sábado, 1 de novembro de 2014

O JUIZ


Robert Downey Jr. ja se imortalizou nos cinemas com o famoso "Homem de Ferro". Apesar de ter estrelado alguns bons filmes nos anos 80 e 90, ele conseguiu apenas duas indicações ao Oscar, sendo a primeira quando ele interpretou o ator Charlie Chaplin em "Chaplin", a segunda com o ator playboy Kirk Lazarus em "Trovão Tropical". Tentando sua terceira indicação, ele decidiu estrelar o drama judicial, "O Juiz". Ele tinha de tudo para promover um papel mais serio e marcante, mas infelizmente seu lado de "gênio, playboy, bilionário e filantropo" falou mais alto e aqui ele possui uma atuação que em grande parte remete a uma mistura de seus Tony Stark e Sherlock Holmes.


Aqui ele vive o sucedido advogado Hank Palmer, que durante um julgamento recebe uma mensagem avisando sobre o precoce falecimento de sua mãe. É então que ele tem que voltar para a sua cidade natal e reencontra sua família e seu Pai (Robert Duvall, de "O Poderoso Chefão"), com quem tem uma relação nem um pouco amigável. Voltando do funeral, ele é alertado de que este foi retido e acusado de assassinato. É ai que Hank se vê forçado a ser o advogado de seu Pai, e livra-lo das acusações de outro ótimo advogado (Billy Bob Thornton, de "Escola de Idiotas").


Não há do que reclamar do elenco desta produção, que alem dos mencionados possui nomes como Vera Farmiga ("A Invocação do Mal", foto abaixo), Vincent D'Onofrio ("Rota de Fuga", a esquerda), Jeremy Strong ("Fim dos Tempos", a direita) e do comediante Dax Shapard ("Relação Explosiva"). Sendo que este ultimo chega a render divertidas sequências como o "auxiliar" de Hank nos tribunais. Mas quem tem também ótimos momentos é Farmiga, que vive a ex-namorada deste na época de formatura do colegial, que chega a apresentar uma ótima química com Robert. Apesar deste ter uma atuação que honestamente não é digna de Oscar, diferente de seu colega de cena, que já antecipo se o nome de Robert Duvall não figurar entre os cinco indicados, será uma das maiores injustiças da academia. Sua interpretação é realizada de uma forma tão natural, onde a desconstrução de seu personagem acaba sendo o verdadeiro destaque da película.


Mas não é só com ótimas atuações, que garantem que o filme seja perfeito. O roteiro da dupla Bill Dubuque ("Gran Torino") e Nick Schenk, nos apresenta diversos arcos entre os problemas dos protagonistas. Só que muitos deles acabam se perdendo durante a produção, assim como os personagens que estão neles. O diretor David Dobkin (que também ajudou na construção do argumento do roteiro, com Schenk), que já dirigiu as ótimas comedias "Eu Queria Ter a Sua Vida" e "Penetras Bons de Bico", demonstra agora que também pode se dar bem comandando dramas sérios. Ele soube enaltecer os momentos em que Duvall e Downey Jr. estão discutindo ou trocando olhares de raiva, assim como os momentos certos para os alívios cômicos. "O Juiz" acaba sendo no final das contas, mais uma produção que serve para o publico que o assiste se identificar com os problemas e personagens mostrados. Mas sem deixar de perder a simpatia pelos personagens em algum momento. Recomendo!

Nota: 7,0/10,0

Imagens: Reprodução da Internet

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