sexta-feira, 1 de junho de 2018

TULLY

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Jason Reitman é mais um daqueles diretores que conseguem o respeito de quaisquer cinéfilos. Responsável por abranger fatores críticos em suas narrativas, em obras vide "Amor Sem Escalas" e "Juno", finalmente ele volta as telonas depois hiato de quatro anos do fracasso de "Homens, Mulheres e Filhos" (apesar de ser um ótimo longa, não conseguiu render o suficiente nas bilheterias). Seu mais recente trabalho "Tully", repete a parceria com a Oscarizada roteirista Diablo Cody depois de "Juno" (que levou o prêmio por este) e "Jovens Adultos", e com a protagonista deste último, Charlize Theron.

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Aqui ela vive a exaustiva Mario, onde depois de ter o terceiro filho não consegue sequer um momento de descanso, e ainda precisa tomar todas as rédias para cuidar da casa, pois seu marido Drew (Ron Livingston) sequer abre mão da rotina. Eis que são irmão (Mark Duplass), resolve contratar uma babá noturna, para tomar a rédia de toda a situação e faze-la ter seu merecido descanso. Então somos apresentados a Tully (Mackenzie Davis), que demonstra uma completa inteligencia e um espirito oposto ao de Mario, que a faz cada vez mais repensar sua vida nos últimos anos.

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A todo momento a direção de Reitman tenta nos adentrar de forma crítica sobre o que os casais enfrentam nos seus relacionamentos no período de maternidade. Mostrando isso através de vários contrapontos rotineiros (sem necessitar apelar para o roteiro, que ainda sim o auxilia através dos diálogos), aos quais Mario e Drew acabam caindo em contradição com seus atos, onde enquanto ela cuida do bebê dormindo em pé, ele continua focado ali em seu game online como se nada estivesse acontecendo. 

Certamente a atuação de Theron nesse filme vai acabar lhe rendendo uma indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro, pois sua degradação e o fator dela ter notoriamente entrado de cabeça na personagem (destacando que ela engordou cerca de 10 ou 15 quilos pro papel), são notórios já nos primeiros minutos da projeção. Mas quando Davis entra em cena, confesso que ela acaba roubando a mesma, pois além de ser uma atuação que vai de imenso contraponto a da protagonista, ela acaba trazendo um enorme alivio cômico pro espectador, devido suas expressões sempre alegres e confiantes (há tempos não via uma atuação assim). 

"Tully" infelizmente é mais um daqueles longas metragens que apesar de serem excelentes, e sequer sentimos seus 100 minutos de duração, provavelmente passara em branco pelos cinemas (dos seis que frequento, estava passando em apenas um) devido a péssima época em qual foi lançado (em meio da blockbusters como "Guerra Infinita" e "Deadpool 2"). Só digo que se tiver a ventura de encontrar em sua cidade passando, ASSISTA!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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