sábado, 1 de março de 2014

CRÍTICA - SEM ESCALAS


Liam Neeson já pode ser classificado como um veterano do cinema. Mas ele ganhou fama e notoriedade com a série "Busca Implacável", onde ele vivia um investigador a lá "Chuck Norris". Desde então ele vem feito vários filmes com esse estilo de personagem (sendo que grande maioria destes são realmente bons). Agora, chega as telonas seu novo filme "Sem Escalas", cuja trama pega um pouco de carona nos suspenses que se passam dentro de um avião, como o primeiro "Premonição" e "Serpentes A Bordo". 

Neeson vive aqui o agente Bill Marks, que num voo de Nova York para Londres recebe uma mensagem de um desconhecido alegando que uma pessoa vai morrer naquele avião a cada 20 minutos, sendo que a única coisa que impedirá tudo é se depositarem U$150 Milhões em uma conta corrente. É então que com a ajuda de uma passageira que sentou ao seu lado (Julianne Moore, de "Carrie A Estranha"), uma aeromoça (Michelle Dockery, de "Hanna", que aqui está completamente sem expressão) e de alguns passageiros, Marks correrá contra o tempo para impedir que os assassinatos aconteçam.


Em mais uma parceria com o diretor Jaume Collet-Serra (a outra fora em "Desconhecido"), Neeson tenta segurar o filme com o seu estilo "Norris" de ser, mas não consegue. No inicio suas atitudes mediante as mensagens ameaçadoras são até válidas, mas no decorrer da trama elas vão se repetindo, e ficando cada vez mais sem nexo algum. Quanto a química entre Neeson e Moore, ela soou forçada demais (ao contrario da antiga parceria entre eles, com o suspense "O Preço da Traição") e em certo ponto da produção ela não convence nem um pouco em sua atuação, enquanto Neeson só quer "dar porrada" em tudo e todos. O roteiro escrito pelo trio Ryan Engle, Christopher Roach e John W. Richardson, chega a parecer uma novela em certos momentos, pois a história vai se esticando cada vez mais e algo que poderia ser resolvido em 80 minutos de projeção passa a ter 106 no total.


Como no cinema da minha cidade só possui películas com cópias dubladas, desta vez acabei não tendo escolha e optei por ela, que por sinal estava horrível. A dublagem escolhida para o protagonista e alguns personagens não conseguia pegar o ritmo da produção e piorava o trabalho dos atores (já que 70% das cenas eles "cochichavam" (sendo que era essa a ideia da pelicula) de uma certa forma que beirava ao mudo). No final das contas, "Sem Escalas" acaba se tornando um filmeco clichê de "Domingo Maior", enquanto Neeson tenta demonstrar mais uma vez que pode ser o novo "Chuck Norris" do cinema. Fuja.

Nota: 3,0/10,0

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