sábado, 30 de dezembro de 2017

RODA GIGANTE

Resultado de imagem para Roda Gigante, filme poster

De uns tempos pra cá, os longas de Woody Allen decaíram um pouco o nível de qualidade. Sempre seguindo a premissa de que "um cara se envolve com duas mulheres, em meio a conflitos e traições", a única coisa que mudava era o elenco, o cenário e as discussões filosóficas. "Homem Irracional" e "Café Society" são um claro exemplo disto, onde restava para nós espectadores explorar apenas os cenários e assuntos abordados pelos personagens. Seu novo exemplar anual, "Roda Gigante" não foge disso. Mas não deixa de ser um bom filme, assim como os citados.

A trama se passa durante os anos 50 e mostra a garçonete Ginny (Kate Winslet), casada com Humpty (Jim Belushi), que moram em um parque de diversões na praia de Coney Island. Só que tudo muda do avesso quando a problemática filha dele reaparece (Juno Temple), assim como os ocasionais encontros da primeira com o salva vidas Mickey (Justin Timberlake), e o fascínio do filho desta (Jack Gore) em botar fogo em tudo.

Resultado de imagem para Roda Gigante, filme

A principio devo confessar que um dos pontos fortes na narrativa foi a quebra da quarta parede realizada por Timberlake (técnica criada pelo próprio Allen, que não havia sido aproveitada por ele desde "Tudo Pode Dar Certo"), onde através de conversas com o público ele explica o que está por vir. Mesmo assim, sua atuação em contexto ta boa, porém não é o personagem de destaque. Aqui quem segura mesmo a trama são as personagens de Kate Winslet e Juno Temple, onde em dois momentos as duas conseguem estabelecer tamanho talento que elas possuem pra atuação (vai ser uma questão de tempo, até a segunda começar a aparecer em premiações importantes). Pra enaltecer isso, a fotografia de Vittorio Storaro ("Apocalipse Now") muda a tonalidade do visual a medida em que os tópicos vão sendo apresentados na discussão, tudo isso com base com o movimento da roda gigante que quase sempre da vista pra todo arco ocorrente no filme.

Resultado de imagem para Roda Gigante, filme

"Roda Gigante" é mais um exemplar de Woody Allen que no final das contas acaba sendo um pouco melhor do que os três últimos longas lançados por ele. Porém o gostinho de saudades por longas como "Meia-Noite em Paris" e "A Rosa Purpura do Cairo" ainda continua na mente dos cinéfilos. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

SUBURBICON: BEM-VINDOS AO PARAÍSO

Suburbicon: Bem-vindos ao Paraíso : Poster

Por mais que falem de que os últimos filmes dirigidos e estrelados por George Clooney tenham sido bombas, eu particularmente gostei de "Caçadores de Obras-Primas" e "Jogo do Dinheiro", que não são exemplos de longas dignos de Oscar, mas são dois meros entretenimentos validos por duas horas e nada mais aquém. O que já diverge completamente deste "Suburbicon: Bem-Vindos Ao Paraíso", onde este não só dirige, como também assina o roteiro junto aos irmãos Joel e Ethan Cohen ("Onde Os Fracos Não Tem Vez") e a produção. 

Resultado de imagem para suburbicon

O enredo tem inicio com o "condomínio" do sonhos batizado de "Suburbicon", onde tudo o que ocorre por lá é basicamente um "enredo da Disney". Mas tudo começa a virar de pernas pro ar com a chegada de uma família negra no local, onde a comunidade extremamente racista tenta expulsa-los a todo custo. Ao lado da casa desses mora a família Gardner, onde após uma fatalidade durante uma invasão de bandidos durante a noite, vira a vida dos mesmos de pernas pro ar.

Aqui tudo poderia ter funcionado de forma alegórica, porém mesmo com a direção dele sendo boa em alguns aspectos, o principal problema decai em cima do roteiro. Aqui temos três personagens centrais, onde nenhum deles é aprofundado a ponto de sequer temos interesse pela trama ou pelo desenvolvimento dos mesmos. Pra não dizer que não falei das flores, nos primeiros 20 minutos, o longa é abordado apenas do ponto de vista do filho do casal central, e chega até ser bem interessante tal aspecto. Porém com o desenrolar e os ploat twist que vão sendo apresentados, isso é basicamente deixado pra escanteio e o foco do longa começa a ser o humor negro e o racismo mediante aos vizinhos deles (a todo momento, vemos que esse arco sequer fazia diferença pra trama central em si).

Resultado de imagem para SUBURBICON: BEM-VINDOS AO PARAÍSO

Partindo pras atuações, Damon ta bem canastrão aqui e nem ele consegue deixar claro que seu interesse pela história não é dos melhores. Enquanto Julianne Moore consegue ser uma das poucas coisas boas aqui, junto com o jovem Noah Jupe, que faz o filho daquele. Infelizmente o roteiro não acaba se concentrando apenas em um caractere, e tudo soa no final como um verdadeiro genérico que demora pra ser dissolvido devido ao gosto ruim provocado pela receita de Clooney com os irmãos Cohen.

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

UM HOMEM DE FAMÍLIA

Resultado de imagem para Um Homem de Família, poster

Primeiramente gostaria de deixar claro que este filme não tem ligação alguma com o filme de 2000, estrelado por Nicolas Cage, cujo nome no Brasil é exatamente o mesmo. Mas sim, mais uma vez temos um protagonista que é um workaholic (aqui ficando a cargo de Gerard Butler), que não liga pra família, mas um imprevisto fará ele repensar duas vezes suas atitudes. Só por esse embasamento não precisarei entrar mais afundo na história, pois a premissa é basicamente esta mesmo.

