sábado, 18 de julho de 2015

HOMEM-FORMIGA


Depois de diversas sequencias de seus filmes e do ótimo "Guardiões da Galaxia", a Marvel nos apresenta mais um personagem que assim como estes, tinha tudo para dar errado em sua primeira empreitada nas telonas. "Homem-Formiga", pra quem não sabe foi um dos nomes que fundaram a equipe dos "Vingadores" e foi o verdadeiro criador de Ultron nas Hqs (só que nestas passagens o herói era encarnado por Hank Pym, e não pelo seu sucessor Scott Lang (que é o herói aqui)). A produção também marca a estreia do ótimo ator e comediante Paul Rudd ("O Virgem de 40 Anos") em produções de heróis e de grande porte. Pra se ter uma noção na confiança da Marvel no ator, ela optou pelo mesmo auxiliar no roteiro junto com seu amigo de longa data, Adam McKay ("Tudo Por Um Furo"), Edgar Wright (que foi demitido do cargo de diretor, por diferenças criativas com a Marvel) e Joe Cornish ("As Aventuras de Tintim"). O resultado não poderia ser outro, e a produção acabou se tornando mais uma comédia de ação do que uma produção de ação aos moldes de Michael Bay. Honestamente o filme demorou um pouco pra decolar, pois ele vai apresentando os personagens como se fossemos íntimos logo de cara. Só que com o decorrer da narrativa, vamos nos entrosando e curtindo tudo que ta rolando (algo bem aos moldes da Marvel).


A trama tem inicio no ano de 1969, quando o cientista Hank Pym (Michael Douglas, de "Instinto Selvagem"), cria um traje de encolhimento humano e tem sua ideia "barrada" pela equipe da Shield. Voltamos então aos dias atuais, onde somos apresentados ao experiente ladrão, Scott Lang (Rudd), que está saindo da prisão. Pai da pequena Cassie (Abby Ryder Fortson), cuja Mãe (Judy Greer, de "Jurassic World") se divorciou de Lang e se casou com o policial extremamente bobão, Paxton (Bobby Cannavale, de "Blue Jasmine"), a relação entre estes não vai indo nada bem com o retorno daquele em suas vidas. Só que a antiga quadrilha de Lang, formada por Luis (Michael Peña, de "Caça aos Gansters"), Kurt (David Dastmalchian) e Dave (o rapper T.I.) decidem fazer um roubo em uma casa onde conseguirão melhorar suas rendas e vidas por um bom tempo. Mas ao executarem o plano, Lang acaba descobrindo que dentro do cofre da mesma, não havia dinheiro nenhum, apenas uma roupa com um capacete, que ele domina mesmo assim. Ao chegar em casa, ele decide vesti-la e ao apertar ambos botões que estão em suas mãos no traje, acaba encolhendo na mesma hora. Então ele passa a ouvir a voz de Pym e descobre que ele premeditou todo o roubo e que foi escolhido para ser seu sucessor. Com ajuda de seus atrapalhados amigos, e da filha de Pym, Hope (Evangeline Lilly, de "O Hobbit"), Lang descobre que poderá ir além dos limites do ser humano ao vestir o traje de "Homem-Formiga".


Mais uma vez a Marvel conseguiu surpreender com suas produções, e nos apresentou "Homem-Formiga" exatamente como se ele fosse um velho aluno em uma sala de aula e nós fossemos o novo integrante do pedaço e que vamos nos enturmamos com ele e com seus amigos aos poucos. É a sensação que o roteiro e o trabalho do diretor Peyton Reed ("Sim Senhor"), vão jogando e apresentando os personagens da trama em seu principio, como se nós já fossemos intimos de todo mundo ali! Paul Rudd conseguiu passar bastante do seu carisma e personalidade em seu Scott Lang, pois ele mescla seu sarcasmo com a inteligencia e agilidade deste e nos resulta em um herói extremamente interessante e divertido, que aos poucos vai conquistando o público. Mas quem brilha e rouba algumas cenas, é o veterano Michael Douglas com seu Hank Pym. Logo no principio, vemos que os efeitos visuais utilizados para rejuvenece-lo, ficaram realmente ótimos, assim como fora feito o oposto com Hayley Atwell, com sua Peggy Carter (que só aparece nesta cena). Já Lilly que interpreta sua filha, confesso que achei ela meio "apagada" neste filme, pois quem acompanha as Hqs já sabe qual será a conclusão da personagem (não vou falar, pois a cena pós créditos ta ai pra isso) e aqui preferiram dar preferencia a apresentar Lang ao publico. Quanto ao vilão Jaqueta-Amerela vivido por Corey Stoll, ("Sem Escalas") ta bem bacana, apesar do ator se garantir mais por sua feição de mal do que pela sua atuação. Mas quem fica com a maior parte cômica (além dos momentos de Rudd), são os amigos de Lang, interpretados por Peña (que tem maior destaque), Dastmalchian e T.I.


Os efeitos 3D são mais denotados pela questão da profundidade na maioria das cenas, pois em contexto geral não faz muita diferença, a não ser do preço mesmo. "Homem-Formiga" não é o melhor filme da Marvel, mas também não é o pior. Ele se encaixa muito bem perto do primeiro "Homem de Ferro" e "Capitão América" em quesito de qualidade. RECOMENDO!
Obs: Não saiam da sala antes de terminarem completamente os créditos finais (como de costume em todos os filmes da Marvel), pois há duas cenas pós créditos neste filme. Sendo que a segunda interliga o personagem com o filme "Capitão América 3: Gurra Civil".

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 16 de julho de 2015

BELAS E PERSEGUIDAS


Reese Witherspoon é um dos grandes nomes de Hollywood hoje em dia, não podemos negar. Ela já tem um Oscar, uma recente indicação neste com "Livre" e agora abriu uma produtora que já realizou este, o ótimo "Garota Exemplar" e agora esta comédia bem sessão da tarde, "Belas e Armadas". A premissa é bem batida mesmo, pois ela vive a policial extremamente linguaruda chamada Cooper, que vive sendo trolada pelos colegas do seu departamento por causa de uma "cagada" que ela fez no passado. No inicio vemos que ela se tornou policial, devido ao seu Pai leva-la sempre aos turnos dele. Então depois de um descuido em seu turno, ela virou motivo de chacota no seu departamento de Policia. Onde logo mais a escalão para cobrir a mulher de um perigoso contrabandista, Daniella (Sofia Vergara, de "Amante a Domicilio"), que por conta de um testemunho acaba entrando no programa de proteção a testemunhas. Só que ao busca-la, sua casa é alvo de uma enorme chacina, onde sobra somente Cooper e Daniella. Mas graças há alguns esperados acontecimentos no caminho para a delegacia (onde todo mundo que já viu esse tipo de filme, já saca logo de cara), elas decidem pegar a estrada por conta própria, para então Daniella ficar a salvo e conseguir depor sem nenhum problema.



Confesso que eu me diverti muito mais nos primeiros minutos, onde vemos a personagem de Witherspoon literalmente crescendo na traseira da viatura de seu Pai. Se o enredo desta comédia fosse basicamente focado naquele assunto, com toda certeza, seria bem mais divertido. Aqui nós vemos que o roteiro da dupla David Feeney e John Quaintance (que são responsáveis pelos roteiros de séries como "New Girl" e "2 Broke Girls"), praticamente usa e abusa de tiradas das tipicas "Sessões da Tarde". Piadas sobre a estatura Witherspoon e do jeito extrovertido de Vergara, são repetidas há exaustão (sinal de que a criatividade havia acabado bem no meio do processo de roteirização), assim como o fato de que eles criaram um arco no final que poderia transformar a comédia até que "diferente", mas jogam a chance fora para entrar no "estilo clichê" (pelo amor, quantas comédias com traficantes latinos como vilão vão existir ainda!). Nem o nome da diretora Anne Fletcher (que dirigiu o ótimo "A Proposta"), conseguiu alavancar algo que desse pra aproveitar de verdade neste "projeto de comédia", onde nem os erros de gravação do final conseguem animar o público ao terminar de assisti-lo e os fazem ir embora da sala mais rápido ainda!


Sem duvidas "Belas e Perseguidas" já conseguiu ser uma das piores produções do ano (junto com "Sob o Mesmo Céu"), onde as próprias expressões dos atores envolvidos demonstram a tamanha vergonha que sentiram ao estar atuando nessa BOMBA!

Nota: 2,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 3 de julho de 2015

DIVERTIDA MENTE


Os estúdios Pixar jamais precisaram comprovar seu selo de qualidade em suas produções. Desde 1995, com o seu primeiro filme "Toy Story", ela provou que suas histórias em animações computadorizadas conseguem emocionar crianças e adultos. Tanto que eles são o único estudio de animação a conquistarem duas indicações consecutivas ao Oscar de melhor filme ("Up - Altas Aventuras" e "Toy Story 3"). Agora eles tiveram a brilhante ideia de criar uma história, onde literalmente abordam as emoções do ser humano. Só que do ponto de vista da menina Riley. Então vemos em sua mente, diversos personagens que literalmente comandam sua Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Vaidade. Tudo ia as mil maravilhas, até o dia em que ela descobre que vai se mudar de cidade. A vida nela não só vira de ponta cabeça, como todas suas emoções ficam extremamente confusas em relação ao que fazer a respeito disso. É então que Alegria tenta usar suas ideias para tentar resgatar este sentimento que sempre houve na menina. Só que sem querer, Tristeza acaba atrapalhando um pouco as coisas e ambas acabam saindo da sala de controle, e são jogadas para o meio do labirinto das antigas memórias de Riley. Enquanto isso, esta começa aos poucos a perder seus sentimentos e se tornar cada vez mais uma menina triste.


