domingo, 10 de fevereiro de 2019

ESCAPE ROOM


Esbarrei de forma aleatória com o diretor Adam Robitel, na última CCXP e fiquei sabendo que ele estava comandando a mais nova aposta da Sony Pictures, o suspense "Escape Room". Confesso que mesmo depois disso, e ver o stand do longa por lá, sequer parei para ver um trailer deste. A única coisa que estava ciente, é que ele teve como inspiração a brincadeira que leva o titulo, pelo qual um grupo de pessoas fica trancado em uma sala, e precisa desvendar os enigmas para sair dela. Já fui em algumas destas salas, bem antes de conferir o longa, e foi o que me fez refletir sobre tamanhas possibilidades que Robitel poderia ter feito. Felizmente ele soube, e muito bem, trabalhar com o material em mãos.


A história do longa gira em torno de seis estranhos, que são escolhidos de forma aleatória para brincarem no Escape Room. Ao chegarem no local, descobrem que a "brincadeira" é algo real.



A começar vemos que o roteiro de Bragi F. Schut e Maria Melnik aproveita das bases genéricas do gênero de suspense/terror, na hora de conceber seus protagonistas. Temos desde o nerd sabe tudo, ao metido, a tímida, o tiozão, o bonitinha e o drogado (sendo apenas um deles que nos fará sentir apreço). Quem já está habituado com o estilo já sabe exatamente como sera o desenvolvimento deles na narrativa, e é então que a dupla opta por explorar o perfil deles dentro dos desafios propostos. É então que a direção de Robitel sabe trabalhar exatamente aquela sensação "claustrofóbica" que algumas salas de "Escape Room" causam em seus participantes. Sendo o destaque para o arco da foto acima, em que se passa em um bar de cabeça pra baixo, onde constantes enquadramentos em objetos e locais chaves, ajudam com que o espectador (que nessa altura já está habituado na premissa) adentre e raciocine com os personagens o que realmente deve ser feito. Mas isso não ocorre apenas nesse momento (apesar deste ter funcionado melhor), mas em grande parte do longa. 

Porém o principal problema nessa narrativa (que estava sendo ótima até então) é o arco final. O roteiro não só encaminhou pro longa dar entrada a uma possível nova franquia, como fez aquela sensação de "preocupação" do espectador simplesmente sumir em um passe de mágica, dando um lugar maior para a questão de injuria pelo fato de tudo aquilo se tornar uma porta para "mais uma franquia com qualidade questionável a cada filme sucessor, chegando por ai". 

"Escape Room" é a primeira grande surpresa que o cinema nos trouxe no gênero de suspense no ano de 2019, onde agora nos restar torcer para a franquia dar certo (se ela realmente existir) e não se tornar outro "Jogos Mortais" do cinema. RECOMENDO! 

Nota: 8,0/10,0
Imagens: Reprodução da Internet.

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