quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

NO CORAÇÃO DO MAR





A baleia Moby Dick é basicamente conhecida por todos que cresceram lendo contos ou livros de aventura. A história é exatamente sobre um grupo de caçadores de baleias, em meados dos anos 1800, época onde não havia sido descoberta a existência de petróleo ainda, e estes viajavam nos mares para poderem tirar o valioso óleo das baleias (que pra época, um vidro do mesmo valia o mesmo que petróleo atualmente). Pegando carona em outras histórias de "contos clássicos" que estão sendo readaptados com exaustão, "No Coração do Mar", é na verdade uma história de origem, de como o escritor Herman Melville (Ben Whishaw, de "007 Contra Spectre") criou sua história da baleia Moby Dick. Entrevistando o último sobrevivente da tripulação (Brendan Gleeson, de "No Limite do Amanhã") que viu a baleia. Na história somos apresentados a Owen Chase (Chris "Thor" Hemsworth), que é o primeiro oficial da embarcação Essex, que é liderada pelo Capitão George (Benjamin Walker). No começo tudo é as mil maravilhas, tirando as tretas contantes entre os dois, pois ambos são de classes diferentes (um é da classe baixa o outro da alta sociedade). Em compensação, na embarcação Chase tem seu melhor amigo Metthew (Cillian Murphy, de "Batman Begins") e logo cria laços com o jovem Thomas (Tom Holland, o novo Homem-Aranha da Marvel). Só que todos são obrigados a se unir, para poder combater o surgimento de uma enorme baleia no meio do mar, a desconhecida até então Moby Dick.


A direção de Ron Howard segue seu ótimo padrão, onde nós somos apresentados para os personagens em todas as suas formas e logo torcemos para um no meio de todos. As sequencias de ação demoram um pouco para aparecer na película, pois Howard deu uma enorme preferencia ao lado dramático no principio.
O imprevisto e clichê também são bem domados por este, que soube exatamente o que o público sentiria em questão de algumas "breves" surpresas. Só que depois
Somente logo depois de o Essex embarcar, o filme ganha toques de ação junto ao drama. Onde depois de um certo tempo, Howard abusa e usa de diversas sequencias impactantes, onde pessoas com estomago fraco, sentirão um breve mal estar.
Hemsworth tem uma atuação surpreendente aqui, onde o próprio teve de perder toda a massa que ganhou para viver Thor, assim como seus colegas de elenco, Holland, Walker e Murphy. Ambos ficaram tão magros que em certo ponto chegava a assustar. Falando em Marvel, o entrosamento entre Hemsworth e Holland é um dos pontos altos do filme, e faz os fãs da Marvel acreditarem que este ainda dará um ótimo Homem-Aranha.



Quanto aos efeitos visuais, eles estão ótimos. Mas uma pena de eu não ter conferido na versão 3D (onde quem já viu, alegou que foi um dos melhores já utilizando o recurso)., assim como não ter sido na versão legendada também. Mas confesso que nada disso me atrapalhou em nenhum momento (mesmo tendo faltado luz no cinema, no penúltimo ato), eu literalmente embarquei na trama de "No Coração do Mar" e recomendo principalmente aos amantes da pescaria e de cinema. RECOMENDO!

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 3


Há cerca de um ano, fui conferir nos cinemas sem muita expectativa "Até Que A Sorte Nos Separe 2". Apesar de não gostar muito do humorista Leandro Hassum, a produção não só me surpreendeu como acabou me fazendo admirar um pouco o trabalho do comediante brasileiro. Como é de costume no cinema, quando a produção faz sucesso tem que rolar mais um filme pra render pros cofres dos estúdios. 
No primeiro Tino (Hassum), acabou com toda a grana que ganharam na loteria. No segundo ele torrou toda a grana de uma herança em Las Vegas. Agora com uma época onde o Brasil está em enorme crise financeira, o diretor e roteirista dos antecessores Roberto Santucci (que agora divide a função com Marcelo Antunez), teve a "brilhante" ideia de botar a culpa nessa "falência" do Brasil, no protagonista. 


Assim como no antecessor, a trama justificando com alguma piada o contratempo que a produção enfrentou nessa janela de dois anos (onde no antecessor foi à troca de Danielle Winits por Camila Morgado, e que na película é dito que a personagem fez uma plástica e “virou uma nova mulher”). Aqui é o fato de Hassum ter emagrecido diversos quilos, depois de uma cirurgia barrica. Mas como seu personagem e sua família são pobres, Tino se inscreve num quadro do programa do Luciano Huck, pelo qual precisa emagrecer mais quilos que seu concorrente, para poder ganhar milhões de reais em cima disso. Só que as coisas não saem como esperado, e ele volta trabalhar como vendedor ambulante. Então em um descuido neste seu trabalho, ele é atropelado por Tom (Bruno Gissoni), que é filho de Rique (Leonardo Franco) que é um dos homens mais ricos do Brasil. Depois de acordar de um coma de sete meses, Tino acaba descobrindo que sua filha vai casar com Tom. Ao ir conhecer a família do genro, ele acaba recebendo uma proposta de emprego de Rique, para trabalhar em uma enorme empresa de ações. Só que evidentemente, Tino bota tudo a perder novamente quando faz uma burrada que acaba literalmente fazendo a bolsa do Brasil despencar novamente.

Confesso que só entrei na trama, depois de quase 10 minutos de projeção, pois a sequencia inicial não consegue ser engraçada e soa praticamente forçada desde o inicio.  Os esquetes onde mostram Tino e sua família improvisando na pobreza em que vivem, podem ser vistas brevemente em qualquer postagem no “Facebook” ou recebidas pelo “Whats App”. Mas depois que Tino é atropelado, que começam a dar espaço para o humor de Hassum e a película começa a andar. O ator literalmente não da chance pros coadjuvantes como Morgado (que aqui não tinha muito que fazer), Kiko Mascarenhas, e até Ailton Graça (que repete o papel do primeiro filme e zoa o seu em uma novela que fez recentemente na Globo) e Paulo Silvino (o eterno porteiro Severino). Ambos tem momentos hilários e chegam a roubar a cena. O mesmo pode-se dizer no momento onde Amauri (Mascarenhas) e Tino vão visitar a Presidente Dilma (Mila Ribeiro), onde a sequencia chega a ser bem mais divertida do que muito vídeo que zoa a "Presidenta" na internet.


