domingo, 7 de julho de 2013

CRÍTICA - GUERRA MUNDIAL Z


Depois de ter sido adiado por quase dois anos, pois em cada período acontecia algum conflito nos bastidores. O pior deles foi o de Brad Pitt ("O Homem que Mudou o Jogo") com o diretor Marc Forter (de "007 - Cassino Royale"), no qual ambos ficaram sem se falar, e para continuarem com o trabalho ambos contavam com segundos para poderem discutir a atuação de Pitt em determinadas cenas. Já o outro foi o melhor para julgar que "Guerra Mundial Z" não consegue chegar ao nível de um blockbuster decente, pois a produção teve  grande parte das cenas regravadas e contou com o roteirista Damon Lindelof ("Prometheus"), para reescrever a terceira parte e o final da trama. Consequentemente, "Guerra Mundial Z" se demonstrou uma produção completamente forçada e sem sal.


A trama começa praticamente na cena que é vista no trailer (dando pouco tempo para conhecermos a família de Pitt), com o personagem de Pitt, Garry, sua esposa Karin (Mireille Enos, do seriado “Amor Imenso”) e suas filhas Constance (Sterling Jerins) e Rachel (Abigail Hargrove), acabam sendo surpreendidos por uma manifestação de zumbis. Sem saber o que fazer, todos eles vão para um apartamento perto dali. Lá acabam se deparando com uma família de mexicanos, que não quis os acompanhar na fuga e acabam possuídos pelos zumbis logo em seguida. Mas acaba sobrevivendo ao ataque somente o filho do casal, Tomas (Fabrizio Zacharee Guido) que acaba indo com eles em um helicóptero que os resgatou em cima daquele prédio. Então, eles são enviados para uma zona marítima no meio do oceano pacifico, no qual se concentram muitas pessoas e familiares dos mesmos, pelo o qual estão na busca de onde veio esta possível epidemia que vem assolando o mundo. Neste local, Garry acaba sendo forçado a ajudá-los em troca de moradia para e segurança para a sua família, enquanto ele viaja pelo mundo realizando uma série de pesquisas para tentar descobrir de onde vieram estes zumbis e se há uma possível cura.

Desde a primeira cena, notamos que Brad está completamente desconfortável no papel de protagonista, que nem sua química com Mirelle funciona em momento algum, sendo que está também não convence no seu papel. Já as filhas do casal não fazem outra coisa a não ser gritarem, chorarem. O diretor Marc Forster (que comandou um dos piores filmes de James Bond) se demonstra um péssimo trabalho, pois não um tempo suficiente para nós nos comovermos com os personagens em cena, assim como a sua péssima utilização dos efeitos com a câmera na mão, onde são utilizadas em péssimos momentos da produção. Um exemplo disto é a péssima utilização dos atores Metthew Fox (o Jack de "Lost") e do veterano David Morse ("16 Quadras), em participações pequenas, sendo que somente o último consegue algum destaque plausível para a trama. 


Agora devo admitir que os efeitos visuais estejam bons na produção e em certos momentos os zumbis chegam a nos assustar ou rir em alguns casos (o que não deveria, pois a proposta da produção era focar somente no clima sombrio). Mas o 3D, que prometia muito a utilização de nos arremessar objetos e outras coisas em nossa direção, em momento algum faz jus ao que se prometia e mais uma vez o óculos se apresenta como um mero enfeite em nossa face durante a projeção.

Ao término da exibição do filme, notamos simplesmente que este é um mero exemplo de que para uma produção dar certo por completo deve ter o entrosamento entre todo o elenco e equipe, algo que aqui não teve, pois mesmo com um roteiro bem explicado e detalhado (vale lembrar que a produção foi inspirada no livro de Max Brooks "Guia de Sobrevivência a Zumbis"), com alguns furos comuns nestas produções (como a sequência do avião) e clichês do gênero, "Guerra Mundial Z" foi completamente prejudicado por duas partes de sua equipe: o diretor e principalmente o elenco.

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