domingo, 25 de agosto de 2013

CRÍTICA - SEM DOR, SEM GANHO


Michael Bay é um diretor um tanto que polêmico, pois em todas as suas produções a crítica sempre o massacra, mas o publico já o publico tem a reação completamente oposta, onde tornam suas produções sempre em enormes sucessos de bilheterias, como na sua penúltima produção "Transformers: O Lado Oculto da Lua", no qual foi um massacre por maioria dos críticos mas se tornou a 6ª maior bilheteria de todos os tempos com U$ 1.123.746.996 (valor ajudado pela tecnologia 3D). Depois da revolta dos protagonistas da franquia Transformers, Bay viu que precisava dar um basta em todos e provar que sabe fazer um bom filme sem muitos custos. Por isso, ele pegou uma história verídica que ocorreu em meados de 1994 e 1995, e colocou como orçamento na produção apenas U$ 20 milhões de dólares (o que é um valor completamente baixo para um filme de ação). 


"Sem Dor, Sem Ganho" conta a história do fisiculturista Daniel Luna (Mark Walhberg, de "Ted") que vive em função da musculação perfeita e começa a trabalhar em uma falida academia e a faz crescer conforme se passam os anos. Um dia ele conhece um novo membro da mesma, o milionário Victor Kershaw (Tony Shalhoub, do seriado "Monk") que lhe mostra que a vida pode ser muito melhor quando se tem bastante dinheiro. Mas depois de uma palestra de "autoajuda" de Johnny Wu (Ken Jeong, o chinês de "Se Beber Não Case!", em mais uma divertida participação especial) ele tem a brilhante ideia juntamente com o seu amigo Adrian Doorbal (Anthony Mackie, de "Caça Aos Gângsters") de sequestrar Victor e faze-lo transferir toda sua fortuna para eles. Percebendo que não podem realizar o trabalho sozinhos, ele chamam mais um novo membro da academia chamado Paul Doyle (Dwayne Johnson, de "Velozes e Furiosos 6"), que recentemente saiu da prisão em busca de redenção religiosa e mora em uma igreja católica. Mas o que eles não imaginavam é que para um plano desta proporção ser perfeito, não é preciso ter apenas músculos e sim cérebros. 


Walhberg já havia demonstrado na comédia "Os Outros Caras" apenas um astro de ação e consegue ser divertido ao extremo e usa e abusa do seu sarcasmo em cena, no qual aqui repete a sua parceria com Johnson (que também já apresentou a mesma situação de Walhberg), que atuaram brevemente naquele, apresentam uma química completamente divertida, sendo que este só tem cara de mal mas que no fundo é boa pessoa. Já o parceiro deles vivido por Mackie também consegue divertir e acaba transformando o trio nos verdadeiros "Três Patetas". Quem também participa da produção é o veterano Ed Harris, no papel do investigador policial que tenta a todo custo caçar o trio trapalhão, na companhia do personagem de Shalhoub, no qual este possui uma personalidade pior do que a dos bandidos e em muitos momentos acabamos torcendo para estes ao invés de Victor.
 
Nestes arcos, o diretor Michael Bay nos apresenta algumas novidades no seu estilo de filmagem, como por exemplo a câmera caseira pendurada no carro de Walhberg (deixando assim mais naturalidade na cena), mas usa e abusa d suas conhecidas sequências em câmera lenta (principalmente na abertura e na parte do sequestro)   Além disso, a declaração do diretor de que "Sem Dor, Sem Ganho" seria inspirado um pouco em "Pulp Fiction" está bem clara para os fãs de Tarantino, no qual a interação dos personagem em cena e alguns diálogos de Paul, remetem claramente ao clássico filme. Mas este é o primeiro filme do diretor que recebeu uma censura 18 anos, pois aqui ele usa e abusa de referencias sexuais, mutilação e nas cenas de tortura (fatores que o diretor não costuma utilizar em suas produções). Confesso que eu me diverti bastante com o filme e não esperava que ele utiliza-se uma abordagem um tanto que extinta ultimamente, pois o cinema tem dado preferência mais aos filmes de "super-heróis" e aos "Crepúsculos" da vida e deixa de lado um tipo que foi sucesso principalmente nas décadas de 80/90: A comédia de ação. RECOMENDO!


NOTA: 9,0/10,0



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