"Até Que A Sorte Nos Separe 3" é mais uma daquelas comédias nacionais que servem para nós irmos ao cinema em família, deixar a cabeça na bilheteria, rir aos montes com as piadas mostradas em tela, sair da sessão alegre e feliz e no dia seguinte esquecer de tudo que vimos. Em relação aos antecessores, confesso que nesse eu ri muito mais e apesar de se tratar de uma película que foi feita as pressas (pra poder estrear no final do ano, como costume das produções da Globo Filmes), conseguiu divertir muito mais do que sua antecessora, mas não digo o mesmo do primeiro. Pras férias é uma boa pedida.

Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

BATA ANTES DE ENTRAR


Era uma vez um ator chamado Keanu Reeves. Ele emplacou nos anos noventa com os ótimos "Advogado do Diabo" e "Matrix". Só que em 2003, a trilogia deste acabou e Reeves ficou sem ter outro sucesso. Apesar de ter feito alguns filmes realmente bons como "Os Reis da Rua" e "47 Ronins", ele tava perdido literalmente na terra do Tio Sam. Foi ai que surgiu o maluco do diretor/roteirista, com um roteiro de um filme chamado "Bata Antes de Entrar". Então para filmar o longa o ator sair dos Eua, e foi até o Chile em uma das casas de Roth (onde ocorreria o processo todo). A história seria a mais breve o possível e a grana viria facíl para os bolsos do pobre Reeves: Ele vive um Pai de família, onde a esposa e os filhos vivem em uma maravilhosa casa tudo ocorre as mil maravilhas até a esposa avisar que vai viajar com as crianças por um fina de semana. Até ai beleza, ele ta sozinho em casa fazendo seus trabalhos de arquiteto, até que rola uma puta tempestade e duas gostosas (Lorenza Izzo e Ana de Armas) batem a sua porta pedindo abrigo e ajuda, pois estavam sem comunicação e o carro delas quebrou. Obviamente que isso é o sonho de qualquer homem e como em todo filme porno, ele traça as duas (lembrando que Izzo é a esposa do Roth!). No dia seguinte, além da puta peso na consciência que o infeliz pegou, ele é feito de refém pelas duas, que começam a infernizar a vida dele. PRONTO É ISSO! 


Temos 90 minutos de película e é basicamente só isso que rola, as duas minazinhas causando com o Reeves. Como em todo filme do gênero, temos os típicos clichês de amigos que surgem do nada e "tentam" ajudar o protagonista, ou até mesmo de que "tudo foi resolvido". O ator aqui consegue realizar sem duvidas, seu pior filme na carreira, e com certeza ele irá se arrepender de ter aceitado esse papel. As duas atrizes, que ele divide cena são completamente sem talento. Apesar de Izzo ter uma cara de psicopata, extremamente parecida com a do marido Roth, já é um dos raros pontos positivos aqui. Já Ana nem cara disso consegue ter e ta ali pra aproveitar que ta dividindo cena com Reeves. E não, eles não viveram felizes para sempre!

Eli Roth ganhou fama com "O Albergue", onde a trama era basicamente mostrar dois jovens sendo mutilados durante todo o filme. Fez um sucesso extremo e todo ano tem continuação fazem dessa merda! Aqui obviamente, ele tentou pegar carona nesse sucesso e o nível de violência ou mutilação chega ao extremo ou sequer ocorre aqui (violência "leve" para o seu padrão digamos assim). Pra mim ele arrasa quando ta com o Tarantino (com quem trabalhou em "Bastados Inglórios", onde Roth viveu o Judeu maluco com o taco de beisebol), pois quando ta por conta própria surgem essas bombas como "Bata Antes de Entrar". Evite!

Nota: 1,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

AMERICAN ULTRA - ARMADOS E ALUCINADOS


Já deixarei claro desde o inicio que não gosto do trabalho dos atores Jesse Eisenberg e Kristen Stewart. O primeiro fez alguns filmes que adoro, como "Truque de Mestre" e "Zumbilandia". Já a segunda, fez filmes que eu odeio como todos da "Saga Crepúsculo". Eles já estrelaram juntos "Férias Frustradas de Verão" (que é do regular pro bom), e no próximo ano estrelaram a nova produção de Woody Allen (onde já alegou que não gostou do estilo de atuação de Stewart). Quando vi o trailer da comédia "American Ultra", denotei que eles provavelmente inovariam um pouco o estilo de atuação deles, pois o roteiro aparentemente estava favorável a ambos. Ao assistir a película, denotei que meu palpite estava correto até os primeiros minutos de sua breve duração de 96 minutos. O roteiro de Max Landis (do fiasco "Victor Frankestein"), nos apresenta uma clara junção dos filmes da série de Jason Bourne, com a ótima comédia "Segurando as Pontas". Essa premissa seria extremamente válida, se ele não deixasse as coisas tão clichês e banais ao decorrer da trama. 


Não precisa ser vidente pra sacar o que vai ocorrer na história. Nela o maconheiro Mike (Eisenberg) tem uma vida tranquila e trabalha em um mercadinho como caixa. Quando não ele ta fazendo isso, só fica fumando com a namorada Pheobe (Stewart) Ai que de repente surge uma mulher misteriosa (Connie Britton) no estabelecimento, alegando algumas coisas sobre ele "ficar experto com o que estava por vir". Como em todo filme da série Bourne, surge os caras do mal e começam a entrar no maior pau com Mike que acaba com a raça de todo mundo com uma colher (enquanto Bourne acabava com um garfo!). Logo ele descobre que fazia parte de um grupo de agentes extraordinários, onde todos estão na mira da agencia que sempre serviram, para serem exterminados. O mandante de toda essa operação é Adrian (Topher Grace, de "Interestelar"), que não poupa esforços para cumprir essa missão.

Vamos e venhamos, que porra de tipo de vilão o Topher Grace  (a direita na foto abaixo) vive? Ele não consegue decidir se satiriza o trabalho de David Strathairn e Edward Norton, na franquia Bourne ou o clássico vilão de 007 Blofeld (que apareceu em "Spectre"). Ele pegou a característica de cada um deles e resultou numa bosta de vilão! Onde nem graça consegue tirar. Mas vindo de um filme, onde o casal protagonista são extremamente os nomes mais fracos da industria atualmente (em quesitos de atuações, pois em financeiros, eles ainda tão rendendo bastante pros bolsos dos estúdios). Ambos conseguem ter química somente por esse fator simples: eles parecem duas múmias! E ainda chamam pra uma participação especial o ótimo Bill Pullman (que meio que aparece pra "salvar o dia").


