sexta-feira, 4 de novembro de 2016

DOUTOR ESTRANHO


Há quase sete anos o universo cinematográfico da Marvel, vem fincando como uma das mais promissoras franquias do cinema. Depois de exercer duas fases com tremendos sucessos e produções de qualidade, eis que o primeiro da terceira fase, "Doutor Estranho", chega aos cinemas causando um tremendo alvoroço. Primeiro porque o protagonista é vivido pelo queridinho dos Geeks e cinéfilos: Benedict Cumberbatch (que na televisão interpreta o detetive Sherlock Holmes, e é dono de uma voz tão marcante quanto a do Morgan Freeman); Segundo que sua fotografia e efeitos visuais são de extrema qualidade; E o terceiro que o personagem é um dos principais nomes dos quadrinhos da Marvel. Porém ao termino da  película, vemos que apesar dela cumprir o que prometeu, a mesma continua seguindo os "Padrões Cinematográficos Marvel". 


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A começar que a história de origem é relativamente muito bem narrada, onde vemos Stephen Strange (Cumberbatch) sendo um dos principais nomes da medicina e consegue resolver qualquer problema médico que lhe é proposto. Porém quando ele sofre um acidente de carro, ele acaba perdendo o movimento das mãos, o que o faz desesperadamente procurar por alguma cura. Depois de todas as tentativas da medicina falharem, ele decide fazer uma viagem com o propósito de descobrir alguma cura. Em uma de suas trilhas, ele esbarra com o misterioso enclave Kamar-Taj, em Katmandu, onde os misteriosos Mordo (Chiwetel Ejiofor, que já trabalhou com Cumberbath em "12 Anos de Escravidão") e Anciã (Tilda Swinton, de "As Cronicas de Narnia"), lhe mostram que o local não é somente uma casa de cura, mas sim uma linha de frente contra forças malignas misticas, onde somente truques de magia são capazes de detê-los.

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Nesse desenvolvimento do protagonista, ele se assemelha e muito com Tony Stark, no primeiro "Homem de Ferro" (o cara metidão e rancoroso, que gosta de uma garota e conforme ele amadurece, vai aprendendo uma lição (praticamente o enredo de um filme do Adam Sandler)). Vemos que Benedict realmente nasceu para o papel, e que seu carisma é realmente um dos pontos altos do longa. Seus momentos com Ranchel McAdams ("Spotlight"), que vive seu interesse amoroso não são só ótimos, como também são de alivio cômico para o longa (uma delas, lembra e muito o primeiro "Homem de Ferro"). A personagem da Tilda tem um mistério meio suspeito envolto dela, que é outro dos pontos fortes do longa. Ejiofor e Benedict Wong (que trabalharam ano passado juntos, em "Perdido em Marte"), estão competentes no papel e o segundo chega a roubar algumas cenas, com alguns momentos de alivio cômico. 


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Porém quando somos apresentados ao vilão principal da trama (Mads Mikkelsen, de "007 - Cassino Royale") é o momento que nos tocamos o quão genérico o estúdio ainda está em alguns pontos. O motivo dele é tão banal e batido, que em momento algum vemos algo realmente ameaçador nele pra torcemos pro Strange acabar com ele (só espero que Thanos não seja tão ruim assim).

Agora no quesito direção, Scott Derrickson (que também assinou o roteiro com Jon Spaihts e C. Robert Cargill) foi extremamente competente em seus arcos. Ele soube apresentar claramente quem era Stephen Strange, as consequências de seu acidente (que foi um dos pontos altos do longa) e seu desenrolar até se tornar um mago supremo. Momentos cômicos (incluindo quando o Tio Lee aparece) e dramáticos são bem dosados também, e não atrapalham o desenrolar do enredo. Os efeitos visuais e a fotografia estão realmente incríveis (como acidentalmente, acabei vendo a versão 2D, não posso falar sobre o 3D), e não duvido que leve algum Oscar técnico no próximo ano.

"Dr. Estranho" é basicamente um reboot do primeiro "Homem de Ferro", onde vemos que a Marvel mais uma vez conseguiu acertar, usando exatamente a mesma fórmula de suas produções anteriores. Só que espero que até 2018 (quando o universo completa 10 anos, e teremos o lançamento de "Guerra Infinita"), eles pelo menos acrescentem ou mudem algo nesta fórmula, pois vai chegar uma hora que esse estilo vai acabar cansando todos nós. RECOMENDO!

Obs. 1: O longa tem duas cenas pós créditos, que são de extrema importância pros próximos filmes da Marvel.
Obs. 2: Como por conta de um imprevisto incidente no cinema em que frequento ter ocorrido, acabei vendo a versão 2D, Dublada. Por favor, evitem ao máximo a segunda, pois ela não está viável a qualidade da película (principalmente a voz da Ranchel McAdams).

Nota: 9,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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