segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

CRÍTICA - PHILOMENA


Todo ano, a premiação do Oscar possui a sua zebra. Pra quem não se recorda de algumas, já passaram pela lista filmes como "O Lado Bom da Vida", "Jerry Maguire - A Grande Virada" e "Pequena Miss Sunshine". Mesmo não levando o principal premio para casa, essas produções se tornaram famosas no final das contas. Este ano, quem pretende a fazer esse feito é o drama "Philomena", do diretor Stephen Frears (de "A Rainha"). 


Com o roteiro adaptado do livro "The Lost Child of Philomena Lee", com adaptação para as telas pelo comediante Steve Coogan e Jeff Pope, "Philomena" narra a história da senhora do titulo (vivida por uma excelente Judi Dench), que na década de 50 se envolveu com um rapaz e acabou gravida. Como na época ela tinha 18 anos, ela foi rejeitada pela família e mandada para um convento junto de seu bebe. Dois anos mais tarde, a criança é dada para um casal pelas freiras daquele convento. Passam-se 30 anos e ela não descobriu se quer o paradeiro do seu filho. É então que o falido repórter Martin Sixsmith (Coogan) resolve escrever uma matéria sobre o caso de Philomena, e ajuda-la na busca por seu filho.

Já a interação de Coogan e Dench em cena, nos apresenta uma das químicas mais divertidas do cinema (e chega a lembrar muitas vezes a dupla de "Os Intocáveis"). Ele consegue seu verdadeiro primeiro grande papel no cinema (já que antes só atuou em comédias como coadjuvante, e não chegou a mostrar seu enorme talento dramático), enquanto a veterana atriz arrasa no papel da idosa na busca de seu filho, mostrando que consegue ser muito mais do que a "M" do Serviço Secreto de James Bond. 


A narrativa exercida por Frears consegue ser abordada de uma forma bem divertida, que juntamente com o roteiro de Coogan e Pope, a produção acaba se tornando uma verdadeira comédia/dramática bem divertida. Mas ainda sim, o roteiro procura levar a tona algumas polemicas envolvendo as freiras Irlandesas (que acabam se tornando as grandes vilãs da produção) e nos mostra o lado mais obscuro da Igreja Católica (creio que por essa e outras razões a produção está sendo passada em branco).

No final das contas, "Philomena" acabou sendo ovacionado por grande parte do publico no cinema. Mas eu logo notei que ainda sim, ele será a zebra do ano e provavelmente não acabará levando nenhum premio, pois se notarmos ela é na verdade uma produção que não é do "estilo do Oscar". Mesmo assim, eu recomendo e deixarei claro, que inesperadamente este se tornou um dos meus filmes favoritos dos indicados desse ano.

NOTA: 10,0/10,0

Indicações ao Oscar: Filme, Atriz (Judi Dench), Trilha Sonora e Roteiro Adaptado.

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