sábado, 14 de abril de 2018

RAMPAGE: DESTRUIÇÃO TOTAL

Rampage - Destruição Total : Poster

Poucas semanas depois da estreia de "Lara Corft: A Origem", a Warner lança mais uma adaptação de um famoso videogame dos anos 90: "Rampage". O jogo não possuía enredo algum, a não ser que você selecionava um monstro e destruía alguma cidade. Fazer um longa sobre isso, se mostra tão bizarro quanto fazer um com os Emojis (todos nós sabemos o resultado infame disso). É ai que os quatro roteiristas (já notamos que isso é um péssimo sinal) Ryan Engle, Carlton Cuse, Ryan J. Condal e Adam Sztykiel simplesmente pegaram o que funcionou de forma original em longas recentes como "Jurassic World", "A Múmia" (na roupagem de Tom Cruise), "Circulo de Fogo" inclusive de "Jumanji 2", bateram num liquidificador junto a essência do jogo mencionado e saiu "Rampage: Destruição Total". 

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A história é bem  simplória, onde depois de um acidente fatal em uma estação espacial, protótipos da pesquisa Rampage acabam caindo na terra. Alguns animais acabam tendo contato com o mesmo, dentre eles o Gorila, George (Jason Liles). É então que aos poucos estes começam a crescer descontroladamente e obterem uma super força, onde nada consegue detê-los. Eis que o cuidador e amigo de George, Davis (Dwayne Johnson), junto a pesquisadora Kate (Noami Harris) tentam encontrar uma forma de para-los, antes que os mesmos acabem destruindo toda Chicago.

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O primórdio erro em longas assim é o fato de que o roteiro não consegue trabalhar a mescla humanos/animais. Se vamos ver um filme onde o foco é animais destruindo tudo que veem pelo caminho, que a narrativa favoreça isso, ao invés de criar arcos genéricos e motivos bestas pra cortar para os humanos. Sim eu estou ciente que o game não possui história, mas quando se trata de "fazer um filme" tem de ter os fatores favoráveis pra sua execução ser sucessiva e não mais um mero caça-niqueis banal.

Mais uma vez vemos o Dwayne Johnson, sendo o Dwayne Johnson, e atores como Harris e Jeffrey Dean Morgan (que pelo visto revezou com as gravações de "The Walking Dead", pois seu personagem parece um "Negan de Gravata") sendo completamente desperdiçados. Isso sem mencionar a dupla de "vilões" vividos por Malin Akerman ("Watchmen") e Jake Lacy, onde a primeira parece estar em um desfile de moda e apenas repetindo falas que haviam no roteiro (que são as mais imbecis e genéricas o possível), enquanto o segundo força demais a barra como um alivio cômico que sequer funciona. Dentre outras palavras, eles não são vilões nem aqui, nem na Papuda.

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Partindo pra direção de Brad Peyton, ele já havia mostrado que sabe trabalhar com arcos de ação em "Terremoto", e aqui ele se favorece bastante nesse quesito, pois as melhores coisas neste filme são as próprias. Muito bem coreografadas e auxiliadas pelos efeitos visuais (não posso mencionar sobre o 3D, pois vi a versão 2D, mas aparentemente ela funciona), elas conseguem prender e muito a atenção do espectador (sim, por mim teriam ficado muito mais tempo destruindo Chicago, pois tava ótimo!).

Se não fosse pelo último paragrafo citado, "Rampage: Destruição Total" era um forte candidato ao pior filme de 2018. Mas como ainda está cedo pra refletir sobre, vamos ver o que o cinema ainda nos aguarda nas próximas semanas.

Nota: 4,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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