domingo, 26 de junho de 2016

PULP FICTION: TEMPOS DE VIOLÊNCIA


Ainda me lembro como se fosse ontem, a primeira vez na qual assisti ao clássico "Pulp Fiction". Foi tecnicamente um amor a segunda vista pelo diretor Quentin Tarantino, pois alguns meses antes havia assistido a "Bastardos Inglórios" nos cinemas e não conseguia achar aquele em DVD para assistir (pois naquele tempo onde não havia Netflix, nem downloads mais acessíveis...). Ao finalmente achar o mesmo em uma "Lojas Americanas" da vida, comprei e lembro que assisti ao mesmo duas vezes seguidas! Meu Deus! Que filme foda! Direção, roteiro, atuações, tudo bem realizado e principalmente: original. Aqui temos um longa que não só ajudou a alavancar as carreiras de John Travolta e Bruce Willis, como também revelou Uma Thurman, Samuel L. Jackson e claro o próprio Tarantino, onde no Festival de Cannes ganhou a Palma de Ouro em 1994, e no ano seguinte lhe rendeu seu primeiro Oscar de roteiro original (onde em 2013 veio o segundo, com "Django Livre"). Então na manhã de hoje, tive o prazer de revê-lo nas cinemas, graças ao quadro de reprises de clássicos do Cinemark. Emoção única!


A história do longa é bem doida, e é daquelas onde temos vários arcos que vão se interligando conforme a narração ai rolando. No total temos quatro, em que envolvem um casal de bandidos (Tim Roth e Amanda Plummer) em um restaurante, dois assassinos de aluguel (Travolta e Jackson), onde um deles acaba saindo com a esposa (Thurman) de seu chefe a pedido do mesmo pra distrai-la, e um boxeador (Willis) que tenta passa a perna em um Mafioso em um esquema de propina. 


Falando o enredo assim soa bastante batido num primeiro momento, porém a capacidade de Tarantino em compor estes atos possui vários quesitos. Dentre eles o fato de que todos eles são retratados de forma humana ao mesmo tempo que satírica, pois existem personagens que são burros para coisas básicas, mas inteligentes para outras mais complexas. Um claro exemplo é o personagem de Travolta, que faz uma porrada de merda na maior parte do filme, mas consegue identificar todas as referencias em um restaurante com temática clássica. Destacando que aqui ele e Willis possuem os dois arcos mais divertidos da película, sendo que o arco do deste me lembrou até um pouco o game GTA, em alguns breves momentos. E principalmente o fato da sequencia de dança entre o primeiro e Uma Thurman, que se tornou uma das melhores sequencias do cinema!

"Pulp Fiction - Tempos de Violência" é uma obra prima do cinema, que é indispensável para quem ama, adora e vive cinema! Que venham mais filmes neste estilo!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 25 de junho de 2016

ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO


Lançado há cerca de seis anos, "Alice no País das Maravilhas" revolucionou termo "contar contos de fadas no cinema". Com uma direção impecável de Tim Burton, grandes atuações de Johnny Depp e cia, o longa se tornou uma das maiores bilheterias de todos os tempos. Só era uma questão de tempo para a Disney lançar uma continuação. Só que literalmente eles colocaram esse tempo como o verdadeiro vilão do longa, pois é uma das poucas coisas realmente boas que o filme tem. Sabe aquelas produções que capricham no visual, no 3D, e colocam uma porrada de nomes conhecidos pra esconder os erros cometidos e um roteiro batido? É exatamente o que acontece com "Alice Através do Espelho". Então eles pegaram o livro de Lewis Caroll, de mesmo nome, e fizeram algumas bruscas modificações para o enredo ter uma extrema ligação com o primeiro.


