quinta-feira, 10 de julho de 2014

CRÍTICA - 13º DISTRITO


Paul Walker se foi no último 30 de novembro, mas além do legado de fãs da velocidade, deixou alguns filmes não lançados (ele chegou a filmar metade do próximo "Velozes E Furiosos", onde será substituído por dubles de corpo, que serão seus próprios irmãos). O último no qual ele chegou a concluir as filmagens, o remake de "13º Distrito" foi lançados nos cinemas nacionais apenas por esse motivo aparente. Já que os outros dois antecessores ("Veículo 19" e "Contagem Regressiva"), foram lançados em DVD dias após seu falecimento. A produção é completamente cara de "filme B", onde todos os envolvidos estão cientes que os efeitos, enredos, atuações não são as melhores, resultando em um lançamento direto ao mercado de vídeo. A estreia na função do editor de "Busca Implacável 2" e "Carga Explosiva 3", Camille Delamarre, tem a missão de superar a qualidade do seu antecessor, que foi um sucesso do cinema de ação Frances e ajudou a subir um pouco mais a carreira do diretor, produtor e roteirista Luc Besson (que aqui assina os dois últimos).


A história é exatamente a mesma do antecessor, tanto que chamaram o mesmo protagonista do original, David Belle (que aqui foi dublado por Vin Diesel, pois não sabia falar inglês de uma forma plausível). Ele vive Lino, um morador do bairro de Brick Mansions, um local periférico em Detroit que é cercado por muros, dividindo os ricos com os pobres. Mas lá ele é perseguido pelo "prefeito" do local, Tremaine Alexander (RZA, de "Um Parto de Viagem"), que para chamar sua atenção, sequestra sua namorada (Catalina Denis). Ao mesmo tempo, acompanhamos a trajetória do agente da narcóticos Damien Collier (Paul Walker), que é mandado em missão para dentro da Mansions para tentar deter uma bomba que Neutrons, que foi capturada por Alexander e que resultará na destruição de toda a cidade. 


Apesar de ter um personagem bem familiar com o seu na franquia "Velozes e Furiosos", Walker consegue ter um timing certo de quanto é a hora de ter um alivio cômico e quando deve partir para ação. Sua química com Belle chega a ser um dos pontos altos do filme, assim como o fato deste ser dublado por um dos melhores amigos de Walker, Vin Diesel. Não querendo entregar muito a respeito do desfecho da mesma, posso dizer que parecia que Walker estava ciente que este seria o último filme no qual ele concluiria, pois a última cena em que ele está foi definitivamente, uma emocionante homenagem a sua carreira no cinema.
Para uma produção B o enredo chega até a ser relativamente interessante, mas um tanto que rápida demais. O roteiro de Besson poderia ter aproveitado a crítica politica no inicio do filme (onde os mesmos não dão a minima para a periferia de Detroit, e deixam claro que se preocupam apenas com a área nobre da mesma), pois a mesma acaba morrendo durante o decorrer da narrativa. "13º Distrito" é mais uma produção que devemos assistir sem compromisso algum , ou cabeça nenhuma principalmente, já que trata-se de um divertimento bem pipoca.

NOTA: 6,5/ 10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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