sexta-feira, 1 de março de 2013

CRÍTICA - CAÇA AOS GÂNGSTERES

     Ruben Fleischer dirigiu Emma Stone há quatro anos na comédia de terror "Zumbilândia", cujo a mesma há dois anos trabalhou com Ryan Gosling na ótima comédia romântica "amor a toda prova", ja Sean Penn trabalhou com Josh Brolin trabalharam juntos em "Milk a voz da igualdade". Enfim depois de todas essas parcerias bem sucedidas e pela qual renderam frutos e ótimos retornos da crítica e público, lançaram o filme que é uma espécie de "homenagem" aos filmes de gângsteres, cujo o sucesso era enorme nas décadas de 60 e 70.
        Caça aos gângsteres, ocorre no final da década de 40, onde Mickey Cohen (Sean Penn, praticamente irreconhecível no papel), que comanda toda a corrupção em Los Angeles, desde a prostituição até o tráfico de armas. Em meio á toda essa situação, Mickey recebe apoio de politicos e policiais (uma enorme crítica, de que desde sempre existia corrupções políticas e milícias), para cobrar seus credores. Mas para combate-lo o sargento John O Mara (Josh Brolin, excelente no papel) junta um grupo para acabar com a corrupção. O primeiro a se juntar é Jerry Wooters (Ryan Gosling, ótimo como sempre), no qual já se envolve justamente com a namorada de Mickey logo de cara(Emma Stone, novamente como a namorada de Gosling, no que resulta em uma química previsivel), logo depois vem Colleman Harris (Antonie Mackie, de "agentes do destino"), Max Kennard (Robert Patrick, de "2012") experte em sua pontaria, nunca errou um alvo, ao contrário de Navidad Ramirez (Michael Peña, de "roubo nas alturas"), que sempre erra o alvo. Mas claro em todo grupo tem seu escuta, onde neste é interpretado por Giovanni Ribisi ("o vilão" de "Ted"). A semelhança com "11 homens e um segredo" durante a sequência de seleção dos membros da gângue é inevitavél.
       A fotografia tem um tom escuro em certos pontos, destacando a atuação dos atores, os efeitos sonoros são ótimos, dando mais vivencidade as cenas de perseguições e explosões. Um destaque vai para a cena do Cassino, onde há uma apresentação "Brazuka" de nossa Carmen Miranda, no que aparenta ser em seu inicio de carreira. Já na parte dramática o diretor não conseguiu transparecer o sentimento dos atores, onde o mesmo é executado com frieza, durante e minutos depois do ocorrido mostrado em cena. Sean Penn consegue transparecer seu vilão com a maior cautela, fazendo jus aos seus dois Oscars, mesmo estando irreconhecivel em cena. Mas quem brilha é Ryan Gosling (em cena na foto abaixo com Emma Stone), cujo o ator consegue mais uma vez roubar a cena, com seu jeito moleque e vingativo ele brilha em mais um papel distinto de seus anteriores(o motorista em "Drive", o galã de "amor a toda prova", e o secretário político em "tudo pelo poder"), mostrando que veio para ser um astro da nova geração. Há também uma pequena participação, mas boa de Nick Nolte (""trovão tropical") como o delegado de policia. Uma das vantagens de sucesso da produção é o grande conhecimento que os atores tinham entre si, na qual os deixaram mais confortaveis na hora de atuar.
Com seu tom satírico e com um humor negro de primeira (vindo especialmente de Ryan Gosling), em que nos lembram os tons dos filmes de Tarantino, o filme nos trás grandes sequências de ação, como a do desfecho. No entanto um grande fato que atingiu a produção do filme no ápice de seu lançamento foi o ocorrido em 20/07/2012, onde um homem dentro de um cinema, matou 12 pessoas e deixou mais de 50 feridas na pré-estréia de "Batman - o cavaleiro das trevas ressurge". E já que "caça", havia uma sequência de chacina dentro de um cinema, o filme que também é distribuido pela Warner Bros, tomou a decisão de adiar a estreia de setembro para janeiro deste ano, dando tempo para o elenco se reunir novamente e filmar uma nova sequência (pelo o que notei a cena acrescentada foi a de Carmen Miranda). Uma produção imperdível para os fãs do genêro.

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