O longa começa com Alice (Mia Wasikowska) sendo capitã da embarcação Maravilha. Só que por causa de uns deslizes de sua família, e súditos da realeza, eles a querem tirar do posto e tomar seu lugar (como naquela época não era aceitável mulheres estarem neste tipo de cargo). Então ela sai que nem uma maluca correndo pelo castelo e se depara com um espelho meio zuado e percebe que pode entrar dentro dele. Obviamente, ela aproveita a deixa e ingressa pra dentro dele e denota que ela voltou para o país das maravilhas. Porém a situação no local não esta boa, pois o Chapeleiro (Johnny Depp) está enfrentando uma enorme depressão devido uma antiga descoberta de sua falecida família. Então Alice acaba sendo convencida pela Rainha Branca (Anne Hathaway) a viajar até o local onde fica localizado o controle do tempo, onde ela literalmente enfrenta o "dono do tempo" (Sacha Baron Cohen, o eterno Borat"), pra pegar um bagulho que a faz viajar pelo mesmo, e assim conseguir reverter a depressão do Chapeleiro. 


Só que o decorrer dessa narrativa é tão banal e tão obvio que chega a um certo ponto que notamos que alguns coadjuvantes como Depp e Hathaway estão extremamente entediados por estarem ali. Principalmente a segunda, onde criaram um arco bizarro pra ela e Helena Bohan Carter conseguirem mostrar seus dotes dramáticos em cena, Enquanto os protagonistas vividos por Wasikowska e pelo Borat são os verdadeiros destaques nesta confusão total. Obviamente que a Disney quis infantilizar ao máximo esta sequencia, porém ela se esqueceu o quanto banal ela poderia ficar. Nem chamando James Bobin (que fez os "Muppets" renascerem no cinema e na Tv) conseguiu dar jeito nessa confusão toda. Claro se você levar uma criança com menos de 12 anos pra ver o longa, ela vai amar e vai gostar das lições de moral que o longa mostra em seu desfecho (como todo longa infantil da Disney). Agora se você adorou o primeiro e curte Johnny Depp e o universo de Tim Burton, com certeza não vai se simpatizar com o longa. O que foi o meu caso. Uma pena que este seja o último trabalho do grandioso, Alan Rickman (que faleceu no inicio deste ano), o eterno Severo Snape.

Nota: 3,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

MAIS FORTE QUE O MUNDO


José Aldo foi o primeiro campeão do UFC brasileiro, e só teve uma derrota em toda sua carreira como lutador. Porém o que esteve por trás disto, foi sua tensa história de vida que o motivava psicologicamente nas lutas (como ele mesmo disse em entrevistas). E é exatamente o foco da película dirigida pelo Santista, Afonso Poyart ("Presságios de um Crime"), que demorou cerca de cinco anos para ser concluída, devida a uma série de problemas e compromissos com o próprio diretor e os atores do longa em outros projetos. Aqui o enredo começa com Aldo (José Loreto) sendo um jovem rebelde, nas periferias do Manaus, no estado do Amazonas. Porém ele sempre demonstrou ser um batalhador mediante dos desafios que a vida lhe propunha, como o fato de aguentar as constantes chegadas do seu Pai (Jackson Antunes) alcoolizado e agredindo sua mãe (Claudia Ohana) constantemente. Como ele tinha uma enorme paixão por lutas, ele decidiu ir morar no Rio de Janeiro, onde tinha um amigo chamado Vandir (Rafinha Bastos) que lhe colocou para ajudar numa academia de treinos de MMA. Foi a partir dali que ele começaria a ganhar reconhecimento de suas habilidades.


O que me chamou atenção bastante na película, foi o fato de Poyart ter construído diversos momento chaves, pelos quais todos os atores estão excelentes e com um enorme entrosamento. Meu Deus! Há cerca de dois meses estava escrevendo como Cléo Pires tava péssima em "Operações Especiais" e aqui ela está ótima, como a namorada de Aldo. Ela possui um timing cômico (onde nem Rafinha Bastos fez alguma graça aqui, por incrível que pareça), dramático e uma química com Loreto excelente. Este também ta num puta papel dramático, que me chegou a lembrar um pouco de Sylvester Stallone no primeiro Rocky. Seus momentos com  Antunes já refletem a puta carga dramática que o ator possui, O mesmo pode se dizer dos constantes flertes com sua primeira paixão, Luiza (Paloma Bernardes) e com as brigas com o namorado playboy dela (Rômulo Neto), onde a direção de Poyart nas brigas de ambos, parecia a de um filme do Zack Snyder ("Batman vs Superman", pra ser mais especifico).