Resultado de imagem para a family man, 2017

Partindo primeiramente pras atuações, digo sem hipótese de duvidas que este é o melhor papel de Butler em anos no cinema, apesar de se tratar de uma drama a lá "sessão da tarde", nos interessamos pelo andamento de seu personagem em mediante a intercalação da sua vida pessoal e profissional. No meio dessa trajetória, temos dois contrapontos que aparecerem brevemente no filme, que são vividos por Willem Dafoe e Alfred Molina. Apesar de estarem presos em suas zonas de conforto, ambos foram ótimas escolhas pros papeis, pra "representarem" as importâncias do protagonista na forma física. 

Resultado de imagem para a family man, 2017

A direção é do estreante Mark Williams (que antes só produziu alguns longas como "O Contador"), que não exagera em nenhum recurso e faz tudo mediante aquilo que é apresentado. 

"Um Homem de Família" é mais um daqueles longas bem água com açúcar, que serve pra distrair durante umas duas horas e nada mais aquém disso.

Nota: 6,0/10,0
Imagem: Reprodução da Internet


JOGOS MORTAIS: JIGSAW

Resultado de imagem para Jogos Mortais: Jigsaw

Se a franquia não fizesse tanto sucesso com seus últimos sete filmes, ficaria me perguntando até hoje porque diabos esse oitavo longa foi lançado. Seria uma tentativa de mostrar pra nova geração um dos maiores ícones do cinema de horror dos anos 2000, que era o boneco Jigsaw? Errado, era porque os produtores queriam ganhar mais dinheiro fácil mesmo. Me lembro como se fosse ontem, eu saia das aulas da escola e ia até os cinemas nas matines para conferir a um novo filme da série (que lançava um volume por ano, desde 2004). E isso foi assim até o fim de 2010, onde o último filme da série foi lançado, na versão 3D.

Quando a produção deste novo longa foi anunciada em 2016, já sabia que eles precisariam mudar um pouco as coisas, pra ela realmente se tornar interessante e conseguir atrair novos fãs. Ao conferi-la nos últimos dias (em uma sessão com aparentemente mais 15 pessoas), vi que realmente a franquia não continuara a ver a luz dos dias anualmente.

Resultado de imagem para Jogos Mortais: Jigsaw, fotos

A sinopse sequer foge do padrão dos outros, onde temos um grupo de policiais que ainda investigam o motivo por trás dos jogos do serial killer Jigsaw, que mesmo com ele estando morto há mais de 10 anos, ainda continuam acontecendo em algum galpão misterioso. 

O roteiro da dupla Pete GoldfingerJosh Stolberg ("Piranha 3D") mostra-se o quão se pode ser preguiçoso ao ter um enredo que provavelmente já garantirá uma montanha de dinheiro em mãos: personagens em situações rasas, que nos levam a um ploat-twist que sequer era um (porque o óbvio era notado por quase todo o filme, desde o principio). Não há nenhuma vitima dos jogos sádicos que nos faça se interessar ou se preocupar pra que elas saiam do jogo, pois além do roteiro não permitir isso as atuações sequer favorecem que isso aconteça (antes que falem algo, sei muito bem que a premissa da série é meio que fazer uma "masturbação sádica"). Partindo pro cenário da investigação, tudo é tão banal, que alguns personagens são claramente tão suspeitos que só faltou botar uma seta na cabeça dos mesmos escrito "EU SOU O RESPONSÁVEL POR TUDO!". Por incrível que pareça, a grande qualidade do filme foi maneira de como Jigsaw pode ser resgatado (não vou entrar ao mérito, mas ficou bacana). 

Resultado de imagem para Jogos Mortais: Jigsaw, fotos

"Jogos Mortais: Jigsaw" é um mais do mesmo, que agradará apenas quem já curte a mesmice que se tornou a franquia ou gosta de ver uma carnificina por prazer mesmo. Agora quem já não curte nenhum desses dois quesitos, a dica é passar BEM LONGE.

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 3,0/10,0

PERFEITA É A MÃE 2!

Perfeita é a Mãe 2 : Poster

Não existe época melhor para se lançar esse "Perfeita é a Mãe 2!", não porque se trata de um longa natalino, mas sim que há cerca de menos de um mês o cinema lançou "Pai em Dose Dupla 2", que exatamente tem o mesmo foco, porém na versão masculina. Aqui o trio de mães vividas por Mila Kunis, Kristen Bell e Kathryn Hahn, acabam tendo a visita inesperadas de suas mães em plena semana de natal. Essas são vividas pelas talentosas Chistine Baranski, Cheryl Hines e Susan Sarandon. O desenvolvimento deste é basicamente o mesmo do citado, porém não consegue acertar na abordagem de alguns arcos.

Resultado de imagem para perfeita é a mãe 2, fotos

Poupando apresentações (o que lhe obriga a ver o primeiro), a comédia já chega lançando umas oito piadas onde quatro conseguem arrancar risos (principalmente se você é mãe ou avó). Porém quando chega o momento em que as protagonistas se defrontam com as mães, o roteiro de John Lucas e Scott Moore (que foram responsáveis pelo primeiro, e voltam a assinar a direção também) parece soa uma enorme preguiça em explorar mais afundo alguns atos. Foi uma pena ver nomes como o de Sarandon sendo completamente deixados como um terceiro plano, enquanto o segundo acaba sendo algum personagem completamente desinteressante e que sequer é aprofundado. Claro eles deveriam ter explorado muito mais a relação dentre as avós, e como isso afeta as filhas, e não resumido em apenas dois momentos que não acrescentam muito ao desenvolvimento. Em compensação a relação dentre as três protagonistas continua dando certo, e as três conseguem arrancar mais risadas do que no primeiro (que francamente havia dito aqui que o trailer foi mais divertido do que o próprio) 

Resultado de imagem para perfeita é a mãe 2, fotos

"Perfeita é a Mãe 2" consegue divertir um pouco mais do que o primeiro, porém teve a felicidade em evitar ao máximo não reaproveitar algumas piadas que funcionaram naquele. Se você não curte piadas escatológicas e afins, com certeza esse não é sua comédia. Agora se você gostou do primeiro e curte o estilo, assista a este filme. 

