domingo, 13 de novembro de 2016

DEMOLIÇÃO


O canadense Jean-Marc Vallée ganhou um enorme reconhecimento há cerca de três anos, quando dirigiu "Clube de Compras Dallas", que rendeu o Oscar de atuação para Metthew McCaunagay e Jared Leto. No ano seguinte ele lançou o divertido "Livre, que rendeu também renderam indicações para as atrizes Reese Witherspoon e Laura Linney. Agora ele lançou seu terceiro longa, pós "maratona do Oscar", onde eu como cinéfilo criei certa expectativa com o canadense. "Demolição" tem o mesmo principio dos outros longas, onde temos como protagonista Davis (Jake Gyllenhaal), que é completamente metódico e tem sua vida transformada completamente depois da morte da esposa Julia (Heather Lind), um acidente de carro. Aos poucos a vida dele vai começando a decair, e depois de uma conversa com seu sogro (Chris Cooper), ele repara que poderá suportar a dor começando a quebrar e destruir as coisas que lhe da na telha. No meio destas manias, ele acaba conhecendo Karen (Naomi Watts), que acaba fazendo nascer uma estranha amizade dentre eles. 

Resultado de imagem para demolição, Vallée

Apesar da química de ambos os atores ser realmente plausível, ambos não conseguem entrar na tonalidade que o longa quer transpor. Ele com o problema da perda, ela com o das drogas, ok, mas faltou mais emoção neste arco. O grande peso do longa fica por conta dos encontros de Davis e seu sogro (cujo penúltimo ato dentre eles chega a ser o ponto forte da película), e o filho de Karen (Judah Lewis). Mesmo assim, o roteiro de Bryan Sipe é realimente congruente com a situação de uma pessoa que perde um ente querido de forma inesperada. O dia a dia, a decadência, os comportamentos estranho e por ai vai. Isso Vallée acertou em cheio em focar nos dois primeiros arcos do longa, porém quando ele começa a se relacionar mais com Karen e o filho dela, o longa meio que perde o foco que ele tinha antes e meio que prepara um campo pro clichê (que não é bem um clichê, no final das contas). 

"Demolição" tinha tudo pra ser mais um longa interessante de Vallée, mas é o seu longa mais fraco destes outros dois mencionados no inicio da analise, e o mesmo pode se dizer do recente currículo de Gyllenhaal e Watts. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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