quarta-feira, 27 de setembro de 2017

FEITO NA AMÉRICA

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Adiado por quase dois anos, por conta de um acidente aéreo envolvendo o piloto Alan Purwing e seu co-piloto Carlos Berl, durante a produção, finalmente chega "Feito na América", que provavelmente renderá, pelo menos, uma nova indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia/Musical, para Tom Cruise. Porque falo isso com total segurança? Pois simplesmente ele pegou um personagem que não é o tipico protagonista padrão do seu estilo, e sem correr ou beirar a sequencias impossíveis, ele conseguiu tocar a trama toda nas costas, seja quebrando a quarta parede ou com seu sarcasmo mediante a qualquer arco aparente (algo semelhante já feito em longas como "Trovão Tropical" e "Colateral").

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Aqui ele vive o experiente piloto Barry Seal, que um dia é contratado por um agente da CIA (Domhnall Gleeson, de "O Regresso"), a tirar fotos de territórios comunistas para investigações da mesma. Só que durante uma dessas viagens, ele acaba chamando a atenção de Jorge Ochoa (Alejandro Edda), que está auxiliando no inicio do Cartel de Medelin, que era liderado por ninguém menos do que Pablo Escobar (Mauricio Mejía), que acaba o contratando para ser seu piloto no transporte de drogas pelo mundo. 


A direção de Doug Liman (que já trabalhou com Cruise, em "No Limite do Amanhã") é completamente diferente do seu padrão habitual, e temos uma narrativa exercida como se fosse um "documentário", com narração do próprio Cruise (onde acaba quebrando a quarta parede por isso). A todo momento quase, a câmera fica balançando constantemente, mesclando um zoom in e out de forma breve, perante o carácter que é destaque naquela cena. As tomadas áreas são o ponto forte do longa, onde a fotografia e as paisagens apresentadas são uma das melhores que já vi este ano.

Partindo para as atuações, além do próprio Cruise estar ótimo (como já sitado), o mesmo não se pode dizer de Sarah Wright ("Finalmente 18"), que vive sua esposa, onde sua personagem parece que ta em outro filme, pois ela não possuía uma expressão verdadeira perante as peripécias do marido e acabou quebrando um pouco o realismo mostrado (entendo que ele tinha a lábia perante ela, mas a atriz não transpôs isso). Já Gleeson aparece como um personagem secundário, que assim como Escobar, ta ali só pra dar ordens para Seal, onde o verdadeiro coadjuvante acaba sendo Alejandro Edda, que é um personagem que de certa forma, nos trás medo e antipatia perante o carisma do protagonista

Pra quem acompanha a série "Narcos", "Feito na América" é um prato cheio e sem sombra de duvidas merece ser conferido, principalmente pelos fãs de Tom Cruise (onde a maioria ficou chateada com sua atuação mediana em "A Múmia", há cerca de três meses), que se bem divulgado, conseguirá ser a volta por cima do ator nas premiações em 2018. RECOMENDO!

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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