terça-feira, 5 de março de 2013

CRÍTICA - 500 DIAS COM ELA

Vi esse filme há alguns dias atrás e merece ser comentado. Um rapaz chamado Tom (Joseph Gordon-Levitt) que trabalha em uma firma de cartões para namorados, conhece a nova secretária do local Summer (Zooey Deschanel)e se apaixonam e vivem um romance, enfim mais um história cliche que termina com os felizes para sempre... Negativo! Pois o filme já começa abordando a depressão pós fim de namoro que Tom havia passado, e estava sendo amparado ali por seus amigos, então o mesmo começa a contar toda a história que ele viveu com Summer, desde quando se conheceram até o momento do fora, onde ambos estão sentados em uma lanchonete e ela pergunta o porque do namoro e ela decide terminar com o mesmo e ela lhe propõe continuarem a serem amigos (foto abaixo). Desde a mesma cena o personagem nos apresenta uma cara de depressão com a situação, como se estivesse se reação do que estava acontecendo ali.
Durante o namoro dos dois, são mostrados clichês do gênero, como ida a video-locadora, cinema, brincadeiras no shopping, em bares, caminhadas, conversas sobre as suas experiências... Enfim, o destaque da trama acontece a partir do momento em que ambos os personagens terminam o relacionamento (mesmo Summer dizendo que são amigos e Tom não sabendo afinal o que eles eram), Tom entra em profunda depressão, não consegue realizar mais nada, não tira os fones do ouvido, não conversa com ninguém, ou seja, se torna depressivo e fica o tempo todo pensando na sua amada Summer. Tudo aquilo no que ele gostava nela passa a odiar do dia para noite. E é exatamente isso no que o filme foca, todos os 500 dias pelo qual ele a mantinha em sua cabeça.
Essa é uma situação muito bem retratada na qual todos nós passamos pelo menos uma vez na vida, na qual Joseph prova que foi a escolha certa para o papel, pois demonstra um personagem que muda da água para o vinho, um jovem rapaz completamente apaixonado pela colega de trabalho. Zooey Deschanel mostra talento e beleza ao interpretar a musa de Tom e traz uma certa classe ao filme, assim como a personagem cujo no começo do filme é contada a sua pequena história, no qual se mostra uma linda mulher de olhos verdes de chamar a atenção de muitos homens por onde passa. O diretor do filme é Marc Webb(que alguns anos depois ficou encarregado da série "o espetacular Homem-Aranha"), mostra-se muito talentoso no gênero, onde faz referências diversas aos trabalhos de Woody Allen, onde coloca os personagens em certos pontos do filme em uma sala, filmados em preto em branco, fazendo depoimentos sobre seus primeiros amores e suas paixões.
Um ponto de destaque na primeira parte é que Tom se mostra alegre abordando sobre Summer, ja na segunda parte o mesmo se mostra sem reação alguma. Além de Allen, o filme tem outras referências as clássicos como a cena da música de "curtindo a vida adoidado"(cuja música dos "The Beatles - twist and shout" ganhou uma maior notoriedade depois desta sequência), que aqui é cantada a música "you make my dreams" de Daryl Halls e John Oates, cujo a letra faz mais sentido com a situação de alegria de Tom e Summer juntos. A fotografia do filme é tipica do gênero de romance, assim como a trilha sonora de fundo. Quem também participa do filme são os atores Clark Greg (o agente Coulson de "os vingadores") e Chloe Grace Moretz (a Hit Girl de "Kick-Ass quebrando tudo"), em participações pequenas, mas estão ótimos no filme.
Um fato diferenciado é que o roteirista também nos demonstra como Tom estava iludido, em uma cena onde havia uma festa no apartamento de Summer, onde a tela é divida entre a expectativa e a realidade (foto acima). Um grande filme, diferente, original, que no meio de tantos romances cliches, este se torna um exemplar digno de atenção, pelo qual nos mostra que na nossa vida pessoas entram, nos marcam e chega uma hora que devemos virar a página e seguir em frente. Recomendo.

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