domingo, 26 de outubro de 2014

O APOCALIPSE


Já não é novidade que Nicolas Cage conseguiu se enquadrar na clássica frase "ame ou odeie", pois ele se demonstrou ser um ator que anualmente lança diversos filmes de qualidade duvidosa. Eu sempre admirei seus trabalhos, confesso, só que em "O Apocalipse" ele se arriscou em um estilo que já é um tanto "polemico" no cinema: o religioso. Apesar da premissa lembrar um pouco "Presságio" (outro filme de Cage), quem já conhece esse estilo sabe que a mensagem religiosa sempre é mais importante que a produção. O filme trata-se de uma refilmagem de uma trilogia lançada em 2000, sendo o principio batizado de "Deixados Para Trás" (que foi refilmado aqui), sendo que também há uma série com 12 livros. 


A historia aborda justamente uma parte da bíblia, onde se diz que no dia do "juízo final" as boas pessoas irão desaparecer da terra e irem direto para o céu, deixando os pecadores "para trás". Cage interpreta aqui o piloto Rayford Steele, que trai sua esposa (Lea Thompson, de "De Volta Para O Futuro") fanática religiosa, com a comissária Hattie (Nicky Whelan, de "Passe Livre"). Ele tem dois filhos, o pequeno Raymie (Major Dodson), e a adolescente Chloe (Cassi Thomson), que já é o oposto da mãe, pois não possui fé em Deus e critica todas as pessoas que pensam o contrário. Até que no dia de seu aniversário, algumas horas depois de sua filha visita-lo no aeroporto, tem-se inicio ao "juízo final" mencionado anteriormente (só que ao sumirem, todas elas deixam as roupas, somente). Só que detalhe: Rayford está comandando sozinho um avião com dezenas de pessoas (onde cada uma delas, representa algum tipo de pecado) e Chloe está em terra desesperada procurando "respostas".


A direção do duble de filmes como "Thor", Vic Armstrong (pra se ver o nível da produção...) consegue captar alguns bons momentos, seja nos trancos que acontecem em alguns momentos, ou com os alívios cômicos vindo do passageiro anão (Martin Klebba, de "Espelho, Espelho, Meu"). Já na parte dramática (que era para ser a principal), ele não conseguiu alcançar um timing para que torcemos para os personagens em tela. Cage nos apresenta uma atuação tão apagada aqui, que no final da produção damos conta de que ele não conseguiu alguma feição que fosse comovente. Assim como Cassi, que mais parece uma adolescente "mimada" do que uma atriz dramática. Outro erro foi a execução da trilha sonora, pois ela apresenta diversas músicas "alegres" que não tem nada haver com as sequencias apresentadas (afinal, quem gostaria de ouvir uma música alegórica se deparando com uma imagem do fim dos tempos em sua frente?). Juntamente com uma fotografia, que soa mais como um "telefilme" do que uma produção para os cinemas.

"O Apocalipse" acaba sendo mais um daqueles filmes que são meramente esquecidos ao acabarmos de assisti-lo, e para o curriculum de Nicolas Cage soará como mais um de seus descuidos.

NOTA: 3,0/ 10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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