Vemos que pra desespero do diretor Nima Nourizadeh ("Projeto X'), ele tenta disfarçar isso tudo com sequencias de ação, porrada e até suspense! Confesso que eu só dei uma única risada e foi ainda perto do final do filme! Com toda certeza, se vocês puderem evitem essa película ao máximo.

Nota: 2,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 20 de dezembro de 2015

SICARIO - TERRA DE NINGUÉM


Emily Blunt já provou que é uma grande atriz em todos os aspectos. Além de ser uma das mais lindas do cinema, consegue arrasar em produções de comédia ("Cinco Anos de Noivado"), ação ("No Limite do Amanhã"), ficção ("Looper - Assassinos do Futuro") e até em musicais horríveis ("Caminhos da Floresta"). "Sicario: Terra de Ninguém" fica mais para o gênero de ação, onde ela já provou que manja e muito. Blunt vive a policial do FBI, Kate, que é escalada para trabalhar na fronteira Eua/México, juntamente com os agentes Matt (Josh Brolin, de "Evereste") e o misterioso Alejandro (Benicio Del Toro, de "Guardiões da Galáxia"). Só que a medida que as investigações a um quartel de drogas avançam, Kate percebe que sua ingenuidade e honestidade será posta a prova cada vez mais. Simplesmente porque, as atitudes tomadas pela dupla, além de não serem as melhores, ela denota que nem tudo ocorre como deveria ocorrer realmente. 


Suspense. Essa é a palavra que define "Sicario" depois dos primeiros 30 minutos. Os personagens de Brolin e Del Toro, são os verdadeiros antagonistas da película e acabam sendo os principais motivos da repentina "troca de estilo" imposta. Enquanto com o primeiro chegamos a saber suas reais intenções e o que está fazendo ali, o segundo é literalmente um "homem misterioso" e acabamos entendendo alguns de seus propósitos apenas no penúltimo ato. O ator nos apresenta uma das melhores atuações na carreira, em um papel que realmente chega nos assustar em diversos momentos (e assustou mais a Blunt aqui, do que com seu "Lobisomem" em 2010) e sua química com Brolin é outro puta ponto positivo, pelo qual eu não vi uma química tão intensa entre antagonistas este ano, quanto neste filme.

Mas não deixamos em momento algum de ficarmos torcendo para Kate conseguir viver no meio de tudo aquilo. Villeneuve não poupa a violência apresentada aqui, e é o que mais vemos em seu decorrer. Infelizmente temos o tipico clichê deste estilo de produção aqui, em uma sequencia onde todos os protagonistas estão em uma ponte e vemos claramente que vai rolar um tiroteio ali. Por sorte, isto ocorre somente neste momento basicamente.


São fatores assim que o diretor mostra que tudo não é "lindo, maravilhoso", em uma história que claramente é inspirada em fatos que constantemente são verídicos naquela região, e que em alguns momentos me fez lembrar bastante do trabalho de José Padilha, em "Tropa de Elite 2". Só que diferente do protagonista vivido por Wagner Moura, Blunt consegue ser casca grossa em breves momentos e conquista o público pela sua ingenuidade em cena. Seu entrosamento com Daniel Kaluuya ("O Retorno de Johnny English"), que vive seu parceiro, nos faz sentir que ela não está sozinha no meio daquilo tudo. 

"Sicario - Terra de Ninguém", acabou me surpreendendo porque ele conseguiu se tornar uma trama que tendencia a ser extremamente banal e repetitiva em um suspense de primeira. RECOMENDO!

Nota: 8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

BLADE RUNNER: O CAÇADOR DE ANDROIDES


Mais uma vez, tive o privilégio de assistir a outro grande clássico na série de relançamentos da rede Cinemark. Desta vez foi "Blade Runner - O Caçador de Androides". A produção lançada em 1982, foi um dos auges da carreira de Harrison Ford e alavancou o diretor, até então desconhecido, Ridley Scott ("Perdido em Marte"). A película é considerada por muitos como um dos principais títulos do cinema, pois simplesmente foi a pioneira em apresentar diversos fatores, aos quais hoje é extremamente abordado pela industria: o nosso planeta no futuro (bem mesmo antes de "De Volta Para o Futuro"). Aqui todos os robôs (ou androides, como mencionados) do filme possuem aparência familiar aos humanos, além de força e resistência extremamente maiores. Já o clima é dominado pela poluição, que foi resultado da ganancia do homem em suas milhares produções de gases que soltam diversos poluentes no ar. Na questão tecnológica, vemos carros (que obviamente alguns deles voam) com celulares acompanhados de vídeo chamadas, aparelhos aos quais podemos analisar detalhadamente as fotos nos mesmos dando zoom e por ai vai. E por incrível que pareça, a trama se passa em novembro de 2019! Originalmente ela foi escrita por Phillip K. Dick (que é o escritor de outros sucessos da ficção como "Minority Repor" e "Agentes do Destino"), no ano de 1966 e foi um dos fatores que mais impressionaram na história (como ele conseguiu ser extremamente "previsível" no futuro).


O enredo aborda o planeta terra em uma extrema fase de declínio, onde ele está cada vez mais poluído. Vendo a situação, a Tyrell Corporation resolve criar uma série de replicantes que são "androides" extremamente familiares com os seres humanos mas com um porém: conseguem fazer mais trabalhos braçais e possuem uma extrema força. Só que após um motim, eles são banidos da terra e outros são escalados para trabalhos impossíveis. Só que um grupo de replicantes acaba fugindo disto, e é onde entra o aposentado caçador de androides Rick Deckard (Ford), que é chamado de volta a ativa para se juntar a uma equipe de policiais para caçar estes, cujo o principal propósito é achar o criador deles, Dr. Eldon Tyrell (Joe Turkel,de "O Iluminado"), que é o único onde poderá aumentar o tempo de vida deles. 


A primeira versão da película passou por diversas polemicas, dentre elas o excesso de violência na primeira delas. Acabaram sendo lançadas no total de sete, sendo que a definitiva que é a versão de Ridley Scott , e que é escolhida como a definitiva e a exibida pela Cinemark. O diferencial de "Blade Runner" para as outras produções do gênero, está pelo excesso de fatores para pensarmos nas reações dos personagens mostrados em tela. No caso, vemos que a cada arco os androides vão ficando cada vez mais humanos e vice versa. Quanto ao quesito de atuação, vemos que Ford mais uma vez da um show e este sem duvidas foi um de seus maiores papeis na carreira. Sua química com Sean Young, que vive a androide Rachel, é outro ponto forte da película. Já a dupla de vilões replicantes, vividos por Rutger Hauer e Daryl Hannah (cuja personagem claramente serviu como inspiração para a personagem dos quadrinhos da DC, Arlequina (que estará no filme "Esquadrão Suicida" em agosto próximo)) chegam a roubar a cena em alguns momentos e realmente fazem jus ao pepel.