Nota: 5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PAI EM DOSE DUPLA 2

Pai em Dose Dupla 2 : Poster

"Pai em Dose Dupla" se tornou um sucesso inesperado, vide a parceria que já vinha do sucesso "Os Outros Caras", de Mark Walhberg e Will Farrell. Rendendo quase o triplo do orçamento, era obvio que uma continuação da comédia iria vir (como está ocorrendo exaustivamente com vários longas). Com a missão de ser mais engraçado que o primeiro, além de apresentar um novo arco, devo confessar que me diverti muito mais neste segundo.

Resultado de imagem para daddy's home two

A história tem inicio depois dos ocorridos do primeiro, com Brad (Farrell) e Dusty (Walhberg) se dando bem, onde conseguiram estabelecer um ótimo convívio dentre filhos, enteados e atuais esposas. Porém perto do natal, eles recebem a visita dos respectivos pais deles (John Lithgow e Mel Gibson), que obviamente vão atrapalhar por completo o convívio de todos.

Resultado de imagem para pai em dose dupla 2 poster

Continuando a cargo de Sean Anders (que mais uma vez também assina o roteiro), o estilo de direção é basicamente o mesmo do primeiro (repetindo umas três piadas que deram certo no antecessor, mas nada exaustivo), só que agora ele acrescenta mais humor dentre as relações dentre pais, filhos e netos, onde a cena é roubada constantemente pela dupla Lithgow e Gibson. Enquanto o primeiro apresenta um estilo mais escrachado, o outro tira sua graça no seu estilo conservador (remetendo e muito a sua persona na vida real). A química dentre eles com Farrell e Walhberg se segura como o ponto forte do filme, que consegue se sobressair muito bem em cima do roteiro bem padrão "Sessão da Tarde". Um quesito que chamo atenção aqui, é a participação maior da modelo brasileira Alessandra Ambrósio, (que lembra muito o Pelé com Sylvester Stallone em "Fuga Para a Vitória") que fala apenas "frases de efeito" e acaba sendo horrível como atriz.

"Pai em Dose Dupla 2" é bem mais divertido que o primeiro, e é uma ótima pedida pra essas últimas semanas atarefadas do semestre, que nos sobrecarregam e que de vez em quando necessitam de uma mera diversão genérica, breve e satisfatória para se ver em família ou sozinho.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 11 de novembro de 2017

TERRA SELVAGEM

Terra Selvagem : Poster

Taylor Sheridan é um dos roteiristas que mais vem chamando a atenção recentemente. Não pelo fato de seus últimos dois enredos ("Sicario" e "A Qualquer Custo") renderem indicações ao Oscar, mas sim pelas mesmas englobarem um único cenário e são exploradas por um começo/meio/fim. Enquanto aqueles tinham o cenário as zonas de guerra das fronteiras estadunidenses e a capira, aqui temos um englobamento sobre a área mais fria, e essa é sensação que ele explora durante as duas horas de projeção de "Terra Selvagem".

Resultado de imagem para terra selvagem, filme

O longa começa com o caçador de coiotes, Cory (Jeremy Renner), que se depara com o corpo congelado da filha de um velho amigo. Sem saber o motivo da morte, ele se junta a agente Jane (Elizabeth Olsen) durante a investigação.

A principio temos uma premissa que já é habitual no cinema, mas como já canso de dizer: se ela for bem executada, tem tudo pra ser um ótimo filme, e é o que acontece. Sheridan procura a todo momento focar no psicológico dos personagens mediante a algumas situações decorrentes da trama. Como por exemplo: aqui o filme é cercado pro um cenário de inverno, somado a uma fotografia acinzentada, onde logo remete a um cenário de depressão, pelo qual representa a dor dos personagens mediante as tragédias decorrentes na vida deles. Lembrando que esse trabalho já lhe rendeu o premio de melhor diretor em Cannes, deste ano.

Resultado de imagem para Wind River, movie

E tudo isso acaba enaltecendo ainda mais a atuação de Renner (que talvez lhe renda sua terceira indicação ao Oscar), que ta muito bem aqui, e tem uma ótima química com Olsen (imaginem se ela não tivesse aceitado passar por aquela porta, em "Vingadores: A Era de Ultron"...?). Porém eles só pecam um pouco nos últimos 20 minutos, por ficar exaustivamente repetindo a mesma conclusão pro expectador diversas vezes, e que logo quebra um pouco o que o filme tinha proposto a principio.

"Terra Selvagem" é um longa que a principio parece ser mais do mesmo, mas devido a uma brilhante execução de Taylor Sheridan, consegue ser muito mais do que isto.  

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

LOGAN LUCKY - ROUBO EM FAMÍLIA

Logan Lucky - Roubo em Família : Poster

Steven Soderbergh é um diretor que sabe juntar diversos atores de peso e fazer um bom filme. Quem  já assistiu a "11 Homens e um Segredo", "Contágio" e "Terapia de Risco", sabe do que estou falando. Em sua nova produção "Logan Lucky: Roubo em Família", ele aproveita este talento e substitui o cenário de glamour da trilogia de George Clooney e companhia, pela área do sertão, mas com menos homens. A fórmula continua sendo a mesma, o excesso de nomes conhecidos também, só que o principal problema é a maneira como qual ele poderia ter trabalhado alguns caracteres. 


