domingo, 31 de agosto de 2014

CRÍTICA - MAGIA AO LUAR


Assim como uma indicação ao Oscar de Mery Streep anualmente, todo amante da sétima arte sabe que também tem um novo filme do diretor e roteirista Woody Allen. Depois de alavancar sua carreira com os ótimos "Vicky Cristina Barcelona", "Meia-Noite em Paris" e "Blue Jasmine", ele lança este ano "Magia Ao Luar". Assim como em seus antecessores, ele busca mostraruma crítica para algum tema que gera polemica na sociedade atual. Aqui temos uma enorme crítica aos médiuns, espiritualistas, mágicos e claro a sociedade burguesa. Além do fato, do próprio sempre transpor um próprio "alter-ego" em suas produções. Neste o posto fica a cargo de Colin Firth, que vive o mágico Stanley, que trabalha com pseudônimo Wei Ling Soo's em diversos show de ilusionismo, no ano de 1928. Quando não está nesta função atua como um desmascarador de falsos psíquicos. Mas após uma visita de um antigo amigo, ele é chamado para investigar o caso da jovem Sophie (Emma Stone, de "O Espetacular Homem-Aranha 2"), que diz possuir poderes mediúnicos. Vendo a situação como fácil, ele aceita o trabalho no ato. Mas ele não imaginava que a moça fosse conquista-lo com seu jeito simples e meigo. 


Allen realiza aqui diversas homenagens há suas produções anteriores como "Meia-Noite em Paris" (a estética, a Paris dos anos 20 e a trilha sonora), "Você Vai Conhecer O Homem dos Seus Sonhos" (o assunto da mediunidade), "Scoop - O Grande Furo" e "O Escorpião de Jade" (onde o principal tema é o ilusionismo). Outra fator que também havia em algumas dessas películas é do triangulo amoroso (algo que o diretor adora mostrar), onde ele acertou na escolha do ator Hamish Linklater ("Batalha dos Mares"), para viver o noivo de Sophie, que é "bobão da história" e possui expressão pra isso. Emma Stone, que já mostrou ser uma ótima atriz em produções como "Amor a Toda Prova", consegue aqui uma de suas melhores atuações na carreira. Seus momentos de mediunidade chegam a deixar o espectador realmente intrigado, se ela é ou não uma psíquica, já que seus olhares e expressões chegam a convencer. Firth também consegue brilhar em cena, apesar de não chegar aos pés de Owen Wilson em "Meia-Noite em Paris" (ator que melhor interpretou um alter-ego de Allen). O ator inglês consegue transpor alguns caracteres de Allen, como as manias e discussões sobre a sociedade, tudo isso da forma mais "hipocondríaca" possível (a sequencia no penúltimo ato, está ai para comprovar). Mas um dos melhores momentos da produção é quando ambos vão parar dentro de um observatório, logo após uma tempestade, onde um simples olhar para as estrelas gera uma enorme discussão filosófica e claro, sobre o amor.

"Magia Ao Luar" não chega a ser um dos melhores  filmes de Woody Allen, nem o pior, mas sim uma produção que serve como homenagem há algumas que são as melhores dele. A produção possui momentos bons, mas nenhum que seja suficiente para entrar nos destaques da filmografia do diretor e roteirista.

NOTA: 7,5/10,0

Imagens: Reprodução da internet

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