segunda-feira, 22 de julho de 2013

CRÍTICA - O CAVALEIRO SOLITÁRIO


Já virou praticamente uma tradição de todo ano entre os meses de junho e julho vermos algum filme novo de Johnny Depp nas telonas. Este que se consagrou definitivamente como o Capitão Jack Sparrow na série "Piratas do Caribe", retorna a parceria com o diretor dos três primeiros filmes desta Gore Verbinski e com a atriz Helena Bohan Carter em "O Cavaleiro Solitário", que se trata da adaptação do clássico seriado da década de 40, no qual sempre foi muito referenciado dentre as diversas gerações no cinema principalmente cuja história sempre trazia as diversas aventuras do Índio Tonto que possui uma ave morta na cabeça (e sempre insiste em alimentá-la, pois crê que ela tornará a viver) e do Cowboy/Cavaleiro Solitário John Reid, que sempre anda acompanhado de seu cavalo e companheiro Silver e dai que vem a marcante frase "Hi-yo Silver, away!" e a clássica trilha sonora ("tararam tataram tamtam, tararam tararam tamtam...") que até hoje é tema de muitas produções relacionadas ao faroeste.


Como era de se esperar, a adaptação para as telonas nos mostra como Tonto (Johnny Depp) conheceu e se tornou amigo e parceiro de John (Armie Hammer, de "A Rede Social"). Mas toda a história é contada por Tonto já bem velho no ano de 1933 para um garoto em uma barraca de um circo itinerante. Então voltamos alguns anos no passado e somos apresentados a um John que trabalha como promotor de justiça e esta em uma viagem de trem de volta a sua terra natal, o Texas. Lá ele acaba conhecendo o Tonto (que está preso lá por um motivo desconhecido) e um dos maiores criminosos da época Butch Cavendish (William Fichtner, de "Fúria Sobre Rodas"). Depois de uma enorme e clássica sequência de ação, que foi até muito bem feita (no qual sobrou até espaço para um pouco de comédia), Butch acaba fugindo e se unindo novamente a sua gangue. Logo, John e os "Texas Rangers" liderados por seu irmão Dan Reid (James Badge Dale, de "Guerra Mundial Z"), saem a caça de Butch e sua gangue, mas acabam envolvidos em uma emboscada e todos acabam sendo mortos por estes. Mas John acaba se tornando o único sobrevivente e é encontrado por Tonto, que acaba se tornando seu parceiro e juntos buscam vingança e justiça. Enquanto isso os Eua está passando por um período de inovações, pois o prefeito Cole (Tom Wilkinson, de "Batman Begins") está implementando novas ferrovias que interligam todo o país. Mas para isso o plano também envolve destruir algumas aldeias indígenas, ficar com a cunhada e o sobrinho de John, e o principal: dominar toda a mineração de prata que há perto da aldeia de Tonto.


A química entre Depp e Hammer funciona bem e é o grande alivio cômico, mas quem rouba a cena mesmo é o cavalo Silver, pois ele demonstra ser fiel a John em todos momentos da produção. Já Helena Bohan Carter tem uma participação tão pequena, que podemos defini-la como especial na verdade e não como uma das protagonistas como aparenta o cartaz. Ao invés dela a grande protagonista feminina é a atriz Ruth Wilson, cuja atuação consegue transpor a imagem da clássica donzela em perigo atual, onde a mesma ainda consegue reagir e se mostrar valente em certos pontos da produção. Nestes arcos somos levados pela maravilhosa e reconhecível trilha sonora de Hanz Zimmer, que transpõe de forma divertida o clássico tema do seriado. Já os efeitos visuais estão bem feitos (como de costume nas produções da Disney) e conseguem trazer mais ação as cenas de uma forma mais divertida. Mas o ponto fraco da produção foi o roteiro escrito por Justin Haythe, Ted Elliott e Terry Rossio  (sendo que os dois últimos são responsaveis por todos os roteiros da série "Piratas do Caribe"), que em certo ponto chega a enjoar e cansar um pouco, mas nada grave e que prejudique a história. Enfim, "O Cavaleiro Solitário" serve como exemplar e uma apresentação do seriado que foi o ápice das produções de faroeste.

Nota: 7,5/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário