quarta-feira, 30 de setembro de 2015

HOMEM IRRACIONAL


Ano passado Woody Allen lançou "Magia ao Luar", que foi um dos seus mais fracos filmes em anos. A produção foi extremamente conturbada, pois durante toda a época das filmagens, este foi acusado de diversos problemas pessoais com a justiça e resultou em ter seus nomes na mídia envolvidos em escanda-los mais uma vez. Tendo passado tudo isso, Allen lança "Homem Irracional", que é basicamente uma homenagem a suas produções anteriores, como "Math Point" e "Scoop". Aqui ele repete sua parceria com Emma Stone, na qual ela vive a estudante de filosofia Jill, que é compromissada com um colega da mesma e que é surpreendida com a vinda de Abe (Joaquim Pheonix, de "Ela"), um novo professor que é famoso pelas universidades dos Eua. Só que este vem sofrendo de uma enorme crise de existência, acumulando com uma enorme depressão, que o faz literalmente ignorar as cantadas desta e de sua colega de trabalho Rita (Parker Posey, de "Superman - O Retorno"). Só que ao ouvir uma conversa de um grupo de estranhos em uma lanchonete, sobre um juiz que tirará a guarda dos filhos de uma mulher, para o ex marido, Abe percebe que ali está o sentido da vida dele; sendo o cara que deverá assassinar esse juiz.


Allen utiliza aqui uma narrativa um tanto que oposta a exercida por Spike Jonze, em "Ela", pois a produção começa extremamente depressiva e parada e quando Abe sai da lanchonete com Jill, na sequencia citada, a produção passa a ficar mais "alegre" e acelerada. Apesar de em todo momento da película ela possuir uns toques de suspense, como a cena da "roleta russa", em uma festa da universidade. Mas confesso que a forma de "triangulo amoroso" nos filmes de Woody Allen já se tornaram basicamente clichês, pois nos últimos anos, em quase todos os seus filmes acabam acontecendo. Aqui o carisma de Stone e Posey em relação a Pheonix chega a salvar um pouco este quesito (afinal de contas, dificilmente alguém irá superar o trio composto por Javier Bardem, Penélope Cruz e Scarlet Johanson em "Vicky Cristina Barcelona"), pois ambas são exatamente a mesma representação de mulher, só que com idades diferentes. Enquanto aquele beira a ser mais um alter ego do diretor (que não chega nem aos pés de Owen Wilson, em "Meia-Noite em Paris"), pelo o qual os diálogos fortes em suas conversas com Stone se tornam um dos pontos mais altos da produção.


Ao seu término, vemos que "Homem Irracional" é um filme que Allen fez para "preencher lacuna", pois todo ano o diretor lança algum filme nos cinemas. Infelizmente não foi dessa vez que ele nos brindou com algum "Vicky Cristina Barcelona" ou até mesmo "Blue Jasmine". Uma pena.

Nota:5,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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