sábado, 8 de abril de 2017

KONG A ILHA DA CAVEIRA

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Quando estive no painel da Warner, na CCXP, do último ano, um dos convidados do evento era o diretor de "Kong - A Ilha da Caveira", Jordan Vogt-Roberts (novato em blockbusters). Ele não havia dito muito sobre o longa, apenas de que ele homenagearia de alguma forma todos os longas sobre King Kong, pela sua essência e que brevemente serviria como porta para o futuro "Kong vs Godzilla". Posteriormente ele exibiu um vídeo apresentando algumas cenas do filme, e já deu pra sacar que a banda tocaria de uma forma completamente diferente da versão de Peter Jackson. Além do macaco ser muito maior, o visual levaria muito em conta a questão de homenagear o estilo das produções daquela época.

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A começar pelo simples fato do longa já tratar de mostrar o monstro logo nos primeiros três minutos, onde vemos um soldado japonês e outro estadunidense, que foram abatidos e caindo na tal ilha que vive o Kong. Quase 30 anos depois, o cientista Bill Handa (John Goodman) tenta convencer um influente politico, da época, de que ele precisa realizar uma expedição para a mesma ilha do incidente, e que lá existem diversos monstros. Com a condição de apresentar provas concretas, o projeto é autorizado pelo governo (sério, o filme não se passa no Brasil...) e o mesmo acaba reunindo uma trupe de diversos soldados e aventureiros. onde tem o "Indiana Jones", James Conrad (Tom Hidleston), a fotografa Mason Weaver (Brie Larson), e o Coronel Preston Packard (Samuel L. Jackson) com seu batalhão.

Vamos e venhamos, se eu pago pra ver um filme chamado "Kong - A Ilha da Caveira" to pouco ligando pros personagens e quero ver mais é os monstros e o bendito do macaco gigante. É exatamente o que Roberts captou, e procurou focar e muito nesta questão que foram um dos tópicos que transformaram o longa em um ótimo entretenimento pipoca. Houveram sim uma porrada de besteiras cometidas pelo roteiro de Dan Gilroy (da série "Bourne"), Max Borensten ("Godzilla") e Derek Connolly ("Jurassic World"), pelo quais já foram cometidos nos longas citados. O primeiro vai pro excesso de personagens e subtramas desnecessárias. Porque diabos eu vou me interessar pela vida pessoal dos soldados que foram na expedição, enquanto temos um quarteto protagonista que não está sequer sendo devidamente explorado? Este erro já havia sido cometido pelo segundo, o que acabou deixando o Godzilla pra escanteio em seu próprio longa. Porém a principal mensagem que todos os filmes sobre King Kong tinham (sobre preservação do meio ambiente e habitat natural) continua aqui, e nos faz refletir brevemente sobre o fato do homem ser o verdadeiro vilão, ao invés do Kong.

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Goodman, Hidleston, Larson e Jackson são os verdadeiros protagonistas e personagens que deveriam ter sido melhores explorados, quando não temos monstros em cena. Mas o roteiro teve a péssima ideia de deixar o segundo e a terceira bastante tempo no vácuo e de certa forma os tornam personagens que não precisavam de atores de grande porte para vive-los. Só que quem realmente acaba roubando a cena até mesmo do próprio Kong, é John C. Reilly ("Quase Irmãos"). O ator não consegue ser não somente o alivio cômico, mas sim uma espécie "contratempo" que o roteiro apresenta (pra deixar mais claro: o personagem que aparece, explica tudo pros outros e muda a visão deles).

Porém tirando estes descuidos e a maquina fotografia inquebrável da Brie Larson, "Kong - A Ilha da Caveira" possui um divertido uso da tecnologia 3D, que mescla profundidade com objetos sendo atirados na nossa direção durante algumas cenas. Desta vez Kong ficou realmente muito maior do que das outras vezes, e os efeitos em si estão muito melhores do que o antecessor (que mesmo sendo em 2005, tinha alguns descuidos e levou um Oscar na categoria).

"Kong - A Ilha da Caveira" é um ótimo entretenimento pipoca, onde nos desligamos a partir do momento onde o mesmo se inicia e começamos a focar exatamente no universo que é mostrado por ele. 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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