sábado, 16 de agosto de 2014

CRÍTICA - AS TARTARUGAS NINJAS


Pra quem cresceu nas décadas de 80 e 90, com certeza já ouviu falar sobre "As Tartarugas Ninjas". Seja com o desenho, ou as diversas adaptações para os cinemas que viraram clássicos da "Sessão da Tarde". Depois de sete anos desde "As Tartarugas Ninjas: O Retorno" (animação que foi a última empreitada destes nas telonas), a série ganha um novo filme através do famoso produtor e diretor Michael Bay (responsável pela série "Transformers"). Como era de se esperar, ele praticamente "trocou" os "Transformers" pelas "Tartarugas" e o resultado acabou sendo catastrófico. Depois de brigarem publicamente há cinco anos, Bay parece que fez as pazes com Megan Fox (sua musa de "Transformers") e a colocou como protagonista aqui. Ela vive a repórter April O'Neil, que junto com o seu mal humorado cameraman Vernon Fenwick (Will Arnett, de "Escorregando Para A Glória") sempre saem na busca do furo perfeito ou alguma matéria que faça alavancar sua carreira jornalistica. Até o dia em que ela se envolve em uma confusão no metro, pelo o qual é interrompida pelas famosas Tartarugas, que mais tarde se revelam como Raphael, Leonardo, Donathelo e Michelangelo. É então, que ela começa a descobrir que ela sempre este ligada com as mesmas, assim como seu falecido Pai. Na procura de respostas, ela acaba alertando o cientista Eric Sacks (William Fichtner, de "Elysium"), que possui um contato direto com o famoso vilão Destruidor (Tohoru Masamune, de "A Origem"), fazendo com que estes bolem um plano para destruir a cidade de Nova York. 


Como era de se esperar, o diretor Jonathan Liebesman (dos medianos "Fura de Titãs 2" e "Invasão do Mundo"), deixa a narrativa da produção beirando ao tédio até o terceiro ato. A história de como as Tartarugas foram desenvolvidas, foi deixada para escanteio e é abordada somente em Flashbacks e na abertura da película. O espaço maior acaba sendo da personagem de Megan Fox, pois a mesma acaba aparecendo mais do que o quarteto. Suas cenas novamente remetem ao que foi mostrado em "Transformers": caras, bocas e sensualidade, durante várias explosões e pancadaria de fundo (que parecem nunca ter fim). Seu entrosamento com Arnett (que até é um ator engraçado nas suas outras produções) soa extremamente forçado e a graça em seus momentos juntos, chega a se tornar extinta. Mas quem rouba a cena em "As Tartarugas Ninjas", é a sumida veterana Whoopi Goldberg ("Ghost: O Outro Lado da Vida"), que vive a chefe de April. Ela aparece durante poucos minutos no inicio, mas ela consegue ser um dos maiores destaques da película. Quanto ao vilão vivido por Fichtner, digamos que este já fez tantos papeis neste estilo ultimamente, que o que é visto em tela é apenas "mais do mesmo".


Os efeitos especiais estão de fato magníficos, de tal forma, que Raphael, Leonardo, Donathelo, Michelangelo, o rato Splinter e o Destruidor, parecem existir de verdade. Os efeitos sonoros estão bem realizados, apesar do 3D não acrescentar em absolutamente nada, a tecnologia se torna extremamente descartável. "As Tartarugas Ninjas" acaba se tornando, mais um Blockbuster que podia ter dado certo se os responsáveis não o tivessem transformado em mais um "Transformers" da vida.

Nota: 5,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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