"Blade Runner: O Caçador de Androides" é uma produção cult, que somente os fãs de Harrison Ford e de cinema vão realmente curtir e sacar as referencias. Caso contrario, será apenas mais um clássico entediante e sem sentido do cinema. Agora é só aguardar 2019, para ver se haverão mesmo esses androides, e até 2017, quando será lançada a sequencia que contará com o retorno de Ford e com o astro Ryan Gosling, agora dirigidos pelo ótimos Denis Villeneuve ("Os Suspeitos").

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA


Em 1977, George Lucas lançou sua "arriscada" (já que a maioria dos estúdios de Hollywood negou a bancar o projeto, por achar ele "idiota" demais. Até que a Fox aceitou) produção "Star Wars", como uma promessa de inovação do gênero Ficção Cientifica. As estrelas principais eram um até então os desconhecidos Harrison Ford, Carrie Fischer e Mark Hamill. Logo que lançada, a película se tornou um extremo sucesso, e rendeu diversas indicações ao Oscar (incluindo Filme e Direção) e uma futura série de filmes, onde o primeiro foi o quarto episódio, e logo em seguida foram lançados o quinto e o sexto. Só que no final da década de 90, Lucas viu que era o hora de certa de começar a produzir os "três primeiros filmes" da série (pois segundo o próprio, isto ocorreu porque na década de 70/80 ainda não haviam recursos suficientes para realizar da forma que ele queria). Muitos fãs da trilogia original odiaram estes, onde a principal abordagem era a origem do vilão Darth Vader, desde quando era o pequeno Anakin Skywalker.  


Em 2012, Lucas vendeu sua empresa LucasFilm para a Disney, que logo decidiu de anunciar a produção de um novo filme da série "Star Wars", onde seguiria com a história posteriormente ao sexto filme. Na hora todo mundo pirou, pois era não só uma decisão arriscada, como também renasceria uma franquia que estava morta há anos. Mas quando a mesma anunciou a volta dos três protagonistas principais, ai a parada começou a ficar séria. E ficou mais ainda, quando escalaram para comandar a trama o diretor J.J. Abrams (que também foi responsável pela reconstrução das franquias "Star Trek" e "Missão Impossível" nos cinemas), e uma coisa já ficou certa: dificilmente a produção seria uma merda. Este já conseguiu o impossível, que foi esconder todos os detalhes do filme até seu lançamento. Ninguém sabia nada a respeito do filme, e quem estava envolvido declarou que tudo era feito de forma extremamente sigilosa (pra se ter uma ideia, o roteiro foi envolto num papel que era impossível copiar). Quando a película finalmente foi solta para a imprensa, agora era oficial: J.J. Abrams é o cara! Ele não só conseguiu renascer das cinzas mais uma franquia adorada do cinema, como também fez um dos melhores filmes do ano!


Como não quero ficar sendo chato soltando spoilers no texto, vou resumir brevemente a história principal do filme. Ela tem inicio com desaparecimento de Luke Skywalker (Hamill), fazendo todo o universo ir atrás dele, principalmente o vilão Kylo Ren (Adam Driver, de "Enquanto Eramos Jovens"), que está causando o caos na galaxia em busca do mapa, onde levará a Luke (que é o único ser que poderá reerguer a força do império Jedi).  Só que um dos seus Stormtroppers (John Boyega) denota que não quer mais servir ao lado negro e decide por conta própria "trocar de lado" e acaba se unindo a jovem Rey (Daisy Ridley), na busca com Luke. Ai os dois acabam esbarrando com ninguém menos que Han Solo (Harrison Ford) e Chewbacca, que os ajudarão a resolver essa treta toda. Pronto só essa breve sinopse é suficiente, pois não irei falar mais nada para não estragar as surpresas na trama (e que são várias). 

Os estrantes Boyega e Ridley conseguem ser um dos pontos fortes da produção, pois eles literalmente entram de cabeça nos personagens e chegam a transformar os "breves" momentos de romance em verdadeiros alívios cômicos (com a ajuda do robozinho BB-8). Já Driver, consegue realizar um trabalho que homenageia e trás de volta os tempos de Darth Vader com estilo. Agora o filme é mesmo do Harrison Ford! Seu Han Solo não é só o maior destaque da produção e literalmente rouba a cena, como também trás de volta o nosso querido estilo do "Indiana Jones". 


O diretor J.J. Abrams tratou de abordar a trama de uma certa forma, onde não precisamos assistir as produções anteriores para apreciar e entender o enredo. O que tratará novos fãs para a franquia com toda certeza (o que ocorreu em "Star Trek"). Tudo aquilo que precisávamos saber sobre os outros filmes, é explicado no decorrer da trama (exatamente como no último "Exterminador do Futuro"). A narrativa imposta pelo diretor é tão divertida e emocionante, que faz o público não sentir os 135 minutos de duração. A única coisa que ele errou feio, foi na utilização do recurso 3D, onde brevemente vemos algum efeito de profundidade ou algo do gênero. Em compensação, os efeitos visuais e a fotografia são evidentemente as melhores de toda a série.

"Star Wars: O Despertar da Força", chegou numa hora em que o cinema estava realmente carente de boas aventuras que traziam de volta todo o glamour e estilo das produções dos anos 80/90 ("Jurassic World", que o diga). RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

PEGANDO FOGO



Filmes gastronômicos costumam sempre ter uma subtrama clichê dramática, onde a comida fica ali somente de "enfeite" dentre os closes, pois o protagonista e os coadjuvantes trabalham em algum restaurante. Ano passado tive o desprazer de assistir a "Chef", um dos piores filmes de 2014. Era tão chato que nem a trilha sonora envolta das produções dos pratos por Jon Favreau ("Homem de Ferro"), salvava a película. Este ano o diretor John Wells ("Álbum de Família"), decidiu embarcar adentro do universo gastronômico e chamou somente nomes de peso para estrelarem "Pegando Fogo". A começar pelo protagonista Adam, que é vivido por um Bradley Cooper que tá cada vez melhor (desde "O Lado Bom da Vida", ele só vem crescendo). Já como coadjuvantes temos sua colega em "Sniper Americano", Sienna Miller, Daniel Brühl ("Bastardos Inglórios"), Omar Sy ("Jurassic World"), e pontas de luxo de Uma Thurman ("Pulp Fiction") e Emma Thompson ("Homens, Mulheres e Filhos").


A trama é bem simples, e mostra a história de redenção do chefe de cozinha Adam (Cooper), que já foi o top de Paris. Só que a vida de festas, sexo, álcool e drogas, o tiraram dos holofotes por dois anos. De volta a ativa, ele aproveita a chance que é dada pelo filho de seu antigo chefe (Bruhl) e tenta reacender a chama do antigo restaurante que trabalhou. Então ele começa a montar a sua própria equipe de cozinheiros, a começar por David (Sam Keeley, "No Coração do Mar", que possui uma sequencia na qual mostra que todos estão no clima de "Star Wars"), que lhe cede uma moradia temporária, seu antigo "rival" Michael (Sy) e a chefe de um restaurante concorrente, Helena (Miller). Mas quando não está exercendo sua paixão, Adam tenta se tornar um ser humano "normal", dentre as consultas com sua psicóloga (Thompson), ou até mesmo quando encontra seus devedores de sua antiga vida.


A película tinha de tudo pra ser extremamente chata e tediosa, mas Wells acabou retratando os pratos e seus o preparos de uma  forma, na qual Cooper acaba virando mais um coadjuvante na história. A medida que a trama vai avançando, denotamos o amadurecimento deste no quesito atuar. Seu caractere parece ser uma pessoa extremamente amigável e tranquila, até alguém realizar alguma besteira dentro de sua cozinha. A sequencia dele brigando com todos os funcionários por causa de um descuido geral, onde podemos dizer o mesmo de Miller (que praticamente acaba roubando a sequencia). Já os outros podemos dizer que também estão claramente a vontade em seus papeis. 

"Pegando Fogo", me pegou de surpresa em vários quesitos se tornou um tipico exemplar, onde não se precisa de efeitos visuais fodasticos para se fazer uma ótimo e divertida película. Mas como todo bom filme gastronômico, provavelmente você vai acabar sentindo muita fome durante a projeção. Um conselho: assista logo após aquele almoço bem farto, pois com certeza, você sairá mais alegre ainda do cinema. RECOMENDO! 

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 13 de dezembro de 2015

OLHOS DA JUSTIÇA


Em 2010, "O Segredo de Seus Olhos" agradou a critica, o publico e acabou rendendo o Oscar de melhor filme estrangeiro. Cinco anos depois a terra do Tio Sam, sem criatividade nenhuma pra nada, resolve pegar essa película argentina e regrava-la com grandes nomes como Nicole Kidman ("Grace de Monaco"), Julia Roberts ("Album de Família") e Chiwetel Ejiofor ("Perdido em Marte"). Pra função de diretor, chamaram o roteirista Billy Ray, (que vem de sucessos como "Jogos Vorazes" e "Capitão Philips"). Só pra não perder a amizade, chamaram o diretor do original Juan José Campanella, para ser o produtor executivo! Tinha tudo para dar errado, pois estudando e apreciando a arte do cinema aprendi uma coisa: quanto mais nomes famosos e importantes em uma produção, provavelmente ela seja péssima (foi o que ocorreu com o recente "Sob o Mesmo Céu"). Surpreendentemente, eu me enganei: o filme ficou bom! (não ótimo, mas bom).


A trama se entrelaça entre os dias atuais, e há exatos 13 anos, quando a filha da investigadora Jess (Roberts), foi encontrada morta em uma caçamba de lixo. Como a policia "arquivou" o caso, o investigador da seção anti-terrorismos, Ray (Ejifor), que é amigo desta e da vitima, decide investigar por conta própria o verdadeiro culpado pelo crime. Só que ele não imaginava que o chefe do departamento passaria o caso para a procuradora Claire (Kidman), que é seu velho affair na agencia. 
Então a partir dai, a trama vai se intercalando o tempo todo entre o passado e o presente.Neste meio tempo vemos a grande atuação que Roberts faz mais uma vez, onde ela literalmente se entregou para a personagem e não usou maquiagem e emagreceu bastante para interpreta-la (lembrando de que em relação ao original, a sua personagem era do sexo masculino). Além de pelo simples fato, como a trama de passa agora nos Eua, vemos que todos os personagens temem que ocorra um novo 11/09 (o que a produção não exita em esconder durante toda a projeção).


Em relação ao original, sem duvidas que eu preferi a versão argentina estrelada pelo sempre ótimo Ricardo Darin, que fazia jus ao titulo de "O Segredo dos Seus Olhos". Enquanto a versão estadunidense "Olhos da Justiça", virou mais uma tipica produção de vingança e justiça familiar. Mas mesmo assim, ela poderá agradar aos não exigentes e a quem não assistiu ao original.

Nota: 7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

O PRESENTE


Joel Edgerton pode soar um nome meio estranho em um primeiro momento. Mas quem assistiu as recentes produções de "O Grande Gatsby" e "Exodos - Deuses e Reis", logo notará quem é ele, porque este viveu o vilão em ambas produções. Em sua estréia na direção de longas (antes ele dirigiu somente dois curtas), com "O Presente", ele também assinou a função de roteirista, produtor e também estrela no papel do misterioso Gordo, que após 20 anos reaparece de forma repentina na vida do colega de classe Simon (Jason Bateman, de "Eu Queria Ter a Sua Vida"), que acaba de se mudar para uma nova casa com sua esposa Robyn (Rebecca Hall, de "Homem de Ferro 3"). Depois deste encontro, Gordo passa a frequentemente deixar um presente por dia na porta da casa do casal, o que logo faz ambos desconfiarem de que as intenções deste, podem ser nem um pouco agradáveis.


Vindo apenas de um histórico enorme de comédias e de dois filmes de ação ("O Reino" e "A Última Cartada"), Bateman consegue ser o grande nome do elenco e surpreende em diversos aspectos. Seu personagem a primeira vista pode parecer o grande mocinho da trama, mas a partir de certo ponto, ele muda completamente a forma que estava levando a película e acaba se tornando suspeito de algo, pelo qual não ficamos sabendo até o termino do filme. O mesmo podemos dizer de Edgerton e da própria Hall. Só que está acaba virando a verdadeira "investigadora" da trama, mas claro, também acabamos suspeitando dela ter feito algo também. Este é o ponto alto do roteiro exercido por Edgerton, pois somos apresentados a diversos personagens, pelos quais não conseguimos distinguir quem é o verdadeiro mocinho. Mas a única coisa que ele pecou, foi pelo fato de este fator começar a fazer sentido e caminhar na produção somente a partir dos 20 minutos de projeção. O que também favorece o suspense, é o fato de ter os típicos clichês do gênero, como o "surgimento de algo repentino", predomínio do silencio em diversos momentos ou até mesmo a fotografia depressiva.