Apesar de Poyart usar e abusar do Slow-Motion em grande partes das cenas, ele conseguiu dosar a narrativa de uma forma na qual ele não apela muito para o drama, pro sexo, pra violência ou pra comédia. Mas sim para algo concreto e que acaba prendendo o público e chamando a atenção deles para acompanhar as lutas de Aldo no UFC, ou até mesmo incentivar outros brasileiros com sua história de superação. 
"Mais Forte Que o Mundo" pode ser definido como uma esperança pro cinema nacional, que cada vez mais vem amadurecendo. Mas que porém comete alguns deslizes de vez em quando (como o elogiado "Que Horas Ela Volta?", que achei muito forçado e fictício em vários quesitos).

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quinta-feira, 23 de junho de 2016

TEM NA NETFLIX: 50%


Praticamente passou em branco esta excelente produção dramática, inspirada em fatos reais, que tem uma puta atuação do de Joseph Gordon-Levitt ("A Travessia"), que lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia /Musical (não queiram entender, pois essa premiação é meio xarope. Tanto que até mesmo este filme foi parar como um dos indicados em filme desta categoria!). Ele vive o jovem Adam, que tem uma vida normal com a namorada Ranchel (Bryce Dallas Howard, de "Jurassic World") e com as causarias constantes com seu melhor amigo de longa data, Kyle (Seth Rogen, de "É O Fim"). Ele não bebia, fumava, muito menos usava drogas, mas ele acaba descobrindo que possui um câncer raro. Nesta hora ele começa a contar com a ajuda de ambos e começa a conhecer diversas pessoas, que lhe dão forças constantes para a peteca não cair nesta fase difícil de sua vida, pois os médicos lhe deram 50% de chances de não viver.


O que me cativou bastante nesta produção independente foi o fato de ela ser extremamente simples. Não vemos sequencias dramáticas exageradas, atuações forçadas e outras coisas que vemos em produções do estilo. Porém o principal foco do roteiro de Will Reiser, não é questão do romance de Adam, mas sim da relação dele de amizade com Kyle (mais conhecido como "Bromance"). A química de Rogen com Levitt é um dos enormes acertos da produção. Assim como os colegas que fazem as sessões de quimioterapia com este, no hospital. Fora os breves momentos familiares que ele possui com sua mãe (Anjelica Huston) e seu Pai (Serge Houde), que sofre de mal de Alzheimer. Só que o principal acerto foi na dosagem que ele realizou com os personagens, onde conseguimos manter aquele timing de predileção por eles. Outros ótimos momentos, estão nele com a psicologa vivida por Anna Kendrick ("Amor Sem Escalas"), onde em cada sessão vemos o quanto ela progride profissionalmente (afinal, ela estava na ativa há pouco tempo) e o quanto a doença vai regredindo com ele em todos os sentidos (mas ele não deixa a peteca cair).

"50%" é um ótimo drama, que mostra o que o câncer pode causar na vida de uma pessoa e que na verdade serve mais para mostrar que nestas horas, poucas pessoas ficam do nosso lado. Só que não chega a ser como o também ótimo, "A Culpa é das Estrelas", mas sim algo mais voltado pro lado da amizade ao invés do romântico. 