Em seu prefácio vemos a família Logan, onde Jimmy (Channing Tatum) acaba de ser demitido de seu emprego como construtor, devido ao fato de ser manco. Seu irmão caçula, Clyde (Adam Driver), possui um bar que está basicamente as moscas, enquanto a irmã trabalha como cabeleireira. Só que como ele possui diversas contas a pagar, e uma péssima relação com a ex-esposa (Katie Holmes), que não lhe deixa ficar direito com a filha, ele executa seu plano b pra situação: roubar toda a grana adquirida pelo circuito de Stockcar da Nascar, durante a própria. Para isso, ele chama seu irmão, que recruta Joe Bang (Daniel Craig), que arrasta junto seus dois irmãos imaturos Fish (Jack Quaid) e Sam (Brian Gleeson).

Só pela sinopse já sacamos que Soderbergh fez mais um filme pipoca, onde vemos um grupo de falidos bolando um plano cabuloso, pra fazer um roubo e nos divertimos e torcemos por eles, mesmo sabendo que estamos errados. Não tem nada de revolucionário e inovador na trama, além de procurar entreter. E para prender a atenção do público, o roteiro de Rebecca Blunt (que até o momento todos creem que seja algum pseudomo de algum roteirista), procurou estudar os protagonistas e criar personalidades interessantes, com arcos que nos façam gostar deles e torcermos por eles. 


A começar pelos irmãos Logan, onde o foco acaba sendo no personagem de Adam Driver, que além de ser o mais divertido, acaba roubando a cena. Ainda mais quando ele esbarra com Daniel Craig, que depois de alguns anos saiu da "zona de conforto 007" pra encarar um personagem fora da lei (claramente vemos o quanto ele se divertiu fazendo este papel).  Quando ao restante do elenco, o Tatum continua sendo o Tatum, Holmes parece que soltou toda aquela magoa perante o divórcio com o Tom Cruise e joga tudo na sua personagem (que é uma mulher divorciada com uma filha pequena). Agora existem alguns atores de peso no elenco, que são meramente desperdiçados (quem já conhece a filmografia do Soderbergh, sabe que ele "adora" fazer isso) e nomes como Hilary Swank ("Menina de Ouro"), Sebastian Stan (o Bucky do Universo Marvel de Cinema) e Katherine Waterson ("Animais Fantásticos e Onde Habitam"), são importantes pra moldar alguns arcos, mas nada que fosse importante a ponto de chamar tais nomes. Divergindo completamente desta questão, o verdadeiro inútil pra narrativa foi Seth McFarlane ("Ted", e ACHO que também assinou o roteiro aqui), pois seu personagem e nada são absolutamente a mesma coisa.

"Logan Lucky: Roubo em Família" serve como uma espécie de "14 Homens e mais um segredo" (enquanto o verdeiro Spin-off da franquia, "8 Mulheres e Um Segredo", sai ano que vem), pra quem estava esperando ha anos que Soderbergh fizesse essa sequencia, ou até mesmo voltasse ao gênero de longas de assalto.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O FORMIDÁVEL

O Formidável : Poster

Quem conhece e entende de cinema, sabe muito bem a importância do cineasta francês Jean-Luc Goddard. Ele começou como um diretor simplório de comédias/romances, e posteriormente avançou para filmes mais sérios e com uma enorme abordagem politica reflexiva. Porém ele não costumava ser muito partidário nas mesmas, o que acabou sempre caindo em conflito perante os militantes de partidos de esquerda, e de movimentos estudantis da época de 60/70 (época que inclusive três de seus filmes, foram barrados pela ditadura no Brasil). Pegando um pouco dessa essência, "O Formidável" procura focar mais quando Goddard estava envolto a polemica do seu longa "A Chinesa", que era estrelado pela sua musa Ana Wiazemsky (vivida pela ótima Stacy Martin), uma jovem de 17 anos pelo qual mais tarde se tornou sua segunda esposa.

Resultado de imagem para o formidavel 

Vivido com maestria por Loius Garrel (inclusive os dois se parecem e muito), ele transpôs a importância que Goddard tinha em relação a quebrar o sistema da época e a desconstrução de seu personagem, tendo como base seu casamento com Anne. As expressões na cara de Martin perante a falta de consciência do seu conjugue perante o matrimonio, e fascínio deste por politica, acabam deteriorando com a personagem aos poucos e isso fica muito notório em tela. Agora partindo pro quesito da direção de Michel Hazanavicius (vencedor do Oscar por "O Artista"), ele procurou exercer uma homenagem direta aos filmes de Goddard. A começar que ele literalmente levou algumas referencias ao pé da letra, como por exemplo, colocar ambos personagem nus enquanto discutem sobre uma cena de nudez, ou até mesmo a quebra da quarta parede em um momento breve sobre os rumos que tomariam seus próximos filmes. Não vou entrar muito no mérito da questão, pra não dar spoilers, porém devo dizer que em cada capitulo que o longa se divide rola uma notória homenagem ao estilo de Goddard. Outro ponto positivo, é que ele sequer usa e abusa o recurso da câmera tremula (onde aquele costumava usar e muito nos seus longas), e ele optou o tempo topo usufruir do que a cena tem a mostrar (vide as sequencias dos protestos). 