Devo dizer, que "O Presente" se tornou uma das surpresas do ano e mesmo com alguns deslizes pode se definir como um ótimo suspense. E mostra que não se precisa de efeitos visuais, maquiagens e afins, para se construir uma boa trama. RECOMENDO!

Nota: 8,0/1,0
Imagens: Reprodução da Internet

domingo, 22 de novembro de 2015

JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA - O FINAL


Já não é novidade que "Jogos Vorazes" virou uma das principais franquias literárias/cinematográficas dos últimos anos. Iniciada em 2012, a série só veio surpreendendo com sua inesperada alta bilheteria no primeiro filme. Sendo que no ano seguinte, a protagonista do mesmo, Jennifer Lawrence, ganhou um Oscar de melhor atriz por "O Lado Bom da Vida". Obviamente que isso ajudaria a série a decolar, então para as sequencias chamaram os consagrados Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman (que faleceu durante as filmagens deste). 


A trama começa exatamente de onde parou a primeira parte, quando Katness (Lawrence) tenta refazer a mente de Pitta (
Josh Hutcherson), que fora completamente vitima de torturas e lavagem cerebral pela Capital. Logo, esta juntamente com Coin (Moore) e seus aliados de outros distritos, tentam a todo custo invadir a Capital para poder capturar e matar o Presidente Snow (Donald Sutherland). Não irei entrar em mais detalhes a respeito da história, pois é exatamente essa principal premissa da trama.


Diferente da primeira parte, a segunda procura ser mais fiel em relação a obra de Suzanne Collins. Vemos que Moore, conseguiu roubar a cena em diversos momentos da película, sendo que alguns deles são originalmente do personagem de Hoffman (que justamente neste final, era de extrema importância para a narrativa), que também foram compartilhados com Woody Harrelson ("Zumbilandia"). Graças ao falecimento de Hoffman, seu personagem acabou se tornando um mero figurante, pois suas breves cenas só mostram ele parado, sentado e raramente falando alguma coisa (uma pena, pois este é seu último filme). Já Snow vivido por Sutherland, consegue ter momentos melhores aqui e se consagra o meu tipo de vilão favorito, onde o mesmo ferra todo mundo o tempo todo, e quando é abatido pelos mocinhos, não perde o humor e ferra tudo mais ainda. Outros dois que ainda chamam um pouco de atenção e roubam a cena também algumas vezes foram Jena Malone (Johanna) e Sam Caflim (Finnick).


Quanto a Jennifer Lawrence, dispensa-se comentários. A atriz mais uma vez arrasa e demonstra que nasceu para interpretar a "Garota do Tordo". A direção de Francis Lawrence (que não tem parentesco com a atriz), procura focar mais nos momentos de drama e angustias de Katniss, ao invés do clichê e chato triangulo amoroso entre ela, Pitta e Gale (Liam Hemsworth, de "Os Mercenários 2"). Outro acerto do diretor é quando ele nos brinda com as sequencias de ação, sendo que uma remete e muito a um filme da série "Resident Evil". Já o 3D evite, pois é mais um mero caça niqueis.

"Jogos Vorazes: A Esperança - O Final", é um ótimo desfecho para a saga e o segundo melhor filme da mesma, já que "Em Chamas" conseguiu ser o melhor de todos. O único fator ruim neste desfecho, é que como em "Harry Potter", ela termina com gosto "quero mais". Porque em relação a "Crepúsculo"... podemos dizer que foi um milagre essa bosta ter evaporado dos cinemas nesta época do ano!

Nota:8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 14 de novembro de 2015

HORAS DE DESESPERO


Owen Wilson sempre foi conhecido por possuir a mesma atuação, em todas as produções as quais estrela. Só que a maioria são comédias e raramente o ator muda o gênero. "Horas de Desespero" é uma produção que se encaixa nessas exceções, e aqui o ator estrela este Thriller B de ação, pelo o qual chega a surpreender, pela tamanha tensão criada pelo diretor e roteirista John Erick Dowdle (que divide o roteiro com o irmão Drew Dowdle). A trama basicamente lembra um pouco "Uma Noite de Crimes", onde a família do Engenheiro Jack, se muda para Asia (para um país no qual em momento algum é citado), onde o mesmo está envolvido em uma importante obra. É então que eles são surpreendidos por um golpe de estado, onde todos os Asiáticos começam a matar os imigrantes estão no continente. Então é hora  de Jack e sua esposa Annie (Lake Bell, de "Simplesmente Complicado"), tentarem a todo custo proteger suas filhas e as próprias vidas no meio do caos.


A trama é basicamente essa e o filme rende ótimos momentos de tensão e nos deixa vidrados na tela durante seus 90 minutos de projeção. Claro que aqui existem alguns momentos clichês, mas eles são bem breves. Como o fato do personagem de Pierce Brosnan ter um álibi de 007, em seus poucos momentos em tela (mas que chega a roubar a cena). O casal protagonista vivido por Wilson e Bell consegue convencer o espectador aos poucos, de que devemos torcer para eles ficarem vivos. Lembrando que Bell possui uma filmografia bastante similar a de Wilson, só que as atuações de ambos não chegam a ser marcantes ou gloriosas, mas são suficientes para que embarquemos na história. Onde a direção de John, faz questão de colocar Jack, como o principal herói do filme, pois em diversas de suas sequencias, são apresentadas em câmera lenta, pelo o qual serve como idolatração do mesmo.

Confesso que fui assistir esperando nada e sai contente com o que vi. Só que no final das contas não se torna nem um pouco marcante, mas é interessante para ser conferida numa televisão ou daqui há uns meses no Netflix.

Nota:7,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

PONTE DOS ESPIÕES


Steven Spielberg já provou que é um dos principais nomes do cinema, assim como Tom Hanks. Ambos já fizeram os sucessos e clássicos 'O Resgate do Soldado Ryan", "Prenda-me Se For Capaz" e "O Terminal". Depois de 11 anos deste último ser lançado, a dupla retorna a parceria em "Ponte de Espiões". 

