quinta-feira, 12 de março de 2015

KINGSMAN: SERVIÇO SECRETO


Já não é novidade que quando se houve no nome de Matthew Vaughn, em relação a adaptação de histórias em quadrinhos é sinal de qualidade. Sua primeira foi há cinco anos, com a divertida história de "Kick-Ass". No ano seguinte ele nos trouxe o melhor filme da franquia dos mutantes, que era "X-Men: Primeira Classe". Agora eles nos brinda com o retorno de sua parceria com o quadrinista do primeiro, Mark Millar em "Kingsman - Serviço Secreto". Honestamente já posso afirmar com toda certeza, de que este já conseguiu figurar entre os melhores do ano (mesmo com diversas produções que ainda prometem serem ótimas). Sua narrativa, onde ele realiza praticamente uma verdadeira "carta de amor para James Bond", Vaughn aposta no sarcasmo e na narrativa do "imprevisto" para agradar o espectador. E ele conseguiu! Para se ter uma noção da tamanha homenagem, o coadjuvante vivido por Colin Firth (vencedor do Oscar, por "O Discurso do Rei"), chega a utilizar o mesmo terno que o 007 de Sean Connery em uma sequencia (foto abaixo), além de discutir sobre o clichê do gênero com o vilão vivido por Samuel L. Jackson ("Os Vingadores").


A história trata-se de uma agencia de espionagem, chamada Kingsman. E tem inicio quando um velho amigo do agente Harry "Galahad" Hart (Firth), morre em uma missão. Passando alguns anos depois, ele acaba recrutando Gary Eggsy (o novato Taton Egerton), filho deste para substitui-lo como o novo "Kingsman" na equipe. Só que para ingressar na mesma, ele terá te passar por um rigoroso treinamento liderado por Merlin (Mark Strong, de "Jogo da Imitação"), onde somete o último dos candidatos receberá o titulo de Kingsman. Ao mesmo tempo em que o poderoso magnata Valentine (Samuel L. Jackson) planeja um enorme plano para dominar o mundo. A história soa bastante "clichê", pois a premissa da produção é na verdade satirizar todas as possíveis situações que ocorrem no estilo dos filmes de espionagem. Aqui vemos o agente vivido por Firth como um verdadeiro "monge a prova de balas", pois apenas com seu guarda chuva, ele consegue deixar no chão uma gangue inteira. Um destaque para a sequencia da igreja, onde o mesmo combate diversos fiéis de uma forma inacreditavelmente violenta, e que faz o "Kill Bill" de Tarantino morrer de ciumes. Este que Vaugh procura ter como referencia em sua produção em alguns arcos, como nesta própria sequencia mencionada. Ele não parou a câmera durante nenhum segundo e lotou o arco de situações e diversas mortes inusitadas, juntamente com uma divertida trilha sonora, onde acabou resultando em uma sequencia muito divertida (e é sério isso!). Como nos filmes de Quentin Tarantino, a violência aqui foi tão bem executada e pautada que ela acaba se tornando divertida de uma certa forma.


Foi interessante também ele aplicado algumas referencias em diálogos a outras produções famosas como "Agente 86", "Uma Linda Mulher" e "My Fair Lady". Voltando ao elenco, gostei dele ter convidado para uma participação no inicio do filme Mark Hamill (o Luke Skywalker, da clássica trilogia de "Star Wars"), que há tempos não participava de uma grande produção. Interessante foi o fato de Mark Strong não estar fazendo o papel de vilão e ser uma pessoa "boa" (apesar de mim ficado com um pé atrás das suas intenções durante o filme todo), e ver Michael Caine no papel do chefe da organização. Agora quem brilhou mesmo foi Samuel L. Jackson, que vive o vilão. Ele criou um personagem tão divertido e com tantas manias (como a língua presa e o nojo por sangue), que chega a ser divertido vê-lo em cena. Já o novato Egerton apresenta mais uma atuação do famoso estilo "amadurecimento". No inicio vemos ele como um adolescente rebelde, que aos poucos vai realmente percebendo a importância de suas atitudes. E ele executa isso de uma excelente forma (não vou entrar em detalhes, mas nos últimos 30 minutos de projeção fica clara essa minha afirmação).

Bom, não quero entrar mais em detalhes a respeito dessa verdadeira obra de arte do cinema. Mas já vou afirmando que "Kingsman: Serviço Secreto" conseguiu sem hipótese de duvidas, ser uma das melhores produções do gênero já feitas pelo cinema e sem duvidas do ano de 2015. Com absoluta certeza, ela constará na minha lista de cinco melhores do ano! RECOMENDO!

NOTA: 10,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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