quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

CREED NASCIDO PARA LUTAR


Sylvester Stallone é conhecido por seus filmes de ação e de sempre ser o cara másculo dos filmes, em que só da porrada, tiro e não pega nenhuma mulher em nenhum deles. Mas há exatos 40 anos seu primeiro filme "Rocky Um Lutador", foi a única produção que até hoje tinha lhe rendido duas indicações ao Oscar: Ator e Roteiro Original (além de outras oito para este filme). Só que ele não levou, e em compensação a produção ficou apenas com a categoria de filme, direção e edição. Anos se passaram, e a película conseguiu virar um dos mais "copiados" clássicos do cinema de boxe, aos quais todo ano quase lançam uns três, quatro nesse estilo. Hoje Stallone volta aos holofotes do Oscar (depois de milhares de anos marcando presença no Framboesa de Ouro (que premia os piores do cinema)) justamente com o personagem Rocky Balboa e mostrará que deveria ter merecido aquele premio de atuação na época. Até o momento ele levou basicamente todos os prêmios de melhor atuação pelo qual foi indicado (sendo ovacionado de pé em todas as vezes), e dificilmente ele não levará sua estatueta de Ouro este ano.


Todos os outros filmes, o próprio Stallone foi o responsável pelo roteiro de todos os seis e da direção do segundo, terceiro, quarto e sexto. Sendo este último lançado em 2006 e o próprio ator encerrou a franquia com chave de ouro. Oito anos depois, o roteirista e diretor Ryan Coogler ("Ruitvale Station: A Última Parada") chegou pro Stallone com uma ideia de renascer a franquia e realizar um novo final pra mesma. Batizada de "Creed: Nascido Para Lutar", a história é na verdade um Spin-off da franquia, onde o protagonista é o filho ilegitimo do lutador Apollo Creed (que morreu em "Rocky IV"), Adonis (Michael B. Jordan, da bomba "Quarteto Fantástico"), que não quer carregar o legado do Pai em sua carreira como boxeador e opta apenas pra que o antigo amigo dele, Rocky Balboa o treine. Só que durante o processo, o famoso pugilista acaba descobrindo que está sofrendo de câncer. Então é quando vemos duas batalhas motivadoras no filme: a de uma pessoa que luta pelos seu sonho e outra pela vida.


Sem duvidas, que nesta atuação Stallone conseguirá o Oscar. Com o auxilio de uma imensa maquiagem, vemos aqui a desconstrução de Balboa devido ao avanço lento de sua doença. Ele literalmente entrou de cabeça no papel e sua fala, jeito de andar e olhares estão ficarão completamente debilitados aqui. Além de suas famosas "frases filosóficas", que são marcas da franquia. Sua química com Jordan é um dos pontos altos do filme, onde este é mais um dos injustiçados do Oscar e ele realmente transpôs seus dramas familiares, como os fatos de batalhar por seus sonhos, ser adotado pela legitima esposa de seu Pai, das constantes prisões, seu namoro com Bianca (Tessa Thompson) e o esforço em seus constantes treinos com Rocky.

Ótimo trabalho também de Coogler, que é o principal responsável por todo o projeto desde o inicio. Seu roteiro é afiado e nos deixa conhecer bem Adonis até Rocky finalmente aparecer em tela. Ele acabou construindo sua película de uma forma onde em momento algum tende a ser um reboot do original, mas sim um verdadeiro filme de mestre e mentor. E soube quando encaixar as referencias aos outros filmes da série (as quais não vou citar aqui, pra não dar spoilers). Sem duvidas agora com seu primeiro Oscar na mão, Stallone conseguiu emplacar e acertar mais uma vez com sua franquia mais pioneira (que terá mais um capitulo ano que vem), antes mesmo de "Rambo" e "Os Mercenários". Sem duvidas depois de "Star Wars: O Despertar da Força", este foi o filme das férias de verão de 2016! RECOMENDO!

Nota: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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