A trama baseada em fatos reais, se passa na Segunda Guerra, onde Hanks vive o respeitado advogado James Donovan. Conhecido por dificilmente perder uma causa, ele é convocado pelo governo dos Eua, a proteger Rudolf Abel (Mark Rylance) um suposto espião Russo, que foi capturado pela CIA. Só que todas as provas apontam para tais acusações, de que Abel é culpado e possivelmente será sentenciado a cadeira elétrica. Enquanto Donovan procura todas as formas justas para proteger seu cliente, (e se tornando o homem mais odiado dos Eua, por conta disto) o experiente piloto da força aérea americana Francis Powers (Austin Stowell), acaba tendo seu caça abatido, enquanto espionava o território Russo. Cientes da situação, Russia e os Eua iniciam uma discussão de troca entre os dois cidadães (uma acordo entre cavalheiros na verdade), pelo o qual este acaba sendo representado por Donovan.


Spielberg já comprovou que consegue ser um dos melhores diretores, pois em histórias como está ele consegue exercer um enorme arco dramático de uma forma, na qual a película chega a transformar qualquer história com ótimas emoções. Momentos no qual contam sempre com a trilha sonora de Thomas Newman, que apresenta um estilo que é a marca registrada daquele. A sequencia na qual vemos o muro de Berlim sendo erguido, e as pessoas que tentam atravessa-lo, acabam sendo fuziladas, é um dos pontos altos da produção, pois além de pegar o espectador de surpresa, chega a emocionar em certo ponto. Quanto a atuação de Hanks aqui, não pode reclamar. Seu personagem em momento algum perde o equilíbrio no meio de tanta desventura ocorrendo com o protagonista. O entrosamento dele com Rylance, nas sequencias onde ambos estão conversando na prisão, chega a ser outro ponto alto na película

O roteiro de autoria da dupla Oscarizada Ethan e Joel Cohen ("Onde Os Fracos Não Tem Vez"), nos apresenta esta história com uma perspectiva patriótica,  na qual novamente somos vitimas do clichê de que os Eua são os mocinhos, quando na verdade não existiram verdadeiros "mocinhos" nesta época. Fora esse tópico, "Ponte dos Espiões" é mais um ótimo exemplar de Steven Spielberg, que poderá levar para este mais umas indicações ao Oscar, assim como para Tom Hanks. Para os fãs da dupla, está produção é indispensável (apesar de ser a mais fraca de todas).

Nota:8,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

sábado, 7 de novembro de 2015

007 CONTRA SPECTRE


Em 2012, "007 - Operação Skyfall" foi um estrondoso e inesperado sucesso. Rendeu mais de um milhão de dólares, possuía uma música tema marcante (cantada pela Adele, e lhe rendeu um Oscar), um vilão que foi um dos melhores de todos os outros filmes e um roteiro pelo qual homenageava os 50 anos da série. Além de ter ganho dois Oscars, (Canção ("Skyfall" - Adele) e Mixagem de Som (que empatou com "A Hora Mais Escura"). Tendo em vista o fato, em sua quarta encarnação como James Bond (depois de "Cassino Royale", "Quatum Of Solace" e "Operação Skyfall"), era evidente que seria bem difícil Daniel Craig repetir o sucesso do último. Então resolveram chamar novamente o diretor Sam Mendes, para retornar a sua função. Só que ao começarem as gravações, a Sony foi hakeada pelos coreanos (devido ao conflito do filme "A Entrevista") e um dos arquivos vazados, era o roteiro de "007 - Contra Spectre".
Como sinal de respeito a produção, nem procurei o mesmo pela internet e esperei para conferi-la nos cinemas e saber tudo a respeito na hora mesmo. Mas quando eu a conferi deu para notar claramente, de que os roteiristas mudaram diversos arcos, e a trama conseguiu ficar extremamente previsível e clichê em diversos aspectos. 


A história aqui é uma sequencia direta de "Skyfall", onde começa com Bond (Craig), na cerimonia do dia dos Mortos, no México. Lá ele acaba destruindo tudo e matando todo mundo, só pra pegar um anel com um simbolo de polvo, pelo qual sua antiga chefe M (Judi Dench, em rápida aparição), lhe disse que se acontecesse algo com ela, aquilo levaria Bond até os verdadeiros culpados. Logo este se depara com a misteriosa organização Spectre, que possui estrema ligação com o seu passado profissional e pessoal.
Enquanto isso o novo M (Ralph Finnes, o eterno Voldemort de "Harry Potter"), tenta lidar com os problemas politicos de tentar continuar com o serviço de inteligencia secreto funcionando, pois C (Andrew Scott), representante de outra organização, apresenta diversas provas as quais só prejudicam a situação dos serviços dos agentes 00. Só da descrição desse último parágrafo, já notamos que parece a trama de "Missão Impossível: Nação Secreta" (sendo que no final das contas, preferi este).


"Skyfall" só teve um deslize e que aqui demonstra o quanto foi proposital; uma Bond Girl apagada. Antes tínhamos a modelo francesa Bérénice Marlohe na função, onde ela apareceu brevemente e pronto. Aqui nós temos duas, sendo que a primeira (Monica Belluci) aparece em duas cenas mas já rouba a cena mesmo assim. Já a segunda vivida por Léa Seydux, se torna um novo e certeiro álibi de Bond na superação de seu amor inesquecível por Vesper (Eva Green), que morreu em "Cassino Royale". Já o vilão vivido por Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios"), não é nenhum Silva (vivido por Javier Bardem), mas também não é marcante e o ator nos entrega mais uma atuação no automático (pelo visto ele só nos apresenta novas perspectivas, quando está com seu amigo Quentin Tarantino). Seu Oberhauser não chega a ser marcante, e acaba mais lembrando Mike Myers em "Austin Powers", do que o clássico vilão de 007.
Mas o vilão secundário vivido por Dave Bautista (o Drax de "Guardiões da Galáxia"), consegue roubar a cena e ser uma distração para Bond em alguns momentos chaves da película (onde ele para o que ta fazendo só pra lutar com ele, em diversos momentos). Já os momentos de alivio comico acabam ficando a cargo dos momentos em que este interage com Q (Ben Whishaw, de "A Viagem") e até mesmo de forma breve com Moneypenny (Naomie Harris).
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Quanto ao Bond de Craig, vemos claramente que ele continua com a expressão de cansado, onde os ótimos roteiros de seus filmes conseguem disfarçar essa questão em diversos momentos com louvor. Mas eu ainda acho que ele fará o 25º James Bond, só para fechar com chave de ouro, pois "007 Contra Spectre" foi bom, mas não foi uma ótima despedida para um dos atores que fizeram os melhores filmes da série.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

