domingo, 24 de fevereiro de 2013

CRÍTICA - A HORA MAIS ESCURA

Quando ninguém imaginava, durante a cerimônia do Oscar, pela primeira vez na história, uma mulher ganhava o Oscar de melhor diretora, seu nome é Kathryn Bigelow(vencendo o "Avatar"de seu ex-marido James Cameron). Além de melhor diretora ela ganhou por melhor filme também, no filme chamado "guerra ao terror", era uma produção aparentemente independente, na qual revelou o atual astro Jeremy Renner, e mostrou uma nova visão dos filmes de guerra, pois todas as cenas eram filmadas com a câmera na mão. Já o filme era sobre um grupo de soldados que trabalhavam como desarmadores de bombas no Iraque, e além de abordar seus dramas onde estavam, mostravam seus problemas familiares, onde seus filhos nasciam e eles não podiam estar la para ver.
Enfim, a cerca de dois anos atrás o mundo amanhecia com a noticia de que o famoso terrorista Osma Bin Laden havia sido morto pelos soldados estadunidenses em uma operação super secreta, na qual as informações foram mantidas em sigilo total para proteger a identidade dos envolvidos na operação. Mas uma certeza que todos nós no fundo tínhamos, é que logo ja ia ser feita uma produção Hollywoodiana de grande porte para contar essa história. Dito e feito, e chamaram justamente Bigelow, que havia ganhado o Oscar recentemente para cuidar da produção (pois essa já tinha uma certa noção do assunto). A produção, assim como a operação, foi mantida em sigilo total, mesmo com a CIA desmentindo os fatos que iam ser mostrados ali, então só fomos saber da história no lançamento do filme.
Jessica Chastain (em seu terceiro grande papel no cinema, em uma grande interpretação, que também tem chances de ganhar o Oscar) interpreta a agente da CIA Maya, que logo após o 11/09, foi contratada para encontrar o esconderijo de Bin Laden. Então são apresentados interrogatórios a terroristas seguidores de Osama, atentados a base americana, na Inglaterra, sendo que a cena de atentado mais emocionante é na cena em que Maya está jantando com sua amiga Jessica em um restaurante e de repente acontece uma explosão, somente dessa cena o filme já consegue ser uma forte concorrente ao Oscar de edição de som, pois ela realmente impressiona. Outra cena que também merece um destaque é a invasão a casa de Osama, onde parte dela é filmada em visão noturna, mas não deixa o telespectador perder a tensão mostrada ali.
A filmagem do filme, assim como "guerra ao terror", até em certo momento é utilizada a câmera na mão, mas depois ela é substituída pela filmagem convencional, há momentos em que ambas utilizações são intercaladas.
Jessica nos apresenta uma atuação brilhante, onde mostra no começo uma típica mulher “delicada" trabalhando na CIA, mas ao decorrer do filme aquela mulher vai se mostrando muito mais durona do que qualquer homem do filme. Uma cena pelo qual me chamou a atenção é quando ela está em um escritório da CIA, onde é mostrada a localidade de Bin Laden em um mapa, pelo qual ela lutou uma década para encontrá-lo, é mostrada uma foto de George W. Bush ao lado da bandeira americana, sorrindo, e logo em seguida Maya faz a mesma pose na bandeira dos Eua que há na sala, só que séria, na mesma hora a fotografia escurece um pouco, simbolizando que ela é uma heroína americana, e não mais outra pessoa que está ali de brincadeira(como aparenta a foto acima).
Quem também está no filme é Mark Strong ("Sherlock Holmes","Kick-Ass", ator na foto acima), que em seu primeiro papel como "mocinho", manda bem como um dos chefões da CIA e rouba a cena quando aparece. Na trilha sonora se escuta (como de costume em produções do gênero) orquestras asiáticas. Comparado com outras produções do gênero como "zona verde", "o suspeito", "leões e cordeiros", essa é a primeira oficial após a morte de Osama, e ao contrário do que muitos pensam, ela não chega a ser patriótica. Recomendo.

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