sábado, 24 de setembro de 2016

CONEXÃO ESCOBAR

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Depois do enorme sucesso que a série "Narcos" obteve nos últimos anos, era inevitável que filmes sobre Pablo Escobar e suas tramas paralelas saíssem nas telonas. Como primeira nessa nova leva (pois em meados de fevereiro de 2017, o novo longa de Tom Cruise também cercará este enredo), "Conexão Escobar" cumpre o que promete: mostrar um enredo que aponta a vida de um agente de alto respeito, infiltrado no meio do maior cartel de drogas do mundo, cujo o proprietário é o próprio Escobar. O agente é Robert Mazur (que escreveu o livro que inspirou a trama), é interpretado por Bryan Cranston (da série "Breaking Bad"), que esta ótimo e seu esterótipo se encaixa perfeitamente com o estilo proposto em cena (lembrando vagamente de seu papel em "Trumbo"). Vemos no inicio ele reagindo normalmente a seu trabalho, mas a medida que vai avançando no processo vai rolando uma excelente sequencia de desconstrução do personagem.

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Aqui ele contracena constantemente com seus parceiros de "infiltração", vividos por John Leguizamo  ("Kick-Ass 2") e Diane Kruger ("Bastardos Inglórios"). Enquanto o primeiro além de tirar uma enorme atuação, também tem uns dois momentos chaves no quesito suspense, a segunda mesmo aparecendo somente depois de quase uma hora de longa, cumpre o seu papel, porém não possui algum arco chave que podemos julgar como um "grande momento". Também tem uma participação da veterana, Amy Ryan (novamente vivendo uma agente, depois de "Um Espião e Meio", "Zona Verde" e outros) que também cumpre o que lhe é proposto. 

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A direção de Brad Furman erra em alguns quesitos, como por exemplo deixar que a narrativa inicial se deixe levar como uma novela nos primeiros 30 minutos. Porém depois que ele ingressa dentro do Cartel vemos que a trama começa a andar e o clima de suspense começa a ser criado. O quesito da câmera tremida e da fotografia pálida, estão presentes e fazem sentido mediante a narrativa. Quanto a trilha sonora, foi um extremo acerto colocar uma música da banda Rush logo de cara e no último arco colocar "Eminence Front, do The Who". Não porque eram bandas de sucesso na década de 80, mas sim porque tem ritmo diante da situação.

Em seu desfecho "Conexão Escobar" acaba sendo um bom filme sobre os "bastidores" da destruição do cartel estadunidense de Escobar, porém ele não consegue superar a qualidade e grandiosidade da série da Netflix, "Narcos" (onde em alguns fatos, o próprio roteiro de Ellen Sue Brown deduz que você tenha visto esta série ou conhece algo a respeito de Pablo Escobar).

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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