domingo, 24 de janeiro de 2016

JOY: O NOME DO SUCESSO


David O. Russell se tornou um dos nomes mais populares no Oscar. Ele conseguiu um feito difícil, de suas produções "O Lado Bom da Vida" e "Trapaça", receberem indicações em todas as categorias de atuação em dois anos seguidos, além das de filme e direção. Só que quando foi anunciado seu novo e audacioso projeto, "Joy: O Nome do Sucesso", todo mundo que é especialista em cinema apostou que mais uma vez o diretor iria conseguir indicações nas principais categorias. Para surpresa de todos, ele só conseguiu apenas na categoria de Melhor Atriz, e justamente para Jennifer Lawrence (que ta praticamente se tornando a nova Meryl Streep).


Aqui ela vive a jovem Joy, que é mãe de dois filhos pequenos e literalmente sustenta toda sua família. Temos uma mãe depressiva (Virginia Madsen, de "Número 23"), que não larga a vida de ficar na cama vendo novelas o dia todo. Um Pai que é briguento e teimoso (Robert DeNiro). A nova namorada deste (Isabella Rossellini, de"O Homem Duplicado"), que é extremamente rica. O ex-marido (Édgar Ramírez, de "O Últimato Bourne"), que mesmo estando divorciado dela há dois anos, mora no porão de sua casa, enquanto não decola na carreira como cantor (sendo que ele constantemente treina no porão, usando a música em versão espanhola de Águas de Março, de Tom Jobim). Uma melhor amiga (Dascha Polanco) que a ajuda no que pode. E Uma avó (Diane Ladd, de "Chinatown") que literalmente é a única pessoa da família que realmente se preocupa com ela, e trás animo pra sua vida e é narradora do filme. Esse é a fórmula das produções de Russel que foi trazida a tona em 2010, com "O Vencedor". A família excêntrica, que envolta o protagonista em sua constante busca do "Sonho Americano" (que trata-se de que a vida possui uma variedade de ideais que liberdade inclui a oportunidade para o sucesso e prosperidade, maior mobilidades social para as famílias e crianças, alcançada através de trabalho duro em uma sociedade sem barreiras). Enquanto o personagem daquele focava em se tornar um lutador de Boxe, e vemos que desde sempre ele cresceu lutando pra conseguir esse sonho, aqui Joy sempre foi uma pessoa que inventava diversas coisas úteis desde pequena. Mas depois dela se cansar em perder a chance de patentear elas diversas vezes, ela tem uma nova criação que é a de um esfregão que se seca sem termos contatos com o pano. Então a película é basicamente isso. 


A primeira impressão que causa ao assistir esse filme: ta eu paguei pra ver um filme em que aborda a história da mulher que inventou um esfregão que eu tenho na minha casa! Meu que merda! Só que a narrativa de Russell enfatiza mais a reação de sua protagonista diante os problemas que são lhe impostos, do que idolatrar a própria invenção em si. Tanto que a atuação de Lawrence aqui consegue ser a segunda melhor de sua carreira (depois de "O Lado Bom da Vida"), e devo dizer que ela mereceu o Globo de Ouro e a indicação ao Oscar MESMO! Ela consegue dominar bem as fases e momentos de sua personagem, além de falar espanhol sem problemas de sotaque (o que a maioria dos atores claramente demonstram ter). Só que quem chega a roubar a maioria das cenas em que aparece é Robert DeNiro. O ator faz um estereotipo de Pai metido a galã, briguento e que mesmo assim possui um pouco de compaixão dentro dele. Já Bradley Cooper, que vive o diretor do canal de vendas onde Joy oferece seu produto (onde chega a ser um dos pontos altos do filme, pois Russell se preocupa em mostrar detalhadamente como isso funciona) trabalhou com ambos em "O Lado Bom da Vida" e "Trapaça", aparece bem pouco mas tem bons momentos com Lawrence, que é ajudado pela amizade de ambos atores fora das telas.

"Joy: O Nome do Sucesso", é mais um filme que futuramente ficará a merce das "Sessões da Tarde" da vida. Mas que mesmo assim não deixa de ser uma ótima pedida sem compromisso nas férias, mesmo tento uma premissa extremamente "idiota". Se Lawrence levará seu segundo Oscar por essa película. A resposta é bem clara: NÃO. Esse ano se duvidas a favorita já é Brie Larson, por "O Quarto de Jack".

Nota: 7,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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