Imagens: Reprodução da Internet
Nota:10,0/10,0

quarta-feira, 22 de junho de 2016

TRUQUE DE MESTRE: O SEGUNDO ATO


Há quase três anos, escrevia a respeito da minha surpresa ao assistir "Truque de Mestre" nos cinemas. Com um enredo cheio de reviravoltas e extremamente original e divertido, ela se tornou facilmente uma das poucas produções com um elenco de peso, possuindo uma enorme qualidade. Mesmo deixando meio que um final em aberto, obviamente esta sequencia um dia seria lançada. Porém eles foram mais radicais e acrescentaram no elenco ninguém menos que o maior magico do cinema, Daniel Radcliffe (o eterno Harry Potter). Do antecessor, todos estão de volta exceto Isla Fischer (que estava gravida na época das filmagens) e uma das minhas queridinhas Melanie Laurent (que fez falta neste). 


SE VOCÊ NÃO VIU O PRIMEIRO AINDA, ESTE PARAGRAFO CONTÉM SPOILERS DESTE

O enredo começa exatamente onde parou o primeiro (onde logo de cara, uma explicação do Morgan Freeman resume tudo o que rolou no antecessor), com o grupo de mágicos "Os Cavaleiros" compostos por Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson) e Jack Wilder (Dave Franco), seguindo como foras da lei, mas se apresentando em shows clandestinos com instruções dadas pelo "Olho", e de vez em quando eles ainda recebem algumas missões e conselhos dados pelo agente infiltrado do FBI, Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), para conseguirem seguir em frente com os seus projetos Só que desta vez foi acrescentado ao grupo a excêntrica mágica, Lula (Lizzy Caplan), que entrou no lugar de Henly (onde o roteiro usa a desculpa clichê que ela saiu do grupo, porque se sentia incomodada em trabalhar com o ex-namorado, Atlas). Só que no meio de executar mais uma missão, eles acabam caindo em uma enorme emboscada e vão literalmente parar na China. Lá eles conhecem o excêntrico milionário Walter (Radcliffe), que lhes obriga a fazer um "serviço" em troca da vida deles. Enquanto eles fazem o serviço, o agente Rhodes passa por diversos apuros com seu cargo na agencia secreta e com o retorno do revelador de truques Thaddeus Bradley (Freeman).


Um dos pontos fortes da película é o simples fato da constante brincadeira que o roteiro de Ed Solomon e Peter Chiarelli (responsáveis também pelo primeiro), com os personagens que marcaram Radcliffe ("Harry Potter"), Freeman ("Deus") e Ruffalo ("Hulk"). O dialogo de apresentação do primeiro acabou sendo hilário de forma sutil ("Estudei em uma renomada escola, onde praticava vários truques de magia..."), as expressões faciais do segundo quando as coisas davam errado e claro o posicionamento e os comentários do último, a respeito dos arcos e dos "Contatos que lhe notificavam algo sobre a situação". Claro os roteiristas também cometeram alguns deslizes, como o simples fato de lançar uma porrada de informações pro público logo nos primeiros 20 minutos iniciais, de uma forma que buga a mente de qualquer um.

Porém o competente trabalho do diretor Jon. M. Chu ("G.I. Joe: Retalhação"), consegue lidar com os carismas de tantos atores em cena e deixa os levar de forma concentrante depois destes minutos iniciais. Sendo que o destaque vai pra cena do roubo central da trama, onde ela consegue deixar a marca registrada do que é um filme do "Truque de Mestre".


Agora no quesito atuações, devo dizer que aqui temos um Radcliffe estranho no decorrer da trama, pois não é estranho vê-lo como vilão em um filme sobre mágica. Mas sua atuação foi boa e ele chegou até mesmo roubar a cena em alguns breves momentos, o mesmo pode se dizer de Caplam que é o verdadeiro alivio cômico da produção. Só que o enredo forçou um pouco a barra em colocar o conflito com o irmão gêmeo de Merritt, onde o arco soa bastante chato pra tanta coisa rolando em cena. Mas o destaque mesmo da produção é pra dupla Mark Ruffalo e Morgan Freeman, pois além do peso dramático ta concentrado em ambos, o enredo da dupla sem dúvidas é o que mais envolve o espectador.

