sábado, 8 de abril de 2017

A CABANA

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Filmes espíritas e religiosos sempre dividiram cinéfilos e o público crente desta área. Seja porque os orçamentos não permitem que sejam feitas grandes produções, ou pelo simples fato de os atores escalados claramente não terem fé daquilo que está sendo contado. "O Apocalipse" e "Deus Não Está Morto", são dois exemplos de bombas neste gênero. Agora Hollywood tenta emplacar com a adaptação do best-seller mundial de William P. Young, "A Cabana", onde retrata muitas questões pesadas como sobre ter fé em Deus e se existe vida pós morte. 

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A história começa com Mack (Sam Worthington), que é casado com Nan (Radha Mitchell) e tem três filhos. Mas quando ele sai com os mesmos para acampar, um incidente acaba acontecendo e logo depois deste a filha caçula acaba desaparecendo. Durante as investigações, os policiais acabam chegando a uma cabana e somente encontram a roupa dela cheia de sangue. Questionando os atos de Deus, Mack entra em uma profunda depressão, e logo acaba recebendo uma carta de Deus para voltar ao local do ocorrido. Ele decide ir e ao chegar no mesmo, tem inicio a uma jornada incrível de autodescoberta.

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O filme tinha tudo pra ser perfeito em diversos aspectos, porém o diretor Stuart Hazeldine comete algumas gafes no decorrer do longa. A começar pela narração em off em algumas cenas, pelo qual literalmente explicam o que está acontecendo no momento (ta meio que chamando o espectador de burro, com este recurso), e o excesso de "frases prontas" tipicas de produções deste gênero ("o amor pode tudo", "tenha muita fé" e etc) perante tópicos muito delicados (como "Deus faz as coisas por uma razão?"). Worthington ta ótimo no papel do protagonista, e sua atuação remete muito bem a quem já passou por situações inesperadas na vida, e tem um ótimo entrosamento com Octavia Spencer, que vive Deus no longa. A atriz lembra até mesmo a atuação de Morgan Freeman em "Todo Poderoso", em alguns breves momentos e é o nome mais forte da fita. Uma pena que o mesmo não se pode dizer de Sumire Matsubara (que vive Sarayu), e Avraham Aviv Alush (que interpreta Jesus). A presença dos dois é realmente muito fraca e torcemos pra voltar a ver Spencer novamente em cena. Agora quem aparece pouco, mas ta até que bem é a brasileira Alice Braga ("Elysium"). 

"A Cabana" em um contexto geral foi muito melhor do que os longas citados no primeiro paragrafo, porém ele peca pra um lado que é feito somente para um publico que crê em vida pós morte, perdeu algum ente querido (pelo qual RECOMENDO que o assista, pois ajudará e muito a lavar a alma)ou tem bastante fé. Agora se você não é adepto aos três casos citados, o longa não foi feito para você e provavelmente desistirá de ficar na sala antes mesmo dos créditos finais rolarem.

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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