domingo, 10 de agosto de 2014

CRÍTICA - O IMPÉRIO DO SOL


Depois de ter o privilégio de assistir pela primeira vez o clássico "O Poderoso Chefão", no cinema, através de uma iniciativa da rede Cinemark, assisti a mais uma produção na mesma: "O Império do Sol". Lançado em 1987, o filme acabou sendo lembrado somente na última década por um simples motivo: foi o primeiro filme de Christian Bale, que viveu o bilionário Bruce Wayne, na trilogia "O Cavaleiro das Trevas", de Christopher Nolan. Na época, ele tinha apenas 12 anos e ainda assim mostrava que já tinha talento. Ele vivia o garoto Jim Graham, que morava com seus Pais em Xangai, na China, durante a Segunda Guerra Mundial. Mas nesta época, o país sofria com a invasão das tropas Japonesas. Mas como ele é apenas uma criança, seus Pais e parentes sempre lhe protegiam desses conflitos que aconteciam naquela época. É então que quando acontece uma imensa invasão das tropas japonesas por lá, Jim e seus Pais saem em disparada para uma embarcação que os levará para fora da cidade. Só que no meio da multidão, os três acabam se separando, fazendo ele se virar sozinho para conseguir sobreviver no meio da guerra. É no desespero que ele conhece um estranho que o leva para sua casa, onde conhece o estranho muambeiro Basie (John Malkovich, de "Johnny English"). Este acaba explorando Jim das mais infinitas formas, até que eles são capturados e mandados para um campo de concentração Japonês. É ali que este irá mostrar toda sua capacidade e inteligência, impressionando todos os que vivem ali.


Spielberg mais uma vez acerta em sua narrativa, focando apenas como o garoto vê as situações, principalmente a guerra que ocorre a sua volta. Bale já mostrou ter talento desde essa produção, onde vive um garoto que sofre a lá "Bruce Wayne". A inocência que ele transmite em seu personagem, já serve para sentirmos ódio cada vez mais do personagem de Malkovich (que ao meu ver, foi ai que ele se consagrou como o "vilão louco" da maioria de seus filmes). Este que também arrasa no papel, onde tem como um dos seus comparsas vividos por Ben Stiller ("Entrando Numa Fria"), que também está em seus primeiros filmes. 


A trilha sonora composta por John Williams (um dos maiores compositores do cinema), enaltece o drama em cena, enaltecendo ainda mais a sequencia onde Bale canta a música "Suo Gân", no qual todos a sua volta ficam abismados com o patriotismo e ao mesmo tempo inocência do garoto. A fotografia de Allen Daviau ("E.T. - O Extraterrestre"), usa e abusa da tonalidade pálida para transpor as sensações que são mostradas em cena. Quanto o roteiro de Tom Stoppard ("Shakespeare Apaixonado") e Menno Meyjes ("A Cor Purpura"), procura não mostrar o garoto em nenhum tempo abatido, mas sim levando tudo como uma enorme brincadeira. "O Império do Sol" é mais um divertido clássico de Steven Spielberg, que no cinema atual dificilmente veremos algo parecido. RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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