"Truque de Mestre: O Segundo Ato" pode-se definir como eu disse na minha última resenha, a respeito de "Invocação do Mal 2": é tão bom quanto o antecessor, e é um ótimo passatempo e diversão para as vindouras férias de inverno que estão começando agora. RECOMENDO!

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 7,5/10,0

quinta-feira, 16 de junho de 2016

INVOCAÇÃO DO MAL 2


Há cerca de dois anos, comentei aqui no blog a minha enorme surpresa com a qualidade em "Invocação do Mal". Com um enredo baseado em fatos reais, conduzido de uma forma interessante, uma direção impecável e a ótima química entre o casal protagonista vivido Patrick Wilson e Vera Farmiga, obviamente que a Warner transformaria o longa em uma nova franquia de filmes do gênero, onde já em 2014 lançou o primeiro Spin-Off dela o horroroso "Annabelle". Trazendo de volta os atores mencionados, no papel do casal Warren e a mente por trás do filme original, o diretor e roteirista James Wan (que ganhou notoriedade também por literalmente salvar "Velozes e Furiosos 7", depois da morte de Paul Walker. Além de ter sido o VERDADEIRO criador da franquia "Jogos Mortais"). 


No primeiro longa vimos o casal investigando um caso de uma mãe de família que foi possuída por uma entidade maligna. Nesta época o casal não era conhecido pela mídia e seus trabalhos não tinham tanta notoriedade até que um tempo depois deste ocorrido, eles cuidaram do caso de Amityville (o conhecido caso, onde um homem entrou em uma casa e matou a família toda. Porém o espirito da mesma, continuou cercando o local e atormentando os novos moradores da mesma). Como o ocorrido já estava sendo cobrido pela mídia, faz um tempo, obviamente o casal Warren acabou ganhando notoriedade mundial por seus trabalhos. Só que eles são surpreendidos por um caso que ocorreu na Inglaterra, onde uma garota (Madison Wolfe) foi possuída por uma entidade maligna e a mesma não consegue deixar sua mãe (Frances O'Connor) e seus outros três irmãos em paz. Nisso os Warren resolvem viajar até o país para investigar o caso, porém eles não imaginavam a intensidade que o caso teria perante eles. 



Não me exito em dizer que James Wan é um dos melhores diretores que Hollwood pode ter ganho nos últimos anos. O cara manja e muito neste quesito, pois os diversos arcos e "quebra-cabeças" que ele apresenta na narrativa, tem lógica no desfecho. Mas o talento dele é notado na película já na sequencia inicial onde aborda o casal em Amityville foi abordada de uma forma completamente divertida e alegórica, onde já da pra notar o puta talento da atriz Vera Farmiga, que nesta película o destaque é seu ao invés de Wilson. Ele está bem no papel também e tem um momento (pelo qual não vou citar, pra evitar Spoilers) que vemos que ele nasceu pra interpretar este personagem. Outro breve destaque, é a atriz Franka Potente (que fez a namorada de Jason Bourne nos dois primeiros filmes desta série) que interpreta a descobridora de farsantes paranormais. Sua caractere nos transpõe tanto ódio, quanto sentimos pelos demônios que estão na casa. Claro a garotinha que faz a menina possuída também ficou legal (pra não falarem que não falei dela kkkkk). 

Muitas outras pessoas andam comentando que rola bastante cenas de sustos e afins. Confesso que somente há dois momentos que dão aqueles "Scare Jumps" (quando temos aqueles trancos na cadeira), mas nada além disso pros que já estão acostumados com outras produções do gênero. "Invocação do Mal 2" é sem duvidas um dos melhores exemplares de que o gênero terror/suspense poderá ser redescoberto e ganhar novos rumos no cinema. Claro, eu achei tão bom quanto o primeiro. RECOMENDO!
Obs: Fique atento as referencias... 

