as quais cada uma remete um pouco a dos caracteres da versão pioneira (sendo a mais óbvia a de Blanchett com Brad Pitt). Francamente somente este fator, além de algumas sequencias serem exatamente IGUAIS ao original, já seriam motivos decepcionantes para o resultado final do longa. Por sorte vemos que Ross entendeu que isso iria ser um ponto que deveria ser melhor desenvolvido (para não deixar um desgosto logo no inicio), e eis que ele consegue em cada arco nos fazer imergir dentro da trama (cujo roteiro o próprio desenvolveu junto a Olivia Milch), e de fato a atenção é segurada com sucesso durante toda projeção, mas sempre deixando claro que por mais que tenhamos vários nomes de peso, o show é liderado por Bullock, Blanchett e Helena Bohan Carter (onde eu constantemente só via um Johnny Depp de saias). Quanto aos outros nome do elenco, digamos que nenhuma das outras tem um peso dentro da narrativa a não ser "estavam fazendo suas funções", apesar de conter algumas participações especiais de personagens dos primeiros filmes e outros atores e personalidades famosas. 

Mas quando chega nos últimos arcos, eles acabam sendo roubados pela própria personagem da Anne Hathaway (que por desvaneio da equipe de marketing, acabaram estragando um possível ploat-twist que seria ótimo, datado o clima que a narrativa estava levando). Em prol, eles ainda tentaram esticar mais uns 10 minutos do que seria o desfecho do longa, mas que francamente se durasse um pouco mais iria só prejudicar tudo que Ross já havia desenvolvido com sucesso até então.

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"Oito Mulheres e um Segredo" não chega a ser melhor que seus antecessores, muito menos um longa ao qual serve para endeusar o "Girl Power", mas sim um divertido filme de roubo que ninguém cansa de ver sempre que surge um novo (com o diferencial que provavelmente poderá ir parar no Oscar de Melhor Figurino de 2018). Então só digo que venham "Nove Mulheres e um Novo Segredo"!

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 6 de junho de 2018

DARK CRIMES


Inicialmente já vou alertando que esse filme foi o último gravado por Jim Carrey, antes do seu "sumiço" das telonas, em 2014. Lançado apenas em alguns festivais ano passado, "Dark Crimes" é um longa que ficou guardado pelos produtores haviam quase dois anos (já que as filmagens foram em meados de 2014), o que já é um péssimo sinal. Comprado por pequenas produtoras independentes, ele finalmente foi lançado ao público, mas infelizmente se concretiza como o pior filme da carreira de Carrey.

Jim Carrey, Marton Csokas, and Piotr Glowacki in True Crimes (2016)

A começar que mesmo tendo uma pegada de suspense (não, não, esse não chega nem perto de "Número 23"), Carrey em momento algum conseguiu convencer como um investigador fascinado por um caso pelo qual ele acredita que nunca foi encerrado realmente. O mesmo aborda a história verídica de um escritor (Marton Csokas), que escreveu um livro cujo enredo narrou um assassinato bastante familiar com o do caso sem solução. É então que o personagem de Carrey tenta a todo custo provar que o escritor é o assassino.

O que mais me chamou a atenção neste longa, não foi a questão da narrativa, mas sim o estilo pelo qual Carrey estava levando sua interpretação. Tudo bem, que o personagem era um investigador obcecado e um tanto que depressivo, porém não se notava uma expressão que realmente transpusesse isso (o que nos faz crer que ele já estava ciente que pararia de atuar ao terminar este trabalho). Fora que quando era pra se fazer um arco sério e chave, a reação dele era fazer as clássicas caretas, mesmo não combinando nem um pouco com o personagem. 

Jim Carrey, Zbigniew Zamachowski, and Piotr Glowacki in True Crimes (2016)

Por desventura a direção de Alexandros Avranas sequer tem conta do material que ele possui em mãos, e procura apenas focar na obsessão do protagonista, deixando completamente de lado o perfil psicológico dos coadjuvantes vividos por Csokas e Charlotte Gainsbourg (que ainda não saiu de seu papel do longa "Ninfomaníaca"), assim como explorar alguns arcos envoltos a eles. Tudo aqui é desperdiçado de forma infeliz.

A única coisa que espero é que "Dark Crimes" não seja realmente o último trabalho da carreira de Jim Carrey nos cinemas, e que se for aposentar mesmo, que seu próximo longa seja algum trabalho digno de sua brilhante carreira. 

Nota: 1,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 1 de junho de 2018

TULLY

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Jason Reitman é mais um daqueles diretores que conseguem o respeito de quaisquer cinéfilos. Responsável por abranger fatores críticos em suas narrativas, em obras vide "Amor Sem Escalas" e "Juno", finalmente ele volta as telonas depois hiato de quatro anos do fracasso de "Homens, Mulheres e Filhos" (apesar de ser um ótimo longa, não conseguiu render o suficiente nas bilheterias). Seu mais recente trabalho "Tully", repete a parceria com a Oscarizada roteirista Diablo Cody depois de "Juno" (que levou o prêmio por este) e "Jovens Adultos", e com a protagonista deste último, Charlize Theron.

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Aqui ela vive a exaustiva Mario, onde depois de ter o terceiro filho não consegue sequer um momento de descanso, e ainda precisa tomar todas as rédias para cuidar da casa, pois seu marido Drew (Ron Livingston) sequer abre mão da rotina. Eis que são irmão (Mark Duplass), resolve contratar uma babá noturna, para tomar a rédia de toda a situação e faze-la ter seu merecido descanso. Então somos apresentados a Tully (Mackenzie Davis), que demonstra uma completa inteligencia e um espirito oposto ao de Mario, que a faz cada vez mais repensar sua vida nos últimos anos.

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A todo momento a direção de Reitman tenta nos adentrar de forma crítica sobre o que os casais enfrentam nos seus relacionamentos no período de maternidade. Mostrando isso através de vários contrapontos rotineiros (sem necessitar apelar para o roteiro, que ainda sim o auxilia através dos diálogos), aos quais Mario e Drew acabam caindo em contradição com seus atos, onde enquanto ela cuida do bebê dormindo em pé, ele continua focado ali em seu game online como se nada estivesse acontecendo. 

Certamente a atuação de Theron nesse filme vai acabar lhe rendendo uma indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro, pois sua degradação e o fator dela ter notoriamente entrado de cabeça na personagem (destacando que ela engordou cerca de 10 ou 15 quilos pro papel), são notórios já nos primeiros minutos da projeção. Mas quando Davis entra em cena, confesso que ela acaba roubando a mesma, pois além de ser uma atuação que vai de imenso contraponto a da protagonista, ela acaba trazendo um enorme alivio cômico pro espectador, devido suas expressões sempre alegres e confiantes (há tempos não via uma atuação assim). 

"Tully" infelizmente é mais um daqueles longas metragens que apesar de serem excelentes, e sequer sentimos seus 100 minutos de duração, provavelmente passara em branco pelos cinemas (dos seis que frequento, estava passando em apenas um) devido a péssima época em qual foi lançado (em meio da blockbusters como "Guerra Infinita" e "Deadpool 2"). Só digo que se tiver a ventura de encontrar em sua cidade passando, ASSISTA!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet