domingo, 4 de novembro de 2018

BOHEMIAN RHAPSODY

Bohemian Rhapsody : Poster

É inevitável o sucesso que a banda inglesa Queen faz pelo mundo, desde meados dos anos 80. Suas músicas fazem parte da trilha sonora da maioria dos longas de sucesso, tocam repetidas vezes na radio e a cada dia conseguem atrair novos fãs. Mas tudo é mérito do fato de seus integrantes sempre estarem dispostos a inovar em cada música, seja através das letras ou dos acordes, que facilmente adentram a cabeça do ouvinte e nunca mais saem. Questões a parte, "Bohemian Rhapsody" é o primeiro longa a contar a trajetória da banda, desde o inicio de sua formação, até o famoso show no evento "Life Aid", em 13 de julho de 85, que lotou a arena de Wembley. 

Joseph Mazzello, Rami Malek, and Ben Hardy in Bohemian Rhapsody (2018)

O longa procura focar sua narrativa exatamente naquele que sempre foi o mais conhecido da banda, Freddie Mercury (Rami Malek), desde quando ele trabalhava como um simples carregador de malas em um aeroporto, e viu a chance de exercer uma carreira musical, quando esbarrou com uma pequena banda em um show independente numa universidade. Substituindo o vocalista da mesma, que havia pedido demissão, Freddie conseguiu junto aos membros da banda, levantar o nome da mesma e assim alcançar junto a eles o sucesso mundial. 

Rami Malek and Lucy Boynton in Bohemian Rhapsody (2018)

Eu diria que os fãs mais fanáticos pela banda facilmente conseguirão se adentrar na trama, e deixar se levar pelas músicas (pelas quais são as originais, e os atores somente as encenam). Principalmente pelo show da banda no "Live Aid" ter sido filmado por completo e ter sido inserido sem cortes no longa. Mas os que irão procurando algum longa inovador ou uma narrativa diferente das habituais biografias, vão se decepcionar. A começar que a trajetória da banda é apresentada seguindo exatamente o mesmo padrão da estrutura narrativa de qualquer longa metragem biográfico (era um ninguém, oportunidade surge, vangloria do sucesso, faz merda, se redime e viveu feliz), com direito a várias frases de efeito que tão sempre enaltecendo a banda (era impossível eles ficarem o tempo todo assim no inicio da trajetória, mesmo se tratando da banda "Queen"). Agora quando o assunto é abordar a sexualidade de Mercury, o longa ganha pontos favoráveis, pois em momento algum ele vem com discursos minimistas, pelo contrário, ele vem seguindo com seu legado de continuar exercendo o que ama, sem optar por se vitimizar.

No tocante as atuações, Malek consegue representar muito bem como eram os trajetos de Mercury, seja através de seus jeitos no palco ou na questão dele ser um verdadeiro politicamente incorreto em pessoa, ao desprezar a imprensa, sempre ser o mais detalhista da banda. Sua esposa vivida por Lucy Boynton consegue ter uma ótima química com este, e a todo momento ela não esconde que ele foi o grande amor da vida dele e vice versa. O grande "vilão" nessa história fica a cargo do empresário e namorado de Mercury, Paul Prenter (Allen Leech), que além de ser o grande álibi de ódio do espectador, o seu interprete consegue exercer bem a função. Quem também aparece brevemente no longa é Mike Myers (o eterno Austin Powers), como o empresário que recusou a banda Queen e por isso acaba sendo o caractere mais satirizado pelo roteiro.

Na parte de premiações, acho que Malek provavelmente figurará apenas como indicado a Ator Comédia/Musical no Globo de Ouro, e no Oscar provavelmente só leve na categoria de Maquiagem e Penteado (devido ao fato dos atores estarem muito semelhantes aos membros originais da banda), e talvez entre nas categorias de som, pois o playback não ficou notório.

"Bohemian Rhapsody" pode ser definida apenas como uma verdadeira carta de amor a banda "Queen" e mostra que mesmo anos se passando do falecimento de Mercury, a banda jamais morrerá devido a seu enorme legado deixado. RECOMENDO! 

Nota: 9,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet. 

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