quarta-feira, 27 de março de 2013

CRÍTICA - ESPELHO, ESPELHO MEU


Como sempre mencionei em outras criticas, Hollywood esta ficando cada vez mais sem criatividade, o que os fazem realizar uma releitura dos famosos contos de fadas. A vitima da vez é a “Branca de Neve”, que no ano de 2012 obteve dois filmes, pelo qual abrangiam a sua história em diferentes pontos de vista (seja pela comédia como neste, ou pelo clima dark em “Branca de Neve e o Caçador”). Nós vemos aqui uma versão contada desde o inicio, com o Pai de Branca de Neve (Sean Bean, de “a lenda do tesouro perdido”) se casando com a futura Rainha (Julia Roberts), e mais tarde o transforma em pedra, se apodera do reino, e deseja ter o coração de Branca de Neve (Lily Collins de “sem saída”), para assim conseguir se a mais bela... Enfim, todo mundo já conhece essa história, principalmente a frase clássica “espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?” 

O filme aqui tenta abranger a história em um tom completamente satírico, em que funciona no começo, mas vai se perdendo ao desenrolar do filme.  Nós temos aqui um Príncipe bobão, chamado Alcott (Armie Hammer, de “a rede social”), onde é assaltado pelos sete anões em vários momentos do filme, em que o deixam voltar para o castelo de cuecas, apenas.  Julia Roberts interpreta neste a primeira vilã em sua carreira, e se sai muito bem, e acaba roubando praticamente todas as cenas onde aparece, e demonstra certo sarcasmo em sua interpretação, o que ajuda na reprodução da personagem, fazendo a mediana Lily Collins ficar no chinelo, pois sua Branca de Neve não chega a convencer o suficiente, mesmo tendo muito mais atitudes do que o Principe (outro dos fatores satíricos e críticos da sociedade atual, onde atualmente, as mulheres mandam nos homens). Já Armie consegue ter uma química melhor com Julia, do que com Lily, mas seu príncipe não convence também. Já os sete anões demonstram um entrosamento válido, onde muitas de suas cenas são hilárias (principalmente quando estão com Hammer).


Um fator que me incomodou muito durante o filme, é o fato de ele utilizar muitos vestidos variados, resultando em um enorme excesso de cores, onde em certos momentos acabávamos reparando mais nos figurinos, do que no próprio filme em si (não é atoa que foi indicado ao Oscar de melhor figurino deste ano). Já os efeitos especiais conseguiram ser piores do que os utilizados em “Crepúsculo”, onde fica claro que foi praticamente filmado apenas no fundo verde. Nada convence nesta produção, nem a presença do comediante Nathan Lane (de “Os Produtores”) como o servo da Rainha funciona. O diretor Tarsem Singhé (o mesmo de Imortais), é de origem Indiana, e utiliza um recurso muito comum em Bollywood, em que no final dos filmes ocorrerem uma apresentação musical, sendo que neste ela é interpretada por Lilly Colliins (fazendo jus ao Pai, o músico Phill Collins), onde o refrão da música “I Belive, I Belive, I Belive”, fica mais na nossa cabeça do que o próprio filme em si. Um filme feito mais para o público infantil, do que para os adolescentes e adultos, já para os fãs de Julia Roberts, um prato cheio, caso o contrário evite.
Veja abaixo o clipe da música "I Belive, I Belive", que encerra o filme e tire suas conclusões:

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