Imagens: Reprodução da Internet
Nota: 8,5/10,0

sábado, 11 de junho de 2016

DICA PARA O DIA DOS NAMORADOS: O ESPECIALISTA


Não existe película mais romântica e aconselhável para ver nesse dia, do que uma protagonizada pelo casal mais queridinho dos anos 90: Sylvester Stallone e Sharon Stone (Richard Gere e Julia Roberts; Robert Downey Jr. e Marisa Tomei; nem Leonardo DiCaprio e Kate Winslet são páreo parar eles!). Ambos vivem um casal que acaba se juntando ao acaso, quando o primeiro fracassa em uma de suas operações em que realiza como perito anti bombas para a CIA, e ela jurando vingança pela morte de seus pais, o tira da aposentadoria para agirem contra o chefe de uma quadrilha de criminosos comandados por Joe (Rod Steiger) e seu filho Tomas (Eric Roberts, que o Stallone vinha a detonar posteriormente em "Os Mercenários"). Ao mesmo tempo, a dupla ainda tem que enfrentar a vingança do ex parceiro de Ray (Stallone), Ned (James Woods), que também quer acabar com a dupla a todo custo. 


Fugindo dos clichês habituais, Stallone usa e abusa dos seus dotes de outras produções românticas as quais participou nos anos anteriores (como "O Garanhão Italiano"), e ao contracenar com Stone (que se tornou Sex Simbol na época, por conta de "Instinto Selvagem) ele consegue transpor o quanto seu personagem está ficando apaixonado por sua parceira de cena, principalmente nas cenas mais quentes que a produção possui (como em quase todo filme com Sharon Stone) ele não se deixa abalar em um segundo se quer e vemos a puta química que ambos tem em cena. Fora os breves momentos, em que os lábios daquele esbanjam timidez em que elas falando sobre alguma intimidade com esta. Isto foi exercido de forma tão fantástica, que ambos os atores receberam o Framboesa de Ouro de Pior Casal nos cinemas, em 1994!

Quanto aos outros tópicos que a produção possui, são meras cenas clichês de ação, pancadaria e explosão, onde o diretor Luis Llosa (que basicamente sumiu, depois de realizar o primeiro "Anaconda") faz no automático. Mas ele acerta quando ambos personagens começam a descrever sobre o outro, mediante uma narração em off numa sequencia onde mostram Stallone malhando ou Stone se arrumando. Fora uma sequencia onde aquele acaba com uma gangue de arruaceiros dentro de um ônibus municipal, remetendo ao seu personagem antigo personagem o policial Cobra.


"O Especialista" é uma ótima pedida, que por enquanto você não encontra na Netflix mas em canais aleatórios da Tv a cabo ou até mesmo nas noites de sábado no SBT (sim, eles passam essa produção frequentemente nas noites de sábado), ou possui o aplicativo "Popcorn Time" em seu computador. Mas no dia dos namorados é ótimo para ver com aquela pessoa que você vive chamando de amor, pentelhando, arrumando tretas aleatórias por coisas idiotas, mas no final das contas é sua verdadeira "parceira de armas". Feliz dia dos namorados!

Nota: 10,0 - 4,0 /10,0
Imagens: Reprodução da internet

TEM NA NETFLIX: O MARAVILHOSO AGORA


Em um primeiro momento, "O Maravilhoso Agora" me soou bastante como um "romancetinho adolescente" feito exatamente para os que estão na fase de "eu não sei quem eu realmente amo", onde a trama foi adaptada de um livro (que foi escrito por Tim Tharp). Porém é apenas mais um caso de marketing forçado pela produtora, pois em seu elenco temos grandes nomes que ainda estava começando a carreira no cinema, dentre eles a recente ganhadora do Oscar, Brie Larson (por "O Quarto de Jack"), Mary Elisabeth Winsted (que arrasou em "Rua Cloverfield, 10") e Miles Teller (que faz o vilão/bobão da série do "Detergente") e seu par amoroso aqui é justamente a sua colega neste, Shailene Woodley. E não, este filme não é como "A Culpa é das Estrelas", porém a história chega cativar por N momentos em sua narrativa.


A trama tem inicio com o adolescente Sutter (Teller), que não liga pra escola e sequer saber o que vai fazer no futuro. As únicas coisas que realmente importam pra ele é "viver o agora", onde ele namora a bela Cassidy (Larson), sai causando com os amigos e tem um trabalho estável. Porém constantemente ele  prefere deixar sua vida em segundo lugar em prol de ajudar as pessoas que sempre vem lhe pedir alguma ajuda, ou demonstram ter problemas pessoais. Só que tudo muda, quando Cassidy o chuta porque simplesmente vai tomar um novo rumo na vida dela, e Sutter acaba literalmente perdendo mais as estribeiras. Só que nesse meio tempo depressivo, ele conhece a tímida Aimme (Woodley). Aos poucos ele começa a descobrir mais sobre ela e começa a repensar em suas atitudes, graças ao amor que floresce entre os dois.


A direção de James Ponsoldt nos apresenta todos os arcos em doses homeopáticas, onde nos da um breve tempo para nos familiarizarmos com Sutter, antes de lançar todas as informações a respeito do personagem. Onde a narrativa acaba remetendo um pouco ao ótimo "As Vantagens de Ser Invisível", inclusive. Não existia escolha melhor para viver Sutter e Aimme, do que Teller e Woodley, pois ambos esbanjam completa naturalidade em seus personagens e no andamento da trama vamos nos apaixonando cada vez mais pelos dois personagens, pois eles simplesmente esbanjam o que é necessário para ter um namoro estável hoje em dia: amor, amizade e principalmente companheirismo. Claro, também há uns breves momentos onde a dupla exerce ótimas sequencias dramáticas com Winsted e principalmente com Larson.

Ao término de tudo isso, vejo que não poderiam ter escolhido dupla melhor para adaptar esta obra do que Scott Neustadter e Michael H. Weber (que também foram responsáveis pelos ótimos "500 Dias com Ela" e até do próprio "A Culpa é das Estrelas"). A dupla parece que sabe e viveu as sequencias, pois eles realmente sabem emocionar o público que assiste estas três películas em seus desfechos (sim eu chorei nos outros dois e neste pelo qual vos comento). "O Maravilhoso Agora" é uma das surpresas que somente o aplicativo Netflix pode nos fornecer (com facilidade) neste 12/06. RECOMENDO E FELIZ DIA DOS NAMORADOS!     

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


domingo, 5 de junho de 2016

TEM NA NETFLIX: GAROTA, INTERROMPIDA


Muitos não sabem ou não se recordam, mas este foi o filme que rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante a musa de muitos homens: Angelina Jolie. Na época ela não era conhecida pelo público ainda, e foi por causa deste papel que ela ganhou reconhecimento pelos produtores e estúdios de Hollywood. No enredo, depois de tentar cometer suicido a jovem Sussana (Winona Ryder), descobre que possui com problemas de dupla personalidade, e decide se internar por contra própria em uma "clinica de repouso" (hospício, indo direto ao ponto). Lá ela começa a conhecer as mais diferentes personalidades de loucura e começa uma doida amizade com a garota mais temida do local, Lisa (Jolie).  

 

O enredo basicamente mostra como várias pessoas (mais especificamente mulheres) vivem em um hospício, e como a mentalidade destas pessoas são frágeis a diversas situações (algo que Zack Snyder tentou fazer em forma de fantasia com "Sucker Punch - Mundo Surreal"). Como coadjuvantes, ainda temos outros nomes de peso, como Jared Leto (que vive o ex-namorado de Sussane) e Whoppie Goldberg que vive uma das enfermeiras principais do local. A direção de James Mangold soube apresentar isto da forma certa e nos utilizou uma formula que eu particularmente gosto em produçõe do genero, onde ele nos apresenta diversos personagens alegóricos e nos faz se cativar por um. No meu caso, uma que me chamou a atenção foi a vivida por Brittany Murphy (1977-2009, em destaque na foto acima), onde ela vive uma garota viciada em comer frangos.


