domingo, 31 de agosto de 2014

CRÍTICA - ANJOS DA LEI 2


Depois de realizar um estrondoso e inesperado sucesso em 2012, a adaptação do seriado dos anos 80 "Anjos da Lei" (que contia Johnny Depp como um dos protagonistas) não só ajudou a alavancar a ainda mais a carreira de Channing Tatum e Jonah Hill, como também ganhou agora esta sequencia. Como ocorre em quase todas essas produções seguem um seguinte padrão: "vamos fazer uma espécie de repaginada do primeiro filme". Foi o que ocorreu com "Se Beber Não Case: Parte 2", pois a história era praticamente a mesma só diferenciando algumas piadas e o país. Brincando com essa política, "Anjos da Lei 2" já começa com uma abertura que resume o primeiro,já cortando para a ação onde Jenko (Tatum) e Schmidt (Hill) investigam um esquema de trafico de animais no porto da cidade onde vivem. A gangue liderada por um homem conhecido apenas como "O Fantasma" (Peter Stormare, de "O Último Desafio"), logo descobre o disfarce de ambos, fazendo a operação dar errado. Então novamente eles são mandados para o endereço do primeiro filme, só que agora do outro lado da rua (já que "os coreanos compraram a igreja de volta"). Agora na "22 Jump Street", Jenko e Schmidt  notaram que a equipe passou por uma "repaginada", possuindo agora uma equipe maior e com equipamentos mais modernos. Ainda liderada pelo Capitão Dickson (Ice Cube, de "Querem Acabar Comigo"), eles recebem a ordem de se infiltrarem como estudantes em uma faculdade, para novamente acharem um traficante que causou a morte de uma estudante.


Este momento já começa a ser o ponto mais genial da produção, pois o Capitão trata o caso como se fosse exatamente a mesma coisa que aconteceu no primeiro filme (algo que está mesmo evidente, inclusive a falsa identidade de ambos, permanece como os irmãos Doug e Brad Mc Quaid). Só que Jenko e Schmidt retrucam, alegando que não há ligação nenhuma entre ambos os fatos. É ai que a película começa a tomar outros rumos, que começam a diferir completamente do original. Agora na faculdade, a dupla começa a reparar que nada é como na escola. Existem professores e alunos que estão dedicados, enquanto outros estão nem ai, atletas que estão preocupados mais com a aparência física ao invés dos estudos, e por ai vai. É então que notamos que Tatum e Hill estão bem mais a vontade, do que no primeiro filme. O primeiro possui um verdadeiro "bromance" com um dos jogadores de futebol americano (Wyatt Russell, filho de Kurt Russell), que demonstra ser como ele em quase todos os aspectos. Já o segundo possui um novo interesse amoroso, só que sem deixar de fazer suas burradas costumeiras (resultando em alguns momentos marcantes para a dupla, como ocorreu no antecessor). 


O roteiro de autoria do trio Michael Bacall (do primeiro filme), Oren Uziel (que havia escrito somente um jogo do "Mortal Kombat"), Rodney Rothman ("Ajuste de Contas'), procura focar exatamente no humor destes momentos datados acima. Aproveitando também para brincar cada vez mais com o fato deste se tratar de uma sequencia. Outro fator que realmente funciona, são algumas participações especiais de alguns importantes nomes da comédia estadunidense (cujos nomes não irei mencionar, para não estragar a surpresa). Quanto a direção da dupla Phil Lord e Christopher Miller (que abriu mão do roteiro deste para dirigir "Uma Aventura Lego"), ela procura focar mais nas sequencias de humor dos personagens que primários das mesmas, ao invés dos secundários. Além de intercalar alguns verdadeiros e divertidos momentos de ação. "Anjos da Lei 2", é conseguiu a difícil façanha de superar o primeiro, assim como se tornar uma das melhores comédias do ano (junto com "Vizinhos"). RECOMENDO!

NOTA: 9,0/10,0

Imagens: Reprodução da internet

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