Resultado de imagem para o formidavel

"O Formidável" é um longa pra quem é cinéfilo e não conhecia o estilo de Goddard, ou principalmente pra quem sempre acompanhou os trabalhos do diretor (que continua na ativa com seus 87 anos). Se é um filme digno da importância do diretor pro cinema? Devo confessar que assim como longas como "Steve Jobs" e "A Rede Social", ele é abordado como um visionário mas como uma péssima pessoa, então deixarei em aberto sua conclusão sobre (lembrando que este foi um dos concorrentes da Palma de Ouro, em Cannes deste ano). RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 29 de outubro de 2017

THOR RAGNAROK

Thor: Ragnarok : Poster

Que os dois primeiros longas do Thor não tiveram enorme destaque dentro do Universo Cinematográfico Marvel, não é novidade. Todos os outros heróis conseguiram estabelecer produções que de alguma forma, deixavam sua marca já no primeiro longa, vide "Dr. Estranho" e "Homem-Formiga". Como se trata do último longa solo do Deus do Trovão, a Marvel tinha a missão de deixar a verdadeira a marca do herói pro público. E devo confessar que de fato, "Thor Ragnarok" enaltece ainda mais a presença do herói portador do Mjolnir. 

Resultado de imagem para thor ragnarok, pictures

O filme começa com Thor seguindo os eventos do segundo longa, que segue a sua busca por seu Pai (Anthony Hopkins). Porém devido a um contratempo enfrentado por ele e seu irmão Loki (Tom Hiddleston), eles acabam transportando para Asgaard a sombria Hera (Cate Blanchet), que lhes envia ao planta de Saakar, enquanto ela instaura o caos naquele. Lá Thor acaba tendo de enfrentar seu velho amigo Hulk (Mark Ruffalo) em um campo de Gladiadores. 

Ai que ta o principal problema na direção de Taika Waititi, que utiliza sua habilidade em longas de comédia pra entupir o longa do Deus nórdico de piadinhas desnecessárias e completamente fora de hora. Sim, existem algumas que funcionam e divertem bastante, inclusive quem já viu Hemsworth em filmes como "Férias Frustradas" e "Caça-Fantasmas", sabe que ele não precisa de muito esforço pra fazer rir (destacando que ele ta ótimo nesse papel). Porém vamos pegar um exemplo (que não é spoiler): algum personagem acaba de sofrer um desfecho trágico, e logo no próximo corte alguém solta uma piadinha pra abafar a situação. Automaticamente já acaba quebrando o arco que  tava sendo muito bem idealizado (e isso ocorre constantemente aqui). Tirando esse quesito Waititi sabe muito bem como realizar sequencias de ação (pelos quais lembram clássicos como "O Quinto Elemento" e "Fuga de Nova York") e em alguns enquadramentos breves, ele mostra que é  um diretor competente (como uma que ele acompanha os passos do Loki através do piso, e depois retorna pra ele fisicamente). Por esse quesito em geral, já vale investir num ingresso 3D.

Imagem relacionada

Partindo pro quesito de atuações, a atenção beira mesmo pra vilã interpretada por Blanchett. Sem dúvidas, em menos de dois minutos em cena, ela conseguiu superar quaisquer vilões já apresentados pela Marvel até o momento. Infelizmente o roteiro de Eric Pearson, Craig Kyle e Christopher Yost (trio que já está acostumado a roteirizar as animações da Marvel) deixam a mesma em um terceiro plano, e aquela que poderia ter sido a melhor e mais interessante vilã do universo cinematográfico Marvel, acaba sendo deixada de lado por boa parte da narrativa e só aparecendo perante a "momentos chaves". Já o Ruffalo consegue divertir tanto na versão Hulk (onde ele esta mais "amadurecido"), quanto na versão de Banner (que ta bem hilário). Hiddleston continua roubando a cena como Loki, e a adição dos personagens de Tessa Thompson ("Creed") é apenas um "ok", mas nada de muito marcante, divergindo ao de Jeff Goldblum, que possui um certo estilo sagaz com uma personalidade bem "doida". Não querendo dar spoilers, mas existe um momento com determinado personagem do universo Marvel, pelos quais vão garantir ótimas risadas. 

"Thor Ragnarok" é de fato o melhor dos três filmes do herói, porém não chega a ser nenhuma produção revolucionária dentro do universo Marvel. Mas já vale pelo simples fato de que o Thor deixou de vez de ser um "inútil" nos "Vingativos". 

Obs: Existem duas cenas pós créditos. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

sábado, 28 de outubro de 2017

O JARDIM DAS AFLIÇÕES

Resultado de imagem para O JARDIM DAS AFLIÇÕES

Assim como deixei claro na analise do filme "Policia Federal", ao começar a assistir "O Jardim das Aflições", não levei em conta meu pensamento politico, com em relação ao que era apresentado pelo professor e filósofo Olavo de Carvalho. O documentário acabou gerando muitas polêmicas por conta do pensamento politico de direita deste, e inclusive acabou sendo banido de alguns festivais, porém acabou ganhando merecidamente os prêmios de filme e edição, no festival de Recife. Antes de mais nada, sim, é um filme partidário, mas já deixarei claro que se você se importar com isso, não é um filme pra você.

Resultado de imagem para O JARDIM DAS AFLIÇÕES

O documentário abrange um pouco da vida de Olavo (que atualmente vive com a família nos Eua), juntamente arcos com o seu livro "O Jardim das Aflições", onde são apresentados alguns trechos, no inicio de cada uma das três partes que o mesmo apresenta, onde servem como reflexões sobre o quadro politico existente, assim como a própria vida em si. Divergindo por completo o pensamento de uns, Olavo deixa claro a todo momento de forma sucinta, que precisamos ler sobre tudo (inclusive sobre assunto que não apoiamos), pra não sair falando asneiras e pensamentos errôneos sobre datadas circunstancias. 

.

O maior destaque na narrativa é a fotografia, que explora cada ponto do ambiente em que o filme se passa (que é na casa do filosofo, e em alguns lugares que ele frequenta, nos Eua). Como se trata de um longa com uma temática politica de direita muito forte (principalmente por Olavo falar o que tem de ser falado), dependendo do seu posicionamento você sequer irá ver o longa até seu desfecho. Brevemente são intercalados momentos do livro, onde as mesmas são entrelaçadas com uma fotografia belíssima de diversos lugares destintos.