Pete Docter (que já comandou "Up" para o estúdio), consegue captar aqui com seu trabalho, as verdadeiras sensações que os sentimentos possuem e as joga para o espectado as sentir. Quando o foco é a Alegria, nos sentimos alegres, quando o foco é na Tristeza, nos sentimos tristes e assim sucessivamente. Mas o que me surpreendeu foi o fator originalidade que eles utilizaram, apesar de se tratar de uma produção Disney (onde nós já sabemos o final mesmo antes de assisti-lo). Além do fato de ela fazer o espectador sentir e refletir sobre algumas situações da vida, onde tivemos que lidar mais com os sentimentos do que a moral.


Nesta abordagem, os coadjuvantes retratados por vaidade, raiva e medo, digamos que quem "rouba a cena" é a raiva, não só por ela estar presente excessivamente na mente do Pai de Riley, como ele também tem os momentos mais "divertidos" e "inesperados" da produção. Quanto a Mãe tem mais um foco para os sentimentos mais "tranquilos" no meio dos outros dois personagens. "Divertida Mente" é mais um brilhante exemplar da Disney/Pixar que com toda certeza levará o Oscar de animação no próximo ano, além de talvez ser a terceira do estúdio a figurar entre os indicados a melhor filme. RECOMENDO!

NOTA:10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


quinta-feira, 2 de julho de 2015

ENQUANTO SOMOS JOVENS


Ben Stiller vive aqui o falido cineasta Josh, que não consegue acertar em seu documentário em hipótese alguma, e  para conseguir uma grana extra da aulas em uma faculdade sobre como montar o seu próprio. Ele é casado com Cornelia (Naomi Watts, de "Birdman"), e ambos enfrentam a famosa "crise dos 40 anos", pois eles não tem filhos e vivem exatamente a mesma rotina diariamente. Só que um dia, ao finalizar uma de suas aulas, ele conhece o jovem casal Jamie (Adam Driver, do novo "Star Wars") e Darby (Amanda Seyfried, de "Ted 2"), que são exatamente o oposto dele e de Cornelia. Tendo em vista que a jovem companhia poderá mudar para melhor suas vidas, o casal decide acompanhar-los em saídas para os mais loucos lugares, que vão de uma aula de hip hop até mesmo reuniões para usarem drogas. Ao mesmo tempo em que Josh ajuda Jamie a finalizar seu novo documentário.


O diretor e roteirista Noah Baumbach ("Frances Há"), utiliza diversos momentos da produção pra criticar as novas manias e comportamentos da sociedade atual em prol dos avanços tecnológicos. Em alguns momentos da película vemos todos os personagens em cena com um celular na mão jogando algum assunto fora, ou até mesmo menções de alguns personagens de como o Facebook "suga a mente" de quem é viciado nele. E claro, demonstra que tudo isso ajuda a acelerar o processo de uma "vida parada" para o casal protagonista, que se mostram viciados nos mencionados (o que pode-se muito bem aplicar para a realidade).


O carisma do casal protagonista vivido por Stiller e Watts se torna o ponto forte do filme, pois ambos combinam bastante e como ela já possui uma certa qualidade em suas atuações (duas indicações ao Oscar, por distintos estilos de atuação), ela consegue até ser engraçada em certos momentos aqui (apesar da produção ser mais uma verdadeira comédia dramática). Driver e Seyfried também possuem um carisma legal, apesar o papel desta não exigir muito no inicio e ganhar uma breve importância apenas no ato final. Mas uma coisa que achei super bacana na produção foi a indireta homenagem ao veterano das "Sessões da Tarde", Charles Grodin (Beethoven - O Magnífico). Aqui ele vive o sogro de Stiller, que é um famoso documentarista que hoje está aposentado e tenta ajudar o genro na produção de seu documentário. 

"Enquanto Somos Jovens" é uma interessante produção que mostra os verdadeiros problemas dos casais atuais diante de um "casamento parado". Uma pena que essa produção tenha passado em branco pelos cinemas, mas talvez na televisão a cabo acabe sendo vista pelo simples fato da presença de Ben Stiller no elenco. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0 
Imagens: Reprodução da Internet