UM AMOR A CADA ESQUINA


A primeira vista, o titulo sugere que é mais uma comédia romântica clichê hollywoodiana, com a Jennifer Aniston e o Owen Wilson (que grande parte do público conhece). Então como você gostou do "Marley e Eu", decide embarcar na sessão para assistir. Então a película começa e vemos a personagem de Imogen Potts, uma jovem chamada Isabella que trabalha como prostituta escondida da família, em uma conversa com sua terapeuta. Então o estilo da trama sugere que estamos vendo mais uma ótima comédia de Woody Allen. Só que mais uma vez estamos errados, pois o filme não é uma comédia romântica, muito menos um filme de Allen. "Um Amor a Cada Esquina", é na verdade apenas uma trama cômica que homenageia este estilo nas produções dos anos 20/30, pelos quais contavam com basicamente o mesmo grupo de pessoas em um enredo chapado de tiradas inteligentes e engraçadas. Com direção do ótimo diretor Peter Bogdanovich, (que sumiu dos cinemas por 14 anos, devido a diversos problemas pessoais) pra quem não sabe, o diretor foi um dos principais nomes da comédia dramatúrgica na década de 70, e dirigiu clássicos como "A Última Sessão de Cinema" e "Lua de Papel".


Só que aqui ele resolveu pegar uma trama bem agridoce em seu retorno triunfal a nova geração. Aqui as referencias ao cinema de Woody Allen são diversas, principalmente no personagem de Owen Wilson (pelo qual se assemelha e muito com seu papel em "Meia-Noite em Paris"), que vive o diretor teatral Arnold, que após contratar os serviços de Isabella por uma noite, lhe oferece 30 mil dolares para largar a vida e viver o sonho dela de atriz. Só que ambos não imaginavam é que a mesma iria fazer o seu primeiro teste justamente na peça comandada por aquele, o que logo causará desconfortos entre a esposa deste (Kathryn Hahn, de "Quase Irmãos"), e desconfiança do galã da peça Seth (Rhys Ifans, de "O Espetacular Homem-Aranha"). Só que Isabella ainda terá de enfrentar as perseguições de um velho cliente (Austin Pendleton) e das loucuras de sua psicologa substituta (Aniston).


De todo esse elenco, devo dizer que quem brilha e rouba a cena é Jennifer Aniston. A atriz pega carona no estilo de "personagem louca" de "Quero Matar Meu Chefe", e vive uma psicologa que exerce a profissão de forma extremamente esculachada. Os momentos aos quais a personagem aparece, sem duvida são os melhores de todo o filme (em destaque para a sequencia do restaurante). Já Potts, podemos dizer que a atriz é muito nova no cinema e aqui faz um papel que não exigia muito dela, mas ela conseguiu fazer um ótimo entrosamento com Will Forte e Owen Wilson.

"Um Amor a Cada Esquina", é uma das surpresas do ano e é uma comédia que não pode ser definida como "estilo sessão da tarde", devido ao seu forte linguajar e humor. Mas sim como uma comédia inteligente, divertida e em alguns momentos inesperada (pois o Bogdanovich chega a nos induzir ao clichê em diversos momentos, mas não se torna um no final das contas). RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

A TRAVESSIA


Robert Zemeckis já provou há mais de 30 anos que é um dos principais nomes do cinema. Foi ele que comandou 'De Volta Para o Futuro" e foi consagrado pelo Oscar com "Forrest Grump - O Contador de Histórias". Depois de ficar quase uma década só comandando animações em 3D (as quais foram as primeiras na retomada do 3D, antes de "Avatar"). ele lançou em 2012 o ótimo "O Voo". Mas nas últimas semanas, ele retorna as telonas em mais uma produção em 3D, chamada de "A Travessia". A trama é baseada em fatos reais e gira em torno do equilibrista francês Philippe Petit (vivido por um ótimo Joseph Gordon-Levitt), que juntou a namorada e mais um bando de amigos para realizar seu louco sonho: se equilibrar em uma corda entre as duas torres do World Trade Center, logo em sua inauguração, na década de 70.

A trama é toda narrada por Petit ao alto da estátua da liberdade, e no decorrer da mesma vamos cada vez mais embarcando em sua vida e torcendo para ele alcançar seu sonho louco. Logo de cara, Zemeckis procura homenagear o cinema da década de 20/30, justamente na sequencia de abertura, onde ele aborda que ele trabalhava como mimico e equilibrista de rua, de forma ilegal. Então logo depois de um incidente no mesmo, ele vai até ao dentista e se depara com uma propaganda da construção das Torres Gêmeas, em uma revista. Fazendo este, desde aquele momento, começar a estudar diversas formas de executar seu plano louco. A partir deste ponto, começamos a sermos apresentados a todos os seus companheiros, a começar pelo seu tutor, Papa Rudy (Ben Kingsley), que lhe ensinou os segredos da arte do equilibrismo, na época em que ambos trabalhavam em um circo comandado por este. Seguido pela namorada Annie (Charlotte Le Bon), onde a sequencia chega a ser extremamente divertida. E por ai vai.


Zemeckis aproveitou nestes arcos para usar e abusar do uso do 3D (o melhor que já vi em anos), pois ele não só usa e abusar dos recursos de profundidade, como também atira diversos objetos em nossa direção. A sequencia onde Petit se equilibra com a corda no World Trade Center, é de fato uma das sequencias mais impressionantes que já foram realizadas com a tecnologia (o realismo é tão grande que pode causar desconforto em pessoas com medo de altura e outros afins). Além deste ótimo quesito, o diretor fez algo extremamente interessante: como os personagens são franceses, eles falam nesta língua quase grande parte da película. E quando falam inglês, sempre rola a justificativa de que "eles tem de se adaptar ao pais", fazendo assim a produção ficar o mais real possível. 


Mas isso deu tudo certo graças ao ótimo desempenho de Joseph Gordon-Levitt, que com toda certeza ganhará uma indicação ao Globo de Ouro ator Comédia/Musical, mas acho que talvez conseguirá uma indicação ao Oscar (mas muito difícil). O ator literalmente viveu Petit na pele, seja em suas expressões, medos, angustias e outras coisas. Sua química com Le Bon também é outro ponto alto da produção, assim como com o sempre ótimo Ben Kingsley.

"A Travessia" é sem dúvidas um dos melhores filmes do ano, e com toda certeza será um dos indicados aos Oscars técnicos. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet