terça-feira, 8 de outubro de 2013

CRÍTICA - AS BEM-ARMADAS


Não é novidade pra ninguém, que Sandra Bullock é uma das melhores atrizes que Hollywood possui, e que demorou para ela conquistar o Oscar (com o filme "Um Sonho Possível"). O que difere um pouco com a nova queridinha, Melissa McCarthy, que conquistou sua primeira indicação os Oscar logo em sua primeira produção como coadjuvante, no divertido "Missão Madrinha de Casamento". Retomando a parceria com o diretor Paul Feig (que dirigiu Melissa neste último), McCarthy divide a tela com Bullock na nova comédia de ação "As Bem-Armadas". Ok, somente de ver o cartaz do filme, já da para ter noção de toda a história do filme, ou pior somente o trailer acaba resumindo a produção por completo, pois a sua premissa já se tornou tão cansativa no cinema que chega uma hora que nos sentimos vendo uma clássica película de sessão da tarde!


Só para vocês terem uma noção, vou resumir a história do filme (mas relaxem, pois não há spoilers): Bullock vive a agente do FBI, Ashburn, que é "bam,bam, bam" do pedaço, mas quase ninguém gosta dela no distrito no qual trabalha a anos, mas que nunca conseguiu o reconhecimento que queria. Já McCarthy vive o mesmo esterótipo de personagem nos apresentado em "Missão Madrinha...", "Uma Ladra Sem Limites" e em "Se Beber Não Case! Parte 3", a mulher desbocada, que está pouco ligando para suas atitudes irregulares, que é tecnicamente o oposto de Bullock, mas o que ambas tem em comum somente é "adoração" de ambas em suas companhias. Juntas, ambas terão de resolver um caso de um perigoso traficante de drogas e buscar o esperado reconhecimento de todos. Ok, vocês já devem ter ouvido mais de 1000 vezes essa história batida em diversos filmes (me lembro de ter visto algo parecido em "Dose Dupla", com Denzel Washington e Mark Walhberg, que estava até agora pouco nos cinemas), mas o diferencial é que aqui são duas mulheres em cena, ao invés de dois homens (como é na maioria dos filmes). 


Confesso que até a metade do filme não dei uma risada se quer. Mas depois quando a produção chega perto do final, ela alcança o timing cômico que era para ter sido alcançado desde o inicio. Uma pena, pois está produção tinha tudo para dar certo, já que a química entre as duas protagonistas funcionou até que bem em cena, mas o roteiro deixou a desejar com os diversos clichês do gênero. Inclusive a pequena participação do divertido comediante Marlon Wayans (de "As Branquelas"), como o chefe e interesse amoroso de Bullock (isso mesmo, ele é seu interesse amoroso!), funciona como deveria. Já sobre o vilão, não sabemos quem é o poderoso até o desfecho da produção (isso foi um ponto positivo), mas os figurantes que aparecem como comparsas deste, ao longo do filme fazem as situações de "As Bem-Armadas", se tornarem cada vez mais repetitivas. Uma pena que o diretor Paul Feig, assim como McCarthy e Bullock terem topado participar de uma produção tão batida, cujo o destino será as telinhas de "Sessão da Tarde", mas por incrível que pareça, a produção está rendendo milhões mundo a fora (mostrando que mesmo tendo uma baixa qualidade, o público ainda gosta de produções repetitivas).

Nota: 4,5/ 10,0



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