Se você for conferi-lo apenas como um apreciador do cinema independente nacional, irá ver que "O Jardim das Aflições" é um excelente documentário e que sem hipóteses é um verdadeiro avanço do gênero no cinema nacional.

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 10,0/10,0

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

TEMPESTADE: PLANETA EM FÚRIA

Resultado de imagem para Tempestade: Planeta em Fúria, poster

Hoje em dia é difícil fazer um filme catástrofe que realmente seja "digno de Oscar" e que possua algo bem relevante pro público, a não ser entreter durante duas horas ou mais (vide as quase três horas de "2012"). "Tempestade: Planeta em Fúria" entra no último quesito, onde durante sua duração você deixa seu cérebro na porta da sala, pega seu óculos 3D e novamente embarca no mundo entrando a beira de um novo colapso, só que agora aos olhos do diretor e roteirista Dean Devlin (que auxiliou em filmes do Roland Emmerich, como os dois "Independence Day"). 

Resultado de imagem para Tempestade: Planeta em Fúria, fotos, filme

A história gira em torno do cientista Jake Lawson (Gerard Butler), que em meio a enormes crises de seca e desequilíbrio na temperatura do mundo (mais conhecido como "aquecimento global"), desenvolve para Nasa a estação espacial Geostorm, que serve para "controlar" o clima no planeta. Porém o mesmo acaba gerando diversos acidentes climáticos no mundo (então espere uma porrada de cenas envolvendo furacões, terremotos, tsunamis...) fazendo Lawson voltar a estação para investigar a fundo o que casou a falha. Enquanto isso no planeta terra, seu irmão Max (Jim Sturgess), investiga o quão os habitantes tem haver com a mesma, enquanto a "tempestade" se aproxima.

Imagem relacionada

Se eu falar que o atrativo principal do longa é seu elenco estrelar, eu estou mentindo. Porque sem duvidas o grande chamariz pro público são as sequencias de ação e destruição. E os efeitos visuais perante a destruição em massa do planeta terra parecem e muito com aqueles gráficos dos jogos do Playstation 2, de tão mal feitos que são realizados em alguns momentos. Em especial um arco que envolve a destruição em massa da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (em que insiste em acompanhar os passos de uma brasileira, que corre mais que o Tom Cruise), que acaba se tornando hilário. Agora quando partimos para as sequencias no espaço, realmente os efeitos estão realistas ao extremo, inclusive chegando a lembrar "Gravidade" (com a tecnologia 3D, a qualidade fica muito mais notória).

Pulando para os méritos de atuações, não temos muito o que tirar das mesmas. A não ser que Butler ta parecendo um MacGayver, onde quaisquer contratempos que surgem,  ele ta sempre ciente de como sair da situação. Ele divide a cena na maioria das vezes com Alexandra Maria Lara ("Rush"), que ta mais pra uma "ajudante" sua nas horas do descuido. Quando intercala com as cenas em terra, parece que estamos vendo outro filme, pois o arco envolvendo seu irmão com a namorada (Abbie Cornish), envolto a um esquema de corrupção politica, as vezes parece que estamos "assistindo a um filme dentro de um filme" ("Designated Survivor" + "Armageddon" + "Interestelar" + "Gravidade" + "O Dia Depois de Amanhã" = "Tempestade: Planeta em Fúria", pra ser mais especifico). 

"Tempestade: Planeta em Fúria" é mais um exemplo de diversão pipoca, pois se levarmos tudo ao pé da letra e bem a sério, nada fará sentido (como todos os filmes catástrofes). É comprar o ingresso, pega a pipoca e deixar o cérebro descansado na entrada da sala e pega-lo ao sair.

Nota: 6,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 22 de outubro de 2017

AMITYVILLE: O DESPERTAR

Amityville: O Despertar : Poster

Não precisa ser expert em cinema, pra saber que a história verídica da família assassinada na casa de Amityville foi contada dezenas de vezes. Seja sobre o mesmo ou da maldição envolta a casa, que foi justamente solucionada pelo casal Warren (da cinessérie "Invocação do Mal", que também mostra este arco no inicio do segundo longa). Não cheguei a assistir todos, pois não sou fã assíduo de produções do gênero horror, e não faço questão de conferi-los com certa frequência. Porém vi alguns amigos abordarem a respeito deste "Amityville: O Despertar", o que me despertou um breve interesse. Infelizmente uma das poucas qualidades que este filme tem, é colocar outros longas do "universo Amityville" dentro da trama (quando vemos os filmes reais, citados como exemplos (como rola na franquia "Panico"). Fora isso, tudo que você imaginar de previsível e batido em longas de horror, acontece aqui.


A começar pela trama, onde uma família se muda para a casa amaldiçoada de Amityville (mas obviamente eles não sabem disso). Temos uma matriarca (Jennifer Jason Leigh, de "Os Oito Odiados") que tenta manter o controle da situação, com seus três filhos, que são a adolescente rebelde (Bella Thorne), uma criança ingenua (Mckenna Grace), e o filho em estado vegetativo (Cameron Monaghan). A medida que o enredo avança, vemos os mais diversos recursos típicos de horror explorados de forma exaustiva. Seja a porta e janela que se fecham sozinhos, um personagem que sabemos que vai fazer alguma merda e algo surge do nada pra assusta-lo, até as "mascaras demoníacas" que costumamos ver pra vender em quaisquer lojas de 1,99 (sim, o nível aqui é neste ponto!).