Mas sem duvidas o ponto principal da produção foi a puta química entre a Jolie e a Ryder. Ambas transpõe em tela todos os sentimentos que uma pessoa em estagio de loucura sente (medo, raiva, dor, tristeza, solidão e etc), além do fato da primeira basicamente roubar todas as cenas em que aparece (independente do trabalho de Mangold. "Garota, Interrompida" é sem duvidas uma ótima pedida!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

quarta-feira, 1 de junho de 2016

O JOGO DO DINHEIRO


Jodie Foster é há anos um dos nomes mais respeitados do cinema, pois além da excelente filmografia, ela foi a atriz mais jovem a receber uma indicação ao Oscar (em 1977 com "Taxi Driver"), mas posteriormente faturou dois com "A Acusada" e "Silêncio dos Inocentes". Mas infelizmente ela acabou caindo no ostracismo de Hollywood de vez, depois do fracasso do mediano "Elysium" (onde ela foi vilã do brazuka, Wagner Moura). Só que ela revelou em uma entrevista que focaria a partir de agora em uma carreira como diretora, e depois de ter rodado há uns cinco anos o interessante "Um Novo Despertar"(que foi mais para impulsionar a carreira dramática do amigo, Mel Gibson), ela lançou agora o suspense "Jogo do Dinheiro", com George Clooney e Julia Roberts (que já trabalharam juntos em "Onze Homens e Um Segredo", "Doze Homens e mais um Segredo" e "Confissões de uma Mente Perigosa" (onde o primeiro que dirigiu)). 


Eles vivem Lee Gates, que apresenta um programa de televisão sobre bolsa de valores chamado "Money Monster" (ou "Jogo do Dinheiro", em tradução nacional), e Patty Finn a produtora do mesmo. O mesmo faz muito sucesso no mundo dos investidores e é conhecido pelas constantes brincadeiras que Lee realiza, onde o principal intuito é vender as ações dos seus principais anunciantes. Até que durante uma de suas transmissões, ele é pego de surpresa pelo jovem Kyle (Jack O'Connell, de "Invencível"), que lhe aponta uma arma e lhe manda vestir um colete com explosivos e alega que um de seus palpites financeiros anunciados no programa, o fez declarar falência. Sem outros meios de reação, vemos um extremo jogo intrigante entre Lee, Patty e Kyle, dentro do estúdio do programa. Só que detalhe: caso a transmissão do programa seja interrompida, ele matará Lee. 


Foster conseguiu realizar um suspense que chega a nos prender completamente, onde seu brilhantismo na direção me fez lembrar bastante os suspenses realizados por Alfred Hitcock (na questão dos diálogos serem a chave pro suspense), onde outro ponto forte é a escalação do jovem Jack O'Connell. Guardem esse nome, pois ele ta começando agora e já fez uma puta atuação aqui e em certo ponto da película nos faz questionar se ele é mesmo o verdadeiro vilão de tudo (não duvido que daqui há alguns anos seja indicado ao Oscar). Seu entrosamento em cena com Clooney é outro ponto forte, pois vemos que eles transpões diálogos e momentos que realmente são conviventes para as situações apresentadas em tela, embora este esteja mais uma vez realizando um estereotipo de seu perfil na vida real (o cara brincalhão, mulherengo e ligeiro). Já Roberts faz o que o seu papel permite, que é aparecer de forma homeopáticas para tentar amenizar a situação.

"Jogo do Dinheiro" é um longa metragem de suspense, pelo qual faz falta cada vez mais no cinema e que quando tentam realizar algo no mesmo estilo, acaba tendo uma péssima produção (vide alguns filmes B, apresentados nos canais de TV Space, ou que estão até mesmo na Netflix). Para o renascimento da carreira de Jodie Foster, este sem duvidas é um ótimo recomeço! RECOMENDO!

Nota:10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet