sábado, 12 de agosto de 2017

VALERIAN E A CIDADE DOS MIL PLANETAS


Confesso que estava ansioso pra conferir este filme há certo tempo, pois vem sido vendido como o mais audacioso projeto da carreira de Luc Besson (que comandou "O Profissional" e "O Quinto Elemento" (que cresci vendo na extinta "Sessão de Sábado" da Globo)). Muitos dizem que ele investiu tanto aquém da verba de sua produtora batizada de "Europa", em cima deste "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas" (que até o momento, é o filme mais caro já realizado na França (sim, esse filme foi feito na lá e não em Hollywood) com um custo de aproximadamente 178 milhões de dólares), que se o longa fracassasse feio, a mesma poderia declarar falência. Conflitos a parte, Besson foi bem corajoso mesmo em confiar neste projeto, onde ele sempre declarou que foi seu sonho faze-lo, pois cresceu lendo as Hqs (criadas por Pierre Christin e Jean-Claude Mézièresque foram o principal incentivo para George Lucas criar "Star Wars" e muitos outros diretores a criarem universos de ficção no cinema) pra superar o divórcio dos pais. A todo momento sabemos que o mesmo conseguiu fazer um longa que se iguala a "Avatar", no quesito de efeitos visuais, 3D e diversidade de seres em cena (exitem tantos, que chega a ser interessante mesmo). Só que infelizmente, assim como no citado, o roteiro não é o ponto forte também (sim, eu não achei o roteiro de "Avatar" tudo isso).

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Em um primeiro momento, os desavisados acharão que se trata de uma história bastante similar a bomba "O Destino de Júpiter". Felizmente confusão não existe nesta trama (a não ser que você fique o tempo todo prestando atenção em coisas aleatórias ou na treta do grupo de seu "Whats app"), pois Besson procurou deixar tudo bastante claro (mesmo com alguns deslizes ocorrendo). A história tem inicio com a construção de uma estação espacial, que reúne humanos e diversos seres de outras raças (que foi tão bela, em quesito de 3D acompanhada da música Space Oddity, do David Bowie). Com o passar dos anos, acompanhamos o trabalho dos agentes que vivem ali, Valerian (Dane DeHaan, de "O Lugar Onde Tudo Termina") e Laureline (Cara Delevingne, de "Esquadrão Suícida"), que recebem missões pelo qual necessitam realizar diversas viagens no tempo, no espaço. Só que uma delas envolve o cuidado de um ser extinto, que defeca pérolas (isso mesmo que você leu!), onde ao iniciarem a proteção do mesmo o Comandante da unidade deles (Clive Owen, de "O Plano Perfeito"), acaba sendo sequestrado por uma espécie de alienígenas.

Ao meu ver o personagem Valerian não pode ser definido como o protagonista, pois o tempo e importância que Laureline tem em tela é basicamente o mesmo. Sim, tanto DeHaan, quanto Delevigne não são atores exemplos, muito menos podemos defini-los como bons, e isso prejudicou um pouco o andar da trama, pois eles não possuem química alguma. Só que o roteiro de Besson se sobressai ao investir mais nos arcos que envolvem os dois separadamente, do que juntos (as cenas de romances entre os dois, são bem idiotas). Se fossem escalados atores como Logan Lerman (Percy Jackson) e a Sophie Turner (Sansa Stark), acho que ajudaria mais o vigor na trama. Agora partindo para o resto do elenco que vemos no banner, Owen ta bem no papel e sua importância pra trama realmente decai ao último ato (mesmo sendo previsível o tempo todo). Agora a participação de Rihanna é a mais interessante do longa, mas que se resume a apenas 15 minutos, e inclusive tentam jogar um arco dramático bastante forçado.

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Agora em quesito de visual, o filme é belo em todos os sentidos. Muito bem realizado em fotografia, som, sequencias de ação e aventura, e que são ajudadas com a tecnologia 3D (acrescentada na pós produção). Se você é amante de cinema, e que gosta de fantasias, "Valerian" é um prato cheio. Mas se você vê defeito em tudo, com certeza vai detestar o longa e recomendo evita-lo. 

Nota: 6,5/10,0
Imagens: Reprodução da Internet

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