Resultado de imagem para Amityville: O Despertar

Porém apesar destes descuidos notáveis, todos os atores até tentam se esforçar mediante o pouco material que eles tem em mãos. Sendo que inclusive Thorne até se sai bem, e não vemos nenhuma performance exagerada ou algo do tipo. A direção de Franck Khalfoun ("P2 - Sem Saída"), a principio até explora alguns recursos diferentes com alguns personagens secundários, mas na metade da narrativa muitos deles literalmente somem, junto com a "inovação" que Khalfoun tentou criar a principio, e tudo volta a apelar pra mesmice. 

"Amityville: O Despertar" é uma notória bomba que o cinema tentou esconder durante dois anos (sim, demoraram quase dois anos pra lançarem este filme, depois de pronto), e que somente agora vemos o quão drástico foi sua versão final.

Nota: 2,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A MORTE TE DA PARABÉNS

Resultado de imagem para a morte te da parabens, poster

Mais uma vez temos um claro exemplo de um enredo que já conhecemos de diversas outras produções, e que só depende de uns fatores básicos como direção, roteiro e atuações pra divergirem do padrão habitual do estilo. Felizmente o longa "A Morte Te Da Parabéns", literalmente está de parabéns nesse quesito, pois o diretor Christopher Landon ("Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi") conseguiu não só abordou uma narrativa movimentada o tempo todo, como também abriu as portas para um nome que basicamente segura toda a trama: Jessica Rothe.

Resultado de imagem para a morte te da parabens

Aqui ela vive a universitária Tree, que é assassinada no dia do seu aniversário por um criminoso misterioso, fazendo-a reviver em um looping infinito esse mesmo dia.

Com essa sinopse é inevitável vir a mente longas como "No Limite do Amanhã" e "Feitiço do Tempo" (onde há uma breve, mas divertidíssima menção), e ai que roteiro de Scott Lobdell entra. Mesmo usando alguns artifícios e lições de morais que os citados abrangem, ele procura partir pra um outro tópico, que é apresentar uma protagonista onde o público se adapte e torça por ela, em diferentes passagens, sem necessariamente repetir tudo de forma cansativa (como rolou com o filme de "A Grande Família"). E graças ao carisma de Rothe, isso é adquirido em no máximo 10 minutos de projeção, de tão a vontade que ela ta no papel. Sua personagem nos faz pensar junto com ela, quem será que é o criminoso e porque ele fez aquilo (lembrando até mesmo a Sidney da cinessérie "Panico", só que não tão marcante), fora que seu excesso de sarcasmo nisso tudo acaba fazendo o mesmo se tornar uma divertida comédia, ao invés de um suspense. 

Resultado de imagem para Happy Death Day pictures

Porém existem muitos arcos que são apresentados, onde a solução se da em um "estalo de dedos", e que poderia ter sido descartado facilmente, ou desenvolvidos como ploat-twists (alguns acontecem aqui, e são muito bons). Outro ponto negativo é a falta de jump-scare que poderiam ter sido criados, mas que são ausentes. Mas mesmo tendo alguns notórios erros, "A Morte Te Da Parabéns" conseguiu ser uma das melhores surpresas que vi este ano nas telonas. Agora espero os produtores não apareçam com alguma sequencia desnecessária deste filme.

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

O CULTO DE CHUCKY

Resultado de imagem para cult of chucky poster

Como toda criança normal que cresceu nos anos 90, eu tinha medo do famoso "Brinquedo Assassino", vulgo Chucky. Acabei perdendo o mesmo, depois de contantes idas ao cinema e ter de aturar os banners gigantes de "O Filho de Chucky", em 2005. Foi nesse mesmo ano que a franquia acabou sendo enterrada de vez, pois o mesmo não fez sucesso e já estava levando o personagem mais pro lado da comédia. Foi ai que em 2013 o seu criador Dom Mancini lançou "A Maldição de Chucky", que não obteve tanto sucesso, mas era um pouco mais dark que o anterior. Quatro anos depois, "O Culto de Chucky" segue o enredo deste, porém a pobreza no roteiro e direção ficam evidentes a todo ponto.

Resultado de imagem para o culto de chucky

A principio vemos uma das sobreviventes do massacre do filme antecessor, Nice (Fione Dourif, que é filha de Brad Dourif, dublador do Chucky), que agora vivindo em um hospício. Só que devido as datadas circunstancias de seus traumas, ela acaba esbarrando com o boneco dentro da instituição, o que a faz enfrenta-lo mais uma vez. 

Como se trata de uma produção pequena, vemos que todo o orçamento disponível foi gasto para desenvolver o boneco Chucky (que visualmente ta ótimo, mas mesmo assim não assusta), pois tudo aqui é bastante relevante. Seja sua fotografia que utiliza sempre a mesma paleta acinzentada, o roteiro que recicla tudo que há de banalidades em longas do tipo "somente o protagonista que vê o erro". Ainda mais quando ele continua insistindo em juntar o protagonista da clássica trilogia, Andy (ainda interpretado por Alex Vincent), com Nice. Em momento algum o roteiro permite algum álibi plausível pros dois se esbarrem de forma convivente, e o arco do mesmo poderia até ter sido cortado na edição, que não faria diferença no final. 

"O Culto de Chucky" além de ser um péssimo filme, não funciona nem pra passar o tempo, pois a tortura e tristeza em cima dessa produção é emitente.

Nota: 1,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

OS MEYEROWITZ: FAMÍLIA NÃO SE ESCOLHE

Resultado de imagem para Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe

Ta ai um longa que eu esperava seu lançamento desde quando foi comentado em Cannes que provavelmente rendera uma indicação ao Oscar, para o ator Adam Sandler. Como cresci vendo todos os seus filmes, fiquei bastante chateado com seus baixos nas suas últimas produções, que lhe renderam todos os prêmios no Framboesa de Ouro (com o horrível "Cada Um Tem a Gêmea Que Merece"). Eis que finalmente chegou a hora da sua "volta por cima", e devo assumir, que realmente há grandes chances do Sandler ser um dos cinco indicados a categoria de Ator (caso o filme seja lançado nos cinemas de Los Angeles, nos Eua, validando assim a indicação).

