segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O QUARTO DE JACK


Brie Larson é um nome completamente desconhecido pela maioria do publico em geral. Mas em 28 de fevereiro ela ficará mundialmente conhecida por um grande motivo: levará o Oscar de melhor atriz, em sua primeira indicação, por "O Quarto de Jack". Em temos de enorme crise criativa no cinema, o filme acabou sendo uma enorme surpresa, mesmo se tratando da adaptação do best-seller de Emma Donoghue (Que também assina o roteiro). A trama se inicia com uma jovem (Larson), que fica mantida em cativeiro com seu filho de cinco anos, Jack (Jacob Tremblay, de "Os Smurfs 2"), por um homem batizado apenas de "velho Jack" (Sean Bridgers). Só que toda essa situação é vista pelos olhos inocentes da criança, onde acabamos vivenciando tudo da forma que ela sente. Trancada lá, desde que nasceu, ela nunca viu o mundo fora dali e sua mãe simplesmente tenta passar pra ele que na verdade o mundo foi vitima de uma extinção e só existe aquele quarto e eles e o "velho Jack" foram sobreviventes. Ali dentro sua rotina é ver televisão, fazer brincadeiras e ler livros com sua mãe, e observar o vidro que mostra um pouco da parte externa dali. Só que depois de esta bolar um plano para eles saírem daquele quarto, Jack começa a enfrentar os verdadeiros problemas que são viver no mundo real. É basicamente uma história de amor materno, pelo quais as mães de plantão, ficarão com o coração apertado o tempo todo.



O diretor Lenny Abrahamson literalmente nos brinda com um filme bastante impressionante, no qual literalmente nos sentimos no lugar daquela criança e ficamos cada vez mais tensos de vivenciar tudo aquilo com ele. Com toda certeza, não existiria escolha melhor do que o jovem Tremblay para interpretar o garoto. Sua expressão diante de toda aquela situação, nos mostra o quanto inocente ele é. Até mesmo quando surge uma folha morta ou um ratinho ali dentro. Tudo aquilo ali parece grandioso aos olhares da criança, na narração de Abrahamson.

Já Larson, que antes esteve em papeis mais pequenos (sendo a maioria composta por comédias como "Anjos da Lei"), aqui tem uma atuação que certamente humilha as outras candidatas ao Oscar, pois ela consegue transpor os sentimentos de uma mãe na qual quer proteger seu filho a todo custo, juntamente com os sentimentos de uma mulher que ficou mais de sete anos trancada em um cativeiro. Mas digamos que a atuação dela ficou mais difícil, a partir do momento em que ela denota que terá de apresentar o mundo para seu filho de cinco anos. Claro, não devo deixar de mencionar o excelente trabalho da equipe de maquiagem, pelo qual deixaram a Larson e Tremblay completamente debilitados e irreconhecíveis nos momentos em que estão no quarto. Além do fato, de que nesses momentos o que mais predomina é a tensão em todo o momento, e cada vez mais não conseguimos tirar os olhos da tela ou pensar em outra coisa a não ser no que estamos vendo! Mas outros dois atores que aparecem pouco e vivem os pais dela, são William H. Macy ("O Poder e a Lei") e Joan Allen ("O Ultimato Bourne"), onde ainda conseguem ter dois ótimos momentos com Larson e que ajudaram ainda mais essa garota mitar nesse filme.

A produção foi exibida pela primeira vez no festival de Toronto de 2015 e acabou causando extrema comoção e ganhou destaque entre os filmes da mostra. Além de Larson ter levado a maioria dos prêmios principais, a produção provavelmente só conseguirá levar esse premio mesmo na noite do Oscar. Apesar de ter sido indicado ainda nas categorias de Filme, Direção e Roteiro Adaptado. RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet


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