Resultado de imagem para Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe

Dirigido e escrito pelo ótimo Noah Baumbach ("Enquanto Somos Jovens"), que sabe como contar uma história sobre conflitos familiares. Neste narra uma fase da família Meyerowitz, que é composta pelo patriarca Harold (Dustin Hoffman), sua atual esposa Maureen (Emma Thompson), e seus três filhos a tímida Jean (Elisabeth Marvel), o bem sucedido Metthew (Ben Stiller), e o que não teve muita sorte na vida, e ultimamente ta sendo o que mais se preocupa com a saúde do Pai, Danny (Adam Sandler), cuja a filha Elize (Grace Van Patten), possui uma personalidade um tanto "liberal" e está prestes a ir para a faculdade de cinema.

Os mais atentos irão notar semelhanças a longas como "Os Excêntricos Tenenbaums", e um pouco das produções do Woody Allen. Porque vemos uma narrativa que se preocupa em transpor a personalidade de seus personagens, pra obter a cativação do público sobre eles (deixando o desnecessário explicado pro espectador dentre os cortes dos arcos), a começar pelo patriarca vivido por Hoffman, que com a saúde frágil, sequer deixa de idolatrar o personagem do Ben Stiller, quase durante todo o filme (mesmo com ele fazendo quase nada). Mas o grande destaque vai pro personagem interpretado pelo Adam Sandler, que possui dois momentos chaves (com diálogos realmente pesados), que realmente mostram o seu potencial como ator, e aos que sempre o criticaram vão se impressionar. Já a jovem atriz que vive a sua filha, serve mais pra explorar a subtrama, que envolve a questão de "até onde podemos definir a sexualidade ou o ridículo como arte" (não vou entrar no mérito da mesma aqui, pois já basta a porrada de textos que estamos vendo na internet sobre a exposição do homem nu com as crianças, ou até mesmo os caras com velas no anus). Porém, durante meados do longa, um pouco desta essência citada, perde um pouco a credibilidade, dando espaço pra arcos mais habituais do gênero (brigas, discursos de redenção...). Até compreendo que são necessários, porém deveriam ser melhor trabalhados por Baumbach.

Resultado de imagem para Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe

Mas o que todos esses personagens tem em comum, são o simples fato de que qualquer família possui membros com tais personalidades e isso ajuda você a ter mais interesse pela história da família Meyerowitz. Claro não desmerecendo o longa "Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe", em contexto geral não podemos dizer que é um verdadeiro filme digno de Oscar, mas sim de "Sessão da Tarde", onde há uma clara exceção pra atuação de Adam Sandler. RECOMENDO! 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ESSA É A SUA MORTE - O SHOW

Esta é a Sua Morte - O Show : Poster

Hoje em dia é normal você pelo menos conhecer uma pessoa que é viciada em reality shows na televisão (pra não falar "Big Brother"), que cada vez mais parecem não ter fim. De vez em quando me pego assistindo a estes programas, e vejo que os participantes tem de se expor ao ridículo, para conseguir "glória" ou até mesmo permanecer no mesmo. É exatamente neste ponto que o longa de Giancarlo Esposito (da série "Breaking Bad", que também estrela aqui como coadjuvante), "Essa é Sua Morte - O Show", foca e nos faz refletir a que ponto chegamos em busca de diversão. 

Resultado de imagem para essa é sua morte - o show

A história tem inicio com o show runner, Adam Rogers (Josh Duhmel, de "Transformers"), que apresenta um sucessivo programa de junção de casais, onde em uma edição uma participante assassina o pretendente e se mata logo em seguida. Como ele tentou salvar a outra competidora, foi tachado de herói nacional e logo alavancou a audiência do programa. Porém devido as datadas proporções, o canal que exibe o mesmo resolve ser mais radical e cria um programa, pelo qual os participantes vão para cometer suicídios das mais bizarras formas, em troca de milhões de dólares para sua família.

Resultado de imagem para essa é sua morte - o show

Mesmo contendo uma trabalho bem simples, onde não ha mudança na fotografia e auxilio enorme de efeitos visuais, a direção de Esposito procura exaltar esta questão de "limite dos reality shows", através do dialogo, principalmente mediante a irmã de Adam, Sarah (Sarah Wayne Callies), que acaba roubando a cena nos últimos 20 minutos, junto ao próprio Esposito. Só que ainda Duhmel não chegou ao ápice de um ator excelente, mas ele ta bem aqui, mediante com o material que ele tem em mãos. 

As mortes apresentadas por ele, são retratadas de formas impactantes, mas não muito violentas no estilo "Jogos Mortais" ou quaisquer outro longa de terror. O pesado neste filme decai mais para alguns diálogos dentre os personagens, sobre se "vale a pena sacrificar a vida, por alguns milhões". Se você for assistir algo esperando que seja algo no estilo da franquia de Jigsaw, ou afins, vai se chatear. Aqui ta puxando bem mais pro lado de "O Show de Truman" e "Nerve" (que fazem a mesma crítica, porém em gerações diferentes), inclusive um pouco da série "13 Reasons Why".

"Essa é a Sua Morte - O Show" é um longa que infelizmente não fará muito sucesso no Brasil (foi lançado em poucas salas de cinema, devido a ter adquirido a censura 18 anos, o que lhe torna "menos comercial"), mas que se fosse disponível diretamente na Netflix, muitas pessoas já saberiam de sua existência. 

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet